Querido diário,

Hoje eu acordei e vi que meus pais não estavam em casa e isso me deixou feliz, ultimamente não gosto nem de ouvir a voz deles, pois eles sempre estão brigando. Tomei café e depois passei um bom tempo no telefone com Brittany e Santana, essas meninas sabem de tudo o que acontece com todo mundo, não sei como conseguem...

Depois de muita conversa, fui escolher uma roupa para me arrumar, não tinha desistido da minha ida a praça, queria ver a baixinha adorável novamente e se eu não a achasse no parque iria procura-la em qualquer outro lugar. Aqueles olhos cor de chocolate ficaram gravados na minha mente, não é como se fosse fácil esquece-los.

Com o passar do tempo uma ansiedade começou a se apoderar de mim e eu não sabia de onde vinha essa ansiedade. Não demorei a ficar pronta e logo fui para a praça. A baixinha adorável não estava lá, o que me deixou muito triste, mas eu achei melhor esperar. Fui até a minha árvore e fiquei lá com o meu livro, mas a todo momento eu olhava em volta para ver se eu achava a baixinha adorável e a cada vez que eu não a encontrava meu coração doía mais. Será que eu não a veria? Ver ela era a coisa que eu mais queria...

Fechei o meu livro e comecei a comer uma maçã, já tinha desistido de ver a baixinha no parque novamente, iria procurar ela em outros lugares e só descansaria quando eu a encontrasse, não é possível que ela fosse fruto da minha imaginação, me recuso a acreditar nesta hipótese. Acabei de comer minha maçã e fui jogar o resto no lixo e quando estava retornando para o meu lugar eu vi a baixinha adorável sentada no lugar em que ela estava na primeira vez em que eu a vi, e meu coração ficou tão leve que não pude conter o meu sorriso para ela. Eu soube que ela estava me olhando e isso me fez ficar mais feliz ainda. Com um pouco mais de esperança voltei a ler o meu livro e fiquei pensando no que poderia fazer para me aproximar da baixinha, não conseguia me concentrar no livro, então desisti de ler o livro, olhei para a baixinha que estava me encarando e sorri, ela fez uma careta fofa e isso fez o meu sorriso aumentar mais ainda. Guardei o meu livro e caminhei lentamente em direção à baixinha sem desviar o olhar dela, eu estava um pouco apreensiva e ansiosa, será que ela se assustaria?

Cheguei educadamente e perguntei se poderia me sentar e ela apenas assentiu. Comecei a conversar com ela e era tão fácil falar com ela que eu mesma me surpreendi. Seu nome é Rachel Berry, tem 16 anos, se mudou para Lima com os pais tem pouco tempo e vai estudar no McKinley, o que me deixou feliz, significava que eu a veria várias vezes. Ela me contou que viu o ex-namorado beijando outra garota e eu pensei em como ele foi um completo idiota. Percebi que ela gostava de falar e eu poderia ouvir a voz dela por muitas horas e nunca me cansaria. Ela me deixou hipnotizada, ela é tão linda, tão adorável e tão baixinha, que eu queria abraçá-la e protegê-la de tudo.

Amanhã nós vamos nos ver aqui de novo e eu não poderia estar mais feliz com isso. Rachel Berry parecia ter me dado um sopro de vida e eu não deixaria escapar.

Cheguei em casa tão leve que nem notei meus pais, dormi profundamente pensando no quanto amanhã será perfeito.