69 Tons De Edward. escrita por Agridoce


Capítulo 34
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Especialmente dedicado a karina volpi por favoritar a história. Beijos!
Comentem!!!



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Horas mais tarde, já em meu quarto, reparei na figura distorcida a frente do espelho.

Meu corpo estava com a aparência de uma grávida já no quinto mês mas eu não me sentia feia.

Quero dizer, eu estava enorme como uma porca, mesmo com apenas um mês e poucas semanas, com os pés inchados e o rosto largo.

É Bella... Você nunca foi mais linda.

Acariciava minha barriga, coisa que já não me dava mais calafrios e percebi que jamais poderia fazer mal a minha pequena.

Lembranças de um abismo que logo tornou-se um sonho rodearam minha mente.

O que, afinal, aquele sonho queria me dizer ?

Por quê Tanya matou minha filha naquele campo ?

Perguntas. Perguntas e nada de respostas.

Um brilho no espelho cegou-me por poucos segundos e para me acostumar pisquei algumas vezes.

O pôr do sol que brilhava imensamente no céu entrava por alguma brecha das cortinas e irradiava no colar que dava graciosidade em meu pescoço.

O colar que Edward deu para mim antes de irmos para o aeroporto.

Antes de todo esse pesadelo começar.

Batidas na porta fizeram minha mão agarrar o colar com força.

– Sim ?

– Sou eu.

Emmett entrou rapidamente no quarto sem se importar com a presença de alguém fora do quarto.

Virei-me novamente para o espelho.

– Bella, o que é isso ? Edward deu para você ?

Emmett já atrás de mim, analisava o colar encantador em meu pescoço.

– Lindo, não é ?

Sorri e ele retribuiu.

– Sim. Maravilhoso.

– Obrigada.

Mordi meu lábio e virei de frente para ele.

– Você não veio até meu quarto para falar sobre meu colar, certo, Emmett ?

Ainda vidrado em meu colar, ele sorriu, e novamente me olhou.

– Não. Nossa fuga.

Mordi meu lábio para esconder um sorriso nervoso e caminhei até a cama.

Ele sentou ao meu lado.

– O monstro tem cansado muito você, Bells ?

O tapa em seu braço foi forte mas não capaz de faze-lo sentir dor.

– Isso fez cócegas.

– Idiota. Não fale assim de minha Renesmee. - Grunhi.

Ele ainda era mais forte, mais alto e mais poderoso do que eu mas eu estaria disposta a morrer apenas para defender a honra de minha filha.

Ajoelhando-se entre minhas pernas e tocando em meu ventre, ele brincava com minha filha com um voz... Horrorosa.

– Quem é o monstrinho do tio Emm ? Hein ? Quem é ?

Seus lábios encontraram meu ventre e o empurrei.

– Não tente beijar minha filha, seu pervertido, porra.

Gargalhadas ecoaram de nossas gargantas.

Tentando controlar as risadas, ele sentou ao lado de minhas pernas e encostou a cabeça em meu colo.

– Edward é o cara mais sortudo do universo. E você também.

– Por quê você acha isso ?

Meus dedos brincavam com os cabelos escuros dele.

– Vocês mesmo de raças diferentes, ainda podem ficar juntos, e construir uma família.

– Nada disso está acontecendo no momento, Emm.

– Por minha culpa, eu sei, Bells.

Mordi meu lábio e continuei a brincar com os cabelos dele.

– Se eu conseguir uma chance com Rosalie... Um dos dois vai precisar abandonar tudo aquilo que acredita, a família, os amigos... Tudo.

– Emm, não fale assim, acredite em mim... Tudo vai dar certo.

Talvez falei mais para mim do que para ele.

– Eu sei que vai, Bells, mas não para mim.

– Como assim ?

Afastando a cabeça de meu colo e olhando no fundo de meus olhos, ele continuou :

– Eu não posso viver para sempre com os Arcanjos e nossos aliados, os Deuses, sabendo que deixei minha protegida sozinha no mundo.

– Emm.

– Bells, eu não posso, e de um jeito ou de outro... Eu não poderia viver sabendo que nunca mais sentiria o calor dos braços de minha mãe.

– Eu consigo viver, Emmett, e você vai conseguir também.

– Desculpe. Esqueci de sua mãe.

– Tudo... Tudo bem.

– Vem cá.

Ele me puxou, mas não cai no chão, seus braços me protegeram de qualquer queda ou machucado.

Descansei minha cabeça cansada em seu ombro e fechei os olhos desejando minha mãe ali.

Ela com certeza saberia o que dizer ou fazer no momento.

Ela entenderia a dor que eu estou sentindo por estar longe de Edward.

A dor de saber que seu amado corria risco de vida.

Longe ou perto de mim.

De uma maneira ou outra... Não tenho escolha.

Emmett percebeu as lágrimas que escorriam de meus olhos e sussurrou em um gesto carinhoso :

– Não se preocupe, bebê, tudo vai ficar bem.

Recuei um pouco mas continuei em seus braços.

– Emmett, seu plano vai dar certo ? Tem certeza ?

Ele sorriu maroto.

– Tenho e conheço uma ótima pessoa para nos ajudar.

– Quem ?

Seu sorriso foi inexplicavelmente grande e com um tom de admiração, falou :

– Seth.

– Quem ?

– Seth é o filho de Sue, irmã de uma guerreira de meu pai, Leah, e um Arcanjo em desenvolvimento.

– Em o que ?

Ele revirou os olhos em um gesto irritante.

– Ele ainda não tem idade o suficiente para ter asas, Isabella, por isso, ainda está em desenvolvimento.

– Por quê não falou antes, seu idiota ?!

– Cale a boca.

Sua mão parou em meu rosto como um dono brincando com o cachorro.

E eu a mordi.

– Filha da... Isabella !

– Não me trate como um cachorro. - Grunhi furiosa e arranquei risadas dele.

– Você vai conhecer o Seth e entender porque ele é perfeito para nosso plano dar certo.

Ele segurou em minhas mãos, ajudando-me a levantar e não a soltou até estarmos do lado de fora do quarto.

– Seth é... Digamos que ele não é um perfeito Arcanjo. Não é forte como eu, alto ou lindo... Mas você vai adorá-lo mesmo sendo irritante.

Ele ficou furioso com a risada que eu dei e foi o caminho inteiro reclamando.

Descemos por uma escadaria escura, e logo percebi que não era para sermos vistos, pois o lugar além de escuro, era cercado de teias de aranhas e não habitava nenhum ser humano por tempo.

– Para onde você está me levando, Emmett ?

– Relaxe, Bells, confie em mim.

– Ah claro... Merda.

O palavrão acabou saindo de minha boca quando pisei em uma poça de lama e sujei o vestido branco que eu trajava.

– Ah, qualé, Bells, pare de frescura.

– Vá a merda !

Ele riu e me pegou no colo.

– Além de estar pesada como um ogro, é fresca e irritante.

– Não me compare a um ogro... Isso existe ?

Minha pergunta foi motivo de risadas.

– Você está no colo de um Arcanjo e ainda pergunta se um ogro existe... Qual o seu problema ?

O tapa em seu rosto não emitiu qualquer reação dele e ele apenas apressou o passo.

O céu já estava escuro e uma lua cheia e brilhante ocupava o lugar do sol.

Grilos cantavam juntamente com corujas.

– Onde é que nós estamos ?

– Seth !

Emmett gritava como um louco e com alguns pulos consegui trazer sua atenção.

– O que você está fazendo, Emmett ? - Sussurrava. - Eu pensei que era para ninguém saber disso.

– Por quê você achou isso ?

– Ora, senhor óbvio, por quê você me trouxe por um lugar escuro e sem a presença de uma alma viva além de aranhas ?

– Ah, aquilo... Foi apenas a vontade de descer por alí mesmo.

Meu olhar converteu-se em fúria e antes de dizer uma palavra, uma voz com algum pingo de infantilidade ecoou da escuridão :

– Emm !

Virando em direção a voz, me deparei com um menino alguns poucos centímetros maior do que eu e com um corpo nada parecido com do Emmett, Edward ou outro Anjo ou Arcanjo.

– Bells, este é Seth. - Os braços do menino não conseguiram cercar meu corpo mas ainda assim seu meio abraço foi forte e afetuoso, assim como o de Sue, mas nada me assustava mais do que a tatuagem no braço dele. - Seth, esta é Bella.

– E ai, Bells ?

– Qual é desse apelido ? - Murmurei sem esboçar um sorriso.

– É fofo e você é fofa. - Seth sorriu gentilmente.

Um sapo multi-colorido passava por ali e antes de qualquer coisa, Seth já estava atrás dele e gritava.

– Esse é o cara que vai nos ajudar a fugir ? -

Murmurei fraca mas uma risada escandalosa brotou em mim quando Emmett falou com admiração :

– Esse é o cara, Bells, esse é o cara.


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