La Usurpadora - Nada es lo que parece ser escrita por Fernanda Bracho


Capítulo 29
Desgraça pouca é bobagem!




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– Pessoal, olha a Lu... quero dizer, a Demi Lovato na TV! – chamou Lizete, corrigindo o que ia dizer.

– A DEMIII! OMG! – disfarçou Roberta, chegando perto da TV, assim como o resto.

Lupita cantava e tocava guitarra ao mesmo tempo, adorava tocar guitarra. Seus solos sempre eram impressionantes.

– Um dia, quero tocar guitarra como ela! – falou Raimundo

It's gonna come back around...

– Olha essa voz! – observou Paulinha

Paulina tentava controlar seu orgulho, afinal, Paola ainda não sabia do segredo e ela não tinha certeza se a filha gostaria que soubesse. Carlos Daniel continuava indiferente.

– Vocês gostam dela é? – perguntou Paola, chegando perto.

– Ah, sim. Somos fãs! Ela é incrível! – disse Roberta

– Concordo, a menina tem talento... – afimou Paola, e continuava a observar a menina na TV – na verdade, ela me lembra alguém... – ficou pensativa

– Ah, só podia lembrar mesmo! – disse Carlos Daniel, impaciente.

– Quem você sugere? – perguntou ela, curiosa.

– Ah, eu! Sou loira como ela e já pensei em colocar as pontas coloridas... – cortou Lizete

– Querem parar com o teatro? – continuou ele

– O que tá acontecendo? – perguntou Paola, confusa.

– NADA! – respondeu Paulina, fuzilando Carlos Daniel com os olhos – vem cá! – ela puxou ele para fora da sala, em um lugar em que não pudessem ser ouvidos e continuou – Prometeu que não se intrometeria nos assuntos da Lupita, não foi? – disse

– Disse e estou cumprindo!

– O que? Se acha se cumprir é quase revelar o segredo dela pra Paola sem a permissão da própria está muito errado!

– Ela não é sua irmã? Não diz que faz parte da família? Pois então, pra que teatro?

– Mesmo assim... se a Lupita permitir, eu mesma conto. Do contrário, eu peço que não atrapalhe! Estamos entendidos?

– Se é isso o que quer... está bem! – deu de ombros

Mais tarde...

Lupita estava chegando em casa, completamente cansada. Tirou o disfarce antes de entrar, pra não correr o risco de topar com Paola. 

– Chegou tarde! Foi bom o passeio? – perguntou Paola, tentando ficar mais próxima dela.

– Não te interessa! – respondeu

– Guadalupe, já disse pra você não falar assim com a sua tia! – repreendeu Paulina, se aproximando.

– Pra mim ela não é ninguém! – deu de ombros

– Não cansa de ser mal-criada? – interviu Carlos Daniel

– Qual foi? Pensei que já estivessem todos dormindo! – bufou

– Só que não né fofa, a noite está ótima. Não sei porque não vai com a cara da Tia Paola, é tão divertida. Rio demais com o que ela conta! – disse Roberta, acompanhada dos pais.

– Até você, Roberta? Não dá pra acreditar! – cruzou os braços, incrédula.

Nesse instante, toca-se a campanhia e Lalinha vai atender a porta.

– Ah, Dona Piedade, acho que temos mais visitas! – anunciou ela, branca como lençol, acompanhada por ninguém mais, ninguém menos que Leda e uma adolescente loira.

– Oii família! Saudades? – perguntou ela, entrando, sorridente.

– É aqui que vamos jantar, mamãe? – perguntou a jovem loira.

Todos ficaram de queixo caído. Porém, mais ainda Lupita que reconheceu a menina.

– O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO NA MINHA CASA? – Peguntou ela, quase num grito.

– EU É QUEM PERGUNTO, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI, QUERIDA? – devolveu ela

– Já se conhecem? Quem é ela? E o que faz acompanhada de Leda? – perguntou Piedade

– Ah é, não apresentei ainda. O nome dela é Solange, mas chamem ela de Sol. É minha filha, tem 16 anos! – disse ela – cumprimente o Bracho, querida. Eles são sua nova família! – afirmou

– Que história é essa de sua "nova" família? O que quer aqui, Leda? – perguntou Carlos Daniel, irritado.

– Precisamos conversar em particular, Carlos Daniel! – falou Leda

– Acontece que o MEU marido e você não tem nada pra conversar! – interviu Paulina

– Ah, então você se casou com a Usurpadora? Não era de se espantar. Só não entendo o que Paola ainda faz aqui! – disse, enrolando a ponta do cabelo com o dedo.

– Isso não é de sua conta. Diga o que quer e vá embora! – falou Piedade

– O que tenho pra falar é em particular, já disse! – insistiu Leda

– Fale agora ou saia! – disse Paulina

– Está bem! Carlos Daniel, a Sol é sua filha! – soltou, chocando a todos.

– O QUE? – perguntou Paulina, espantada.

– É isso mesmo, queridinha. Carlos Daniel e eu temos uma filha! E agora ele vai ter de assumir ela! 

– Isso é impossível! Nunca tivemos nada, Leda! – afirmou Carlos Daniel

– Ah, então quer dizer que já esqueceu da noite que tivemos no hotel fazenda, quando você viajou pra esquecer a Paola, na época em que estava inválida? A época da Isabel, lembra? – falou naturalmente, deixando Paulina cada vez mais nervosa.

– Que noite? Enlouqueceu? – perguntou, furioso.

– A bebida deve ter afetado seu cérebro. Pois vou refrescar sua memória: foi a mesm noite do dia em que você me apresentou a Isabel. Você estava chateado pelo fora da Paulina, seguido pelo da Isabel, e bebeu bastante. Te levei pro seu quarto e você disse que precisava se livrar de tudo. Me agarrou, começou a me beijar e bom... como eu não sou de ferro... – contou, com a maior cara de pau que se pode imaginar

– Isso é verdade, Carlos Daniel? – perguntou Paulina, com os olhos cheios de lágrimas.

– Bom... eu bebi, mas não me lembro de nada! Não posso negar que aconteceu algo, como não posso afirmar que aconteceu... não me lembro... – explicou, confuso.

– Lembrando ou não, nasceu a NOSSA filha, e agora vai ter de arcar com as consequências! 

– Então quer dizer que agora eu sou uma Bracho? – perguntou Sol, sorridente.

– NUNCA, MINHA CARA. NUNCA! – respondeu Lupita, irritada – Papai, acorda. Tá na cara que isso é mentira! – falou

– Faremos o teste de DNA amanhã mesmo para termos certeza! – disse Carlos Daniel

– É o melhor a se fazer. Assim, tiraremos todas as dúvidas! – concordou Piedade

– Olha aqui, não quero nem saber dessa parada de teste, fora da minha casa vocês duas! – gritou Lupita

– Quem é essa menina irritante? – perguntou Leda – você conhece, filha?

– Infelizmente sim, é da minha sala. É uma sem classe! – deu de ombros

– SEM CLASSE É A SUA VÓ! – respondeu Lupita

– É A MINHA FILHA, LEDA. ALGUM PROBLEMA COM ISSO? – disse Paulina, nervosa.

– Problema, nenhum, queridinha. Mas, quero respeito pois de hoje em diante, moraremos aqui! – falou, natural.

– AQUI VOCÊ NÃO FICA! – se alterou Piedade

– FICO SIM, SOU UMA BRACHO, É A MINHA CASA, A CASA DO PAI DA MINHA FILHA E DO MEU FUTURO MARIDO! – disse Leda

– MARIDO?! NUNCA! – disse Paulina

– SÓ QUE SIM, QUERIDINHA. CARLOS DANIEL VAI TER QUE SE CASAR COMIGO, QUER VOCÊ GOSTE OU NÃO! – impôs

– E SE EU NÃO QUISER? – perguntou Carlos Daniel, calmo.

– Olha aqui, já chega de papo fiado. FORA AS DUAS! – gritou Lupita

– Eu não saio daqui. Essa casa também é minha, estamos de igual pra igual! – afrontou Sol

– Nunca, minha cara. Você não é e nem nunca será uma Bracho, e muito menos minha irmã. Tenho certeza que é só mais um golpe da cachorra da sua mãe que não cansa de dar em cima do meu pai! Ah, mas comigo vocês pegam em baixo, muito em baixo! – respondeu Lupita

– CACHORRA? COMO TEM A AUDÁCIA DE ME CHAMAR ASSIM? – gritou Leda

– Chamando! Agora fora daqui! – disse Lupita, empurrando as duas – e aproveitem e levem essa aqui também! – empurrou Paola, que saiu pra um canto, fora da confusão.

– DAQUI EU NÃO SAIO, QUERO VER QUEM É QUE VAI ME TIRAR DA MINHA CASA! – gritou Sol

 Lupita então a pegou pelo braço, abriu a porta e a jogou pra fora.

– QUEM É A PRÓXIMA? – gritou ela, se virando  se deparou com a cena de Leda se pendurando no pescoço do pai. Seu sangue subiu. Caminhou até ela, e com uma força que desconhecia a puxou pelo cabelo até fora da casa. Derrubou ela com toda a força da escada até a baixo da escada da entrada, ficou por cima dela, e deu um tapa na cara. Quando Leda ia revidar, ela segurou as duas mãos dela com uma, e a outra deu novamente um tapa.  A segurou pelo pescoço a imobilizando, e bateu, bateu com toda raiva que tinha. Os Bracho, os empregados e todos os presentes olhavam a cena espantados. Não parecia ser Lupita, batia e deixava Leda sem forças como se fosse uma adulta. Minutos depois, ela se levantou, deu um último chute nela, colocou a mão na cintura e disse: 

– Que isso sirva de lição pra você e qualquer biscate que tentar dar em cima do meu pai! Porque eu sei ser fina e educada, mas também sei ser... CHAVE DE CADEIA! – cuspiu, deu as costas e entrou.


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