Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 4
Apenas mais um dia na escola


Notas iniciais do capítulo

Fala meu povo! Como foi o fim de semana? Com certeza melhor que o meu que não fiz nada... Mas deixem isso pra lá, espero que gostem desse cap.



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Pov. Cebola





Acordei com o som do despertador, já eram sete da manhã de segunda-feira. Como eu odeio levantar cedo, mas fazer o que né? Tinha que ir á escola. Levantei e fui em direção ao banheiro, precisava tomar um bom banho pra acordar.



Sentindo a água no meu corpo, comecei a me lembrar do dia ontem na casa da Mônica, logo depois que sai da piscina...





...





– O que foi? – Ela falou logo depois que eu a chamei.


– Por que a gente não fica aqui fora? – Perguntei.


– Ficou louco? Esta chovendo e não quero pegar um resfriado. – Falou começando a andar novamente.


– Ah! Por favor. Não seja má! Só um pouquinho. – Tentei convencê-la.


– Não Cebola. – Ela respondeu sem olhar pra mim.


– Ta... Se não vai por bem, vai por mal. – Disse me aproximando dela.





Levantei-a fazendo a montar nas minhas costas. Segurei suas pernas com um pouco mais de força, por que a teimosa já começava a protestar e a reclamar.





– Me solta! O que pensa que esta fazendo? – Perguntou enquanto tentava se soltar.


– Comporte-se! Se não vai estragar a brincadeira. – Disse calmamente.





Comecei a correr pelo jardim na chuva e com Mônica nas minhas costas gritando com medo de cair. Juro que por um momento a ouvi rir, então continuei.





Mas por um momento eu me distraí, e acabei tropeçando em uma pedra. Nós dois caímos na grama molhada, felizmente quando cai em cima dela não a machuquei, mas pra minha surpresa ela começou a rir da situação, acabei rindo junto com ela.





Foi então que uma coisa estranha aconteceu, olhei nos olhos dela e não sei por que, mas alguma coisa ali me pareceu diferente. Foi então que eu percebi o quão perto estávamos um do outro, se um dos dois se mexesse com certeza iríamos nos beijar, mas antes que algo acontecesse alguém nos chamou:





– Ei! Vocês dois! Entrem, antes que fiquem doentes! – Carla nos chamou, e imediatamente nós nos levantamos e entramos.





A partir daí até a hora em que saí da casa dela, ela quase não me olhou nos olhos, talvez estivesse constrangida pelo que havia acontecido.





...





Saí do banho já devidamente vestido e desci as escadas. Quando cheguei á cozinha a mesa para o café da manhã estava pronta.





– Bom dia. – Meu pai disse pegando o suco na geladeira.


– Bom dia. – O respondi e logo me sentei.


– Filho, eu queria falar com você sobre algo. – Ele disse sem olhar pra mim.


– E o que é? – Perguntei um pouco curioso.


– O que pretende fazer da sua vida? – Ele perguntou agora me olhando.


– Ah pai, já tivemos essa conversa. – Falei.


– Falamos sobre seu futuro profissional, mas dessa vez eu quero saber se tem algo em especial guardado pro futuro. – Ele falou.


– Ahn, não sei... Não ando pensando muito isso. – Respondi, realmente não sei o que meu pai queria.


– Bom filho, alguma vez na sua vida, você irá se casar vai ter filhos e se realmente tem interesse na empresa, vai fazê-la crescer como nunca. Só quero que me prometa uma coisa...


– Claro o que é?


– Que mesmo que as coisas na sua futura família estejam difíceis não desista dela, nunca deixe o trabalho em primeiro lugar, quero que se lembre que depois de Deus, a sua família é a coisa mais importante na sua vida, você entendeu? – Ele perguntou por fim.


– Entendi. Não se preocupe, não vou esquecer pai. – Falei.


– Ótimo, agora tenho que ir trabalhar. – Ele se levantou. – Pode pegar minhas chaves que estão ali, por favor?


– Claro – Disse e me levantei peguei as chaves e o entreguei.


– Hey, vem cá. – Logo depois ele me abraçou, geralmente ele não faz muito isso.


– Pai... Está tudo bem? – Perguntei achando isso um pouco estranho.


– Claro! Um pai não pode mais abraçar seu filho? – Perguntou.


– Claro que sim. – Falei.


– Bom, eu tenho que ir agora, adeus Cebola – Ele se despediu.


– Tchau pai. – Respondi e logo o vi passar pela porta.





Já eram oito horas então resolvi pegar as chaves da minha Harley e ir logo para a escola. Cheguei à garagem subi na moto e comecei a dirigir em direção á escola.





Comecei a pensar novamente no meu pai, ele parecia um pouco estranho hoje de manhã, não que ele não já fosse estranho, mas hoje ele parecia diferente. Resolvi deixar esse pensamento de lado.





Chegando à escola, estaciono a moto no lugar de sempre.





– Fala Cebola! – Grita Cascão logo que me vê.


– Oi cara. E ai Titi! – Comprimento os dois que provavelmente estavam á minha espera.


– Que noite ontem hein? – Fala Titi pra mim.





Acabei saindo ontem, nada demais apenas uma boate cheia de garotas. Não que eu fosse um desses caras que pegam quantas quiser como o Titi, gosto de ficar mais na minha bebendo e de vez em quando fico com alguma garota.





– Por que ta olhando pra mim? Você pegou umas três ontem. – Disse lembrando-o.


– He. He, fazer o que né? – Falou como se fosse uma conquista.


– E ai? Vamos entrar? – Disse Cascão desanimado.





Eu e Titi concordamos, entramos na escola. No corredor os demais alunos nos davam passagem para passar, como nos filmes nós éramos um dos caras mais populares, jogamos no time de futebol, por isso tínhamos lá nossa fama na escola. Logo chegamos perto dos nossos armários.





– Cara, que droga! Tenho aula de biologia agora. – Ele falou desanimado.


– Não gosta dessa aula? Pois eu adoro! Sempre consigo dormir um pouco. – Falou Titi animado.


– Sorte sua, pelo menos o professor não pega no seu pé tempo todo.


– Ta assim por que se deu mal na prova?


– Nem toque nesse assunto! Minha mãe quase me matou quando viu minha nota. – Disse Cascão enquanto caminhávamos novamente pelo corredor.


– Também, quem mandou não prestar atenção? – Eu falei rindo. – Até a hora do intervalo pessoal.


– Falou!


– Até!





Entrei na sala e já havia alguns alunos sentados e outros conversando. Me sentei no lugar de sempre, e esperei o professor. Peguei meu celular pra jogar um pouco enquanto o professor não chegava, e como sempre, chegava atrasado.





Não deu nem cinco minutos que estava jogando e aquela voz melosa me chamou.





– Oi Cê! - Disse Stephanie, acompanhada de suas amiguinhas inseparáveis Carmem e Denise.





Que ótimo, mal cheguei à escola e essas pragas já vão me atormentar.





– Oi Stephanie... – Disse sem tirar os olhos do jogo.


– E então? Como foi o fim de semana? – Disse Carmem tentando puxar assunto.


– Normal. – Falei enquanto matava um zumbi no game.


– O meu foi tão movimentado! Ontem eu fui ao shopping comprar uma bota e... – Stephanie começou a tagarelar novamente, e para a minha felicidade o professor entra.


– Alunos sentem-se, por favor, desculpem o atraso. – Ele disse enquanto colocava uns livros e pastas em cima de sua mesa.





Esse era o professor Rubens, quase sempre chegava atrasado, ele não se atrasava com freqüência antes. Acho que foi por que agora a mulher dele teve um filho... O garoto deve estar dando trabalho. Sabe por que eu acho isso? Por que outro dia ele pediu para copiar umas páginas no livro e cinco minutos depois ele estava dormindo.





Se for tão cansativo assim ter filho, então não quero ter um tão cedo. O sinal toca, avisando que era o fim da primeira aula. Sai da sala e fui para o meu armário pegar o material para a próxima aula. Peguei meu material de história e fui em direção á sala.





Quando estava virando o corredor me esbarrei com alguém, pensei em pedir desculpas, mas quando vi quem era mudei de idéia.





– Não olha pra onde vai não? – Perguntou Mônica que já estava com uma cara brava pra mim.


– A culpa não é minha se não te vi, sabe como é quase nunca vejo anões de jardim no corredor. – Disse deixando-a ainda mais nervosa.


– Idiota! – Me abaixei, peguei meu material e o dela e a entreguei.


– Toma, dá próxima vez venha com um salto, ai talvez eu te veja. – Falei rindo e andando depressa até a sala, vai que ela me acerta com um daqueles livros?





Entrei na sala bem na hora, me sentei e esperei o Cascão, ele sempre se atrasava nessa aula, o porquê eu não sei. Quando o professor ia fechar a porta, Cascão entrou na sala feito um foguete.





– Atrasado de novo Cascão? – Perguntou o professor.


– Mal aí professor, é que a aula de biologia tava muito interessante e fiquei mais um pouco pra fazer umas perguntar sobre a matéria. – Ele disse se sentando ao meu lado.


– Hum... – Ele disse e caminhou até sua mesa. – Agora eu quero que todos façam silencio, pois vou passar uma matéria nova. – Ele disse procurando algo no livro.


– Por que demorou dessa vez? – Perguntei pra ele enquanto abria meu caderno pra fazer umas anotações.


– Fui à máquina da cantina pegar um refrigerante, tava morrendo de sede. – Falou ele se ajeitando na cadeira. – E aí? Pronto pra partida de hoje?


– Claro. Temos que nos preparar para o grande jogo. – Disse vendo o professor escrever algo no quadro.


– É assim que se fala capitão! – Falou. – Agora, me acorde quando a aula acabar, assim pelo menos na próxima aula eu tento ficar acordado. – Ele disse isso, e dormiu sobre a mesa.





Não sei como ele consegue passar de ano dormindo em quase todas as aulas e ainda por cima tira notas um pouco acima da média.





A aula seguiu normalmente, o professor explicando a matéria, Cascão dormindo, e os outros alunos mais entediados ainda. Finalmente o sinal havia batido. Eu e Cascão saímos da sala, no corredor vimos o Titi.





– Oi galera, Cascão, preciso falar com você. – Disse ele meio aflito.


– O que foi cara? – Perguntou Cascão.


– Vocês fizeram aquela atividade de matemática? Acho que esqueci o meu em casa, se eu não entregar hoje, minha mãe vai acabar vindo pra cá. – Disse ele meio desesperado.


– Calma, aqui. Pega o meu depois você me entrega – Disse pegando uma folha com o dever no meu caderno e entregando á ele.


– Valeu mesmo Cebola! Te devo uma cara, bom eu tenho que ir, até mais! – Falou e logo saiu correndo pelo corredor.


– Se tem a mãe no meio a coisa fica séria – Disse ele rindo.


– Sabe como é a mãe do Titi, se ele vacilar na escola fica sem o Tablet por um mês. – Falei rindo junto com ele.


– Até a hora do intervalo careca! – Cascão falou e entrou na sala.





Tive que correr porque minha sala ficava meio longe e eu estava em cima da hora, cara, se eu chegasse atrasado nessa aula levaria uma advertência, não que eu ligasse muito pra isso, mas levar um sermão da professora de artes ninguém merece.





– Está atrasado Sr. Baker. – Disse a Senhorita Garcia, minha professora de artes.


– Desculpe professora. – Falei indo em direção ao meu lugar.


– Dessa vez vou deixar passar por que temos um assunto muito importante a tratar! – Ela falou, antes de pegar umas folhas em cima da mesa. – Bom, hoje vou passar um trabalho para vocês... – Ela hesitou ao ouvir os gemidos desanimados da turma. -... Mas não será de pesquisa, vocês irão ter que atuar. – Ela falou um pouco entusiasmada.


– O que vamos representar professora? – Perguntou Mônica.





Ela era meio fanática por isso, adorava representar e atuar, essa sem duvidas era a aula preferida dela.





– Que bom que perguntou Sra. Sousa, e respondendo a sua pergunta vocês não irão representar nenhuma peça. – Disse ela.


– Como assim professora? – Perguntou Magali, que estava sentada ao lado de Mônica.


– Deixe-me explicar... Vocês mesmo irão fazer suas próprias histórias e apresentar á turma. – Ela explicou. – Mas será em dupla e...


– Legal! Hei Josh que tal a gente fazer... Ai! – Xaveco reclamou de dor depois que a professora bateu nele, com o papel que estava segurando, na cabeça dele. Me segurei pra não rir.


– Deixe-me terminar de falar Sr. Clark! – Ela gritou. - Bem, o projeto será em dupla, mais especificamente em casais, não se preocupem! Eu já escolhi os pares, mas antes de dizer vou distribuir as informações sobre o trabalho para não ficarem com duvidas. – Ela falou enquanto distribuía as folhas. Logo ela ficou de pé em frente á sua mesa. – Agora vou dizer o nome das duplas. – Ela disse.





Fiquei meio preocupado com isso, eu não gosto muito de atuar, e enquanto ela dizia o nome dos outros fiquei preocupado e curioso em saber com quem seria meu par. Até esse momento Magali, Denise, Laura, Ana e as outras meninas já tinham seu par, pensei em uma possibilidade de... Não, claro que não a professora não seria louca de me colocar com a...





– Última dupla, Mônica e Cebola – Ela disse por fim.


– O QUE?! – Mônica gritou assustando a professora e o restante dos alunos, agora sim a coisa passou dos limites.


– Algo de errado Sra. Sousa? – A Srª. Garcia perguntou á Mônica.


– É claro que sim! Por que colocou o Cebola pra ser meu par? – Ela disse quase gritando novamente.


– Ora, por uma simples razão Sra. Sousa, o Sr. Baker não tem tanto talento para o teatro, não consegue entender as emoções que ele pode oferecer, mas você é a melhor da turma, pode mostrar isso a ele e juntos podem fazer uma linda história. – Ela disse. Mônica se virou pra mim com um olhar mortal, fiquei com um pouco de medo dela, mas mesmo assim não disse ou demonstrei nenhuma reação.


– Ótimo! Como não temos mais nenhuma pergunta, eu quero que se sentem do lado do seu parceiro e conversem sobre o que irão fazer! Boa sorte a todos! – Ela disse. Logo vi Mônica vindo em minha direção.






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Notas finais do capítulo

E ai? Bom? Ruim? O que acharam?

Sexta-feira volto com o próximo cap. que promete uma pequena surpresa... Té+!



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