La Usurpadora - Nada es lo que parece ser escrita por Fernanda Bracho
– Não pode ser! – exclamou Paulina, descendo as escadas, surpresa.
– Mas, como? – perguntou Carlos Daniel, também surpreso.
Carlinhos e Lizete se levantaram e ficaram surpresos ao ver quem era.
– Não é possível! – exclamou Rodrigo, acompanhado da esposa e de Estefhanie.
Todos vieram até a sala e ficaram de queixo caído ao ver a nova "visita".
– Paola... não pode ser! Está viva?! – perguntou Piedade, ainda em choque, de frente com a nossa querida vilã.
– Isso mesmo queridinhos. Sentiram saudades? – disse, andando daquela maneira que só Paola Bracho sabe andar.
– Não é possível, minha irmã! – correu Paulina, para abraça-lá.
– Paulina, que saudades! – respondeu ela, correspondendo ao abraço da irmã.
– O que quer aqui? – perguntou Rodrigo, um tanto irritado.
– Rodrigo, por favor. Fica calmo. Não é hora pra discussões! – Patricia interviu
– Como é possível? Já faz 18 anos que fomos ao seu crematório! – exclamou Carlos Daniel
– É uma história muito longa, que eu prometo que conto a vocês. Agora eu só quero matar saudades da minha familia querida, e pedir perdão por tudo o que fiz. Não sabe a alegria que fico em saber que tudo está bem, e que minha irmã cuida de vocês. Não poderiam estar em mãos melhores! – disse Paola, sorrindo, com aqueles lábios vermelhos de sempre. Paola não havia mudado muito... a mesma maquiagem, as mesma roupas vermelhas e provocantes, magra como sempre, o mesmo corte de cabelo... a não ser pela cor, havia pintado o cabelo de vermelho. Paulina continuava a mesma de sempre, só que agora, usava os cabelos longos. As duas ainda cultivavam a velha franja.
– Sei... você não me engana com esse seu teatrinho! – disse Estefhanie
– Estefhanie, você é uma das pessoas que eu mais quero pedir perdão... eu sinto muito por tudo o que fiz, você não merecia ter passado por nada. Por favor, me perdoe! – disse, pegando na mão dela.
– Não dá pra acreditar que você se arrependeu tanto assim... – observou Piedade
– Eu me arrependi, Vovó. Eu passei por tantas coisas que me ensinaram o valor da vida. Eu sei que machuquei muito vocês, e se eu puder reparar de alguma forma, eu repararei. Eu juro! – disse, e se ajoelhou aos pés dela ao lado de Carlos Daniel – Vovó, Carlos Daniel, me perdoem por todo o mal que eu fiz a vocês, de verdade. Fui uma inconsequênte que não soube valorizar a família que tinha. Se eu pudesse voltar no passado, juro que faria tudo diferente... me perdoem! – pediu
Aquela cena fora inédita para todos. Paola Bracho ajoelhada pedindo perdão? Não, definitivamente aquilo era épico.
– Se realmente está arrependida, e tudo o que quer é reparar seus erros... tudo bem Paola, eu e todos os Bracho te perdoamos! – afirmou Piedade
– Faço das palavras da Vovó, as minhas. Te perdoo, Paola! – aifmou Carlos Daniel
– Seja bem-vinda de volta! – afirmou Patricia
– Está bem... está perdoada! – disse Estefhanie, e sorriu.
– Agora veja bem o que for fazer! – consentiu Rodrigo
– Vamos, levanta desse chão, minha irmã! – disse Paulina, ajudando a irmã a se levantar e a abraçando – olha, esses são Carlinhos e Lizete, eles já sabem da história! – disse
– Como cresceram! Que saudades! – disse, abraçando os dois – lembra que me pedia uma boneca toda vez que eu viajava, Lizete? – perguntou ela
Lizete sorriu.
– Lembro sim!
– Sei que agora deve se interessar por outras coisas, mas como sempre, quis fazer o custume! – disse, e tirou uma caixinha com uma boneca de uma sacola e entregou a ela – também não esqueci de você, Carlinhos! – disse, entregando uma bola oficial ao rapaz.
– Seja bem-vinda de volta, tia! – disseram os dois, e a abraçaram de novo.
Paulina soltou uma lágrima de emoção. Sua vida não poderia ficar melhor.
Todos ficaram conversando por uns segundos, e nem perceberam a presença de Lupita, que ao ver o tumulto, resolveu gritar:
– ALÔÔÔ, EU AINDA TÔ AQUI! – gritou, cruzando os braços.
Todos pararam imediatamente e fitaram Lupita.
– Ah é, verdade. Vocês não se conheceram! – lembrou Paulina, e pegou a mão da irmã e aproximou ela de Lupita – Paola, essa é minha filha mais nova, Guadalupe, mas todos chamamos ela de Lupita. Tenho mais uma, Paulinha que está na casa de uma amiga. Lupita, essa é sua tia, aquela minha irmã gemea que te falei, lembra? A Paola! – apresentou
– É um prazer conhecer a minha sobrinha querida! – sorriu Paola e foi abraça-lá, mas ela se esquivou.
– Qual o problema, Lupita? – perguntou Paulina, reparando a indiferença da filha.
– Tá legal, você acha mesmo que eu vou cair nesse papo de minha sobrinha querida? Ah, por favor! – exclamou Lupita
– Não entendo! – afirmou Paola
– É o seguinte, querida: Eu sei de toda a história. Que você casou com o papai por dinheiro, sai vagabundeando com amantes por ai... traiu a tia Estefhanie, jogou a bisvovó na bebida, deve a cara de pau de mandar a mamãe segurar as pontas aqui em casa enquanto você viajava com Alexandre Farina... logo em seguida, depois que a mamãe consertou todos os problemas daqui, você reapareceu e depois fugiu com o Douglas Maldonado, deixando a mamãe procurada da justiça, depois ela foi presa por sua causa e da cobra de uma tal de Leda e Willy, teve a audácia de se passar por doente e depor contra ela no tribunal, que por sorte por inocentada. Em seguida veio infernizar aqui em casa e quase coloca fogo na fábrica... por sorte que você morreu, ou fingiu que morreu né... acha mesmo que vou cair nessa história de arrependimento? Tá escrito ótaria na minha testa? – disse Lupita
– Guadalupe eu não permito que fale assim com a sua tia! – repreendeu Paulina
– Não, tudo bem... eu entendo que tenha essa impressão de mim... mas eu vou te provar que mudei! – disse Paola
– Aham, tá. Acreditei toda! – disse irônicamente – conheço bem pessoas da sua laia! – afirmou
– Sabe que eu posso chegar a... – disse Paola, mas Lupita a cortou:
– No fundo da privada, com o resto do seu plano! – sorriu, irônica
– JÁ CHEGA, LUPITA! – gritou Paulina
– É, já chega mesmo. Eu tô indo pro meu quarto, porque aqui o clima tá horrível! Me recuso a ficar no mesmo ambiente que essa daí. Fui! – disse, subindo.
– Não bata a... – disse Paulina, seguida de uma batida – ...porta! – afirmou – Ai, Paola. Me desculpa! Nunca pensei que ela fosse agir assim! – explicou
– Tudo bem! Eu entendo! Aliás... poderia pedir uma coisa?
– O que quiser!
– Estou procurando trabalho, voltei pra capital com pouco dinheiro e não tenho aonde ficar. Eu poderia ficar uns dias aqui, até conseguiu um apartamento? Se quiserem, posso trabalhar aqui como empregada. Faça qualquer coisa! – pediu
– Não precisa! É minha irmã, faz parte da família. Ficara aqui como hospede! – disse Paulina, sorrindo – se a vovó consentir, é claro!
– Por mim, tudo bem! – consentiu
– O jantar está na mesa! – anunciu Cacilda
– Quero que jante conosco! – disse Paulina, a puxando pra mesa do jantar.
Mais tarde... Paulinha, Roberta e Raimundo chegaram e foram apresentados a tia.
Lupita se arrumou para ir ao GMA, estava irritada. Como podiam acreditar naquela que tanto faz mal aos Bracho? Terminou e vendo que todos estavam na sala de jantar, disse da escada mesmo:
– Mãe, eu vou você sabe aonde, fazer você sabe o que! Até depois! – gritou e saiu.
Mais tarde...
Obs: Lupita disfarçada de Demi lovato
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