O Deus Sem Nome e o Narciso De Prata escrita por Luiza


Capítulo 15
5ª e 6ª tarefas: A hidra e os cavalos canibais


Notas iniciais do capítulo

Helooou, pessoinhas! Como vão?
Bom, sem grandes enrolações hoje, APENAS UM AVISO: Eu tentei escrever esse capítulo durante três dias e não gostei do resultado. Achei que comparado ao último, que ficou tão bonitinho, esse ficou horrível e eu realmente odiei, então não reparem...
Sem mais delongas, essa bodega:



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Somente quando a fumaça se dissipou que pude ver meus amigos. Agora Constance vestia uma camiseta verde do Time Um, e Nick e Irelia a vermelha do Time Dois. O cinto da Rainha Hylla ainda estava em minhas mãos, e os olhos de Eristeu brilharam de ódio quando perceberam que mais uma das tarefas estava completa.

-Eu achei que tinha sido claro com vocês- disse ele- Mais duas tarefas seriam completadas antes de virem, não três!

-Que diferença faz?- perguntou Jake- Apenas nos dê os pontos e passe para a próxima tarefa!

O rei revirou os olhos, evidentemente contrariado, e estalou os dedos fazendo com que o pergaminho com a lista aparecesse. Eristeu arrancou o cinto de minha mão e o fez sumir, ao mesmo tempo em que dois riscos dourados surgiam sobre as tarefas já realizadas.

Já foram quatro, faltam mais sete.

Corri até meus irmãos e os abracei. Eles não pareciam muito bem, completamente ao contrário de Jake, que estava melhor do que nunca.

-Nós estamos bem, Rose- cantaram Dylan e Daniel em uníssono.

Assenti e me afastei. Era estranho ser a irmã mais nova protegendo os mais velhos, e acho que eles também não se sentiam muito bem com isso.

-Como foi no Mundo Inferior?- perguntei aos meninos.

-Melhor do que eu esperava, para ser sincero- respondeu Nick, dando de ombros e quase sendo derrubado por uma Irelia extremamente contente.

-Eu estava preocupada, Nicholas! Que bom que está bem.

A isso se seguiu uma troca de abraços, e beijos, e agradecimentos aos Deuses por parte deles e Dan e Joonie. Até Constance foi “ajudar” Jake a enfaixar o braço, que estava com um arranhão dos feios. Dylan e eu reviramos os olhos ao mesmo tempo em direção à cena, fazendo Tanner rir.

-É parece que só sobramos nós três- comentou ele.

Meu irmão alternou o olhar entre mim e Tan com dúvida no rosto e então levantou a sobrancelha para em minha direção.

-Três?- perguntou.

-Sim, Dylan- suspirei- Nós três!

Eristeu soltou um grunhido exasperado e agitou as mãos acima da cabeça para chamar nossa atenção.

-Chega desse mimimi!- exclamou o rei- Vocês estão aqui para lutar, portanto... LUTEM!

As grades atrás deles se abriram e ele reapareceu nas arquibancadas, nos deixando sozinhos com... bom, com alguma coisa que sibilava sem parar dentro da jaula. Aos poucos, o monstro foi rastejando para fora, me deixando como o coração mais acelerado a cada segundo. Foi só quando ela expeliu fogo que consegui gritar:

-HIDRA!

Todos pegamos nossas armas, fossem elas espadas, lanças, arcos ou varinhas, e apontamos na direção da serpente/dragão.

-Não cortem!- gritou Joonie para se sobressair aos sibilos das nove cabeças do monstro.

-Não, Joonie, precisamos cortar- contrapôs Constance, fazendo todos olharem para ela com caras de dúvida- Foi como Hércules fez, certo? Cortou as cabeças e as cauterizou com fogo?

Sorri e concordei. Era ainda mais esperta do que eu pensei.

-Sim, vamos fazer isso.

-Com o que?- perguntou Jake- Não temos fogo.

Constance riu e o mostrou a varinha.

-Você que pensa.

Nós não planejamos nada, não falamos nada. Eu montei a vassoura e circulei as cabeças da hidra. Cons, Irelia e Nick fizeram o mesmo, e os outros atacaram do chão. Meu coração estava na boca e eu não tinha mãos o suficiente para me segurar, uma vez que eu tinha de manusear a espada e a varinha.

A primeira cabeça foi cortada, ensopando meu florete com Ícor Dourado. Eu saí de perto para dar espaço aos outros.

-Incendio!- exclamou Irelia, apontando as chamas na direção da cabeça que tentava crescer.

Lá embaixo, gritos de animação.

Parti para a segunda, mas agora o bicho estava furioso. Escapei por pouco das labaredas que poderiam ter me transformado em pó e quase caí da vassoura, porém consegui decepar o monstro. Mais fogo saiu das varinhas.

As cabeças foram cortadas, uma a uma, e cauterizadas, até que tudo que restou foi a carcaça demoníaca da hidra.

Pousamos ofegantes, minha cabeça dava voltas e mais voltas como se meus olhos fossem chacoalhados dentro do crânio. Meus joelhos cederam e meu pescoço pesou, eu quase não senti meu corpo despencando em direção ao chão.

-Rose!- Tanner me conteve antes que minha cabeça atingisse a terra- Rose? Tudo bem?

Tentei colocar minha visão em foco novamente, porém não consegui o fazer antes que risada fria e cruel que eu já não ouvia há tempos ecoasse em minha mente. Arfei como se finalmente voltasse à superfície depois de quase me afogar, abrindo os olhos e enxergando meus amigos. Tanner se encontrava ajoelhado ao meu lado com uma expressão preocupada. Seus olhos me perguntavam se havia sido Dárion, e eu assenti, respirando fundo e me pondo de pé.

-Por que ainda estamos aqui?- perguntei- Não vamos voltar?

-Rose?- chamou Irelia- O que aconteceu?

-Nada. Não foi nada, esqueça. Onde está Eristeu?

O ponto colorido entre as sombras na arquibancada sorriu cinicamente para nós, fez um cone com as mãos e gritou:

-Ainda não acabou, crianças!

Outra cela começou a se abrir. Droga!, pensei ao ouvir os relinchos e os cascos batendo contra o chão, e não pude deixar de pensar o mesmo quando uns trinta, talvez quarenta cavalos castanhos e de dentes afiadíssimos correram em nossa direção.

Alguns deles direcionaram seus olhos maldosos para mim. Peguei minha espada do chão e preparei a varinha. Os sons emitidos por meus amigos não me agradavam, mas eu não ousei olhar para os lados.

Um dos cavalos deu o bote, do qual desviei com dificuldade e quase acabei sendo derrubada por outro. Eles corriam em minha volta como abutres, levantando as patas dianteiras e tentando acertar-me com as traseiras. Com muito esforço consegui matar dois, que se desintegraram, mas ainda restavam quatro.

O maior, que se encontrava um pouco afastado, arrastou o casco direito na terra e correu para mim, seus olhos vermelhos faiscando com a possibilidade de ter uma semideusa para a janta aquela noite.

-Estupore!- antes que pudesse me alcançar, foi lançado para o alto e atingiu o chão com tanta força que também se desintegrou.

Devo ter demorado mais uma meia hora para acabar com todos, mais ou menos ao mesmo tempo em que os outros acabavam com os deles. Um grito de dor alcançou meus ouvidos e fez com que eu pudesse sentir meu coração pulsando em meu peito, quase explodindo quando vi Daniel ajoelhado, o rosto sujo sendo clareado pelas lágrimas de agonia que rolavam por suas bochechas.

Corri até ele e me ajoelhei ao seu lado.

-Dan. O que aconteceu?

Joonie também se juntou a nós, tão preocupada quanto eu. Mais uma vez lembrei-me da profecia, mas ele não estava ferido em nenhum lugar visível... Ou pelo menos não até parar de segurar a mão esquerda.

Onde deveriam estar seus dedos mínimo e anular, agora estavam dois tocos ensanguentados.

-Ah, não.- murmurei- Alguém me traga um pouco de néctar e ambrosia, por favor!

Assim que recebi o que pedira, derramei a bebida divina sobre o ferimento, que começou a se fechar, porém não traria seus dedos de volta. A dor também fora aliviada, mas eu não poderia fazer nada em relação a seu pavor. Ele queria ser cirurgião, eu sabia disso, e agora tinha mais um empecilho em seu caminho.

Eristeu reapareceu na arena e riu como se tudo aquilo fosse muito divertido.

-Desculpe por isso- disse, ainda gargalhando- Mas eu adoro esses cavalos canibais, eles sempre arrancam alguma coisa. Eu aposto que vocês não sabem que Hércules não tem o dedinho do pé.

-Dan, eu sinto muito- falei- Eu—

-Está tudo bem, Rosie. Não... Não tem problema.

Apesar disso, eu sabia que ele estava mentindo.

-É isso mesmo, garoto- retomou o rei- Você perdeu dois dedos, e daí? Vão enfrentar pior agora.

-O que?- exclamamos todos quase ao mesmo tempo.

Eristeu soltou mais umas de suas risadas maníacas e estalou os dedos, nos levando em direção à morte quase certa.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Se não, tudo bem, porque eu também não gostei, então... Comentem aí, apesar de eu saber que ficou um lixo.
~Lu



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