Tonks E Lupin escrita por alorromora


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

vale a pena, leiam...



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Abriu os olhos e agradeceu, um pouco triste, por ter sido só um sonho. Sonhara com Ninfadora, toda dele, eles melados de chocolate...sabia que era hora de acordar. Riu espontaneamente. Mas ele sabia que o motivo do riso era, além do sonho bom, saber que ela estaria ali de manhã.
Banhou, escovou os dentes e abriu a porta pra sair. Deparou –se com a cena mais fofa que já vira: Ninfadora, como se fosse bater na porta. Ela deu um riso gostoso e disse:
-Bom dia, Remo! Ér..oi.
-Bom dia, Ninfadora.
Ali os papeis se inverteram, ele estava seguro e ela não, mas não ficou assim por muito tempo
-É que eu vim pegar minha blusa...-ela ficou nas pontas dos pés e observou por cima do ombro dele-...que está na sua cama, enrolada com seu lençol.
Oh Merlin! Lupin corou e Ninfadora entrou, rindo. Pegou a blusa e voltou, parando na frente dele.
-Eu poderia ter evitado esse rosado no rosto fingindo que não vi que você dormiu com minha blusa e deixando você buscá-la – Lupin corou ainda mais- mas você me chamou de Ninfadora...
E saiu. Ultimamente ela vinha fazendo muito isso, provocar e sair. Lupin não queria, mas afirmava que isso era o certo, pois não poderia ter nada com Tonks, já que ele era perigoso demais, velho demais e pobre demais.
A seguiu e tomaram café, sem trocar uma palavra.
- Ninfadora, tudo bem com você, querida? – Era Molly, sorrindo pra moça.
-Tonks! E sim, tudo bem! – sorriu. E com você?
- Ah, estou ótima, querida...Eu sei que está bem, observei seu patrono. – Molly sorriu pra Tonks e piscou pra Lupin, deixando os dois sem entenderem
- É..Como assim meu patrono? – perguntou Tonks, sem entender realmente.
- Bom, ele está bem agitado...Lupin, quando um patrono está bem agitado, é porque a pessoa está bem, não é?
Oh Merlin – pensou Lupin. Corou e falou: - Bom, é...sim, é.
- O senhor disse que quando a pessoa está apaixonada o patrono dela fica assim. – intrometeu-se Hermione.
Tonks e Lupin ficaram sem saber o que dizer por alguns segundos, até os gêmeos aparecerem e mudarem o foco pra outro casal.
-Aaah, então isso explica o seu, não é, Mione? – Perguntou Fred, sorrindo, e sendo completado por Jorge: - E o seu também, Roniquito!

Olho-Tanto, que adentrou a sede mancando e com a cara bem brava.
- Tonks e Remo, preciso que vocês sigam agora para a mansão dos Lestranger, e Arthur, você vem comigo. Aqui o mapa. Aparatem lá e esperem meu patrono. Agora!
Alastor não parecia brincar, mas Remo olhou para Sirius como se perguntando se teria algo haver com ele, e Sirius fez que não com a cabeça. Assim, Lupin levantou-se e segurou na mão de Tonks para saírem da casa e aparatarem, sem perguntar nada.



-Bom, é o jeito esperar, né? – Tonks, após longos minutos de silêncio, falou.
- Ah, sim, claro.
- É estranho eu me sentir bem na casa da Bellatrix, mesmo ela sendo minha tia. Bom, não é bem a parte da família que eu considero, maas... – os olhos de Tonks correram pelas paredes e depois pausaram em Lupin, atingindo-o em cheio.
- Oh Merlin, havia esquecido que ela é sua tia...
- Acho que é você, Remo.- Tonks aproximou-se dele
-Eu? Eu o quê? –ele tremia.
- Você faz eu me sentir bem em qualquer lugar.
Ficaram parados por um tempo, até Lupin começar.
- Ninfadora –ela não o atrapalhou, e ele continuou- eu sou velho demais pra você. Você merece alguém jovem. Perigoso demais. Não é seguro, eu sou um monstro, você nunca me viu transformado. Eu sou pobre demais também pra...
Foram interrompidos pelo patrono de alastor, indicando que eles voltassem para a sede. Aparataram juntos, mas sem dar um pior. Ao entrarem na sede, foram comunicados que a informação que Alastor tinha era errada, por isso nada aconteceu. Cada um seguiu para seu quarto.


Nem um dos dois conseguiu dormir, e já era madrugada.
toc toc
Lupin sabia que era ela.
- Abre, Remo, eu sei que você tá aí. – a voz dela, linda, vinha da porta e ele não conseguiu não abrir.
Ninfadora entrou e virou-se, fazendo Remo dar um passo pra trás, ficando encostado na porta.
-Um: é Tonks! Dois: não quero alguém jovem, quero você. Três: Você não é um monstro, é o cara mais maravilhoso que já conheci e eu sou uma auror! E eu quero cuidar de você depois das transformações, dividir essa dor contigo...
Lupin não sabia o que dizer. Ela não o convencera, ele era perigoso e não queria machucá-la, queria pedi-la em casamento.
- Eu estou apaixonada, Lupin, por você.
- Mas Tonks, eu te carreguei no colo...
- E eu iria adorar se carregasse de novo.
Tonks já estava bem próxima, e qualquer movimento dele, tocaria nela, mas não foi preciso.
-Eu sei que você também gosta de mim, Remo. – ela disse segurando seu rosto, deixando-o bem perto do dela.
Remus precisava agir. E agiu. Girou os dois, encostando-a na porta. Ele pensou que assim, conseguiria se “livrar”, mas algo dentro dele, muito parecido com o lobo, mas ele sabia que não era algo mau, falou mais alto. Lupin beijou Tonks como nunca imaginara. Já quis isso várias vezes, mas aquilo era mais perfeito. Era de verdade.  
Lupin a soltou, os lábios de ambos estavam vermelhos e procurando por ar, mas não houve tempo de concluir a buscar e beijaram-se outra vez.
-Tonks...
-oi...
-Nós não podemos..
-Então porque você me beijou e continua agarrado à mim?
-Bom...porque eu não sei, estava fora de mim – Remo soltou Ninfadora, estava bastante atordoado. Caminhou até a outra ponta do quarto e ficou de costas pra ela.
-Eu...eu
- Tudo bem, Remo.




- Tonks, você vai comigo pro ministério? – era Arthur, levantando-se da mesa depois do café.
- Ah sim, só vou ali buscar a bolsa. – falou tonks saindo
-Bom, e depois você vai fazer a vigilância em Hogwarts com o Alan, certo?
Tonks parou e fez uma cara de desentendida.
-Eu pensei que fosse com o Remo...- começou ela, meio envergonhada.
- Lua Cheia. Não queremos  arriscar a vida de nenhum membro da Ordem – Snape disse, curto e grosso, saindo de um quarto, talvez estivesse em reunião com Dumbleodore.
Lupin por um momento havia esquecido. O seu rosto recebeu um semblante triste. Levantou e subiu as escadas em direção ao quarto, mas ainda escutou Tonks respondendo o professor de porções.
- Pois saiba que eu me sinto muito mais segura com Lupin que com qualquer outro. – a bruxa finalizou e saiu, seguindo o lobisomem.


-Remo..Remo, espera.- ela segurou-lhe pelo braço.
-Tonks, isso não é certo, não é seguro. Por favor, se você gosta mesmo de mim, depois da vigilância, vá pra casa. – Lupin estava muito triste, mas sério.
-Lupin, eu não acredito...-começou, mas foi interrompida com Arthur, que avisou que eles estavam atrasados.
Tonks pegou a bolsa e saiu.
“Eu sou mesmo um idiota em pensar que poderia ser feliz, namorar, me dar bem. Não basta eu ser um lobisomem, ela ainda tem que ser mais nova. Nem lugar pra morar eu tenho..por Merlin, por que ela tinha que me querer também? Com a rejeição eu já estou acostumado...” e pensando nisso, foi preparar o quarto pra Lua Cheia.

Já era manhã quando Tonks e Alan terminaram a vigilância em Hogwarts, ela tinha que ir pra casa, mas não conseguia. Passou a noite acordada e estava muito cansada, mas não conseguia não pensar em Lupin. Não aguentava de saudade.
- Vamos? – Alan perguntou, também estava cansado.
- Eu vou passar na sede logo. Depois você vai lá pra gente fazer os relatórios, tá?
- Certo, se cuida. Beijos.
- Até – Tonks sorriu pra ele e aparatou na sede.


-Ow prima, pensei que você fosse pra casa, descansar...
- Eu vou, mas antes quero ver o Remo. – Tonks estava decidida
- Viih...ele me fez prometer que eu não deixaria você...
-Sirius! Por favor..- por mais cansada que estivesse, ela não ia desistir, e Sirius sabia disso.
- Aqui. – ele disse, entregando a chave na mão dela.
- Obrigada.
Sirius só queria o bem de Remo, e ele sabia que só quem poderia proporcionar-lhe isso agora era Tonks. Lupin também sabia disso.

Lupin pensou que ainda estivesse delirando, Ninfadora não poderia estar ali. Ele estava sentindo o toque dela no seu rosto, mas só poderia ser delírio, ele havia feito Sirius prometer.
Só percebeu que era real quando sentiu os lábios dela encostando no seu rosto. Fez força e consegui abrir os olhos
-Ninfa...
-É tonks! – disse ela, dando um beijo leve nos seus lábios.
-Sirius não poderia...-Lupin protestava à toa, Tonks sempre o cortava.
-Eu o forcei. E vim cuidar de você.
Tonks levantou e foi buscar os remédios.
- Tome isso. – ela entregou-lhe um cálice.- e descanse. Eu vou ficar aqui com você.
Lupin não ousou desobedecer, ele estava realmente muito cansado e sabia que Tonks não ia sair do seu lado. Por um momento pensou que poderia dar certo.
Os dois acabaram caindo no sono, e Lupin foi o primeiro a acordar, já bem melhor. Tonks estava ao seu lado, dormindo num sono profundo, segurando sua mão. Remo foi tomar um banho gelado e desceu, para comer algo.
- E ai, Aluado, cadê a Tonks?
- Tá dormindo, ela tá bem cansada. Sirius, eu pedi pra que você não deixasse...
-Você, mais do que eu, sabe como ela é.
Lupin assentiu. Ele sabia. Tomou o café rápido e subiu com uma xícara e umas torradas.
- Remus, tudo bem? Você prefere comer lá em cima?
- Ah, olá, Molly. Na verdade é pra Tonks...-Lupin corou.
- Ah sim, ela deve está bem cansada. Tudo bem com você? – Molly sempre preocupada, maternal.
- Sim, obrigada. – E Lupin subiu.


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Notas finais do capítulo

obrigada por ler!
comentem hehe