Protect Me escrita por Anny Taisho


Capítulo 13
Mau presságio


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha linda que eu amo!!!! Aqui está mais um belo capítulo para vocês que infelizmente não tive tempo de revisar como deveria.

Infelizmente hoje não haverá postagem de Impressão Draconica, eu fui para casa dos meus amigos no fds e só cheguei ontem exausta depois de uma madrugada acordada!!!!

PS: Surrei o coringa com a arlequina no XBox muahahhahahhahahahhahahhahahahhahahahh

Enfim, mas como prometi Dead love terá post hoje!!! Terminei o cap dentro do onibus!!!

Boa Leitura!!!



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Cap. XIII – Mau Presságio

Aquele estava sendo um dia muito tranquilo naquela enfermaria, Cana estava acostumada com o entra e sai de gente, mas hoje tudo estava tão quieto que nem ouvia as brigas habituais do lado de fora. Ergueu o ante-braço levando a mão até os cabelos colocando uma mecha atrás da orelha. Levy tinha lhe deixado um livro para matar o tempo. Nos primeiros dias estava tão deprimida e doente que nem se deu ao trabalho de pegar para olhar.

Entretanto, naquela manhã tinha acordado ridiculamente bem para os padrões aos quais estava acostumada. Ainda sentia-se suja e usada, uma vozinha no fundo da mente ficava sussurrando o tempo todo as lembranças daquele maldito incidente, mas estava conseguindo lidar com isso. Estava tentando ser forte, precisava se recuperar, não porque sentia que faria alguma falta no mundo, mas aparentemente havia pessoas que se importavam e não queria vê-los sofrendo ao vê-la sofrer.

O dia já estava na metade quando a porta se abriu revelando Lisanna com uma bandeja com o que imaginou ser seu lanche. A albina tinha um sorriso nos lábios que passou para os olhos ao ver que a amiga não estava encolhida e depressiva.

- Mira-nee preparou um lanche ótimo para você...

A pequena colocou a bandeja sobre o colo da Alberona que fechou os livros e tentou sorrir o mais sinceramente possível.

- Obrigada, Lisanna... Está quieto hoje...

Não tinha muita fome, mas as frutas picadas, o leite e o pão pareciam bastante apetitosos. Começou a comer sentindo as dores  do repuxar dos músculos, nada comparado aos dias que chegou, mas ainda sim muito incomodo para se alimenta. A garota sentou-se na beirada da cama para conversarem.

- O Nat e o time dele saíram em missão... A Raijinshuu também com o Elf-nii, por isso o silêncio. Geralmente eles têm algo a ver com o inicio das brigas... A Levy está trabalhando em uma tradução na biblioteca, o estava conversando com o Gajeel e sumiu de manhã...

- Hum... – resmungou enquanto mastigava  -

Ficou um pouco triste ao ouvir que a Raijinshuu saiu em missão, porque isso queria dizer que Laxus foi junto. Não estavam juntos de novo e não tinha muita pretensão disso, alguém como ele merecia uma pessoa melhor, só que desde que permitiu uma reaproximação passou a se re-acostumar com  a presença dele. Tinham conversado um pouco nos últimos dois dias e já tinha se habituado a presença dele.

Ficaram trocando algumas palavras e quando a morena comeu cerca de três quartos do trazido Lisanna deu-se por satisfeita e pegou a bandeja para levar embora. Ficando sozinha na enfermaria se deu conta de que precisava fazer um alongamento dos músculos. Eles ainda doíam, mas doeriam ainda mais se ficasse completamente inerte até ficar boa. Jogou a coberta de lado e jogou as pernas para fora da cama, os pés não tocavam o chão e por isso se esforçou para fazer movimentos rotatórios com a articulação. Fechou os olhos em sinal de dor.

Respirou fundo e tirou o apoio da mão esquerda, o pulso ainda estava avariado e com uma luva de proteção. Encolheu os pés mordendo o lábio inferior ao movimentar levemente o pulso machucado.

Ergueu os braços esticando o máximo que conseguiu e nesse instante a porta se abriu revelando uma figura loira com sobrancelhas franzidas.

- O que pensa estar fazendo, Cana?

- Nani? – virou fitando Laxus –

Lisanna não tinha dito que a raijinshuu tinha saído em missão?

O mago usava uma calça vermelha e camisa preta cavada sem pluminhas, cortou e enfermaria em poucos passos chegando até sua cama.

- Polyusca disse repouso absoluto. – sem cerimônia pegou os dois joelhos femininos colocando as pernas sobre a cama macia e puxando o troco para o apoio da cabeceira – Isso quer dizer que tem que ficar quieta... Ainda está com uma rigidez muscular muito acentuada.

- Já faz mais de uma semana, Laxus... Eu vou acabar á mais travada se não me movimentar!

- Repouso absoluto, Cana. – o loiro sentou-se na cadeira a beirada da cama e viu o livro fechado – Estava lendo o que?

Pegou o volume encadernado em capa dura e leu o nome do livro em letras douradas: O Fantasma da ópera. Já tinha ouvido falar por causa de Fried, mas nunca lido. Colocou o livro de lado.

- Pensei que tinha saído em missão com a Tribo do Trovão...

- Não me animou muito o trabalho que eles escolheram. – mentira, a missão parecia muito boa, mas não queria deixa-la sozinha –

Pegou a mão esquerda machucada e começou a brincar com os dedos finos femininos apertando de leve.

- Nossa que espécie de trabalho ruim é esse foi preferível ficar na guilda a sair? – indagou numa tentativa de humor –

Laxus arqueou uma das sobrancelhas e sorriu de lado, ela não precisava de mais nada para entender que ele não tinha ido por sua causa. Sentiu-se mal com isso, não queria atrapalhá-lo.

- Não precisava fazer isso...

- Eu não ia ter cabeça para fazer muita coisa sem contar que eu não vou deixar qualquer um ficar te carregando para lá e para cá...

- Hum... – olhou para os lados um pouco envergonhada - 

- Não fique assim, não estou achando ruim, eu sempre gosto de ficar com você. – passou a mão pelos cabelos castanhos que tanto gostava – Quer jogar alguma coisa? Ou sei lá... fazer o quê?

- Olha, sério... Eu sei que está se sentindo culpado, mas não é culpa sua e não precisa ficar o tempo todo comigo. Sua amizade está sendo bem importante... E olha já estou muito melhor... Logo vou voltar para o salão e tudo vai voltar a ser como sempre foi.

- Não estou cuidando de você por culpa, faço isso porque é importante para mim, vamos o que quer fazer?

- Laxus, estou de repouso absoluto, não é como se tivesse um leque de opções... Sei lá... não tem uma trilha sonora boa nos head fones não?

- Eu só tenho musicas boas, Cana... – disse dando um sorriso presunçoso –

***

Gildarts chegou a guilda depois de um dia inteiro sumido, Mira deu o relatório do dia com animação contando que aparentemente Cana estava melhor e muito menos deprimida. O mago sorriu e depois de pegar uma bebida foi para enfermaria encontrando uma dupla no sofá, dividiam os fones de ouvido, e o braço de Laxus estava ao redor dos ombros dela.

Era uma cena bonitinha.

Não que o mago crash gostasse de ver sua filhinha nos braços de qualquer homem que fosse, mas os dois tinham uma sintonia agradável. Lembrou-se dos tempos há muito distantes da juventude quando conheceu uma maga de cabelos castanhos que roubou seu coração, gostava muito de ficar sentado abraçado com ela em uma posição parecida com a que a filha e Laxus estavam. Pelo menos nas raras vezes que Cornelia não estava sendo uma garota estupidamente difícil de lidar e lhe deixava se aproximar.

Esperava que a história da filha fosse melhor do que a sua.

Pigarreou para chamar atenção da dupla e deu quatro passos grandes chegando onde estavam. Sentou-se ao lado da Alberona e sem cerimônia tirou o braço do Dreyar dos ombros com um olhar significativo. Não era porque aprovava o fato dela escolher aquele rapaz que iria dar vida fácil para ele.

- Parece que está bem melhor em filha... Desculpe passar o dia todo sumido, estava preparando uma surpresa!

- Uma surpresa? – surpreendeu-se –

- Bem, eu estava conversando com o Gajeel e ele me falou que não acharam suas cartas, então eu resolvi puxar pela memória... E bem...

- O quê?

- Eu tive que revirar lá em casa, mas encontrei o que procurava, depois fui cobrar uns favores de uns amigos da cidade e consegui isso para você!!

O homem estendeu uma caixa que Cana pegou abrindo e arregalando os olhos. Estava repleta de cartas mágicas. Foi passando uma a uma encontrando cartas habituais como as que tinha e algumas outras que ou só tinha ouvido falar ou que eram muito valiosas.

- As mais antigas são da Cornelia, ela tinha mania de espalhar cartões por todo lado, eu sempre encontrava uma carta nas minhas coisas quando estava longe... Com o tempo fui descobrindo que tinham significados... Mas isso é outra história... Tem algumas coisas novas ai, o mercador que vende para lojas de magia de Magnolia é meu velho conhecido... Me devia uns favores e hehehhehehe... Alguns cartões que ele vinha retendo...

- Pa-pai... Isso  é impressionante... Meu baralho ficou para trás na cidadezinha, alguém já deve ter pegado... Não posso aceitar isso. Deve ter no mínimo o preço da recompensa de uma ranking S de alto nível aqui!

- Você precisa de um baralho, não seja boba!

- Isso aqui é mais do que um baralho comum!

- Não se rejeita presente, Cana! E principalmente o presente do seu pai, vai me dar esse desgosto de não aceitar? – disse quase fazendo bico –

- Não posso aceitar um presente tão caro e valioso... Sem dizer que as cartas da mamãe são lembranças suas!

- Lembranças a gente guarda na memória, não é um punhado de cartas que me faz lembrar dela... E eu sou seu pai e posso, quero e estou te dando um presente, quanto custou não é da sua conta, até porque foi irrisório!

- Irrisório? – a garota teve vontade de rir –

Sabia que Gildarts deveria ter ganhado em toda a vida mais dinheiro do que podia imaginar em duas ou três vidas. Missões de dez anos pagavam quantias inimagináveis de joias, então o valor de uma Ranking S alta deveria ser mesmo irrisório para ele, só que isso para ela era inimaginável!

- Esse presente é um incentivo para ficar boa logo e voltar a fazer missões, um carinho do seu pai, afinal, sendo um presente meu é mais ou menos como se eu estivesse te protegendo.

- Obrigada, é um presente e tanto... Nem sei como agradecer...

- Não precisa me agradecer, não é mais que minha obrigação cuidar de você. Eu estava fadado a terminar minha vida sozinho e olha o que ganhei, uma filha para cuidar e proteger!

O Clive abraçou a filha e fez um carinho em suas costas.

- Vai ter que ralar muito para ser comparável com o grande papai aqui, pirralho! Minha Cana não vai arrumar qualquer bagaceira!!

Laxus riu e Cana engasgou dentro do abraço.

- Por Mavis, velho... Não fique falando besteiras! – o empurrou para terminar com o abraço -

Já estava na hora de ir dormir com certeza depois desse constrangimento. Tentou levantar sozinha, só que logo foi amparada por Laxus que estava relaxado no sofá, ficou um pouco sem-graça e por isso deixou as cartas caírem, se espalhando pelo chão.

O engraçado é que somente três cartas caíram viradas para cima: O arlequim, a lua e a morte. Quando viu aquilo, o corpo feminino tencionou e ela parou de respirar por alguns segundos. Mau presságio. Aquela combinação estava liga a inferno astral. Um sentimento ruim lhe subiu pela espinha...

- Cana... Cana, o que foi? – Laxus olhou para a face estóica dela –

- Filha? – Gildarts olhou para as cartas no chão –

- As cartas, tirem as cartas!

As pernas dela falharam e respirar ficou tão complicado. O loiro amparou-a e tirou do chão, ela estava tremendo e respirando com dificuldade. Gildarts recolheu o baralho o mais rápido que conseguiu e depois se aproximou da cama onde ela foi colocada e se encolheu.

Os dois se entreolharam sem saber bem o que fazer.

- O que foi, filha? O que foi que viu naquelas três cartas?

- Mau presságio...

Sussurrou sentindo-se completamente jogada nas trevas de novo, as cartas nunca mentiam para ela.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Minha lindas flores, então, o que acharam? Me contem, eu sempre fico muito feliz com as opiniões de vocês!!!! Semana passada foi movimento meio fraco de comentários... Diga-se de passagem que só postei hoje porque quem comentou foi tão carinhoso que não podia fazer isso com elas!!! Um grande kisksiss para minhas lindas!!!!!

Kisskiss, Anny