Naty terminara seu primeiro dia de ensaio, e Maxi ficou o tempo todo junto a ela, ajudando-a, dando sua opinião em algum ponto, e no final, estavam satisfeitos. Recolheram seus pertences na sala e foram para seus respectivos armários guardá-los. Naty guardara seus objetos primeiro, e ficou esperando por Maxi, então recebeu uma mensagem em seu celular de um número desconhecido.

“Naty, venha aqui no Zoom, eu e as meninas queremos falar com você. Beijos, Violetta”.

Ela leu a mensagem e foi até Maxi comunicá-lo sobre sua ida ao Zoom.

- Amor, eu vou até o Zoom encontrar as meninas, Violetta me mandou uma mensagem – comentou.

- Vai lá, vou terminar de arrumar isso aqui – apontou para o armário desorganizado -, e depois encontro vocês lá.

- Ok – sorriu e deu um selinho em Maxi.

Naty saiu e Maxi voltou-se novamente ao seu armário para terminar de arrumá-lo, estava distraído quando sentiu uma mão tocar em seu ombro, pensando em ser Naty que havia voltado, virou-se todo sorridente.

- Lena? – falou desmanchando o sorriso.

- Olá, Maxi – falou sorrindo.

- O que você quer?

- Falar com você.

- Mas nós não temos nada para conversar.

- Ah Maxi, é claro que temos, eu pelo menos tenho – ela falou se aproximando, Maxi tentou se esquivar, mas estava encostado no armário e não tinha mais como ir para trás. – Sabe, desde aquela vez que estive aqui, notei algo diferente em você, algo que me interessou.

- Escuta Lena, eu não sei aonde você quer chegar, mas eu estou namorando sua irmã, e a amo – Maxi falou ainda preso entre Lena e o armário.

- Claro que sabe você só não quer aceitar né... Maxi, eu gosto de você!

- Mas eu não gosto de você, Lena, me desculpa! Só quero sua amizade... Agora você poderia me deixar ir? Preciso encontrar a Naty.

- Não antes de eu fazer isso!

E Lena agarrou Maxi a força em um beijo. Naty fora até o Zoom encontrar as meninas, assim como pedia na mensagem enviada por Violetta, mas ao chegar lá não encontrara ninguém, apenas o local vazio, esperou por alguns minutos pensando que talvez as meninas pudessem aparecer por ali, e resolveu voltar para encontrar Maxi.

Quando estava voltando, de longe Naty já enxergou aquela cena que revirou seu estômago, sua irmã beijando seu namorado, ela preferiu nem chegar mais perto, simplesmente se virou, e saiu correndo do Studio.

Maxi empurrou Lena com força, o que a fez cambalear para trás, ele esfregou as costas da mão em sua boca e ficou olhando com um olhar furioso para ela.

- Meu Deus, você é louca!? – ele falou com a voz alterada.

- Por você – riu.

- Nunca mais faça isso, eu já falei que não gosto de você... Eu amo a Naty, ouviu bem? Amo!

- Não sei o que você vê nela, aquela sem graça, nem sei como somos irmãs – Lena debochou.

- Ah, você é louca. Vou procurar a Naty que já está me esperando – Maxi pegou sua mochila e saiu sem olhar para trás.

- Se ela não te quiser mais, sabe onde me encontrar – Lena gritou para que Maxi, que já estava longe, pudesse ouvir, e depois ficou rindo sozinha.

Maxi procurou Naty em todos os lugares do Studio, ligava incessantemente para o celular na namorada e nada dela atender, então, resolvera ir até sua casa para procurá-la. Torcia para que Lena ainda não tivesse chegado, e que Naty estivesse lá.

Ele bateu na porta uma, duas, três vezes, até que alguém abriu. Era Naty, ela vestia um conjunto de moletom cinza, estava com o cabelo preso em um rabo, e com os olhos vermelhos, parecendo que tinha chorado nos últimos tempos.

- O que você quer aqui? – Naty falou ríspida.

- Meu amor, vocês está bem? – ele falou preocupado se aproximando dela.

- Não me chame de meu amor!

- O que aconteceu, Naty? Por que você está assim comigo?

- Assim como? Estou normal... Ah, quer que eu chame a Lena?

- Lena? Mas... Ah não, você viu? – ele ficou perplexo.

- Ah Maxi, mesmo quando a gente faz algo as escondidas, alguém descobre, não é mesmo? – ela falou irônica.

- Naty, não é nada disso que você está pensando....

- É sempre a mesma história, agora você vai dizer que ela te agarrou a força.

- Foi isso mesmo que aconteceu!

- Maxi, eu não esperava isso de você, ainda mais com a Lena, ela é minha irmã – Naty falou chateada. – Está tudo acabado entre nós! – essa última exclamação ela falou entre soluços, e imediatamente fechou a porta na cara dele, para que o mesmo não a visse chorando.

            Maxi virou-se para ir embora, estava desolado. Assim que começou a caminhar, Lena se aproximava de sua casa, então ela parou na frente dele, o que o fez parar, dessa vez, bem longe dela.

            - Satisfeita? Naty terminou tudo comigo! Eu não sei o que você vai ganhar com isso, Lena... Eu amo sua irmã, desde sempre, eu passei um ano fora pensando nela, voltei e tive que reconquistá-la, e agora você vem e estraga tudo, mesmo eu tendo lhe falado que não gosto de você, que queria apenas sua amizade – ele falou com o olhar triste, desviou dela e continuou andando sem olhar para trás.

            Lena continuou andando rumo a sua casa, dessa vez não conseguia esconder a alegria por seu plano ter dado certo, resolveu ligar Ludmila ainda na rua, pois como acabara de descobrir por Maxi, Naty estava em casa, e poderia ouvir a conversa das duas.

            - Alô? – disse a loira no outro lado da linha.

            - Ludmila? É a Lena, só pra avisar que triunfamos. Maxi acabara de sair aqui de casa, e Naty terminou tudo com ele.

            - Muito bom, agora é só botar o resto do plano em prática!

            - Isso é com você, o resto do meu plano, eu mesma faço – riu.

            - Agora, cada um por si. Até mais, queridinha – Ludmila falou desligando o telefone.

            Lena desligou e entrou em casa, não encontrara ninguém a vista, então deduzira que Naty estava trancada em seu quarto para evitar encontrar sua irmã. Preferiu não incomodar, não hoje, e ir para seu quarto pensar no resto do seu plano, que agora se tratava de conquistar Maxi.

            Naty estava em seu quarto, deitada, olhando para o teto, não conseguia pensar em mais nada a não ser na cena que presenciara, ficou ali por um bom tempo, sua mãe chamou-a para o jantar e ela recusou, tentou trabalhar na canção, mas não conseguiu, então, triste e chorando como estava, acabou pegando no sono. Maxi estava em sua casa sem saber o que fazer, havia caído no plano de Lena e perdera Naty, não sabia mais o que fazer, então resolveu telefonar para alguém e desabafar.

             - Foi isso que aconteceu, Vilu – ele falava chorando ao telefone.

            - Calma Maxi, espera a poeira baixar e aí vocês conversam, vocês se amam e vão se entender! – Violetta o acalmava do outro lado do telefone.

            - Você acha que ela vai voltar comigo depois disso?

            - Claro que sim, ela vai entender que foi uma armação da Lena... Vcoê só precisa ter um pouquinho de paciência.

            - Vou tentar! Obrigada, Violetta.

            - De nada, Maxi... Agora vê se dorme e descansa, amanhã vocês têm muito trabalho, isso foi o que León pediu para dizer – ela comentou.

            - Ele está aí?

            - Está sim.

            - Ah, me desculpa, não queria atrapalhar vocês... Tchau.

            - Tudo Bem, Maxi... Tchau – e desligou.

            Maxi ficou deitado, com a cabeça longe, e acabou pegando no sono. Na casa de Violetta, ela e León já haviam jantado, e assistiam à televisão quando Maxi ligou e ficou por alguns minutos conversando no celular com Violetta, assim que ela desligou, León quis saber tudo.

            - Naty terminou com Maxi – Violetta falou sem rodeios.

            - Por quê? O que houve? – León perguntou se levantando do sofá e se aproximando de Violetta.

            - Ela o viu beijando Lena hoje no Studio.

            - Maxi e Lena? Por essa eu não esperava.

            - Parece que a Naty recebeu uma mensagem minha dizendo pra ir até o Zoom, e assim que ela saiu, Lena apareceu, por isso, ele acha que foi armação dela.

            - Pode ser, tomara que dê tudo certo entre eles! – León exclamou.

            - Assim espero... Agora vem aqui – Violetta puxava Léon para mais perto -, quero aproveitar o restinho do tempo que você ainda vai ficar aqui – riu.

            - Eu também – ele disse segurando-a pela cintura. – Te amo!

            - Eu amo mais! – e ela o beijou.