Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 6
Adeus papai...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Curtiram o fim de semana?



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Pov. Cebola







Estava andando pelo corredor da escola em direção à sala do diretor. Não demorei muito à chegar. Bati na porta e obtive resposta.







– Pode entrar. – Ouvi uma voz grossa do outro lado da porta, abri e entrei. – Cebola, que bom que veio. Sente-se, por favor. – Sentei em uma das duas cadeiras que estavam em frente à mesa.




– Do que se trata diretor? – Perguntei querendo ir logo ao assunto.




– Bem... Eu não sei como lhe dar essa notícia, mas... – Ele fez uma pausa antes de falar, tirou os óculos e olhou pra mim. – Me ligaram agora à pouco do hospital e me informaram que seu pai sofreu um grave acidente.

– O quê? – Ouvi o que ele disse, mas não acreditei. – Meu pai sofreu um acidente?! O que aconteceu com ele? Sabe se ele está bem? – Perguntei me levantando e alterando um pouco minha voz.




– Acalme-se, por favor. Não, eu não sei muito bem o que aconteceu, mas acho que foi um acidente de carro. – Ele falou. - Ele perdeu o controle e bateu contra um poste. A ambulância felizmente chegou a tempo e o levou ao hospital central.




– Diretor, por favor, eu tenho que ir até aquele hospital! – Supliquei, pareceu que o diretor pensou um pouco antes de responder.




– Claro, pegue suas coisas e pode ir... – Ele mal terminou de falar e eu já havia saído da sala.







Caminhando pelos corredores da escola não conseguia parar de pensar no meu pai. Não podia ser verdade... Não mesmo! Não o meu pai, ele é tudo o que eu tenho pra chamar de família. Caminhei um pouco mais depressa, foi quando escutei uma voz me chamando, parei no mesmo instante.







– O que foi? – Respondi sem ao menos olhar para quem havia me chamado.




– Aconteceu alguma coisa? – Era a Mônica, não sabia o que ela estava fazendo ali, mas não podia falar com ela agora, tinha que ver meu pai.




– Se for realmente verdade o que aconteceu, você vai saber. – Falei e continuei a andar em direção à saída da escola.







Subi na minha moto e dirigi em direção ao hospital, não sei por que milagre não fui parado por algum policial por estar dirigindo em alta velocidade e ignorando sinais vermelhos. Quando cheguei, entrei e fui em direção à uma enfermeira que estava atrás do balcão de recepção.







– Com licença. – Falei chamando a atenção da mulher. – Eu sou Cebola Baker e estou aqui para visitar um paciente.




– Claro. Qual o nome dele, por favor? – Ela falou.




– Cebola Netto. – Falei. A enfermeira procurou algo no computador.




– Senhor, será que poderia esperar aqui por um momento? – Ela falou olhando pra mim.




– Claro. – Disse.




– Pode se sentar ali se quiser. – A vi desaparecer nos corredores do hospital. Me sentei em uma das cadeiras de espera. Demorou alguns minutos para que a enfermeira voltasse, mas quando voltou, vinha acompanhada com um médico.

– Cebola Baker? – Ouvi o doutor me chamar.

– Sou eu. – Me levantei e me aproximei dele. – Tem notícias do meu pai?

– Sim... – Ele deu uma pausa antes de falar. – Você provavelmente não deve saber o que houve então me deixe explicar. Pelo que sabemos, ele estava dirigindo e de repente os freios falharam, perdeu o controle do carro, capotou e bateu contra um poste. Alguém chamou uma ambulância e chegamos ao local a tempo, mas... – Ele hesitou um pouco antes de continuar. –... Os ferimentos eram muito profundos e graves, infelizmente não resistiu e morreu antes de chegar ao hospital.





Nesse momento senti uma dor enorme dentro de mim.

Não podia ser. Meu pai! Meu pai estava morto! Não conseguia acreditar que isso era verdade, não podia ser!





Conversei um pouco mais com o médico. O corpo ainda estava passando pela autópsia, - queria ter certeza qual foi a causa da morte - o corpo logo seria liberado e o enterro realizado depois amanhã.

– Você tem algum responsável que possa cuidar dos documentos? - Ele perguntou.





– Eu... - Pensei um pouco. - Sim. Tenho, vou falar com ele agora mesmo. Com licença.

Me despedi e saí do hospital, fui ao estacionamento e subi na moto. Parei por um segundo, minhas mãos começaram a tremer. Meu corpo parecia querer entrar em um colapso. Balancei a cabeça tentando afugentar aquela dor, não deu muito certo. Tentei segurar as lágrimas, ou não conseguiria dirigir. Respirei fundo, liguei a moto e parti devagar, como todo o caminho. Quando cheguei, estacionei a moto em uma vaga qualquer e entrei na empresa. Fui para o último andar onde encontrei uma secretária.





– Com licença. – Falei e ela olhou pra mim. – Eu gostaria de falar com o Sr. Sousa.

– Você marcou um horário com... – Ela me parou. -... Você está bem?

– Sim, estou. - Droga de olhos vermelhos. - Apenas diga que Cebola Baker quer falar com ele, por favor. – Disse, ela se levantou e entrou na sala ao lado. Logo ela voltou.

– Pode entrar, ele esta esperando. – Ela falou. Imediatamente entrei na sala.

– Cebola, o que quer aqui meu jovem? – Disse Marcio, ele estava sentado em sua mesa. – Cebola... Você está bem? – Me sentei em uma cadeira em frente a ele. – O que houve?





Meu pai e ele eram melhores amigos, logicamente ficaria tão chocado e assustado quanto eu. Mas infelizmente era preciso dar a notícia, mesmo ainda não acreditando que isso havia acontecido, eu precisava de ajuda e apenas ele poderia me ajudar.





– Queria perguntar se... Meu pai esteve aqui hoje. – Precisava começar de algum lugar, então tentei buscar essa informação.

– Claro, ele saiu, disse que iria resolver algo fora da empresa. – Ele me olhou um pouco sério. – Por quê? Aconteceu algo?

– Sim... – Tentei pensar nas palavras que o médico disse ao relatar o acidente. – Parece que quando ele saiu algo aconteceu, o freio do carro não funcionou mais, ele perdeu o controle, capotou e bateu em um poste.

– O quê? Ele sofreu um acidente? Mas como ele está? Você sabe se ele está bem? – Ele disse alterando a voz e se levantando da cadeira a cada pergunta.

– Ele... – Hesitei um pouco antes. - A ambulância chegou a tempo, mas... – Olhei para ele e estava com uma cara horrível, parecia tão triste quanto eu. –... Ele não resistiu e morreu antes de chegar ao hospital.





Ele não disse nada, olhei para ele, seus olhos se arregalaram. ele se sentou novamente. Ficamos alguns minutos ali sem dizer nada um ao outro, realmente era muito falar qualquer coisa, mas eu precisava de ajuda.





– Sr. Sousa, vim aqui avisá-lo e pedir sua ajuda. O senhor sabe que perdi minha mãe e meu pai não tem irmãos, e ainda não tenho idade pra seguir minha vida sozinho. – Falei. – Se você pudesse fazer alguma coisa pra me ajudar eu...

– Cebola. – Ele me chamou. – Sinto muito mesmo pelo que aconteceu com seu pai. Ele era um grande amigo meu, sempre me ajudou nas horas mais difíceis, tanto na empresa quanto na minha vida pessoal. – Ele falou. – Não se preocupe com nada, deixe o velório e o resto por minha conta, volte pra casa e logo irei entrar em contato com você. – Ele se levantou e foi em direção à porta.

– Certo. – Me levantei, mas antes de atravessar a porta, ele me abraçou. – Obrigado Sr. Sousa. – Ficamos assim por um tempo. Droga Cebola, não chore.

– Sinto muito, filho. - Ele disse assim que nos separamos. - Muito mesmo.



– Eu também. - Falei e saí da sala.

...





Estou em casa, deitado na minha cama e olhando pro teto, não importa o quanto eu tente, não consigo dormir. Sentei na cama desanimado. No meu criado mudo tem uma foto minha com meu pai e minha mãe, peguei a foto e a observei por uns instantes. Me levantei e fui para a sacada do meu quarto, sentei em uma cadeira que havia ali.





Não sei quanto tempo fiquei na cama, mas já era noite. O céu estava cheio de estrelas e a lua crescente. Era realmente uma noite e uma visão maravilhosa, minha mãe e eu adorávamos olhar a lua, era uma das coisas que fazíamos juntos.





Olhei novamente para a foto que segurava e uma lágrima caiu nela, foi então que eu percebi que estava chorando. Por que não choraria? Perdi meus pais, não tenho primos e muito menos tios e meus avós já morreram à muito tempo. Não tenho ninguém para chamar realmente de família, nunca pensei que estaria numa situação dessas, mas eu realmente estou sozinho.





– Por que isso está acontecendo comigo? – Perguntei a mim mesmo olhando pra lua e sentindo mais lágrimas virem. – Mãe, pai... Eu não sei o que fazer, eu queria que vocês estivessem aqui comigo. Por favor, me ajudem.





Chorei muito naquela noite. Lembrei-me de todos os momentos que tive com minha família, momentos de felizes, quando estávamos todos juntos.





...

Pov. Mônica

– Você está brincando! - Disse Cascão.

– Como eu queria... - Falei. - Mas é verdade.

– Eu vi a notícia no jornal, foi horrível. - Disse Jason. - O carro perdeu totalmente o controle e bateu contra um poste. Ele sobreviveu ao impacto, mas não resistiu até o hospital.

– Nossa! - Exclamaram Magali e Laura. - E como o Cebola está? Já ligaram pra ele? - Disse Magali.

– Perdi as contas de quantas vezes, mas ele não atende. - Disse. - Passei em frente à sua casa e ela parece deserta. Não sei onde ele está.

– Deve estar mesmo em casa, conheço ele. - Falou Cascão. - Só precisa de um tempo pra reorganizar.

– Quando será o velório? - Perguntou Laura.

– Amanhã, às quatro. - Respondi. - Naquele cemitério que fica ao leste da cidade.

– Sei onde é, estarei lá. - Jason falou. - Todos estaremos. - Os outros concordaram.

– Tem uma coisa. - Falou Titi pela primeira vez na conversa. - Que eu saiba, o Cebola tinha apenas o pai de família. - Ele falou e eu assenti. - Ele agora é órfão? O que vai acontecer?

É verdade. Cebola agora é órfão. Não tem mais ninguém, nem mesmo primos ou tios. Preciso falar com meu avô quando chegar em casa.

...



Acordei e estava deitado na minha cama, provavelmente dormi tarde da noite, vencido pelo cansaço. Mesmo sem nenhuma vontade, levantei e fui para o banheiro tomar um banho.





Sentindo a água pelo o corpo, desejava mentalmente que ela pudesse apagar da minha mente todos os momentos ruins que aconteceram. Seria tão bom se isso fosse possível. Assim que terminei, fui para o meu closet e coloquei uma calça escura, uma camisa preta, blazer também preto e um sapato social.





Desci as escadas e de repente ouvi meu celular tocando, peguei o mesmo e sem olhar quem era atendi.





– Alô? – Perguntei.

– Cebola? – Era o Sr. Sousa. – Eu queria avisar que o velório será às quatro, no cemitério oeste da cidade.

– Tudo bem. Estarei lá. – Falei, não sei se ele disse algo a mais, desliguei o telefone em seguida.





Olhei para o relógio, eram duas e meia da tarde. Eu deveria estar realmente cansado para não ouvir aquele despertador irritante que me acorda pra ir à escola. Por falar nisso, será que alguém de lá já sabia o que havia acontecido? Peguei meu celular novamente e dei uma olhada para saber se alguém tinha me ligado.





Várias chamadas do Cascão, Titi, Jason, Susan, Marcio... Mas o mais estranho foi que de todas essas chamadas, Mônica também tentou falar comigo, havia algumas chamadas perdidas dela. Não estou reclamando, pelo contrário, conheço ela e sei reconhecer nossos momentos de trégua.





Deveria ligar de volta e dizer que estava bem, mas não tinha a menor vontade de fazer isso, pelo menos não agora. Fui para a cozinha. Peguei um suco na geladeira, coloquei um pouco em um copo e bebi.





Não sei o que estava acontecendo comigo, não estava com fome e nem sede, não queria ver ninguém e não queria ir à aquele enterro. A última coisa que quero ver é meu pai num caixão sendo abaixado à sete palmos do chão... Mas eu tinha que ir, mesmo que isso seja difícil.





...





Quase chegando ao cemitério. Como se livrar dessa sensação? Um medo misturado com dor, eu... Não sei identificar o que é, mas sinto algo entranho dentro de mim.





Assim que cheguei, estacionei a moto e fui em direção à multidão vestida de preto assim como eu. Provavelmente são meus amigos juntos com seus pais, alguns funcionários e amigos do meu pai. Marcio, Susan e Mônica também estavam lá. Quando me aproximei, Susan foi a primeira a me ver, ela veio em minha direção e me abraçou.





– Oh querido, eu sinto muito. – Susan também era uma velha conhecida do meu pai, aliás, acho que Susan é o mais perto que posso chamar de família. Ela é minha madrinha, e uma grande amiga da minha mãe. Quando eu era mais novo trabalhei na floricultura dela por um tempo, nos tornamos bons amigos. O estranho é que um pouco mais tarde ela conheceu Marcio por acaso e acabou se casando com ele. – Como você está?

– Já tive dias melhores, não se preocupe. – Falei sorrindo amarelo tentando acalmá-la.





Apenas Susan havia falado comigo, pois no momento seguinte vimos alguns homens trazendo um caixão. Ele foi colocado em cima do buraco. As pessoas jogaram flores em cima do caixão. Ninguém dizia nada, até que Marcio começou.





– Todos aqui presentes conhecemos Cebola Netto, e sabemos que ele era uma pessoa boa, um amigo, um irmão, um pai... Ele era meu melhor amigo, sempre me ajudou muito, e eu o admirava por isso, ele nunca hesitava em ajudar aos outros, seja quem for, onde ou quando. Não importava, ele sempre estava ali. Nós, que trabalhamos com ele sabemos disso. Ele foi um grande homem, um grande amigo. Que ele descanse em paz ao lado de Deus. – Marcio terminou de falar, e os homens começaram a colocar o caixão no fundo do buraco.





...





Depois do velório todos vimos para a casa de Marcio. Aqui as pessoas puderam me dar os pêsames, umas me contavam onde conheceram o meu pai, outras, momentos divertidos que passaram no trabalho.





Meus amigos também falaram comigo. Todos me deram palavras de consolo e também disseram que se eu não quisesse não precisava jogar no campeonato que aconteceria dali umas semanas, mas do que eles estão falando? É claro que eu queria, sei que a perda do meu pai é difícil, mas eu vou continuar com a minha vida.





Depois de falar com quase todos os convidados fui para o jardim, queria esfriar a cabeça um pouco, longe daquela gente. Havia uma espécie de cais no lago ali perto. Gosto de ficar perto da água, me ajuda a não pensar em nada, apenas me concentro na paisagem e nos peixes que apareciam.





– Se importa se eu ficar aqui com você? – Me virei pra ver quem falava comigo, era a Mônica, a única pessoa que não havia falado comigo.

– Não. – Disse, ela se aproximou e se apoiou na madeira ao meu lado. Não sei se ela estava escolhendo as palavras ou algo assim, porque ela parecia nervosa.

– Sinto muito pelo seu pai, eu gostava dele. – Ela falou.

– Eu também. – Eu disse à ela.

– Você está bem? – Ela perguntou.





Sinceramente não sei o deu em mim, acho que era por que estávamos sozinhos ou algo assim. Assim que ela fez essa pergunta, eu me lembrei do meu pai e de todas as vezes que brincamos e conversamos. Isso me fez perder o controle e comecei a chorar novamente.





– Não... – Disse em meio às lágrimas. Que ótimo, chorando na frente dela, boa Cebola. Mas, no momento seguinte senti dois braços pequenos e quentes me envolverem. Ela me abraçou.

– Sinto muito, Cebola. – Ela disse, eu envolvi a cintura dela com os braços, retribuindo o carinho.



Confesso que era um momento de nostalgia. Quando cheguei à Miami havia acabado de perder minha mãe. Quando sentia falta dela eu saia à noite para ver as estrelas. Numa dessas noites eu estava na casa de um velho e deixei meu pai conversando com ele. Corri para o gramado do jardim e ali fiquei.

A noite estava linda, como sempre. Eu estava muito triste, comecei a chorar, mas de repente alguém tocou meu ombro e perguntou por que eu estava chorando. Era uma menina baixinha, dentuça e meio gorducha segurando um coelho azul de pelúcia. Orgulhoso eu disse que não era nada.

Ela se sentou ao meu lado, olhou para mim e depois para o céu. Perguntou o que eu tanto estava procurando. Eu respondi que não era nada, apenas fazia isso com minha falecida mãe. Ela pareceu entender e não falou mais nada durante um tempo.

Ela disse que também tinha perdido sua mãe, e que sentia falta dela e do pai. Ambos falecidos. Fiquei impressionado, como ela conseguia sorrir depois de perder as pessoas mais importantes da sua vida?

Contou que o coelho de pelúcia foi presente dos pais quando era um bebê. Falou que era o seu bem mais precioso e sua única lembrança de seus pais.

Ela me entregou o coelho, eu o peguei surpreso. O que você está fazendo?, perguntei. Por que está fazendo isso? Não disse que é seu bem mais precioso?

E é. Ela respondeu. Mas, você está triste. não gosto de ver pessoas tristes. O Sansão– o nome do coelho - me fez esquecer a tristeza, e eu não me importo de abrir mão dele para que outra pessoa também não se sinta mais triste.

Aquilo me emocionou de verdade, nunca vi ninguém fazer algo parecido até hoje, mas ela fez.

Qual é o seu nome? Ela perguntou.

Cebola.

Hihi... Que nome engraçado. Ela falou, abaixei a cabeça desanimado, sempre caçoaram do meu nome. Mas ela estendeu a mão. O meu nome é Mônica. Apertei sua mão. Ficamos ali apenas observando as estrelas e eu abraçado ao Sansão.

– Obrigado... - Disse e me separei um pouco dela. -... Por estar me consolando, mas acho que isso é papel para o encardido.

– Haha... É verdade. - Ela riu. - Desculpe, mas esqueci ele no quarto, se quiser empresto depois.





– Valeu. - Me separei dela e enxuguei os olhos com as costas das mãos. - Pensei que não tinha mais lágrimas pra chorar depois desses dias.

– Você ficou em casa esse tempo todo? - Ela perguntou, eu assenti. - Ela estava toda fechada, pensei que tinha ido à algum outro lugar.

– Não, eu só queria me isolar de tudo e aceitar os fatos aos poucos. - Suspirei. - Mas parece que não adiantou muito.

– Vai ficar tudo bem, Cebola. - Ela falou, colocando a mão no meu antebraço.

– Espero que sim...

– Cebola? – Ouvi uma voz grossa me chamando. – Posso falar com você um instante? – Era Marcio.

– Claro. – Disse. – Até logo. – Falei para Mônica.

– Até. – Ela de despediu. Eu e Sr. Sousa andamos pelo jardim.

– Cebola, pelo que sei você não tem parentes, certo? – Ele perguntou. - Apenas Susan, ela é sua Madrinha.

– Sim. – Eu concordei.

– Bem, seu pai deixou um testamento, dividindo parte dos bens e do dinheiro pra você e pra caridade. – Ele falou. - Além de deixar a sua guarda para Susan.

– Mesmo? – Perguntei.

– Ela sendo minha esposa, compartilho dessa guarda. – Ele falou. – Você irá morar comigo de agora em diante. – Disse ele sorrindo um pouco.


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Notas finais do capítulo

Mônica e Cebola morando no mesmo teto... Será que isso vai dar certo?Deixem reviews dizendo o que acharam pessoal! Té+!



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