Protect Me escrita por Anny Taisho
Notas iniciais do capítulo
Mas gente... O Gildarts finalmente deu as caras! Já tava na hora em!!! hahahahahhahahhah Eu acho que vocês vão gostar desse capítulo!!! E leitoras de Dead Love, já estou escrevendo o final... Segunda que vem eu posto!!!!
Boa leitura...
PS: Akane-chan deve estar ocupada, mas deixo claro minha esperança de que ela consiga um tempinho para ler!!! Saudades de ti Akane-chan!!!!
Cap. XII – A chegada do pai
A cidade toda se remodelou, os sinos tocaram e os auto-falantes anunciaram a chegada de Gildarts Clive a Magnolia. O caminho em linha reta o levou até o salão da guilda, mas o mago não estava feliz e sorridente como geralmente fazia ao voltar para casa, principalmente depois de descobrir que tinha uma filha. Seu semblante era sério e pesado, deixou sua mochila surrada no chão da entrada e ignorando todos que tentaram conversar correu para a enfermaria.
Mirajane havia entrado em contato alguns dias atrás dizendo algo sobre Cana estar machucada e pelo estado de nervosismo da albina deduziu que era sério. Sem pensar duas vezes pôs o pé na estrada e só se perdeu uma única vez. Atravessou a porta que desmanchou-se pelo contato e avistou sua pequena sentada.
A morena estava com bandagens nos braços, em volta do pescoço e tronco, encostada na cabeceira, com uma coberta sobre as pernas e um semblante derrubado. Ela o olhou tentando sorrir sem muito sucesso. O coração do velho Clive se partiu.
Podia não fazer muito tempo que ele a descobriu enquanto sua filha, mas era mais forte do que ele. Talvez tão forte quanto o que sentiu por Cornelia no passado. Sua menininha, seu pedacinho do passado, a única prova concreta de que um dia amou uma mulher de verdade.
- Eu disse pra Mira não falar nada... Você não precisava ter vindo, tem uma guilda inteira fazendo isso já.
- Ninguém conseguiu fazer a missão durante dez anos, acho que podem esperar um pouco mais... E eu acho que vim na hora certa, o que aconteceu, Cana?
O mago atravessou a enfermaria e sentou na cadeira que parecia pequena demais para ele, chegava ser engraçado. Com certeza não estava acostumado a se preocupar com ninguém além de si próprio.
- Eu bebi demais depois de uma missão e fui sequestrada... A gente tem mesmo que falar sobre isso? – a garota realmente não queria ter que contar ao pai o que passou –
- Filha, o que aconteceu? Conta para mim, caso contrário, terei que obrigar outra pessoa a falar.
O Clive colocou a mão sobre o rosto da filha e acariciou a bochecha dela vendo o machucado da testa que estava escondido pelo cabelo.
- Eu não quero falar disso... Não me obrigue a fazê-lo...
A maneira com que ela falou não deixou espaço para mais perguntas. Gildarts viu que sua menininha estava machucada e não só fisicamente. Ela precisava de carinho e cuidado, na verdade sempre precisou, mas ele não esteve para ela assim como não esteve para Cornelia.
Abraçou-a. Era a única coisa que podia fazer. Pousou o queixo sobre o topo da cabeça de Cana e fez carinho em suas costas. Ah, iria arrancar de Makarov o que aconteceu e quem fez, porque com certeza quebraria alguns pescoços, ninguém tocava em sua filha e saia impune.
Por mais que tivesse dificuldade em aceitar aquela relação paternal, o abraço do pai era realmente um consolo, com certeza ele era a única pessoa capaz de amá-la independente dos defeitos. O abraço de Gildarts era o lugar mais aconchegante e seguro que conhecia, talvez só o abraço de uma certa outra pessoa a fizesse sentir-se tão intocável... Mas não queria pensar nisso.
- Papai vai ficar e cuidar de você...
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Uma área equivalente a um ou dois campos de futebol da floresta atrás da pequena sede foi destruída pelo poder mágico catastrófico do mago Crash. Makarov agradeceu ter tido a brilhante ideia de chamar o velho amigo para uma conversa longe da guilda em reconstrução. As narinas infladas e uma veia saltada no centro da testa. Gildarts estava irreconhecível.
Raríssimas vezes na vida tinha visto aquele homem perder o controle daquela maneira. Teve que acertar um belo murro que o atirou a seis metros para que ele não saísse em direção a prisão dos cavaleiros da runas para matar os sequestradores.
- Minha menininha... – passou a mão sobre rosto e cabelos – Cornelia deve estar se revirando no caixão, eu demorei quase vinte anos para assumir a responsabilidade e agora...
- Calma, Gildarts... Não é sua culpa, não é culpa de ninguém...
- Ela sempre falava que eu provavelmente seria mais irmão do que pai dos nossos filhos, e no final das contas eu não fui droga nenhuma!
- Existem coisas que estão além do nosso alcance, Gildarts, eu aprendi isso a dura penas... Eu vi uma criança criada com todo amor do mundo se tornar um indigente que mataria o próprio filho para conseguir poder. Antes disso eu vi a mulher que eu amava se afastando do mundo, e consequentemente, de mim... E quando eu já estava velho demais tive que ver outra criança que criei com todo amor saindo do rumo...
- Mas a Polyusca nunca foi embora totalmente... Ela sempre esteve perto no fim e o Laxus acabou voltando ao bom caminho...
- Existem coisas que estão além da nossa compreensão, sujar suas mãos não vai ajudar a Cana, ela precisa de cuidado e carinho. Fairy Tail é um lugar para segundas chances.
- Eu só queria ter feito diferente desde o início... Toda vez que eu olho para ela, lembro da Cornelia... Não cuidar dela, é como abandonar a mãe dela de novo. Porque foi isso que eu fiz, ela pode ter ido embora por conta própria, mas ela só foi porque eu não estava lá para impedir... Isso é o mesmo que abandonar.
- Já estamos velhos, Gildarts, passamos da época de ficar remoendo nossos erros. Nossa função agora é guiar os mais jovens para que não errem como nós...
- Eu vi, Makarov... Eu vi a minha menininha quebrada, e se ela não juntar os pedaços de novo?
- A Cana é uma menina forte, vai superar isso.
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Laxus estava rodeando a porta da enfermaria recém-reconstruída, não tinha coragem de entrar, mas queria vê-la. Estava prestes a chutar o balde e sair para fumar de novo quando a porta foi aberta revelando Gildarts com uma bandeja vazia que o cumprimentou animadamente.
- Laxus!!! Estava estranhando não ter te visto por aqui... Eu soube que você ajudou a resgatar a Cana!!! Espero que tenha batido naqueles babacas tanto quanto eu faria!
- Eu fiz, Gildarts, com certeza aqueles dois quando saírem da prisão não vão querer encontrar um mago a Fairy Tail nunca mais!
- Isso mesmo garoto! Tudo o que fazem com a guilda nós devolvemos 100 vezes mais!!
O crash colocou a bandeja sobre o balcão e os dois sentaram-se.
- Ela comeu tudo? – Mira indagou surpresa –
- Tudinho, Mira!!
- Nossa, Gildarts... Você fez praticamente um milagre! Ela não tem comido direito desde que chegou!
- Hehehhee... O papai tem as técnicas ninjas! Agora a Polyusca está trocando as bandagens...
- Agora só precisamos convencê-la a vir para o salão! Vou buscar bebidas para vocês...
- Então garoto, como tem sido sua ressocialização? Eu soube que está quase sociável!! – o homem riu –
- Eu tenho tentado não eletrocutar ninguém... – o loiro deu um meio sorriso –
- Admita, Laxus, sentiu falta disso aqui como se o mundo fosse acabar! Eu te conheço garoto!
- Talvez... Mas não é bom sair espalhando... Tenho uma reputação a zelar!
- Oh sim, compreendo! Mas então, não arrumou nenhuma namoradinha enquanto esteve perdido pelo mundo?
Indagou maliciosamente.
- Eu estava ocupado descobrindo as coisas que o velho tentou me ensinar, nem deu tempo...
- Oh... Que desperdício, Laxus! Um rapaz tão jovem tem que aproveitar a vida!
- Pois é... A culpa disso tem nome e sobrenome... – falou com um meio sorriso nos lábios enquanto bebia um gole de sua cerveja servida por Mira que deu uma risadinha do outro lado do balcão –
- Oh... Então quer dizer que tem uma garota na história? Pelo jeito uma garota daqui... É a Mira?? – indagou sussurrando –
Laxus riu ruidosamente, por que diabos todo mundo achava que ele tinha alguma coisa com Mirajane? Oh Mavis, tudo bem que ela é uma mulher bonita e tal, mas sei lá... Com tantas garotas na guilda, porque sempre acham que é a alma de satã.
- Não, não... Até porque se fosse eu perderia um dos meus braços direitos. Mirajane está namorando Fried!
- Eu pensava na Evergreen durante um tempo, mas depois de Tenrou todos sabemos que ela gosta mesmo é do Elfman! Então é quem Laxus? Conta para mim... Quem sabe eu não possa te ajudar....
Com certeza Gildarts deixaria de ficar todo prestativo quando soubesse quem era a garota.
- Deixa para lá, velho...
- Seu chato... – o Clive fez uma careta e bebeu tranquilamente antes de completar tranquilamente como se estivesse falando que 1+1=2 – Se você quebrar o coração dela, eu arrebento você, moleque!
Os olhos acinzentados arregalaram-se e Laxus segurou a respiração, aparentemente não estava prestes a levar um sopapo, na verdade o mago mais velho parecia muito calmo.
- Er... Do que está falando?
Uma risadinha.
- Estou velho, não cego... Notei que vocês dois tem alguma coisa desde antes de sonhar que a Cana era minha filha. Fiquei bem feliz na época, eu sempre gostei dela e ver que de sair com caras feito o Macao, ela passou a sair com garotos feito você...
Laxus engoliu saliva sentindo o estômago revirar.
- Eu não estava perto para impedi-la de fazer burrices como se envolver com um homem muito mais velho, para sorte do Combolt... – lançou um olhar feio para o mago que bebia tranquilamente e sentiu um arrepio de morte lhe subir a espinha – Sem dizer que se eu tiver que surrar alguém, vai ser mais interessante fazer isso com alguém que não vai desmaiar só de olhar para mim!
- Gildarts...
- Por que está aqui fora? Cuidar dela é de sua alçada também!
- Ela não está muito receptiva a mim esses dias.
- Eu já preciso acabar com a sua vida ou tem concerto?
- Espero que tenha concerto.
- Okay, seu pescoço continua em cima da cabeça por enquanto! Agora vá para aquela enfermaria nem que seja para ser escorraçado de lá!
- Eu não sei se...
- Não me irrite, pirralho, eu ainda consigo te fazer beijar o chão!
***
Bateu na porta um pouco receoso sendo seguido pelo olhar psicótico do Gildarts, ouviu uma aceitação vinda lá. Abriu a porta encontrando a maga curativa arrumando alguns remédios e Cana sentada na cama com um livro no colo, os olhos violetas o fitaram e em seguida voltaram ao livro, ela não parecia mais louca para vê-lo pelas costas.
- Que bom que apareceu, garoto, ela está precisando mesmo tomar um pouco de sol!
A Alberona engasgou e ficou vermelha, aquela velha curandeira estava realmente tentando dar uma de cupido?? Oh kami, oh kami... Ainda não estava pronta para lidar com Laxus.
- O que está esperando? Pegue ela e leve lá para fora...
Uma veia saltou no centro da testa de Polyusca e Laxus correu até a beira da cama onde a ex-namorada estava. Olhou para ela como quem perguntava se podia e ela não pareceu estar negando. Levantou a coberta que lhe cobria as pernas e passou um dos braços debaixo dos joelhos e o outro atrás das costas.
- Com licença.
- Oh kami... Como se não bastasse o velhote ter me feito comer de aviãozinho... – resmungou baixinho com a cabeça apoiada contra o peito dele –
Sairam pela porta traseira da guilda e para a sorte da dupla todos estavam muito ocupados com suas brigas e bebedeiras para notar. Estava um solzinho tranquilo e quentinho e o loiro caminhou até perto do mar.
- Quer sentar?
- Eu queria ficar um pouco em pé...
- Tem certeza que consegue?
- Se eu cair, do chão não vou passar... – disse numa tentativa de humor –
Laxus se abaixou um pouco para coloca-la no chão com o máximo de cuidado que tinha, mas soltou apenas o braço que estava por baixo dos joelhos, mantendo o outro na cintura para firmá-la. A morena sentiu os músculos repuxarem, ainda não estava suficientemente boa para andar com certeza. Entretanto, a sensação da brisa e a areia quente sob os pés era gostosa... Só que os joelhos lhe traíram e seu corpo pendeu para frente, mas não chegou a cair porque estava amparada.
Foi cuidadosamente sentada na areia fofa e o corpo masculino se postou ao seu lado.
- Laxus...
- Hum? – virou o rosto para encará-la –
- Obrigada... Eu ainda não agradeci pelo que você e os outros fizeram por mim.
- De nada. – levou a mão direita ao rosto feminino acariciando levemente com o polegar – É tão bom que já esteja melhor...
A morena desviou o olhar e sentiu os lábios dele tocando sua têmpora direita.
- Me deixa cuidar de você...
Continua...
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Olhaaaaaaaaaaaaa.... hoje a Cana não maltratou o Laxus!!! Já tava na hora neah, a fic tem doze capítulos e até agora nada de um romancinho??? Você iam me matar se eu não desse uma adocicada por aqui... Foi só eu que achei a cena final fofa???
Me contem suas opiniões suas adoraveis leitoras bozinhas que comentam!!!
Kisskiss
PS: Não deu tempo de revisar, desculpe!!!