You Belong With Me escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 31
Não dá mais, Madi.


Notas iniciais do capítulo

Yo, guys!Minha irmã tá namorando e eu tô ganhando dinheiro pra não contar pros meus pais lalalaE, enfim, o tão esperado capítulo (rufar de tambores)....



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PDV. Freddie

Olhei para o celular novamente, percebendo que já haviam se passado mais de uma hora em que eu estava no restaurante. O garçom me olhava de longe, só na espreita de alguém finalmente chegar. Mais um ponto negativo que entrava para a Madi.

Eu usava um terno sofisticado, com um lenço vermelho na ponta. Não via jeito de fazer isso a não ser impressionando-a e mandando isso como se estivesse tirando um band-aid: rapida e indolorosamente. Logo que vi que tinha se passado um minuto a mais, Madisen entrou no Pini’s, com um vestido vermelho na altura do joelho e belos sapatos pretos.

Ela sorriu amarelo, pegando o cardápio.

–Oi? – falei, com as sobrancelhas para cima. Ela me olhou por meio segundo, voltando a passar a pequena unha pelo cardápio.

–Oi. – respondeu. – Quer pedir um prato fino? Pensei em um Fettuccine à Carbonara de Camarões, o que acha?

–Acho que está extremamente atrasada. – soltei, tentando parecer o menos ignorante possível. Ela soltou um risinho.

–Tive um imprevisto. Sabe como eu sou, sempre me perco no tempo. O que é, vai virar um relógio agora? Implicar comigo só porque cheguei um pouco tarde?

–Nós marcamos oito e meia, agora já faltam quase quinze para as dez. Só tem a gente aqui, Madisen.

Com um olhar de superioridade, ela me secou. Após isso, jogou o cardápio em cima da mesa, se curvando para frente.

–Quer que eu faça o quê, Freddie? Volte no tempo? – fez uma careta. – É claro que só tem a gente aqui, amor. Olha a espelunca que você me trouxe para jantar.

Madisen voltou a olhar para o papel em cima da mesa, lendo tudo em voz baixa.

–Um pedido de desculpas seria mais do que suficiente, amor.

–Pelo quê? Até onde eu sei, se atrasar de vez em quando é super normal, ao contrário de você que quase nunca para em casa. Perdi a fome, vamos embora.

Com um movimento brusco, ela pegou a bolsa e o casaco que estava ali perto, e logo andou em direção à saída. Não acredito que ela está fazendo isso! Não fiquei para trás, deixando uma gorjeta para o tal garçom bigodudo e seguindo-a para o meu carro. Madisen entrou, cruzando os braços.

Entrei do outro lado, mas não o liguei. Eu a sequei com o canto do olho. Será que ela sempre foi assim ignorante ou eu era apaixonado por ela e cego para todo o resto?

–Ligue logo. – sua voz soou, estava alta e ignorante.

–Quero conversar com você antes.

Sua cabeça logo virou para me encarar, e Madisen soltou um sorriso. Essa eu não entendi de jeito nenhum. Franzi a testa, e ela me puxou para um beijo praticamente forçado.

–Tudo bem, sei que seu orgulho é grande. Eu te desculpo por aquilo lá dentro.

–Hein? Não, não, não era isso o que eu ia dizer. – logo tratei de desfazer o engano que ela tinha cometido, mas seus olhos castanho-escuros brilharam com força enquanto seguravam minha mão.

–Não precisa dizer nada, bebezinho. Só vamos para casa, tô com saudade de ficar com você.

Mais uma vez, Madisen fez aquele olhar, que lhe dava graça e doçura. Agora sim me lembrei o que tinha feito me apaixonar por ela assim que nós nos vimos. Mas, não, Freddie, não perca o foco! Você sabe quem comanda seu coração. Você sabe que ela não é a mulher de sua vida.

–Por, favor, não... fale nada. Eu realmente preciso lhe dizer uma coisa.

Seu olhar mudou, agora Madisen me olhava curiosa. Senti que devia continuar exatamente como tinha ensaiado.

–Madi, por favor, não me leve a mal. Eu já pensei nessa conversa há dias e ainda não tive coragem de fazê-la. Eu estava pensando em tudo que a gente passou junto nesses últimos meses, e foram bons tempos, mas eu acho que as coisas não estão indo muito bem entre nós.

Com tristeza, eu finalmente olhei em seus olhos. Madisen não sorria de jeito nenhum, mas parecia com angústia ou até mesmo raiva. Continuou muda, só me olhando.

–Parece que as coisas desandaram entre a gente. Tivemos momentos legais, ficarão para sempre em minhas lembranças, acredite nisso, mas preciso romper com você pois percebo que não estamos alinhados nos mesmos valores e interesses. Eu fiquei refletindo sobre tudo até agora, e cheguei à conclusão que não há como sentir novamente o que sentia no início de nossa relação. O tempo passou, meus sentimentos mudaram, não foi nada que eu ou você tenhamos feito de errado, apenas acabou.

Falei tudo extremamente rápido, ainda a olhando com medo de sua reação. Madisen não piscou, e eu quase achei que estava em estado de choque. Ela balançou a cabeça, fazendo uma expressão de raiva.

–Fale as palavras, Freddie. Você está terminando comigo.

–Madi...

–Não me chama assim! – gritou, batendo com força no banco perto de meu rosto. – Você está terminando comigo, Freddie!

–Eu te expliquei, eu tenho diferentes interesses dos seus. Sabe, a paixão que eu sentia antes foi se desgastando, e você tem hábitos que eu acho que não são suficientes para sustentar uma relação saudável.

–Cala a boca! Você não me ama mais! – de repente, lágrimas rolaram por seu rosto. Ela o escondeu atrás das mãos, e abriu a porta do carro. Eu achei que só queria um vento nos cabelos para deixar a raiva esvaziar, mas Madisen saiu correndo do carro em direção à avenida.

–Madisen!

Com toda a velocidade do mundo, eu consegui alcançá-la enquanto ela tentava passar pelos mil carros que corriam a duzentos por hora. Madisen se desvencilhou de meus braços, mas continuou a se debater e a chorar sem parar.

–Me larga, seu cruel! Me larga, eu tô com raiva de você!

–Quietinha, você tem que me entender!

–Sério?! – com um impulso, ela conseguiu se afastar de mim, mas continuou a me olhar com desprezo. – Sério que é esse lance de “não é você, sou eu”?

–Está fazendo uma cena. – sussurrei, olhando para baixo. Isso seria mais difícil do que imaginei.

–Eu não dou a mínima para quem estiver nos olhando! Não venha com essa conversa fiada, Freddie! Eu sempre te tratei com carinho, você é minha prioridade, você é meu mundo, Freddie! Não pode me abandonar! – Madisen revirava os cabelos, como se estivesse realmente ficando louca com tudo aquilo. Ela desistiu, se jogando no chão e colocando as mãos no rosto, chorando.

Com cuidado, tentei me aproximar.

–Não queria que fosse desse jeito. – coloquei a mão em seu cabelo, contudo ela a tirou rispidamente.

–Mas é.

–Não faz isso.

–Não faz isso você. Não me abandona, Freddie. Você está diferente... Não me quer mais. Me fala, isso é porque eu engordei, não é? É porque eu não caibo mais naquela blusinha amarela que você tanto gosta. Não me acha mais atraente como antes.

–Pelo amor de Deus, Madisen! Claro que não! – acariciei seu rosto com cuidado, e enfim Madi me olhou. Tinha raiva.

–Ah, já sei o porquê. É por causa daquela vadia da Samantha Puckett. Você está apaixonado por ela, não por mim.

Aquilo não pôde descer pela garganta.

–Já te pedi pra não falar dela assim. – Ergui as sobrancelhas.

–Vadia! Vadia Puckett! Você a quer, vá atrás dela! Como pôde, Fredward? Como?

Coloquei a mão na nuca e me virei para trás, procurando uma calma que não havia em mim. Madisen já estava me tirando do sério. Eu tinha a mão fechava e a apertava cada vez mais, querendo dar um soco em qualquer lugar onde me machucasse e eu finalmente liberasse a raiva, dando espaço à dor. Mas, ao invés disso, só suspirei. Madi me olhava ainda sem uma expressão decifrável.

–Quero distância de você. Te amo tanto e você me troca assim, do NADA!

–Eu vou te levar pra casa, e vou te dar um tempo para você entender a verdade.

Sem esperar suas interrupções, segurei bem firme por baixo de seu vestido, tentando tocar o mínimo em suas pernas o possível, e a joguei no carro, trancando a porta. Sabia que isso era errado, mas se Madisen ficasse ali, na rua, poderia fazer uma loucura. Com a velocidade máxima do meu carro, cruzei algumas esquinas e passei em faróis vermelhos, só para enfim chegar no prédio dela. Madi tentou me estrangular algumas vezes, nada que um empurrão não a sossegasse. Estava fora do sério.

Estacionei, me virando para trás. Madisen tinha a maquiagem borrada, e tentou pular a janela. No entanto, eu a segurei. Ela precisava ouvir o que eu tinha para dizer.

–Você me conhece bem. Não muito bem, mas bem o bastante para saber que nunca tive a intenção de te machucar. Eu gosto de você, Madisen.

–Você é um ogro, e eu te desprezo com todas as minhas forças. – cuspiu em minha cara. Aquilo não machucou tanto quanto ouvir a minha loira ser xingada de vadia. Por isso, relevei.

–Está precipitada. Tome um banho, durma. Amanhã eu passo aqui cedinho, e a gente conversa civilizadamente.

–Não vai passar nem pelo portão. – mais uma vez, soltou sua farpa sem piedade. – Posso sair agora ou quer me estuprar pra depois me jogar no lixo?

–Vou ignorar tudo isso que está falando porque você é impulsiva, mas não posso mentir para você. Sim, estou apaixonado por outra. Foi por isso que tomei essa decisão. Não vou fingir algo que não existe, e possivelmente nunca existiu.

As lágrimas rolaram mais uma vez de seu rosto, e Madisen abriu a porta, dessa vez bem calma.

Antes de sair, ela me lançou um olhar. Não tinha desprezo, nem raiva, nem angústia, nem fúria.

–Da próxima vez, me prenda com algemas e me dê facadas até a morte. Iria doer menos.

Madi bateu a porta, correndo para dentro do prédio.

Estiquei a cabeça, e assim que Madisen entrou no bloco de seu apartamento, liguei o carro e arranquei em frente. Naquele momento, eu não sabia o que pensar. Tinha acabado de dizer a Madisen, que me ama por quem sou, que ela foi cruelmente trocada. E por alguém que nem sei se sente o mesmo.

Talvez eu saiba. Ela tem que sentir. Eu a amo, e sei que fiz a coisa certa.

Olhei meu celular no console, e desbloqueei a tela. Estava quase chegando na rua da casa de Sam, e estava quase ligando a ela para saber se poderia passar lá. Eu já fui corajoso o suficiente hoje terminando com alguém tão importante para mim como Madi, seria muito fácil dizer a verdade para Sam. Dizer que eu a amo e a quero na minha vida...

Sam não atendia. Talvez não estivesse em casa. A coragem tinha desaparecido. Sam deveria ter saído. De repente, ido visitar a mãe dela. Eu passo lá outro dia...

Por: Sam

Eu suspirava, enquanto cobria meu corpo com o lençol de seda bege. Não conseguia estabilizar a respiração.

Virei a cabeça para o lado, e Freddie tinha seu peito desnudo e meio moreno molhado de suor, mas pisquei fortemente e Harry voltou a seu lugar. O nerd tinha se instalado na minha cabeça novamente. Eu havia o visto de novo. Logo, o sorriso saiu do meu rosto.

–Incrível como sempre, Sam. – seu sussurro penetrou meus ouvidos, enquanto sorria descaradamente.

–Sei disso. – disfarcei, ainda pensando naquele moreno idiota.

–E me desculpe. – Ele se distanciou de mim, sentando na cama. Eu ergui as sobrancelhas, fazendo o mesmo mas sem largar o lençol.

–Pelo quê? – ri, de repente. Harry coçou os olhos, mirando meu rosto.

–Por quebrar minha promessa.

Eu pisquei de novo, para saber se eu não estava fantasiando nada.

–Se falar algo que fizer sentido, eu agradeç...

–Quebrei minha promessa! – ele gritou, levando as mãos à cabeça. – Eu prometi que não ia me deixar envoler, e deixei, tá legal? Eu... eu não posso mais ficar longe de você. Disse que tinha uma quedinha por você? Era mentira. Tá mais para um abismo inteiro.

–Har...

–Por favor, Sam... – ele voltou a segurar em meu rosto, dessa vez ficando e me deixando de joelhos na cama. O lençol caiu. – Só me diz que sente o mesmo.

Apertei os olhos. Aquilo só poderia ser um pesadelo.

–Não posso. Porque não sinto. Sai daqui agora. – eu fechei os olhos com força.


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Notas finais do capítulo

Dá até para acreditar na Madisen cínica, não dá? Sério, até eu fiquei com pena dela. Hello, Harry. Goodbye, Harry. ACABOU SARRY :) QUEM TÁ FELIZ BATE PALMA!



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