Deathwish escrita por Nero00


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Segunda parte...



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Deathwish [[Just the way it goes]]

ATO 16: Uma pequena explicação

-Não… - eu chorei e balancei o corpo dela. Minhas mãos doíam. Como é que ela podia estar morta em meus braços? A balancei de novo, acho que tinha esperanças que ela acordasse. Mas no fundo eu sabia que não.

[A partir de agora eu irei narrar nossa história. Espero que não se importem com essa mudança brusca de narrador, eu não lido direito com as palavras, se eu escrevo pode ter certeza de que vou colocar no papel tudo o que está martelando em meus ouvidos, sejam coisas boas ou ruins. E esse é o problema... Esse meu violento lado emocional.
Bem, aqui segue a história. Aqui segue o meu “Deathwish”...]

Eu a havia perdido mais uma vez, e aquela parecia ser a pior de todas. Porque eu não tinha a menor idéia de para onde ela estava indo!
O corpo dela estava quente, tão quente quanto o meu, era o corpo de alguém vivo.
Senti tanta raiva, tanta dor. E queria arrancar os cabelos de minha cabeça porque eu não entendia boa parte das coisas que estava acontecendo ali e pra completar a pessoa que eu amava tinha ido embora, mais para longe de mim do que das ultimas vezes.
Eu me debatida, chorava alto. Eu queria morrer.
Não sabia que esse ia ser o dia mais sofrido da minha vida. As pessoas que eu amava haviam morrido, eu estava ficando cada vez mais sozinho. Como é que se encara uma coisa dessas?

Aquele cara riu. E aquilo foi a gota d água!
Eu voei em cima dele e o derrubei.
Uma, duas, três vezes. Eu soquei o rosto dele até que o nariz dele se tornasse só uma massa de carne avermelhada.
- AAAHHHH! SEU MALTIDO! SEU MALDITO! – minha voz saiu rouca. Acertei mais o rosto dele, o terno branco que ele usava ia ficando encharcado de sangue, ia mudando de cor.
- Não adianta.... – ele disse ofegante e machucado, quando eu parei, também sem fôlego, me cuspindo sangue na cara enquanto falava.
- Você a matou. – eu já nem ligava para as minhas mãos, eu não as sentia mais.
- Ela se matou. Foi o que ela mereceu.
- Cala essa sua boca.
Olhei para trás e vi aquele outro sujeito parando perto do corpo da Morte.
- Ei, você também! – gritei. – Saia de perto dela!
Ele me ignorou. Se abaixou perto dela, e começou a chorar.
Fiquei perplexo.
- Esse “amor” é um negócio terrível, hein rapaz? – o tal do Destino me disse. Eu o segurava firme pelo colarinho ensangüentado. – Nos torna fracos, vulneráveis...
Ainda olhava para o cara de capa preta, que aparentava ser bem mais novo do que eu.
E quando olhei de novo para o corpo dela, senti uma inquietação terrível. Exatamente a mesma de quando a vovó morreu. Uma fúria louca. Uma revolta tão grande com o mundo, uma revolta com o... Uma revolta com aquele merda de destino. Destino...
O soltei. E ele caiu no chão totalmente sem forças.
Ele resmungou alguma coisa e arrastou pelo tapete cortado em dois da igreja.
- Ela ia matá-lo. – disse.
-Você estava prestando atenção! Não é tão burro quanto eu pensei. – ele respondeu com sarcasmo e se afastando de mim. Ele era orgulhoso de mais para reconhecer que estava, literalmente, acabado no chão. – Mas não teve muito tempo, como você deve ter percebido.
Olhei de novo para trás e vi ao lado do corpo dela aquela foice enorme. E o brilho que ela emitia me tentou, reforçou o pedido de vingança do meu coração.
A apanhei do chão, e, apesar de todo aquele tamanho, ela não me pareceu pesada, ao contrário pareceu ter sido feita para as minhas mãos quebradas.
O cara de capa preta me viu pegar a foice, mas não fez nada para me impedir. Nos encaramos por um segundo no máximo, e eu sai andando em direção ao Destino.
Ele entendeu o que estava pretendendo fazer quando olhou para trás e me vi me aproximando dele. Eu ia terminar o que a Morte havia começado.
Destino se desesperou quando eu o alcancei e o virei de peito para cima com um chute.
Com as duas mãos segurei o cabo da foice e mirei a lâmina no peito dele.
- Acho que essa cena não combina com você, Gerard Way... – ele me disse se recompondo em um sorriso sujo de vermelho.
Eu não ia responder aquela provocação estúpida.
- Oh! Pobre rapaz... Se você tivesse se comportado melhor comigo eu não teria feito todas essas coisas.
- Vai se foder. – eu respondi.
- Você vai precisar de toda a ajuda possível, quando chegar a sua hora de morrer, garoto. – ele disse com raiva. – Seu drogado, seu suicida. Fique feliz se você for para o inferno. Você nunca mais vai ver ela! E eu vou, vou ficar junto dela para sempre para fazer o que eu quiser!
Acertei a ponta da foice no meio do peito dele, e não precise fazer muita força para que ela se enterrasse fundo. O sangue jorrou e subiu com velocidade, depois abaixou como uma fonte.
Não sei se ele gritou.
A foice ficou cravada em seu peito quando a larguei. E me abaixei perto dele, só para lhe assistir morrendo. E como aquilo era maravilhoso.
Ele gaguejou alguma coisa se afogando em seu próprio sangue. E depois tocou a ferida aberta com a ponta dos dedos.
- Morra de uma vez. – eu disse com frieza como se fosse outra pessoa. Não, melhor dizendo: eu era outra pessoa. Uma pessoa nova, que apreciava a vingança. Uma doce vingança.
- E -eu... E -e -eu...Amava...Ela... – ele disse como se estivesse se confessando a mim.
Eu me abaixei perto do ouvido dele e disse:
- Então morra sabendo que pra sempre você será um rejeitado, seu idiota.

 

 


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