Protect Me escrita por Anny Taisho


Capítulo 11
Velhos vícios


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, como o prometido, dedicarei esse capítulo ao leito que mandou o review de número 50!!!!

Francisco Covre, obrigada por seu comentário, e quem diria que dentre um grupo somente de garotas apareceria um menino logo num número tão representativo!

Hahahahahhahah Zoey-chan, seja bem vinda, espero ler mais opiniões suas.

Agora esperando para atingir minha nova marca: 100 reviews!!! Será que consigo?


*olhando para o céu* Hoje o dia parece mais lindo do que de costume... Ah já sei, é porque hoje começou a laxana week no Tumblr. Um maravilhoso projeto organizado por autoras de língua inglesa onde fanarts e fanfictions do nosso casal favorito serão postados!!! Para as interessadas: laxana-week.tumblr.com

Boa leitura, nos vemos lá embaixo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/334409/chapter/11

Cap. XI – Velhos vícios

Depois de destruir algumas árvores na floresta, Laxus voltou menos tenso e sem falar com ninguém entrou na enfermaria fechando a porta as suas costas. Cana estava deitada de lado, estando de costas para porta, não estava dormindo, mas ficou de olhos fechados. Não sabia quem era, mas não queria papo. O mago suspirou calmamente e foi até onde ela estava, sentando-se numa cadeira ao lado da cama. Ficou olhando para ela deitada e por fim acariciou os cabelos castanhos com a ponta dos dedos.

- Está acordada? – indagou baixinho –

A morena tremeu nas bases ao ouvir a voz dele, mas manteve-se inerte ou o mais inerte possível. Não queria ter que falar com ele agora. O loiro sabia que estava acordada, mas pela resposta recebida notou que ela não queria conversar. Queria que ela conversasse com ele.

- Fale comigo, sei que está acordada.

Cana fechou os olhos com mais força e se encolheu instintivamente diante da aproximação dele, nesse instante, o Dreyar estava debruçado sobre a cama com o queixo pousado no braço e uma das mãos mexendo em seu cabelo.

- Vá embora... – saiu quase num sussurro –

- Não vou te deixar sozinha.

- Vá embora, La-laxus!

Não iria chorar de novo, muito menos na frente dele. Já estava acabada, não precisava de mais esse constrangimento para ficar martelando em sua mente. Não queria a pena dele.

- Quero te ajudar, quero estar com você... – ele mexeu mais nos cabelos dela –

- Por-Por favor, vá embora. N-n-não t-orne m-a-mais difícil... Não quero nada de vo-você!

- A gente não estava bem, mas isso não importa agora!

Não importa agora? Não importa agora? O que é que não importa agora? Ele tinha lhe chutado, até aí tudo bem, dane-se, não era obrigado a amá-la. Mas e Mirajane? Não estavam juntos? Por que raios ele parecia não se lembrar desse detalhe?

Uma raiva foi subindo, aumentando a vontade de chorar e de gritar um monte de coisas para ele! Não queria a droga da pena!

- Cana...

Num ímpeto, ignorando as dores musculares, se desvinculou dele e ergueu o tronco possessa!

- VÁ EMBORA! NÃO QUERO SUA PENA, NÃO QUERO NADA DE VOCÊ!

- Calma! Cana, não pode se exalar assim!

- VÁ PARA O INFERNO COM A SUA CALMA! SÓ ME DEIXE SOZINHA!

Subitamente uma dor lancinante abateu a morena que sentiu todos seus músculos se contraírem. Caiu de volta nos lençóis assustando Laxus. Se encolheu instintivamente só querendo que aquilo tudo passasse logo. Lágrimas involuntárias começaram a escorrer num misto de dor e frustração.

- Droga, fique calma...

Estava completamente atordoado. Não estava entendendo toda aquela raiva dela. Sinceramente não havia motivo que explicasse.

- Po-Por que f-faz isso comigo? E-eu só que-ro ficar sozinha... Pa-re de tentar ser prest-ativo! Vol-te para...

Antes que terminasse de falar, a porta se abriu revelando Polyusca que ao ver a cena tratou logo de expulsar o loiro a vassouradas! Aquele humanos pirralhos idiotas! A garota precisava de descanso. Usando de toda a paciência que não tinha, deu a ela remédio para diminuir a dor e a ajudou a se ajeitar na cama.

Decidiu ficar aquela noite, aquele rompante poderia ter consequências durante a madrugada, era preferível dormir ali, a ter que atravessar a floresta correndo de madrugada! Estava escorada na janela olhando o mar e ouvia a respiração difícil da Alberona. Ela ainda estava chorando.

- Por que tratou aquele garoto mal? Ele está realmente preocupado...

- Não que-ro nada dele.

- Por mais que tenham te usado para afetar ele, não é realmente culpa dele.

- O Laxus está com a Mirajane... – respirou fundo – Pegaram a garota errada!

A velha mulher ergueu uma sobrancelha rosada.

- Se está falando da pirralha de cabelos brancos, alguém te passou informação errada...

- Não quero... Não quero pensar neles.

- A pirralha está de namoro com o menino de cabelo verde, menina...

- Nani?

- Eu os vi conversando, o pirralho Dreyar nem chegou perto.

- Fried é amigo do Laxus...

- Olha, eu não sei que tipo de mal entendido aconteceu entre vocês, mas não tem romance entre esses dois.

---

---

Laxus estava acabado.

Obviamente que imaginou resistência da morena, no fundo sentia certa culpa, mas não imaginou que ela o renegaria daquela maneira. Entendia o lado dela, mas queria ajuda-la. A Raijinshuu notou o estado de espírito de seu chefe e se aproximou para tentar talvez consolá-lo.

O Dreyar não tinha contado a respeito do relacionamento, mas atualmente era óbvio. Estava sentado na mesa bebendo cerveja, uma caneca atrás da outra, como se procurasse no álcool a resposta para seus problemas. Nesse instante, estava prestes a voltar a um velho vício...

- Laxus... – Ever foi a primeira a tentar falar –

- Sim, Ever?

- Não fique assim, a Cana ainda está muito fragilizada...

- Ela tem toda razão em estar me odiando, a culpa é minha, no fim das contas.

- Não, a culpa não é sua, aqueles dois idiotas é que são culpados. Dê um tempo a ela, tudo ainda está muito fresco.

- Assim que esse primeiro momento passar, ela vai começar a pensar com calma... – disse Fried – A Mira me contou que conversou com ela e disse que acha que logo ela vai reagir.

- Eu vou para casa. Qualquer coisa algum de vocês me avisa.

O loiro se levantou, mas apesar de continuar alto, não parecia o mesmo homem imponente que geralmente quase obriga as pessoas a se curvar diante de sua majestade. A aura confiante e poderosa estava em frangalhos, afinal, ele estava em frangalhos. Aquela corrente que puxa a ideia de que homens não se apaixonam e amam de verdade, que tudo isso é puramente físico, deve ser formada por homens que nunca encontraram a pessoa certa.

Por mais que o relacionamento dos dois não fosse um conto de fadas, nem minimamente dentro dos padrões, não queria dizer  que era menos verdadeiro. Esteve um tempo confuso porque esse tipo sentimento não era algo a que estava acostumado. Viver uma relação com uma pessoa é algo muito mais complexo do que simplesmente gostar dele e querer estar perto. E tinha percebido isso com o passar dos anos e dos outros relacionamento que teve, tanto que com Cana já tinha começado diferente.

Normalmente viviam em um mar de pequenas provocações e irritações, porque era assim que se comunicavam, sem dizer que era um dos jeitos de dizer que se importavam um com outro. Tinham obviamente seus momentos mais... românticos, mas não era só deles que baseavam a relação. Aos poucos foram ocupando um lugar cada vez mais especial na vida um do outro. Sentia falta dela em seu apartamento.

Vivia sozinho desde que começou a fazer missões que pagavam o suficiente para isso e sempre gostou, mas quando a morena passou a frequentar sua casa, pequenas coisas começaram a mudar de lugar, coisinhas dela apareciam nos lugares mais inusitados e toda vez que chegava em casa, sentia aquele lugar como realmente um lar. Não era mais só um apartamento, estar ali o deixava tranquilo, lembranças ocasionalmente apareciam...

Entrou em casa e não acendeu a luz. Caminhou diretamente para o quarto. Tirou a camisa e os sapatos, jogou o corpo pesado na cama e fitou o teto. Atualmente repleto de estrelinhas, obra de Cana, ela tinha algo parecido em casa e fez isso ali também. Em algum momento, definitivamente, ela havia se entranhando em sua vida de maneira que ele não sabia mais ter uma própria, sem ter também uma vida com ela também.

Fechou os olhos e num momento de desespero abriu a gaveta ao lado da cama pegando uma caixa escondida debaixo de um monte de inutilidades. Retirou um cilindro marrom e o acendeu. Tinha deixado de fumar no exilio pós-fantasia e desde então nunca mais tinha sentido necessidade de nicotina, pelo menos até agora.

Levantou da cama e caminhou até o aparelho de som potente que tinha dentro do quarto.

Um rock pesada que não identificou no momento começou a retumbar fazendo as paredes tremerem, estava se lixando para os vizinhos... Só queria que aquele pesadelo acabasse logo.

---

---

Cana ficou acordada durante a madrugada toda, não só por causa da dor, mas também pelas palavras de Polyusca. Mulher que nesse instante estava sentada numa cadeira de balanço lendo um livro velho com a ajuda da luz de um abajur. Mirajane estava com Fried? Não, não podia ser! Tinha certeza de que ela estava com Laxus!

Se bem que nunca os havia visto realmente juntos...

Não que isso não quisesse dizer grande coisa, afinal, quando estavam juntos ninguém tinha visto nada o que não queria dizer que não estavam juntos... Mas seria bom se fosse verdade...

Bom para quem?Aquela vozinha irritante soou no fundo da mente da Alberona. Com certeza não para o Dreyar, afinal, mesmo que por alguma razão idiota ele tivesse algum sentimento que não fosse culpa, ela não era uma garota boa o suficiente. E agora estava suja...

- Deveria dormir, ajuda na recuperação. – ouviu a voz da mulher mais velha –

- Não consigo. – respondeu imóvel na cama –

- Está com medo de ter pesadelos?

- Também... Desde que cheguei aqui toda vez que durmo...

- Posso te dar algo que a fará dormir, não que eu ache recomendável te dar mais drogas.

- Não precisa, eu vou ter que lidar com isso uma ora ou outra...

A maga de cabelos rosa surpreendeu-se ao ouvir aquilo, será que estava começando a reagir? Sinceramente não acreditava, pelo histórico de vida dela, que fosse fazê-lo tão cedo, mas não deixava de ser uma boa surpresa. Mesmo porque não significava que faria disso um processo mais rápido, provavelmente ela teria recaídas pelo caminho.

A porta se abriu levemente e um casal adentrou o recinto sem fazer muito barulho. Polyusca olhou feio para os dois, mas não disse nada. Pé ante pé, Mirajane caminhou até a cama onde a amiga estava deitada, supunha que estivesse dormindo, sentou-se na beirada da cama e acariciou com carinho os cabelos castanhos. Fried permaneceu em pé e apoiou o queixo no topo da cabeça da atual namorada.

- Sinto falta dela no salão... A Cana nunca foi de fazer muitas missões, somente o necessário... – Mira riu baixinho – Sempre bem humorada, conversando com todos os presentes, me assistindo fazer minhas loucuras, nós fizemos um monte de apostas no sense... Ela tem fases ruins, mas apesar de raramente estar realmente bem, conseguia sorrir a maior parte do tempo. Vê-la assim só mostra o quão fundo está machucada...

- Calma, Mira, ela vai superar...  Somos da Fairy Tail, sobrevivemos as maiores loucuras que aconteceram nos últimos cinquenta anos...

- Como está o Laxus? Eu o vi saindo depois de beber todas...

- Parece que ela não o recebeu muito bem, ele não contou pra gente. Estou preocupado, Mira.

- Será que dá para irem embora logo? Vão acabar acordando a garota!

- Nós já estamos indo, Polyusca-san. – disse o Justine muito educado – Vamos, Mira, eu te deixo em casa.

- Vamos sim, Fried.

A albina se levantou e saiu com o braço do namorado ao redor da cintura apoiando a cabeça no ombro dele.  Cana olhou para a senhora na cadeira de balanço que lhe deu os ombros como se quisesse dizer: Eu disse!

Continua...

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhh, será que finalmente o mal entendido foi sanado??? Hum? Hum? Eu sei que vocês querem ver o casal junto, mas por favor, paciência. Sobre a Cana maltratar o Laxus, culpem a Mina-chan, eu vivo conversando com ela e a garota gosta de vê-lo sofrendo.... kkkkkkkkkkkkkkk

Uma nota importante: Para quem não acompanha o mangá desde o começo, esclareço aqui que o Laxus fumava durante as primeiras aparições. Obviamente que isso foi censurado no anime. Eu não sou a favor do cigarro, então espero que não tenham se ofendido!

Esse capítulo também foi terminado pertinho da hora de postar, desculpe qualquer erro!

Esperando as opiniões maravilhosas de vocês...

Kisskiss, Anny!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Protect Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.