A vida normal de uma garota normal (ou não) escrita por Lholi


Capítulo 22
Capítulo 22




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Eu estava em casa, jogando Xbox quando a campainha tocou. Resolvi atender. Quando abri a porta, era Annekin, ela estava chorando muito. Pedi para ela entrar e se sentar no sofá da sala, fui buscar um copo de água e pedi para ela me explicar o porquê disso.

Ela tentou falar entre soluços e mais choradeira. Falei que ela poderia chorar o quando quisesse, que eu esperaria para ela me contar tudo quando conseguisse. Peguei uma caixa de lenços de papel e entreguei pra ela. Depois de mais ou menos meia hora, ela parou de chorar e tentou explicar o que havia acontecido.

Annekin falou que ela estava indo visitar o George no hospital, mas quando chegou lá, haviam dito que ele não estava mais entre nós. Ela foi falar com os parentes dele, se informar mais sobre o que aconteceu. Eles estavam chorando, falaram que George já havia partido pois a doença venceu dessa vez. Annekin veio direto de lá para minha casa, chorando o trajeto inteiro.

Tentei consolá-la, mas eu sabia que aquilo não daria certo, então fiz uns biscoitos para nós comermos e conversarmos. Enquanto eu cozinhava, ela estava na sala chorando mais ainda. Eu não sei como é a dor de perder alguém muito querido, então não poderia ajudar muito.

Quando os biscoitos ficaram prontos, levei até a sala junto com um suco de melancia. Ela disse que estava triste demais para comer, então tentei falar algumas coisas engraçadas ou sem sentido, isso sempre anima ela, mas dessa vez não funcionou.

-Ah... Annekin...- dei um abraço nela.- Come pelo menos um biscoito, vai! Juro que eles vão te animar!

Ela pegou um biscoito e mordeu.

-Hm...- murmurou mastigando.- Você cozinha bem.

-Já posso casar?- perguntei rindo.

-Pode, e me chama pra ser madrinha!- ela falou dando um sorriso.

Nós rimos um pouco e ela pareceu ficar mais feliz. Annekin se levantou, me agradeceu e disse que iria voltar pra casa agora (ela mora à 3 quarteirões daqui de casa).

Depois que ela foi embora, voltei a jogar Xbox enquanto comia uns biscoitos (não quero  me gabar, mas eu cozinho bem mesmo).

A porta da sala se abriu e minha mãe entrou.

-Oi mãe, como foi o trabalho?- perguntei sem tirar os olhos da TV.

-Ah... cansativo como sempre... Quando você começar a trabalhar, vai ver que tem muito vagabundo ao seu redor.- ela falou indo em direção ao quarto.

-Disso eu já sei, tem muito vagabundo na minha escola.

-Minha filha, vagabundo tem em tudo quanto é lugar.

-MÃÃÃÃÃÃEEEEEE!- gritei.

-QUE FOOOOIIIII?- ela gritou do quarto.

-Nada não.- falei voltando a jogar.

Ela apareceu na sala e ficou me olhando com aquele maldito olhar de reprovação. Dei um sorriso amarelo pra ela.

Já eram 18:00, fui para o meu quarto ler um pouco, faltavam só 3 capítulos para acabar o livro. Meu pai chegou do serviço e me deu “oi”, retribui com outro “oi”. Quando terminei o livro, minha mãe entrou no quarto e ficou me olhando por alguns segundos, depois ela disse:

-Thei, preciso te levar ao cabelereiro pra cortar essa franja, ela tá muito comprida.- ela disse chegando perto de mim e mexendo no meu cabelo.

Concordei com ela, que depois saiu do quarto. Fiquei olhando para o nada por alguns minutos. Sabe quando você fica meio hipnotizado por algum objeto aleatório e não consegue tirar os olhos dele por alguns segundos? Era bem isso o que estava acontecendo.


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