Hush Hush - Books escrita por Allanis Pires


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Ai esta o capítulo dois, deixem comentários por favor.

Espero que gostem...

Allanis Pires



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Quando cheguei em casa, tomei um banho rápido e lavei meus cabelos para baixar o volume, e coloquei uma calça jeans, uma blusa de mangas compridas e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo.
Tinha de ir a pé para o Grinner's bar, já que Vee estaria ocupada para me dar carona e não tinha ônibus aquela hora. Minha mãe estava viajando a trabalho e só voltaria dali a duas semanas.



Quando parei em frente ao bar, eram 22:30. Estava meia hora atrasada. E se Patch já teria ido embora? Minha caminhada de quase 15 quadras iria para o espaço.
Entrei no bar e senti aquele bafo quente e cheiro de cigarro, bebida vencida e vômito. Aquele lugar não era pra mim. Subi as escadas e vi mesas de sinucas, e na ultima do fundo, encontrei Patch, com uma calça Levis's uma blusa de manga, seu all-star e seu mesmo boné azul.
– Ora ora - Patch falou enquanto eu me aproximava - pensei que não viria mais.
– Vamos ser rápidos ok? - falei e me encostei-me à mesa.
– Ei! - Patch quase gritou - vai atrapalhar o jogo!
Não me importei, peguei minha caneta e meu bloco de anotações e me virei para Patch, que agora me encarava com tal fúria nos olhos.
– Qual sua idade? - perguntei delicadamente.
Ele se concentrou no jogo e bateu na bola 3, que foi direto para o buraco.
– 19 anos - ele respondeu, ainda concentrado no jogo.
– Muito bem... - falei - e... Qual sua cor favorita?
Ele riu. O que? Era uma pergunta tão idiota assim? Mais o que eu iria lhe perguntar? "Esta namorando Patch?" É claro que não.
– Vai responder ou não? - perguntei impaciente.
– Vamos falar de você, anjo - ele falou agora mais próximo de mim - o trabalho também é meu.
Bufei.
– Muito bem... - ele começou - mora sozinha?
– Não - respondi.
Ele tomou um gole de sua cerveja e me ofereceu um copo.
– Não, obrigada - falei.
– Mora com quem? - ele perguntou, sem interesse nenhum.
– Não vou lhe dizer isso - falei.
Ele jogou o taco sobre suas costas e tomou outro gole da cerveja.
– Ok, e você namora? - ele perguntou, agora parecendo mais interessado.
– Também não é da sua conta Patch - falei pegando seu copo com cerveja. Dei um grande gole.
– Muito bem - Patch falou - vejo que isso não vai dar em nada.
Me encostei de volta na mesa e fiquei o encarando.
– Tudo bem! - ele disse acabando com a cerveja - se me responder uma das minhas perguntas lhe digo qual é a minha cor preferida. Ok?
Afirmei com a cabeça.
– Sou solteira - falei já preparando a caneta no papel - agora você, qual sua cor favorita?
– Verde - Patch respondeu.
Anotei "Patch. Joga sinuca, toma cerveja, cor favorita: verde."
Estávamos muito próximos agora. Ele me encarava e pude sentir seu perfume. Agridoce, hortelã com chocolate suave, e no fundo, a cigarro.
Me distanciei dele e fiz mais uma anotação: "Fuma". Ele pegou o caderno da minha mão.
– Me devolve! Patch! É serio! - eu quase gritava.
– Vamos ver... - ele disse - ei! Eu não fumo.
– Me devolve Pacth, não estou brincando - falei, furiosa.
Ele me estendeu o caderno e eu o arranquei com força de sua mão. Peguei meu casaco em cima da mesa e sai.



No outro dia de manhã, senti minha cabeça latejar. Meu cabelo estava fedendo a cigarro e fui tomar um banho.
Depois desci e verifiquei a caixa de mensagens do telefone.
"Filha, tudo bem? Só para a avisar que vou demorar mais uma semana para sair daqui. Me desculpe Luce. Te amo, mamãe." E outra mensagem, com um número de Vee.
"Ei menina, por onde andou? Liguei pro seu celular mais só dava caixa de mensagem. Me de notícias! Te amo, Vee."
Me servi com um prato de cereais e me sentei no sofá, assisti um programa alternativo de moda e subi novamente para meu quarto. Tinha que deixar minha lição de casa adiantada porque nesse final de semana iria sair com Vee, iria para Hookn's. Era uma praia muito movimentada por adolescentes rebeldes.



– Muito bem - o Sr. Sethin falou - quero uma redação sobre esse assunto falado na aula.
Era sexta-feira e meu dia estava mais tedioso do que nunca. Patch não tinha ido as aulas e Vee não parava de me dizer as surpresas para amanhã na praia.
– Vee! - gritei já paradas na porta de sua casa - por favor, pare de falar por um minuto.
Ela me encarou surpresa e ficou muda.
Me sentei em sua cama e abri meu livro de história, já iria deixar a redação pronta.
– Que horas nós vamos amanha? - perguntei para Vee, que estava sentada na frente do computador.
– Vamos cedo, para pegar lugares bons para montar a barraca - ela respondeu se virando - Ok Luce, agora é a hora da verdade.
A fitei, confusa.
– O que esta acontecendo? Você esta estranha... É um garoto? Quero saber de T-U-D-O! - Vee falou animada, sentando ao meu lado na cama.
– Que isso Vee! - falei me afastando dela e ficando em pé - não estou estranha coisa nenhuma, continuo sendo a mesma Luce.
Ela bufou sabendo que não adiantaria falar mais nada.



Acordamos cedo e fomos para Hookn's. Não estava frio e por isso estava com a parte de cima do biquíni e um short. Coloquei meus óculos Ray-Ban e partimos viajem. Aquilo já estava lotado, mais havia lugares perfeitos para as barracas.
– Venha aqui Luce - Vee falou, destampando o tubo de protetor-solar - passe aqui nas minhas costas.
Já eram 18:45 e a praia tinha apenas alguns lugares para serem ocupados. Já estava anoitecendo e carros e mais carros chegavam ao local. Vee me disse alguns dias trás que teria fogos de artifício no sábado de noite. As pessoas já estavam apreensivas.
– Estou com fome, quer algo? - Vee perguntou se levantando.
– Pode deixar que eu vou Vee, vou comprar cachorro-que te e refrigerante, ok? - falei, já andando em direção a barraquinha Freen'k. A barraca de cachorro-quente mais famosa da praia.
Entrei na fila e olhei para trás. A fila estava gigante. E olhando melhor, percebi que Gabbe Millar estava à 3 pessoas atras se mim. Gabbe Millar era uma garota do meu colégio, estudava comigo desde o jardim e era uma patricinha total. Tinha tudo o que queria na hora que queria, e se não tivesse, não duvidava que pudesse bater em seu próprio pai. Ela estava impaciente, com seus cabelos louros escorridos presos em um rabo de cavalo e bufava. Batia seus pés impacientes e trocava seu peso para cada perna de 1 em 1 minuto.
– Isso esta demorando demais! - ela de repente berrou.
Olhei para frente e só tinha duas pessoas atendendo. Chegou minha vez e Gabbe ainda estava dando seus pitis.
– Só tem 2 pessoas atendendo - falei para ela.
Ela me olhou de cima em baixo e respondeu, com desprezo:
– Não me interessa, que ponham mais pessoas para trabalhar! - ela respondeu - e porque esta falando comigo, eim, Luce, já foi ver se seu pai esta querendo sair do túmulo?
Aquilo instantaneamente fez com que meus olhos se enchessem de lágrimas. Como ela podia falar aquilo? Como uma pessoa podia chegar a esse ponto? Brincar com aquele tipo de sentimento? Meu pai foi assassinado 2 anos atras, e claro, Gabbe sabia. Minha mãe e sua mãe eram grandes amigas.
Paguei meu cachorro-quente e sai de lá, com as lagrimas já escorrendo em meu rosto. Minha vista estava embaraçada e sem querer esbarrei em uma pessoa. Limpei minhas lagrimas e o ajudei a se levantar.
– Me desculpe! - falei - estava distraída, esta tudo bem?
Ele se virou e fiquei cara-a-cara com Patch.
– Você de novo garoto?




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Notas finais do capítulo

Deixem comentários por favor ^^

Allanis Pires



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