You Belong With Me escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 42
Capítulo 42




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Os pés corriam o mais rápido que eu conseguia. Faltava mais de uma rua para eu chegar ao meu condomínio, mas mesmo assim estava completamente desesperada. Freddie provavelmente iria querer saber onde eu estava.

Assim que consegui pegar o elevador, dei uma olhada em meu reflexo. Os cabelos bagunçados, a boca inchada e os olhos denunciariam o crime. A culpa me corroía por dentro. Não, não, não, Freddie vai desconfiar!

Rapidamente, consegui dar uma geral no cabelo e disfarcei a boca passando a mão várias vezes até conseguir dar uma normalizada. O elevador abriu e eu corri para dentro do apartamento.

–Freddie? – gritei, logo de cara, e passei pelos cômodos. O coração pulou quando vi que ele não estava aqui.

Ótimo. Eu terei mais tempo para me recuperar do susto.

Flashback...

Harry rapidamente trocou de lugar comigo, prensando meu corpo no carro enquanto sua mão passeava por minha coxa. Aquilo já estava passando dos limites.

–Para, Harry! Chega! – gritei, e ele enfim deu um passo para trás, de olhos fechados. Pigarreei, puxando o moletom para baixo.

–Me desculpa, Sam... Você... Você me deixa louco... – ele tentou se explicar, mas eu pedi para que não dissesse nada. Estava prestes a me jogar na frente do primeiro ônibus pra aliviar a culpa.

–Eu não posso. Isso - disse, com nojo e arrependimento, apontando para nós dois - nunca existiu. – sussurrei, mais para mim mesma do que para ele.

–Não se preocupe, - sutilmente, Harry tentou se aproximar, mas eu fechei minha mão e o empurrei de leve pelo abdômen. Aquele abdômen sarado e durinho. – eu nunca vou contar. Eu prometo.

–Eu espero. Se eu souber que você disse alguma coisa, nunca vou te perdoar. Nunca.

Ele sorriu. Por que diabos você está sorrindo, jumento? Harry estendeu a mão, pedindo para que eu apertasse.

–Até logo, Samantha. – não consegui conter uma careta. Não acredito que ele ia embora. E eu não iria vê-lo tão cedo assim. Segurei a lágrima, e demos um leve aperto de mão.

–Até logo, Harry.

[...]

Eu fui uma estúpida, eu não acredito que fiz aquilo. Que o beijei. Harry era um estúpido, sempre me puxa de volta ao desejo, à tentação, ao fogo! Não, Freddie era meu homem!

Pelo menos, aquilo foi um beijo de despedida. Harry se foi. Acabou. Não há mais a possibilidade de Freddie flagrá-lo perto de mim, muito menos de flagrá-lo me beijando daquele jeito.

Cocei a cabeça, e me joguei no sofá. Chega de mentiras, finalmente. Não vou mais mentir a ele. Preciso recompensá-lo, de alguma forma.

Sim, hoje vai ser a nossa primeira vez. Tecnicamente, a minha primeira vez.

Corri até o banheiro, me jogando embaixo do chuveiro sem tirar a roupa de baixo mesmo. O cabelo, prendi num coque que já estava ficando meio molhado. Me esfreguei com a mão esquerda à base de um sabonete esfoliante como nunca tinha me esfregado antes, arrancando até a pele. Logo depois, saí do chuveiro sem me secar mesmo e peguei o creme de amêndoas, lambuzando as duas pernas de uma só vez. Em pouco tempo, estava perfumada e hidratada.

E, antes mesmo de eu sair do banheiro e me vestir, ouvi o toque irritante do celular, na sala, perto do abajur. Nem pensei: saí correndo e atendi, esbaforida.

–Freddie? -perguntei, ofegante.

“Oi, Sammy.” estava todo mundo querendo desenterrar esse apelido, logo hoje. Levantei as sobrancelhas, mas não pude deixar de sorrir ao ouvir sua voz. Freddie parecia calmo demais para alguém desconfiado de meu sumiço a manhã e a tarde inteira.

–Oi, algum problema?

“Oh, não. Eu passei o dia todo preso no escritório. Tem como você vir pra minha casa hoje à noite?” uma buzina de caminhão me deixou surda.

–Claro, eu apareço por lá, sim. O que aconteceu?

“Nada. Minha mãe vai vir me visitar amanhã de manhã.” Ih, agora a velha vai atrapalhar todos os meus planos de fazer acontecer hoje. “Eu vou sair daqui mais tarde, e ainda tenho que arrumar tudo por lá que está uma bagunça. Te vejo lá umas oito?”

Com uma olhadela no relógio, vi que já eram quase cinco da tarde. Eu tinha tempo de sobra para ir ao mercado comprar o café da manhã da semana e me arrumar para hoje à noite.

–Claro, eu estarei lá. – e deliguei. Não só estarei como vou acabar com sua ansiosidade. Voltei correndo para o banheiro, enquanto morria de frio.

[...]

Pronto, a roupa estava pronta. Eu estava pronta. Freddie não perde por esperar.

Com a ajuda de um táxi, eu cheguei no Bushwell dez pras oito. As luzes de Seattle piscavam e piscavam sem parar, e Lewbert estava na porta assistindo a tudo isso. Parecia noite de festa na cidade.

–Boa noite, gato – brinquei. Lewbert soltou um grunhido estranho.

Levaram segundos para que eu subisse ao oitavo andar. O corredor, como sempre, era abafado e pequeno, mas tudo piorou com a tsunami de ansiedade que passou por meu corpo quando vi a porta o 8-D entreaberta. Lá dentro, tudo escuro.

–Freddie? – chamei, enquanto entrava na sala. As luzes não acendiam, provavelmente estavam queimadas.

–Entre e feche a porta, já estou indo aí – ouvi sua voz grossa saindo do andar de cima, e fiz o que ele disse. Tudo ficou um breu total. Eu não enxerguei mais nada.

–Freddie? - chamei de novo.

–Oi. Cadê você?

–Tô aqui perto da porta. Ai! O que é isso? – senti um ardor muito forte no pé, enquanto pulava feito doida.

–Provavelmente você bateu com o dedinho na mesa. Eu dei uma mudada hoje. Cadê você??

–Tô aqui.

–Fale alguma coisa para eu te achar com o som da sua voz.

–Tá. Oi, Freddie, esse escuro me assusta porém é legal, eu adoro o escuro pois me lembra a noite e eu adoro a noite e odeio sol e adoro bacon e ad... Ah, oi.

–Oi.

–...

–...

–Adoro sua boca, moreno.

–E eu a sua, loira.

–...

–...

–Por que está tão escuro?

–As lâmpadas queimaram com um curto-circuito. Vem, vou te guiar até o quarto.

O coração só sossegou quando vi a pequena fresta de luz que saía do quarto dele assim que terminei de subir a escada. Freddie, por incrível que pareça, não tentou nenhuma gracinha no escuro. Isso até me decepcionou.

–Pode me ver agora? – sussurrou, e foi aí que percebi o quão perto ele estava de meu ouvido. Dei um pulo, e Freddie riu de novo. – Vai dizer que eu ainda te dou arrepios?

–E sempre vai dar, até mesmo depois de anos. – resmunguei. Pelo olhar periférico, via a cara de safado que Freddie fazia.

–Isso só com a minha voz, imagina quando eu tocar seu corpo.

Me calei, preta de vergonha. Esse idiota sabia me deixar sem graça com um piscar de olhos. Freddie tomou a frente, empurrando a porta de seu quarto, que antes foi o quarto de sua mãe.

Era incrível. A mesa circular da cozinha estava lá, cheia de bacon, frango assado e batatas fritas. E, em cima da cama, uma bandeja com duas taças cheias de vinho e chocolate. Fora que, além de tudo isso, tinha dois pratos de lasanha – com a embalagem da Pini’s jogada atrás da escrivaninha.

Eu admirava tudo de boca aberta, literalmente, enquanto escutava as risadinhas atrás de mim.

–Isso... Isso é pra nós?

–Sim. – disse, e me virou para ele.

Não sei de onde, nem que horas (já que suas mãos não tinham saído de minha cintura um segundo sequer), mas Freddie tinha uma caizinha na mão. E eu reconhecia aquela caixinha. Era da joalheria mais cara da cidade.

–Freddie, não me diga que...

–Shh, não estraga o momento – ele diz, rindo, e eu ergo as sobrancelhas. – Tá, agora é sério.

Bem devagar, aquela caixinha preta foi aberta. E lá dentro, como eu já imaginava, dois anéis pratas, com uma jóia grande e prateada, também. Levei as mãos à boca automaticamente, observando tudo atentamente.

–Você deve se lembrar. Há alguns dias, eu te fiz uma pergunta enquanto nós dirigíamos para sua casa. Perguntei se nós éramos namorados, e qual foi sua resposta mesmo? "Cadê meu anel de ouro branco?" - eu prendi a respiração, pasma.

–Mas, Freddie, era brincadeira! - disse, sem parar de olhar para aquela joia em minha frente. Seus olhos brilharam quando me virammaravilhada.

–Eu não ligo. Só com isso preso no seu dedo que vou deixar de me preocupar. Então, Sam - ele falou, e de repente se ajoelhou em minha frente. Meu coração parou de palpitar naquela mesma hora, e as lágrimas já tinham brotado em meu rosto. - Isso é uma coisa para demonstrar o meu amor, mas nunca vai significá-lo inteiramente, porque nada que eu comprar vai representá-lo. É uma mostra de todo respeito, carinho e amor que sinto por você.

–Freddie, por favor, eu vou chorar... - sussurrei baixinho.

–O que eu queria mesmo é seguir o exemplo do lorde Peter Parker, meu ídolo, - ele riu - e te levar para jantar, colocando esse anel numa taça de champagne. Mas não podia mais esperar para chamar você de 'minha namorada'. Então, Sam, quer ser minha namorada?

Não adiantou nada passar a mão nas bochechas, meus olhos pareciam duas torneiras ligadas no máximo. Eu não acredito que Freddie está fazendo isso! Não pensei em mais nada: tentei em vão segurar as lágrimas e me ajoelhei em sua frente. Freddie ainda me olhava, sem entender o que eu estava fazendo, mas eu continuei em silêncio.

Com as pontas dos dedos e bem devagar, peguei a caixinha preta de sua mão e coloquei no chão ao nosso lado. Ele ainda questionava o que eu estava fazendo.

–Eu não preciso disso - comecei - para demonstrar que no meu coração só tem lugar para um homem.

–Mas...

–Shh, não estraga o momento. - sorri. - Não sou original, não sou criativa e muito menos sentimental para esse tipo de coisa, com exceção às coisas relacionadas a você. Eu amo você, Freddie. Eu sou sua namorada, eu sou tudo o que você quiser que eu seja. E hoje, eu sousua. -fiz uma careta estranha, já que estava completamente nervosa em dizer as palavras seguintes e, em parte, seria verdade. - Você pode fazer tudo o que quiser comigo essa noite. Quero que tome o controle.

Seus olhos arregalaram, enquanto se inclinava para frente, tremendo. Pelo visto, já estava completamente excitado em me controlar. Freddie deu um leve pigarro, rindo.

–O objetivo era ser romântica, e não me deixar louco.

–Você me deixa louca só com um olhar, então não há problema nisso.

–Sabe que isso não tem volta, não sabe? - dessa vez, ele estava sério. Eu assenti, nervosa. - Não dá para se arrepender.

–Não teria motivos para isso. - sorri, decidida.

Foi o último sinal. Como um sádico, Freddie me agarrou pela cintura, se levantou e me jogou brutalmente na cama. E, sem se preocupar com nada, uma de suas mãos empurrou a bandeja para fora da cama, fazendo tudo se espatifar no chão e me tirando uma risada.

Sua outra mão escorregou por meu corpo apalpando todos os lugares que eu não deixei (ou que ele não teve oportunidade antes), começando por meus seios. Ele apertava com vigor, enquanto mordia meu pescoço e faziaaquelemovimento com a língua, que a movia de um lado para o outro, e eu gemi baixinho.

–Fala meu nome. - disse, arfando. Gemi de novo, propositalmente. - Fala meu nome, Sam.

–Freddie.

–Por favor, fala de novo.

–Pára de enrolar e tira logo minha roupa, Freddie - dessa vez, falei o mais sensualmente que podia. E, claro, Freddie estremeceu só com isso, mas obedeceu.

Sem a menor delicadeza, ele arrancou a blusa que eu estava vestindo, depois tirou minha calça como se tira a calça de uma boneca, e só sossegou quando me viu com a lingerie vermelha que tinha comprado justamente para essa ocasião. Freddie segurou seu membro por cima do jeans.

–Caralho, Sam, você é a mulher mais gostosa desse planeta - ele disse baixo, mais pensando alto do que falando pra mim. Eu sorri de novo, observando seu olhar em minhas pernas.

Freddie arrancou a camiseta e me beijou urgentemente, enquanto minha mão deslizou para sua calça e desabotoou os botões. Não levou muito tempo para que eu conseguisse tirar com minhas pernas a calça grossa. O volume de seu membro latejando em cima de mim me deixou totalmente louca.

–Me desculpa, eu... - Freddie respirava rapidamente, enquanto rasgava a calcinha vermelha e arrancava o sutiã de meu corpo sem dó nem piedade, mas no momento não tinha me importado com isso. Ele gritou. - Eu não consigo mais!

Logo depois dessa frase ele me penetrou completamente me fazendo delirar. Soltei um grito, ainda mais alto que o dele, que tinha certeza que qualquer um no prédio inteiro podia ter ouvido, e aquilo não era fingimento. Uma onda de prazer tomou conta de mim, delirando ao sentir Freddie puxando meus cabelos com uma mão e apertando meus seios com a outra, enquanto eu prendia minhas pernas em suas costas completamente definidas. Droga, eu tinha que ter visto esse garoto pelado de costas. O meu corpo arqueou para trás quando senti Freddie tirando seu membro por completamente de dentro de mim. Com um olhar maroto e assustado, ele verificou se poderia continuar. Balancei a cabeça duas vezes, prensando os lábios. Foi a brecha para fazer isso de novo e de novo, tirando por inteiro e o colocando, várias vezes no mesmo segundo. Nossos corpos se chocavam, dando choques que eram transmitidos pela corrente sanguínea a cada célula ali.

–Ai, Freddie! - gritei. - Por favor... não... para!!

Ele assentiu, soltando um grunhido de sua boca. Era inexplicável a sensação. Freddie deixou a cabeça cair em cima de meu ombro enquanto fazia aqueles movimentos de vaivém e mordia de leve minha orelha, só focando de novo em aumentar a velocidade quando apertei aquele bumbum durinho.

–Meu Deus - sussurrei, voltando a gemer de novo, sem querer.

Assim que percebi que aquela sensação conhecida estava prestes a chegar, fiz um movimento para que ele diminuísse o ritmo e saboreei a careta que Freddie fez quando fiquei por cima, voltando a me penetrar novamente . Me inclinei para frente, roubando um beijo enquanto voltava a cavalgar em cima dele. Era muito mais legal vê-lo se contorcendo e forçando minha cintura contra a distância inexistente entre nós dois. Freddie abriu a boca em um perfeito ó e mordeu-a com força, e senti sua essência me preenchendo por dentro, seguido por um arrepio e a melhor sensação desse mundo. A espinha gelando, o prazer sendo irradiado e, o mais importante, Freddie sorrindo enquanto me assistia arqueando o corpo e caindo em pleno alívio. Ele deu outras estocadas, depois fui diminuindo o ritmo até cessar por completo e me jogar ao seu lado.

Freddie tentava acalmar a respiração em vão, quando eu suspirei e colei minha cabeça em seu peitoral molhado e quente, depositando lá alguns beijos.

–Tá doendo? - perguntou, ainda ofegante. A partir de hoje, vou ter que ir escondendo cada vez menos até contar de verdade que não era mais virgem. Só balancei a cabeça que não, o abraçando pela cintura. Freddie me puxou mais pra cima, me forçando a olhar para ele. - É sério, Sam. Pode falar.

Droga. Não ia conseguir dizer a verdade. Como eu odeio mentiras.

–Eu juro, não dói mais. No começo eu confesso que doeu, sim, mas agora não dói.

–Então que cara é essa de que comeu e não gostou? - era incrível como ele me conhecia. Eu ri da frase, o beijando.

–A melhor noite da minha vida, ingrato. - mordi de leve seu lábio de baixo, enquanto pulava e deitada por cima dele. - Eu nunca imaginei nada assim. Você é um príncipe.

Freddie ainda me olhava quando beijei seus lábios, deixando a lágrima sorrateira sair. Não, Sam. Você não pode mais mentir pra ele. Sobre nada. Esse é seu ponto final. Aquele olhar conseguia me deixar de pernas bambas e com a consciência mais pesada do que nunca.A noite parecia perfeita pra nós dois: quente, porém não abafada, e com o calor de nossos corpos aquecendo todo o ambiente.

–Escuta. Não importa o que aconteça – minha voz saiu um pouco falhada devido ao choro preso na garganta. – nunca, nunca questione o que eu sinto, tá? Tudo o que eu faço é pensando em você.

–Eu te amo – a honestidade na sua voz não poderia estar menos aparente. Freddie deu um leve beijo em minha bochecha enquanto eu sorria.

–Eu também te amo – disse, por fim, enquanto passava de leve a ponta do nariz por seu pescoço. Só a luz da lua, na janela, iluminava nossos corpos, e isso era suficiente para me fazer enlouquecer ao lembrar que nós estávamos ali, nus, e com essa maior naturalidade na primeira noite. Freddie me puxou pela bunda, deslizando meu corpo mais para cima, e tirou os cabelos emaranhados da minha cara. Sorri ao encontrar seus olhos.

–Não perde por esperar agora, Sam. Eu te conheço, essa sua carinha de que está faltando alguma coisa. Hoje não porque está dolorida, mas amanhã, prepare-se. Não vai nem dormir. - e beijou a minha testa, enquanto sentia a minha respiração descompassada e totalmente acelerada.


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