Angel escrita por Dayane Alves de Oliveira


Capítulo 14
Capítulo 14




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Numa tarde qualquer, então, quando, excepcionalmente estava calor, pegou um livro e se sentou na varanda, na cadeira de balanço do avô. Começou a ler. Enquanto passava pelas paginas do livro, ouviu barulho de agua e olhou pra frente.

Raphael estava em frente de casa, sem camisa, lavando sua moto. Parecia que já tinha terminado de conserta-la, sem conseguir se controlar, Angélica mordeu os lábios enquanto observava o rapaz. Como sempre, Raphael sentiu que estava sendo observado e olhou pra ela, mas dessa vez não encarou, apenas olhava de vez em quando, só pra ver se ela ainda estava olhando também. Sem paciência pra esses joguinhos, ela entrou e casa, e ele ficou sem entende-la.

Mais um dia se passou, e ao voltar da escola na sexta-feira, viu  Raphael novamente em frente de casa, trabalhando em sua moto.

Quando se preparava pra passar reto, tomou coragem e falou com ele:

-Oi.- Disse sem demonstrar nervosismo.

-Oi. – Disse um tanto confuso.

-Tudo bem?

-Tudo. –Ele não perguntou se ela estava bem de volta, achando estranha a atitude dela.

-Desculpa vir falando assim com você, você provavelmente nem lembra de mim né?

Ele levantou, e disse:

-Angélica né? Claro que eu lembro.

Ela sorriu, tranquilamente, com á muito tempo não fazia, e disse:

-Que bom, somos vizinhos agora, eu voltei a morar com a minha vó.

-Ahh.

Quando Angélica apontou para a casa da vó viu sua tia na janela á observando. Ela lembrando de toda a conversa no jantar sobre ele, disse rapidamente:

-Eu tenho que ir agora. Foi bom falar com você. Tchau.

-Tchau.

Entrando em casa, foi passando direto pela tia, mas ela á chamou:

-Angélica!

-Oi tia?

-O que você estava falando com aquele menino?

-Nada.

-Parecia alguma coisa.

-Só cumprimentei. Ou nem isso eu posso?

-Vê lá o que você ta fazendo... sua vó não vai gostar quando souber.

-Até por que ela não vai né?

A tia, apenas respirou fundo e não disse nada, enquanto Angélica foi para o quarto.

Angélica, deitou na cama e se sentiu satisfeita de ter falado com Raphael.

Finalmente tinha se sentido a vontade com alguém naquela cidade.

Mas logo, se obrigou a para de pensar nisso e começar a fazer uma droga de trabalho de filosofia, que era pra entregar já na segunda feira, pegou o Notebook e começou a pesquisar.

Quando já era quase quatro horas, Natalia chega toda animada:

-Ei!! Combinei com meu amigos do grupo de irmos tomar sorvete mais tarde. O que vc acha?

-Legal .- Disse se desligando um pouco da pesquisa.

-Otimo! Se arruma enquanto eu tomo banho.

-O que? Eu não vou.

-Mas você disse que seria legal.

-Legal pra vc, não pra mim.

-Ahh. –Ela pareceu decepcionada então Angélica disse:

-Ta bom eu vou.

-E!!!!! Já venho. -Disse Natalia indo tomar banho. Não eram nem cinco da tarde e já estava muito frio.

Angélica colocou seu Trench-coat branco e esperou Natalia na sala, enquanto conversava com o avô. Não estava com nenhuma vontade de se arruma então, apenas passou um pó compacto e só.

Natalia demorou uma hora unteriara pra se arrumar. Escolheu pacientemente a roupa, se maquiou, se perfumou, e enfim foi para a sala encontrar Angélica.

Quando ela se levantou do sofá, para irem, ela disse, perplexa:

-Você vai assim? –Apontando para o all-star de Angélica.

-Algum problema?

-Ahh, você bem que podia por uma coisa mais... especial.

-Eu vou, isso já é especial.

-Por favor!!!

Angélica revirou os olhos e foi para o quarto, colocou um sapato de salto e com Natalia alegre saíram, foram atravessando a rua e Angélica percebeu que estavam indo para a casa de Raphael.

-O que estamos fazendo aqui?- Perguntou ela, olhando para traz se certificando que a vó nãos as visse na casa dele.

-Chamar minha amiga ué?

-Sua amiga?- Nesse momento, Raphael abriu a porta, ele estava sorridente e ficou ainda mais ao ver Angélica.

-Pois não?

-Oi, a gente não vai demorar. - Disse Natalia entrando na casa, puxando Angélica pelo braço e indo em direção ao quarto de Amélia, irmã de Raphael.

Angélica nem teve tempo de olha-lo de tão desesperada que Natalia estava para entrar e sair o mais rápido possível.

Foram até o quarto, ajudaram Amélia a terminar de se arrumar e saíram.

Ao saírem, Raphael estava lendo no sofá, Angélica tentou ver qual livro era mas não deu tempo, Natalia á puxava rapidamente para fora da casa.

Foram andando até a sorveteria e chegando lá, já tinha um grupo grande ás esperando.

Enquanto, Natalia e Amélia se socializavam fácil. Angélica, sentou numa mesa qualquer, com os cotovelos apoiados na mesa, estava completamente entediada. Não tinha nada a ver com ninguém alí, além do mais, estav um frio congelante, pra que ela ia querer tomar sorvete? Ideia ridícula-pensou ela- Uma sorveteria na cidade mais fria do país.

Enquanto via todos conversando, sentiu saudades de quando fazia isso com seu amigos de verdade. Em cada um presente ela procurava uma Carol e um Miguel.

Mas só pensava em poder tira-los do pensamento e abraça-los. Pediu um sorvete de limão, com calda quente, ao levar a primeira colherada á boca, se lembrou da primeira vez que tinha dividido um sorvete com Leo, Ele estava sem dinheiro então compraram um sorvete só e foram comendo, até que no final começaram a disputar quem terminaria o sorvete e ele derreteu na mão dos dois deixando eles completamente grudentos. Ela riu no mesmo instante em que sentiu uma lagrima escorrer em seu rosto. Tentou evitar, mas mais lagrimas vieram, olhando pra baixo, ela tentou disfraçar. Mas viu que ninguém prestava atenção nela, quando Raphael entrou na sorveteria e todos ficaram calados. Não entendeu porque de tudo aquilo, afinal, era só um jovem tomando sorvete, mas ele pareceu triste quando pegou o sorvete e foi saindo da sorveteria, lançando um olhar rápido pra ela, voltou pra casa.

Já eram quase dez horas quando Angélica, que tinha perdido Natália de vista, começou á procura-la por todos os lados.

Saindo da sorveteria, á viu, sentada num banco da praça com um rapaz. Estavam se beijando, e Angélica sentiu de novo, aquela saudade de Leo.

Se aproximou e chamou a prima:

-Natália.

Natália olhou assustada, mas logo  se recuperou e disse:

-Angélica! Esse é meu namorado: Eduardo, ou Edu, você escolhe. Rs’

-Oi Edu.- Disse educada, mas se virando para a prima, falou: -Vamos?

-Vamos, eu vou só me despedir e te alcanço.

Angélica saiu andando na frente, alguns minutos depois, Natália á alcançou, ofegante:

-Você anda rápido hein?

-Rs’ desde que voltei a andar, faço isso cada dia com mais prazer!

Ela começaram a caminhar em silencio, e Natália falou:

-Desculpa te apresentar meu namorado assim. Sei da regra da minha vó pra você.

-Tudo bem.

-Você ficou chateada.

-Não é por sua causa. Só... achei que a vó fosse mais justa.

-Ela é... do jeito dela.

-Pode ser, vai ver, errado mesmo é o meu gosto pra namorados.

Ela saiu andando novamente. Foram em silêncio até em casa, e em silêncio foram dormir.


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