Más Intenções - Litor escrita por Mari W


Capítulo 29
Capítulo 29 - Não Pode Ser Real




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Dinho havia contado pouco de sua ideia pra Orelha, apenas dando umas instruções pra ele ficar do outro lado do hostel quando ele avisasse , escondido, com o celular à postos. Ficou na recepção do hostel, esperando Fatinha sair dali pra alguma emergência para poder roubar a chave do quarto 11. Não era o único quarto vago para aquela noite, então aproveitou e pegou as duas chaves restantes de quartos vagos ali. Quando Fatinha voltou, não demorou muito para perceber que o quadro de chaves estava vazio.


– Como assim?? Cadê as chaves? - Disse ela, gritando pelo hall. - Micheeeel! - Chamou ela.

– Ele deu uma saída assim que você saiu da recepção. - Disse Dinho. - O que houve? - Fatinha olhou pra ele desconfiada.

– Eu espero que não tenha sido você, Dinho.

– Eu o que?? - Disse Dinho, se fazendo de louco.

– Muito estranho essas chaves sumirem justo hoje!

– O que tem hoje?

– Ah, para, Dinho! Hoje que a Lia e o Vitor vem pra cá.

– Eu nem sabia disso, Fatinha. Que coisa é essa? Tá me acusando de roubo?

– Não, to te acusano de louco de ciúmes, mesmo!

– Não foi eu, tá bom?

– Olha, a mim você não engana! - Respondeu Fatinha, o olhando feio.


Vitor pensou de cara no esforço que Lia estaria fazendo por ele, vestindo aquela roupa. Ele entendeu na hora. Pelo que conhecia dela, só pagando ou ameaçando a vida de alguém que ela gostasse, pra ela usar esse tipo de roupa. Reconhecer o que ela estava fazendo por ele só conseguiu o fazer sorrir. Mas o que ela não entendia era que ele estava com ela justamente por ela não se vestir como as outras, não pensar como as outras, não ser como as outras.


– Boa noite, garotas. - Disse Vitor, em uma voz sedutora. Mesmo notando a presença de Ju, ele não conseguia desviar os olhos de Lia.

– Bom... Obviamente é minha hora de ir. - Disse Ju, pegando sua bolsa e saindo de fininho. Vitor deu passos lentos em direção a Lia, ainda observando todos os detalhes dela. Deu um beijo demorado em seu rosto e a olhou de cima para baixo.

– Imagino que você esteja ansiosa pra hora que eu vá tirar essa sua roupa. - Disse Vitor, fazendo Lia rir.

– Você não tem ideia. Valeu o esforço?

– Você tá linda. Mas eu acho que uma camiseta dos Foo Fighters fica mais linda ainda em você.

– O que quer dizer com isso?

– Eu quero dizer que você pode tirar esse salto e botar um all star. Eu quero dizer que eu não ligo pras roupas que você usa, Lia. É óbvio que você tá maravilhosa. Mas você tá sempre maravilhosa e isso é covardia. Não precisa tentar me impressionar com tudo isso. Eu gosto de você, bem do jeitinho que é. - Lia abriu um sorriso inegável. Tirou os saltos rapidamente e os chutou pra baixo da cama.

– Você não pode ser real. - Disse ela, passando a mão no rosto de Vitor.

– Eu sou, ué.

– Se importa se eu ficar com esse vestido pra gente não perder tempo mais?

– Não... - Vitor se aproximou do ouvido de Lia e sussurrou. - Uma peça só é mais fácil de tirar.

– Idiota. - Disse ela, empurrando ele de leve.


Depois de calçar um tênis, Vitor e Lia foram até o hostel, se agarrando a todo momento pelo caminho. Fatinha, ao perceber a entrada dos dois, fez imediatamente uma cara de pânico.


– Ferrou! - Disse ela baixinho.

– Boa noite, Fatinha. - Disse Vitor.

– Boa noite, pombinhos. Não sou de rodeios então, lá vai: Ferrou a noite.

– Como assim? - Vitor e Lia perderam o sorriso com o anúncio.

– É... Eu não sei o que aconteceu, as chaves sumiram.

– Que estranho. - Disse Vitor, desconfiado. - O Dinho não teria feito nada do tipo, né?

– Que isso, Vitor. - Disse Lia. - O Dinho é idiota, mas não a esse ponto. Eu acho.

– Olha, pessoal. Só posso desejar boa sorte pra achar um lugar a essa hora. - Disse Fatinha.

– Agora é bem difícil, já que tá meio tarde pra sair de moto por aí.

– Pessoal, amanhã o negócio é certo. Eu supervisiono a chave se for preciso.

– Por mim não tem problema. - Disse Lia, virando para Vitor. - Se quiser pode ficar lá em casa hoje. Mas a Tatá dorme no meu quarto, não tem jeito.

– Ah, se vai rolar amanhã, hoje eu tenho que ir pra casa da dona Rosa, fazer umas tarefas da semana. Mas que droga isso. Tá mal explicado.

– Tá mesmo, mas, gente... Sem pressa, né. Tudo bem que os hormônios de vocês tão quase explodindo mas se acalmem.


Vitor continuou muito irritado pelo acontecimento, mas alguns beijos de Lia foram o suficiente pra o acalmar. Afinal, eles teriam realmente muito tempo pra fazer aquilo. Ele não queria acreditar que Dinho teria feito aquilo, achava que era só implicancia, e apenas se Dinho fosse muito, muito idiota, ele faria algo do tipo. Mas afinal, será que ele não era?


– Amanhã eu te busco mais cedo até. Se "alguém" roubar as chaves do hostel, eu preparo um plano B.

– Certo. - Disse Lia, parando de andar quando os dois chegaram na frente da casa dela.

– Você gostou do anel mesmo? - Vitor pegou na mão da namorada, admirando o quanto o anel combinou com ela.

– É lindo, Vitor. O melhor presente que alguém poderia me dar.

– Amanhã mesma hora e mesmo lugar, certo?

– Mesma hora, mesmo lugar e roupas diferentes. - Os dois riram.

– Isso!


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Notas finais do capítulo

Não quero ver ódio no coraçãozinho de vocês porque a noite babou. Lembrem-se que cenas hot estão à caminho!
Não prometo que postarei amanhã porque eu tenho uns trabalhos absurdos pra fazer, mas darei o melhor pra postar nem que seja um capítulo mais curto!
Não se esqueçam também que, se quiserem ver mais de outro personagem, se tem alguma situação boa pra fanfic ou se quiserem bater um papo, vocês podem mandar por aqui ou por mensagem!
Obrigada por lerem ;)