Vampire Wars escrita por Just a Writer


Capítulo 2
Capítulo 2: A tristeza domina todos


Notas iniciais do capítulo

Oie, pra vocês meus lindos e lindas leitoras e leitores *u* repostando, tomara que gostem ;)
OBS: esse é o capítulo mais dramático, a Katte sabe fazer drama, então... Please, não desistam e por favor, leiam o resto *0*
Bjs, Juvia, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/333745/chapter/2

Katte

Não pode ser. Logo ela, minha amiga, tão popular, á quem todos amavam. Não. Isso é mentira. Ela não pode morrer assim.

– Isso é mentira! Só pode ser!

– Não é. A mãe dela acabou de ligar. Pobrezinha.

– Como isso é possível? Eu acabei de dizer tchau pra ela agora mesmo! Por que Karoline? Por quê?!

Não aguento e começo a chorar. Por favor, me diga que é mentira! Diga-me que não é verdade! Por favor! Então aquele bilhete. A tradição de um vampiro matar alguém antes da guerra começar é verdade. Mas, por que ela? Por quê?

– Bem, agora que ela morreu eu estava pensando se você vai querer desistir de ir para a guerra.

O que?! Ela ainda acha que vou desistir de ir para a guerra?! Ela está louca! Agora quero ir mais ainda e vinga-la! A morte dela me comoveu...

– Não vou desistir! Vou vinga-la! Mesmo que eu use todas as minhas forças para isso!

De repente vejo que a minha mãe fica nervosa. Ela começa a tremer e então grita:

– Pois bem, sabe por que o seu pai morreu?! Ele foi salvar o irmão mais novo que estava na guerra ele entrou na frente do golpe de um vampiro para proteger o irmão. Seu tio desistiu, e depois disso mudou de cidade.

– Eu não sabia...

– E tem mais! Eu vi a vida da minha melhor amiga ser tirada na minha frente. Depois disso eu saí da guerra.

– Ei! Eu não sabia disso! Além do mais acabo de saber que uma das minhas melhores amigas morreu antes da guerra começar. Karoline...

Não aguento e começo a chorar. Tinha sonhado tanto com eu, a Rose e ela até o final da guerra. Mas, quer saber? Rose tem razão. Apesar de ter sido só uma brincadeira não posso achar que isso será que nem um anime. Mas ainda sim não vou desistir! Karoline... Pera... Ela pega a minha mão e começa a gritar:

– Filha, por favor! Você é a única coisa que eu tenho! Por que... Não tem consideração por aqueles que te amam?!

Consigo soltar a minha mão e correr para o meu quarto. Tranco a porta, mas aparentemente ela não tenta abrir. Deve ter caído no chão e está chorando. Visto o meu pijama, lavo meu rosto e escovo meus dentes. Vou dormir sem jantar mesmo e bem cedo. Com tantas dúvidas, é melhor dormir, deixar os sonhos me dominarem. Mas, será que com tantos pensamentos é mesmo possível dormir? É possível dormir quando está com medo, dor e confuso ao mesmo tempo? Não sei, mas, agora, tenho que me concentrar em dormir, dormir, dormir...

Hum? Afinal das contas, acabei pegando no sono. Bem, agora são cinco da manhã. Era pra eu estar acordando daqui à uma hora e meia. Karoline me diga que não é verdade... Diga-me que a minha mãe inventou isso pra me fazer desistir! Quantos pensamentos. Não consigo voltar a dormir. Afinal das contas, não deveria estar pensando nessa coisa depois da morte de uma amiga, mesmo que não confirmada, mas por que o Henry me ajudou ontem? Por que ele me defendeu? Eu não fiz nada pra ele, por que ele fez isso? Ele é meu amigo de infância, mas faz muito tempo que nós não nos falamos. Na verdade, eu queria voltar a ser amiga dele, mas acho que não consigo voltar a falar com ele, principalmente porque ele fica cercado de gente o tempo todo, inclusive de meninas que ficam dando em cima dele. Mas ele é legal sempre fala com todo mundo, além disso, é muito difícil se aproximar de alguém com qual não fala há muito tempo. Sem contar que não sou boa pra puxar conversa com ninguém, ainda mais com Henry. Como será que estão Maya e John, irmãos de Henry? Acho que vou me aprontar, já são quase seis e meia. Deve ser mesmo mentira da minha mãe. Mas, também não posso ignorar totalmente. Afinal, talvez seja verdade. Lagrimas saem do meu rosto, não aguento mais isso. Minha mãe entra no meu quarto e fala pra eu me aprontar, como ela faz todo dia. Não vou discutir de novo com ela de novo, não vale a pena. Ah, esqueci que eu tenho lição de casa. Não me ache estranha, quando estou triste tento ‘’me auto animar’’. Lavo meu rosto que está vermelho por causa das lágrimas. Ainda há esperança. Ela não deve ter morrido de verdade. Ela era meio assustadora de vez em quando, mas não era uma má pessoa. Penteio o meu cabelo, escovo meus dentes, visto minha roupa e saio de casa. Apesar de não ter jantado ontem, não estou com fome, não quero fazer nada. Minha mãe não tenta falar nada a mim, na verdade não nos falamos muito. Rose não está me esperando no caminho. Acho que ela não vai à aula hoje. Isso me faz desconfiar mais ainda que Karoline realmente morreu. Eu queria que Rose participasse da guerra, queria que vencêssemos juntas ela, eu e a Karoline. Não vai ser bem assim. Se ela estiver se arriscando de mais, não deixarei que ela me acompanhe. Não quero perder ninguém importante pra mim, nunca quis que ninguém morresse nessas guerras idiotas, afinal, qual o propósito de eu entrar? Rose tem razão, não posso achar que vai ser como um anime ou um filme. Se eu não quiser que quem amo morra vou ter que impedi-los de irem comigo. Finalmente chego à escola. Lá está o corpo de Karoline para todos verem por uma última vez antes de ele sumir para sempre. Uma imensidão de lágrimas sai dos meus olhos, não consigo aguentar meu próprio peso e caio sobre o chão. Fico tonta e não consigo respirar. Não falei antes, mas tenho problemas de asma, bem pouco, mas às vezes não dá para aguentar, ela resolve dar um “ataque’’. Acordo e estou na enfermaria. Rose e Henry também estão lá.

– Ficamos sabendo da Karoline. – diz ele- eu hoje de manhã, Rose desde ontem. Está se sentindo melhor?

– Sim... – respondo. Meus olhos novamente se enchem de lágrimas.

– É uma grande perda para nós duas. – Rose diz, colocando sua mão sobre a minha.

– É... – respondo.

– Você também ficou sabendo ontem?

– Sim. – eles se enchem mais ainda de lágrimas.

– Pare de chorar ou vai acabar se desidratando!

– Não faz mal.

Finalmente crio coragem e olho nos olhos deles. Nem Henry nem ela estão chorando. Henry demonstra preocupação, já Rose, dor, tristeza. Tenho certeza que por dentro está igual a mim. Ela também sente a dor da perda. Vanessa entra com Janet, e estas, após olharem para mim, conversam alguma coisa, mas não consigo ouvir o que é. Rose me pergunta se estou bem o bastante para voltar para a sala de aula. Eu respondo que sim.

– Que fome... – digo.

– Trouxe alguma coisa para comer? – Pergunta Rose.

– Não, mas não precisa se preocupar, eu aguento.

– Não jantou nem tomou café da manhã?

– Na verdade, não fiz nenhum dos dois.

Rapidamente, ela se vira para mim e diz:

– Você está louca?! Quer desmaiar de novo?! Tome coma isso.

– Não...

– Coma! – ela diz.

Eu pego e começo a comer. Fazia tempo que não comia nada. Mesmo assim, estou comendo contra a minha vontade. Afinal das contas é melhor assim. Se eu quiser proteger Rose, vingar Karoline e parar de uma vez com a guerra é melhor eu estar forte. Hoje a tarde começa o treinamento para a guerra.

– Rose, depois eu te pago.

– Não precisa.

Nunca deixo de notar e admirar que eles dois sempre estão com pensamento positivo. Karoline também era, mas de um jeito diferente. Finalmente chegamos à sala.

– Katte... – a professora fala – Entre.

– Até mais, Katte. – Rose diz.

– Até. – respondo. Então ela vai para a sua sala e eu entro na minha.

– Katte, você pode se sentar ao lado de Henry, já que Itan faltou hoje. – a professora diz.

– Está bem.

Ela olha nos meus olhos e consegue ver a profunda tristeza. Ela também deve estar triste e ao mesmo tempo preocupada. As outras amigas de Karoline não conversavam. Entre elas, uma parecia ter a mesma tristeza que eu, Giovanna, uma menina de cabelos longos que sempre estão presos em uma trança virada para o lado. Mas, ela não é do grupo que sempre anda junto e se abraçando. É como eu, várias vezes já havia a visto na biblioteca, lendo livros sozinha. Principalmente tipo “Jogos Vorazes” ou “Harry Potter”. Pelo jeito, ela adora livros. Acho que não conseguiria ler um livro assim. A sala esta totalmente quieta, dominada pela profunda tristeza da perda de Karoline. Ninguém ousa produzir um som. Talvez seja melhor assim. Nessas ocasiões, o silêncio é a melhor opção. A professora nos chama para ver o corpo dela por uma última vez, para quem não vai ao velório, que será amanhã. Com todas essas caras tristes, vejo o que fiz com Rose. Não vou ser mais depressiva assim, vou sorrir. A todos. Depois da aula, Giovanna, amiga de Karoline, se aproxima de mim com os olhos cheios de lágrimas, porém, sorrindo e diz:

– Oi Katte. Sei que nós não nos falamos muito, mas temos uma coisa em comum pelo menos; éramos muito amigas de Karoline.

– É.

– Eu... Queria saber se você queria ir almoçar em casa hoje. Eu tenho que falar com você.

– Está bem. – eu sorrio.

– Não precisa avisar a sua mãe?

– Não. Ela nem vai notar. Ela acha que vou almoçar aqui.

– Hum... Então tá. Venha é por aqui. Não fica longe.

Fomos cada uma pensando num momento que tínhamos vivido com Karoline. Ela tinha acabado de começar a namorar e estava me contado sobre isso. “Foi a primeira vez que me interessei por alguém desse jeito.” Ela me contava. “Estava num parque de diversões sem fazer nada e ele veio conversar comigo. Nunca me senti assim antes. Fomos à roda- gigante e até contei a ele que era humana. Ele tem a mesma idade que nós e seus olhos são incrivelmente lindos.” Bem, foi assim. Pera... Não me diga que... Não me diga que olhos incrivelmente lindos queriam dizer que ele era vampiro! Como pode... Finalmente caiu a ficha. Mas por quê? Ela sabia que a guerra aconteceria um dia então, por quê? Será que ele armou pra ela? Não pode ser! Diga-me... Diga-me que você não fez isso! Chegamos. Realmente é bem perto.

– Aqui. - ela me entrega um prato com a comida que, segundo ela, cozinhou de manhã antes de ir para a escola. – Minha mãe nunca está em casa. Eu moro praticamente sozinha.

– Eu entendo. – respondo ela é incrível. Faz tudo sozinha: lava a roupa, cozinha, entre outras coisas e ainda sobra tempo para fazer a lição. Sem contar que é a melhor aluna da sala!

– Você me chamou aqui por que queria falar comigo, certo? O que aconteceu? – digo.

– Te chamei aqui para conversar sobre Karoline. Mas uma coisa, em especial.

– E o que é essa coisa? – pergunto.

– Nós duas éramos muito amigas da Karoline. Não chamei as outras amigas dela porque são muito “patricinhas”.

– Verdade.

– Ela também te contou que estava namorando?

– Sim.

– Então você era amiga dela de verdade. Tenho certeza que ela não contou a nenhuma daquelas outras. – ela termina. Ficamos em silêncio por alguns minutos. Provavelmente ela estava pensando no que falar.

– Te chamei aqui por causa disso. Também vai participar da guerra, certo?

– Mas é claro que sim!

– Ótimo! Acho que aquele vampiro armou pra ela. Ele não estava destruindo nem botando fogo no carro, mas estava no telhado olhando. Eu estava por perto e vi. Tentei socorre-la, mas não de tempo. Além do mais, guardas e bombeiros barraram todos por perto.

– Há! Sabia que era ele!

– Fale mais baixo!

– Desculpe.

– Agora está saindo com outra. Isso me aborrece tanto! Com certeza foi ele. As outras meninas diriam que era amor verdadeiro, que ele nunca faria isso.

– Pois é! – digo.

– É realmente incrível como a Karoline consegue ser amiga de todo o tipo de pessoa.

– É. – Nós duas a admiramos. Ela realmente era uma boa pessoa.

– Voltando ao assunto, eu vou pesquisar ao máximo sobre isso, mas e você, está pronta para arriscar sua vida?

– De todo o jeito, já ia entrar na guerra mesmo. Eu quero acabar com a guerra e vingar Karoline. Vou topar.

– Então está feito. Esqueci-me de me apresentar, prazer, Giovanna Mirelly.

– Hum... Prazer, Katte Ashley. Então está certo?

– Certíssimo. Pera, você é humana não é?

– Claro! Você também é, certo?

– Sim. Que alívio.

– Ai, esquecemos que o treino começa hoje. Já são três hora, temos que correr!

Então corremos até a escola.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem narra o próximo capítulo é o Henry, vou tentar por um poco de humor pra compensar esse capítulo ;) Mereço reviews? *---------------------------*