O Chà Da Meia Noite escrita por Victoria Duarte


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Nao copie nada nem diga que é sua autoria.
Espero que goste muito :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/333259/chapter/2

O sol estava com todo o seu esplendor aquela manha e o ceu simplesmente magnifico mesmo sendo outono.

A cafeteria estava ainda vazia mas por pouco tempo, logo logo estaria cheia e Aurora mal iria poder dar atençao à todos, por sua sorte havia Francesca ( uma outra funcionaria e também sua melhor amiga ) para ajuda-la.

Como de costume um senhor de aproximadamente 70 anos, altura media, barba mal cuidada, sapatos de couro um pouco desgastados, uma boina marrom que ele insistia em usar e um casaco que estava por cima da camisa, isso mesmo: por cima porque ele nao colocou os braços dentro da manga entao o usou como " um casaco para as costas " , ao mais classico estilo italiano. Sentou-se perto do balcao e olhou com alto brilho nos olhos Aurora que jà chegava com seu cappuccino, ele desejou-lhe bom dia e ela respondeu com um lindo sorriso e deu-lhe um suave beijo na bochecha, aqueles que damos em nossos pais sabe, porque ela o considerava como seu segundo pai desde que.. bem.. voce sabe.

O Sr. Gianluca Frosini, como se chamava, amava Aurora e Francesca como se fossem os ultimos diamantes da Terra, ele faria de tudo por elas, suas filhas quase de sangue, suas meninas de ouro. Gianluca era o dono da cafeteria e fazia questao de ir là para visita-las toda vez que lhe era possivel, morava em Toscana e sò comprou a cafeteria porque Aurora nao tinha como se manter e sua mae jà nao era tao agil assim nos campos ; Gianluca nao aguentava ver o amor de sua vida sofrendo daquele jeito ( a mae de Aurora ) entao fez de tudo para ajuda-las sò que a doença acabou sendo mais forte que seus gigantescos esforços, Aurora procurou empregos mas nao conseguia ficar por muito tempo pelo fato de ter que cuidar de sua mae e o dinheiro nunca bastava para os remedios, terapias e todas as outras coisas que eram necessarias. Gianluca pensou bem onde se poderia ganhar bastante dinheiro para pagar todos aqueles custos e uma das primeiras cidades que lhe vieram em mente foi Roma, entao perguntou à Aurora se ela queria ir trabalhar là e Aurora nao pensa duas vezes quando o assunto é sua mae.

Jà Francesca era uma menina de rua que Aurora havia encontrado assim que a cafeteria abriu, literalmente, no primeiro dia da cafeteria là estava ela, do lado de fora pedindo esmola, com o cabelo raspado, um vestido branco que jà estava preto de tanto sujo. Aurora olhou nos olhos cor de mel daquela negra tao linda, parecia que acabara de sair de algum quadro do Vaticano e viu sua alma que de tanto ser torturada pela vida jà estava no seu ultimo suspiro de esperança e jà tinha perdido sua confiança na humanidade ; Aurora nao se aguentou e a abraçou com todo o amor e compaixao que tinha no seu coraçao, sentiu que Francesca acabou por fazer o mesmo, se deslizou de dentro pra fora e deixou cair nos braços daquela outra alma que estava segurando a sua naquele momento. As duas ficaram bastante tempo ali, sentindo o fardo uma da outra, paradas e com o coraçao a mil pareciam irmas que reencontraram depois de muito tempo e ao perceber isto começaram à chorar e abraçaram-se ainda mais forte e foi ai que Aurora disse:

– Io non ti lascerò cosi. Vieni con me che io mi prenderò cura di te, ok? ( Eu nao irei te deixar assim. Vem comigo que eu vou cuidar de voce, ok? ) Francesca acenou SIM com a cabeça e as duas foram para o apartamento de Aurora, enchugando as lagrimas e olhando-se descobriram que nunca mais iriam se separar.

Aurora apressou-se em terminar os cafés que os clientes havam pedido. " Macchiato mesa 5 "," Macchiato mesa 5 "," Macchiato mesa 5 ", repetia enquanto procuravaa tal de mesa 5 no meio de toda aquela bagunça de pessoas transitando na sua frente. Quando finalmente achou a mesa 5 deparou-se com um homem de cabeça cabisbaixa e com um chapèu cinza que hava una faixa preta. Aurora nao sabia exatamente o que fazer: o acordava? mas ele poderia nao estar dormindo, o chamava? mas ele poderia simplesmente ser cego; enato ela resolveu deixar o café em cima da mesa, colocou com um pouco de força para faze-lo ouvir. O homem deu um pequeno salto e logo depois olhou com surpresa o café sobre sua mesa, Aurora entao deixou escapar uma pequena risada porque percebeu que o homem dormia, ouvindo ele a olhou com um pouco de raiva, neste momento ela sentiu um terrivel calafrio que começou dos pès e foi até o ultimo fio de seu cabelo... Era aquela medonha sensaçao de novo, que alguém a estava vigiando. Ela sentia isto constantemente mas no começo achava que nao era nada demais, uma besteirinha que iria passar em poucos dias sò que o tempo passou e nada da sensaçao ir embora, claro, nao a sentia 24h por dia mas de vez em quando e a cada vez que vinha era mais e mais intensa até que chegou uma hora em que o fio que ligava sua alma à seu corpo estava por ceder-se de tanta pressao, entao ela apertou o cordao que seu " marido " havia dado à ela ( o qual ele tinha feito um par, um ficou com ele e o outro com ela ) e como num passe de magica a sensaçao terrivel se transformou em uma paz imensa, inexplicavel.

O dia na cafeteria se passou tranquilo depois disso. No final da tarde Aurora pediu para Francesca assumir a cafeteria ( ela deveria ter ficado até meia noite, que è geralmente o seu turno de segunda-feira ) para ela poder ir arrumar o apartamento jà que nunca tinham tempo.

Ao chegar em casa entristeceu-se um pouco com toda a desordem : roupas pra todo lado, louças, livros deixados por todo lugar ( Francesca fazia faculdade ), lençois, roupas para lavar, chao completamente grudento de tanto sujo, banheiro.. nem se fala! Apesar de jà estar cansada começou logo à limpar e arrumar até que encontrou uma caixinha azul bebe toda empoeirada escondida no guarda-roupas. Aurora sentiu um frio na barriga. Pegou a caixinha com todo carinho e amor possivel, depois de limpar um pouco a tampa com a manga de seu casaco abriu a caixa, leu as primeiras palavras e com as ultimas chorou ; dentro da caixinha havia algo impagavel, algo tao precioso que Aurora em hipotese nenhuma iria dar ou vender, algo que provavelmente até os anjos tinham cuidado para que se mantesse intacto, uma coisa que qualquer pessoa amaria com a propria alma, dentro da caixa havia: ...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostou? Quer mais? Espere o proximo capitulo, prometo que nao vai perder por esperar! Enquanto isso vai comentando ai em baixo se quiser :)
Nao copie nada nem diga que é sua autoria, se quiser utilizar algo daqui me pergunte por e-mail : vivi2011@hotmail.it que eu vejo o que posso fazer por voce.
Obrigada por ler, significa muito para mim!