Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 5
Por que está agindo assim?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Finalmente sexta-feira, graças a Deus! Aposto que vocês também sentem essa sensação de alivio não? Sem enrolações... Ai está mais um cap.



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Pov. Mônica





Aquela professora só podia estar maluca da cabeça! Naquela folha estúpida que ela nos entregou dizia que tínhamos que representar uma cena original que tivesse drama e romance. Só podia ser brincadeira, tudo bem fazer esse trabalho com um parceiro. Com um parceiro, não com o Cebola!





Aquele imbecil é péssimo, não saber fazer nada, se eu tirar uma nota ruim por causa dele, nossa eu nem sei o que faria com ele, mas provavelmente não vai ser nada bom pra saúde dele!





– Olha aqui, se vamos ter que fazer isso juntos é melhor você dar o melhor de si, por que se eu tirar uma nota ruim por sua causa você vai se arrepender, entendeu Cebola? – Perguntei, estava sentada ao seu lado.

– Claro. – Disse ele - Mas sobre o que vamos fazer? – Perguntou.

– Ainda não sei, vou planejar algo e amanhã nos encontramos na minha casa para tentar ensaiar e... – Parei de falar, pois vi alguém entrando na sala.

– Com licença. – Era a secretária do diretor. – Cebola Baker. – Ela chamou.

– Sou eu. – Ele respondeu se levantando.

– O diretor gostaria de falar com você, por favor, me acompanhe. – Ela disse, Cebola saiu do meu lado e a acompanhou.





Mas o será que ele fez? Geralmente o diretor só chama os alunos por que fizeram alguma brincadeira, burlaram a aula, ou algo assim. Fiquei sentada no meu lugar pensando em algo para fazer, mas o que eu poderia fazer? Tenho mil e uma histórias que poderia representar, mas não conseguiria fazer com o Cebola, talvez mais tarde eu possa pensar em algo.





Após a aula de arte, o recreio começou. Assim que peguei meu lanche no armário - agradeço à Carla por isso, cozinheira de mão cheia - me dirigi à uma das mesas do refeitório. Depois de pegar seu lanche, a Magali veio se sentar ao meu lado, junto com ela estava Ana e Laura.





– Eu não faço a mínima ideia do que escrever! – Disse Laura surtando. – Não tenho o menor jeito com escrita! Mônica me socorre amiga, me ajuda a fazer isso! – Ela suplicou pra mim.

– Desculpe Laura, não posso. Por que você e seu parceiro não tentam algo juntos? – Perguntei a ela.

– O Jason? Eu não sei. Depois eu falo com ele. – Ela disse, Laura era bem tímida, principalmente quando se tratava de garotos, mas é divertida e extrovertida nas horas certas.

– Eu já comecei o meu e está ficando bem legal! – Ana falou um pouco entusiasmada.

– Me deixa adivinhar, é uma história de romance? – Perguntei a ela.

– Claro que é! Sobre o que mais seria? – Ela disse fazendo parecer que minha pergunta foi óbvia demais. Pior que foi mesmo, - É o tema do trabalho, dã! - ela tem uma queda... Ou melhor, um acidente pelo parceiro dela, o Titi. Não preciso dizer que ela surtou quando a professora disse o nome deles.

– E você Magali? Animada? – Perguntei vendo-a devorar o sanduíche.

– Hum... Claro... – Ela me respondeu de boca cheia. – Mas estou vendo algumas opções.

– E você Mô? – Laura me perguntou. – Já tem alguma ideia?

– Vocês me conhecem, já tenho mil e uma ideias, mas tenho que avaliar outras, sabem quem é o meu parceiro e provavelmente não vai ser fácil. – Falei e logo depois bebi um pouco do meu suco.

– É mesmo, tinha até me esquecido que você e o Cebola vão fazer o trabalho juntos. – Disse Ana rindo um pouco junto com Laura. – Isso vai ser divertido!

– Ah é? E por que acha isso? – Perguntei à ela.

– Ora, todos sabem que você e o Cebola não se dão bem. – Magali falou. – Isso é mais do que óbvio.

– E agora vocês vão ter que se entender, pelo menos até esse projeto acabar. – Laura falou.

– Mas o grande mistério é: será que Mônica Sousa e Cebola Baker conseguem ficar pelo menos dois minutos sem brigar? – Ana disse olhando pra Magali.

– Acho bem difícil, na verdade quase impossível. – Disse Magali.

– Quase impossível? No caso desses dois é impossível mesmo! – Laura disse, logo rindo com as outras duas. - Boa sorte fazendo uma história de romance.





Pior é que elas tinham razão, eu e o Cebola não conseguimos nos entender. Então, como eu farei isso numa boa com ele? Eu sei que isso vai ser difícil, mas eu vou tentar ser mais gentil com ele, pelo menos por enquanto.





– Esta bem, eu vou tentar. – Falei, fazendo-as olharem pra mim e pararem de rir.

– Tentar o quê? – Ana perguntou.

– Vou tentar me entender com o Cebola, pelo trabalho. – Falei.

– Isso é sério? – Perguntou Magali surpresa. – Tudo bem, mas isso eu quero ver de camarote! Se vocês não brigarem por pelo menos dez minutos já vai ser um record!

– É, tem razão. – Disse.

– Boa sorte amiga, você vai precisar. – Laura me disse enquanto me dava um abraço. – Eu tenho que ir, vou pegar umas coisas no meu armário antes da próxima aula, até logo meninas!

– Até – Nós três dissemos enquanto vimos Laura se afastar.





Lembrei que tinha que terminar uma coisa antes da próxima aula. Afastei-me das meninas depois de me despedi, fui em direção ao meu armário.





Quando cheguei, girei o cadeado para abrir a porta e peguei meu caderno. Tinha que terminar uma última atividade que o professor havia passado. Me encostei na parede para conseguir um apoio, assim que terminei fechei meu armário. O corredor estava vazio, mas quando me virei vi Cebola vindo em minha direção com uma cara séria. Nunca o vi desse jeito antes, algo havia acontecido.





– Cebola? – O chamei, mas acho que ele não me ouviu, pois passou por mim sem nem mesmo me olhar. – Cebola! – Chamei mais uma vez, ele parou, mas não se virou pra me olhar.

– O que foi? – Ele me respondeu, sua voz estava diferente, não sei o que, mas estava diferente.

– Aconteceu alguma coisa? – Perguntei preocupada.

– Se for realmente verdade o que aconteceu, você vai saber. – Ele continuou andando, logo virou o corredor.





Aconteceu? Mas o que será que aconteceu pra ele ficar desse jeito? Eu gostaria tanto de saber. Sei que digo que o odeio, publicamente, sem esconder de ninguém minha opinião. Mas, quem nos conhece, sabe que não é verdade. É como briga entre irmãos, nunca é pra valer. Nos conhecemos desde crianças, eu o conheço muito bem, sei que alguma coisa muito ruim aconteceu para ele ficar desse jeito.





...





A aula acabou, e estava dentro do carro indo pra casa. As últimas aulas foram meio tensas, pois não consegui me concentrar por causa do que aconteceu. Ainda quero saber o que houve para o Cebola ficar daquele jeito.





Não demorou muito para chegar em casa. Saí do carro, entrei em casa e vi Susan sentada no sofá, lendo um livro.





– Oi querida! Como foi na escola? – Ela perguntou.

– Nada de muito interessante, e como foi seu dia aqui? – Perguntei colocando minha bolsa em um canto do sofá, me sentando ao seu lado.

– Eu estava apenas terminando esse capítulo do meu livro e ia cuidar um pouco das flores no jardim. – Ela se levantou e colocou o livro na mesa. – Você quer me ajudar?

– Claro! – Me levantei e fomos juntas ao jardim.





Algumas pessoas podem me achar um pouco patricinha na escola, mas essas pessoas de quem eu falo não me conhecem. Eu amo mexer na terra e cuidar das plantas, claro que adoro fazer compras e ir ao shopping, mas não o tempo todo.





Coloquei minhas luvas e me aproximei de Susan que estava ajoelhada no chão.





– E então? O que quer que eu faça? – Perguntei.

– Quero que coloque aquelas rosas pra mim nos vasos e depois pode regar um pouco aquelas plantas. – Ela falou.

– Tudo bem. – Me aproximei das rosas que estavam ao lado de alguns vasos. Ajoelhei-me e coloquei cada uma num vaso.





Susan era completamente apaixonada pela natureza. É uma mulher muito doce e gentil, sem falar que sabe fazer doces maravilhosos, - obrigado vida por me presentear com duas cozinheiras de mão cheia - antes de meu avô se casar com Susan, não tínhamos muitas variedades de flores, mas agora temos várias flores por todo o jardim.





Pelo que sei Susan já trabalhou em uma floricultura no centro. Acho que foi lá que eles se conheceram, e eu fico muito feliz que isso tenha acontecido. Vovô ficou muito triste quando minha avó morreu, ela teve trombose - o sangue "ficou preso" na perna dela e quando se soltou foi direto para o coração e ele parou. - Eu era uma criança ainda, mas me lembro dela, me contava várias histórias. Era uma mulher muito bela, meu avô soube escolher.





Depois de quase duas horas mexendo no jardim eu já estava começando a ficar cansada e pelo visto Susan também.





– Querida, que tal terminarmos por hoje? – Ela disse tirando as luvas. – Venha, vamos fazer um lanchinho.

– Ótima ideia! Estou faminta. – Falei também tirando minhas luvas e a acompanhado até a cozinha da mansão.





Eu fiz um suco de maracujá e a Susan fez seu maravilhoso sanduíche especial, não sei exatamente o que ela coloca na comida dela, mas sei que tudo fica perfeito e delicioso!





– Está delicioso Susan! – Disse enquanto devorava o sanduíche.

– Fico feliz que gostou querida. – Ela falou e bebeu um pouco do suco. – Você tem mais algum daqueles "trabalhos importantes" para essa semana?

– Bom... Eu tenho apenas um essa semana, é de artes nós temos que representar uma história original. – Disse.

– Nossa, parece divertido. Quem é do seu grupo? – Perguntou.

– Na verdade o trabalho será em dupla. – Eu disse, olhei pra ela e como se eu já a lê-se sabia que ela queria saber quem era. – Eu... Vou fazer com o Cebola.

– Sério? Nossa. Bom, acho que vocês vão fazer um trabalho ótimo juntos. – Ela disse.

– Ótimo? Mas Susan é o Cebola! – Eu falei.

– Eu sei, e qual é o problema? – Ela perguntou.

– Eu e ele não nos damos bem, sempre brigamos e ele nem é muito bom com atuação, o que vai acabar completamente com a minha paciência fazer com que ele faça pelo menos do jeito certo. Então me explica como é que eu vou conseguir fazer algo com ele sem que haja algum conflito? – Perguntei já um pouco desesperada.

– Mônica, eu sei que você não gosta do Cebola, mas acho que é por que você não o conhece. – Ela falou, olhei pra ela.

– Como assim não o conheço? Nós nos conhecemos desde crianças. – Disse.

– Você pode até saber o nome e uma das piores qualidades dele, mas você ainda não o conhece por completo e provavelmente nem ele conhece você como eu conheço. Querida tente ser um pouco mais paciente e talvez possa conhecê-lo melhor. – Ela falou.

– Acho que vou tentar. – Disse.

– Que ótimo! E eu quero ver resultados hein? – Ela falou.

– Ha, ha, claro... – Ri, depois a abracei.





De repente ouvi a porta da sala ser aberta, provavelmente deve ser meu avô voltando da empresa. Eu e Susan fomos até lá para conversar com ele um pouco.





– Oi vovô! – Eu falei, corri em sua direção e o abracei.

– Querido? Está tudo bem? – Disse Susan após olhar para ele.





Foi quando notei o rosto do meu avô. Ele estava abatido e com os olhos um pouco vermelhos, havia chorado?





– O que houve vô? Aconteceu alguma coisa? – Disse o assistindo caminhar até o sofá e se sentar nele.

– Sim... Aconteceu uma coisa... – Ele falou com uma voz embriagada, parecia que estava a ponto de chorar novamente.

– O que houve meu amor? – Falou Susan se sentando ao seu lado.

– Cebola Netto... O meu sócio... Meu melhor amigo... – Ele falou dando algumas pausas enquanto tentava falar.

– O que tem ele? – Perguntei um pouco preocupada.

– Ele... Morreu. – Meu avô disse por fim.






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Notas finais do capítulo

Opa! Acho que agora as coisas vão ficar mais interessantes, não é mesmo? Deixem seus comentários nos reviews dizendo o que acharam, Té+!



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