Se passou uma semana, eu ainda estava procurando pelo George Franklin. Existem muitos Georges Franklin!  Pedi ajuda para Annekin e Sanne para tantar encontrá-lo. Eu queria mesmo ajudar esse cara. Fui pedir ajuda para o Gary também.

Falei para ele tudo o que havia acontecido e o porque de eu querer ajudar esse cara. No começo ele ficou com ciúmes (achei aquilo um pouco fofo), mas depois disse que o irmão dele trabalha no mesmo hospital que o que eu fui, então iria pedir para ele ver isso. Eu agradeci e no dia seguinte fui no hospital encontrar o Gary como tínhamos combinado.

Chegando lá, ele estava daquele mesmo jeito de sempre, camiseta, calça jeans e Chuck taylors (eu amo muito tudo isso). Eu estava do mesmo jeito que ele.

-Oi Gary. Falou com o seu irmão?

-Sim, ele já vai aparecer aqui...- falou ele olhando para o relógio em seu pulso.

Enquanto isso, ficamos conversando um pouco. Até que um cara bem alto, de cabelo castanho, olhos verdes, usando um jaleco de médico, nos cumprimentou :

-Oi Gary. E você deve ser a namorada dele né? Thei?

-Sim, sou eu mesma.- falei apertando a mãe dele.

-Então, eu sou o irmão dessa cara que é seu namorado. Meu nome é Thery. Cai entre nós, como você consegue gostar desse cara feio, chato e irritante?

Eu ri um pouco e Gary ficou meio sem graça.

-Então...- falou Gary tentando mudar de assunto.- Thery, achou o tal do George?

-Ah, descobri que ele é um dos meus pacientes, ainda bem que vocês chegaram agora, ainda é horário de visitas. Vou leva-los ao quarto dele.

Pegamos identificações de visitantes e fomos atrás do Thery. Entramos no quarto e vimos um garoto deitado em um cama, ele estava vendo TV.

-Oi George! Tudo bem cara? Está sentindo alguma coisa?- perguntou Thery.

-Ah... só m pouco de sede... poderia pegar um copo de água pra mim?- disse George um pouco rouco.

Thery pegou o copo d’água para George e nos apresentou:

-George, esses dois vieram aqui pra falar com você. Esse carinha ae é meu irmão e a garota é namorada dele.

-Oi, meu nome é Thei, prazer.- falei .

-Oi, eu sou Gary.

-Oi.- ele respondeu.

-Então, vou deixar o que eles tem pra te falar a sós com você. Se precisar de algo, é só apertar aquele botão.- disse Thery apontando para o botão vermelho ao lado da cama.

Comecei a explicar para George o porque de nós dois estarmos alí, ele não parecia prestar muita atenção, então falei que nós queríamos ajuda-lo e ele pareceu dar um pequeno sorriso.

-Mas eai George? Quantos anos você tem? – perguntou Gary.

-15, acho que ainda é muito cedo pra eu morrer. To aqui no hospital faz algumas semanas, a comida daqui é horrível!

Nós rimos e continuamos a conversar mais um pouco.

-Então George, vamos vir te visitar toda semana ok?- falei dando um sorriso.

-Caralho, isso vai melhorar muito meus dias aqui.- ele respondeu.

Gary aparentou ficar com um pouco de ciúmes.

-Acho que seu namorado não gostou muito da ideia.- falou George.- Cara, não precisa ficar com ciúmes dela não, acabei de conhecer vocês dois. E acho que ela não gostaria de namorar um cara que está prestes a morrer, não é?

Eu ri um pouco, Gary fez o mesmo.

Uma enfermeira entrou no quarto e disse que estava na hora de colocar um medicamento no soro de George para ele dormir. Nos despedimos dele e ele logo caiu no sono.

Saímos do hospital e fomos andando para o shopping da praça, que era logo alí perto.

-Gary, o que você achou do George? – perguntei enquanto andávamos.

-Ah, ele parece ser um cara legal, é engraçado até mesmo sabendo que vai morrer.

-Você ficou com ciúmes dele?- perguntei rindo.

Ele não respondeu. Fiz cócegas nele, que acabou falando:

-Claro ne! Ter uma namorada bonita assim como você não é fácil! Tem um monte de marmanjo de olho!- ele disse me passando o braço envolta da minha cintura e me aproximando dele.

Eu ri um pouco e disse que eu não era tudo isso. Ele me beijou e continuamos a andar abraçados.