Angel escrita por Dayane Alves de Oliveira
Para sua sorte, ninguém havia chegado ainda. Então ela tranquilamente se rocou e se deitou para dormir. Mas na verdade, ficou repassando na mente, varias e varias vezes o ‘beijo’ com Raphael. Quando de repente ouviu um grito na sala:
-ANGÉLICAA!
-Oooi! –Ela gritou de volta.
-Onde você está? Vem aqui! –Disse a vó.
Angélica levantou da cama com raiva e foi até a sala, para sua surpresa, a vó parecia com mais raiva ainda:
-O que foi? –Perguntou Angélica com medo.
-Me diz que é mentira o que eu acabei de ouvir!
-O que você acabou de ouvir? –Mas ela já sabia do que a vó falava.
-Que você e envolveu numa briga de rua!
-Ah... –Ela olhou para Natália que parecia satisfeita com a situação.
-E está namorando aquele criminoso. –Essa frase saiu então com mais ódio ainda.
-É mentira. –Disse se hesitar.
-E ainda tem coragem de mentir pra mim?
-Foi você que mandou!
-Eu esperava o mínimo de dignidade da sua parte.
-Dignidade?
-Em admitir.
-Mas eu não fiz nada!
-E as pessoas estão falando por que não tem nada melhor pra fazer?
-É.
-Eu não acredito em você.
-Mas vó, não foi culpa minha, o idiota me atacou e eu me defendi.
-Ah, só isso?
-Você queria que eu deixasse ele fazer o que quisesse comigo?
-Você podia ter gritado! Além do mais, não devia ficar andando sozinha por aquele lugar.
Angélica cruzou os braços ,incrédula. E a vó continuou:
-E quanto a aquele garoto?
-Que que tem?
-A quanto tempo estão escondendo isso?
-Mas eu não estou namorando com ele!
-As pessoas da cidade viram vocês juntos.
-Eu já disse que não tenho nada com ele.
-Como não? Eu estou vendo a verdade nos seus olhos... Quando vocês se encontram? Hã?
Angélica ficou ofegante.
-Claro. Só pode ser isso. –Disse a vó.
-Isso o que?
-Suas saídas á tarde. Só pode ser pra encontrar com ele.
-Não.
-Agora eu entendo por que sempre vejo ele saindo de casa c pouco depois, ou antes de você.
Angélica começou a chorar, enquanto a vó começou a gritar mais, xingando e prometendo que isso não aconteceria nunca mais. Ela aguentou os insultos calada. Principalmente pela vontade que tinha de rir, ao ver a vó gritando pela janela, na esperança que Raphael também escutasse. Depois de mais ou menos uma hora, ela pode ir para o quarto dormir.
Mas não dormiu. Ficou pensando no que iria fazer e na injustiça da vó. Por que ela a julga tanto afinal? Quanto mais pensava, mais chegava a conclusão que a vó a odiava, e que ela odiava a vó.
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