O Deus Sem Nome e o Narciso De Prata escrita por Luiza


Capítulo 16
Faço algo realmente estúpido


Notas iniciais do capítulo

LEIAM, É IMPORTANTE:
Gentinha! Eu sei que está muito desatualizado aqui, mas eu estou com inspiração zero para DSN - Narciso de Prata. Na verdade, tive muuuitas ideias para "O Deus Perdido", próximo da série, e como estou achando que vai ficar maçante de mais para vocês se eu continuar nessa enrolação, eu tive uma ideia, que vou pôr em prática já nesse capítulo: Três das onze tarefas serão apenas mencionadas, e não descritas. Vamos acabar logo com isso, certo? Até porquê, acho que irão gostar muito mais do próximo. Acontecerão coisas que eu sei que estão ansiosos para ver, e o nível de sofrimento de vocês vai aumentar bastante, também.
Bom, isso significa, que estamos na reta final da fic (não vão ser mais do que cinco caps.), então vocês poderiam fazer uma forcinha como em "O Galho de Álamo" e deixar reviews? Até os fantasmas? Assim podemos fechar a história com cem comentários também :D
E, se acharem que eu mereço por essa bagaça, escrevam uma recomendação para deixar a Tia Lu feliz, sim?
Eu estava bem ansiosa para esse cap., espero que gostem...
~Lu



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/334727/chapter/16

Nos três dias que se seguiram àquele, fomos queimados, arranhados, pisoteados, seriamente machucados e levados ao limite. Mal havíamos dormido e comemos muito pouco. Isso significava que estávamos terrivelmente magros, pálidos e malnutridos, eu mal conseguia me erguer da cama pela manhã. Porém, apesar de tudo isso, faltavam apenas duas tarefas, então estaríamos livres daquela tortura.

Dan ainda estava se adaptando à mão com apenas três dedos, pelo que me lembro. Até aquele ponto de minha vida, eu imaginava que nunca sofreria mais do que aquilo, mas acho que sabem que eu estava enganada, certo?

Matamos o Leão de Neméia, capturamos o Javali de Erimanto – experiência pela qual nunca quero ter de passar novamente – e, naquele momento, acabávamos de domar os bois possessos de Geríon. Eristeu sumiu com os bovinos assim que estavam perfeitamente alinhados em treze linhas de dez, e aproximou-se de nós. Seu rosto era o de quem se perguntava por que não morríamos logo para que ele pudesse voltar para o salão de beleza das aberrações.

— Agora faltam mais duas. — disse ela a contragosto, então sorriu como se houvesse recebido boas notícias de alguma voz inaudível. Pela primeira vez na vida, esperei estar errada com todo o meu coração — Essa será a última vez que nos vemos, eu receio. Foi detestável conhecer vocês.

Com seu típico escárnio, ele nos tele transportou, ação essa que se repetira tantas vezes naquela última semana que eu estava ficando cansada.

Fomos reaparecer às margens de um riacho, tão calmo e límpido que suas águas pareciam um espelho recém-polido. A água morna emanava uma névoa branca, que se enroscava em nossos braços e atrapalhava minha visão. Subitamente, senti um impulso quase incontrolável de me deitar na grama e tirar um cochilo.

E parece que não fui a única com esse pensamento, pois, segundos depois, meu amigos estavam se aconchegando na relva verde. Segurei o braço da Tanner para impedi-lo de juntar-se aos outros.

— O que pensam que estão fazendo? — perguntei, e todos me encararam com olhares abobalhados espalhados em suas faces.

— Não dormimos direito há dias. ­— riu-se ele, respondendo-me — O que pode ter de tão mal numa soneca?

Bom, eu já estava metida nesse lance de semideusa há um ano, sabia que o que parece inofensivo nunca – repito, nunca – é. Eu disse isso a eles, e Irelia contrapôs:

— Você se preocupa de mais, Rose. Além do quê, escute esses pássaros, parece que estão fazendo uma serenata só para nós.

Olhei à minha volta por alguns instantes, notando pela primeira vez os enormes pássaros brancos pousados nos galhos das árvores, estalando os bicos reluzentes em um ritmo que lembrava mesmo alguma canção. Ou pelo menos lembrava, até eles começarem a piar tão estridentemente que prejudicou meus tímpanos e acordou meus amigos do transe.

Depois de uma semana de treinamento forçado para esse tipo de situação, todos sabíamos o que fazer: preparar as armas. Dessa vez, optei pelo arco que apareceu em minha mão, Nick, Irelia e Constance lançavam feitiços estuporantes e Joonie produzia uma ventania tão intensa que poderia ter causado um furacão no Cansas.

Apesar disso, eles eram muitos. Toda vez que matávamos um, quatro o substituíam, bicando nossas pernas e braços e arranhando nossos rostos.

— Ah, não! — exclamou Dan sem parar de atirar— Eu já perdi dois dedos. Dois! Não vou deixar esses pássaros malucos arrancarem nem mais um pedaço de mim.

Pouco a pouco, a quantidade de feras foi diminuindo, até que o riacho antes límpido estivesse quase totalmente coberto com poeira de monstros.

Paramos para respirar, imaginando que aquele era o fim. Como sempre, estávamos enganados. Algo movimentou os arbustos entre as árvores da floresta à nossa volta, e meus olhos quase não puderam acreditar no que viram.

Três dos bruxos das trevas mais temidos da Inglaterra encontravam-se diante de nós. Constance soltou uma exclamação assustada enquanto Gregory Gainsbrouth, Kryptos Martell e Athne Wainwood caminhavam em nossa direção com sorrisos maníacos.

— Olha só quem está aqui, meninos. ­­— disse Athne enquanto observava-me de cima a baixo. Ela aproximou-se e beliscou minhas bochechas — Bem que Ele disse que você era bonitinha. Vai ser uma pena ter que matar você.

Retirei suas mãos bruscamente de meu rosto e saquei a varinha.

— Com “Ele”, você quer dizer Dárion? — perguntei, engolindo o medo. Ela exibiu os dentes amarelos em uma careta de raiva.

— Não fale seu nome, menina insolente! — gritou— Logo, isso vai virar tabu, e qualquer imbecil que ousar pronunciá-lo, será morto!

— Não era para você estar trancada a sete chaves em Azkaban? — indagou Nick. Kryptos riu.

—Ou vocês estão desatualizados, ou o Ministério anda abafando as fugas mais uma vez.

— Esqueça isso, Martell. — suspirou a bruxa — Vamos acabar logo com eles. Acho que vou começar pelos trouxas.

Meu coração deu um pulo. Corri até a os quatro outros semideuses e espichei meu corpo a sua frente para protegê-los.

­— Não encoste neles!

— Oh, tola! Por que eu obedeceria?

— Vamos ter uma luta justa — falei — Três contra três, bruxos contra bruxos. Apenas não os machuque.

Eu sabia que não podia confiar nas palavras dela, ela era uma assassina de trouxas, havia sido condenada à perpétua e carregava vinte e sete mortes nas costas, mas não custava tentar. Era isso ou a morte de meus amigos, que não poderiam se defender dos feitiços.

Athne levou a varinha até o próprio rosto e depois estendeu o braço paralelo ao corpo, como um cumprimento.

— Que os jogos comecem!

­— Expelliarmus! — exclamei, mas ela foi mais rápida.

Stupefy!

Fui lançada contra uma árvore quando atingida pelo raio azulado que partiu de sua varinha. Levantei-me relutante. Quero dizer, quais eram as chances de vencê-la?

Vi alguns disparos de luz pela visão periférica. Acho que Constance estava ganhando, como sempre, juntamente com Nick.

Flagello! — mais uma vez, ela foi mais esperta que eu. Da ponta de sua “arma”, estendeu-se um chicote de couro negro, com o qual ela atingiu meu rosto e meu braço esquerdo. Ouvi Tanner chamar meu nome, desesperado, e virei-me para dizer que estava bem. Isso, porém só deu oportunidade para a terrível bruxa ruiva acertar minhas costas.

Afastei-me o mais rápido que pude, com lágrimas de dor nos olhos. Conseguia sentir o sangue escorrendo por debaixo de minha camiseta, deixando uma sensação quente por onde quer que passasse. Wainwood abriu a boca para conjurar mais um feitiço para me torturar, mas dessa vez eu não a deixaria vencer, ou me ferir.

Antes que pudesse perceber o que fazia, antes que pudesse me conter, as palavras voaram para fora de minha boca, rápidas como um raio.

Avada Kedavra!

Tudo o que pude assimilar depois disso, foi o corpo inerte de Athne caindo sobre a grama.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? O que será que vai acontecer?? Será que recebo meus reviews dos fantasminhas mais queridos do mundo?
Prometo que não demoro mais tanto assim, okay?
~Lu



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Deus Sem Nome e o Narciso De Prata" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.