Pov. Cebola

Um sorriso enorme tomou minha boca depois que ela saiu da cozinha, irrita-la fazia parte dos melhores prazeres que eu sentia. Ela fica com uma cara tão engraçada quando estava com raiva...

Olhei para a mesa da cozinha e vi uma sacola de uma loja chamada

‘Bloomingdale´s’. Provavelmente ela foi ás compras com uma de suas amiguinhas inseparáveis, entranhei ter apenas uma sacola.

Bom, acho que o certo seria devolver pessoalmente... Peguei a sacola, fui até a sala e interrompi a conversa animada do meu pai e do Sr.Sousa.

– Caham... Desculpe interromper a conversa, mas onde está a Mônica? – Perguntei.

– Ela foi pro quarto, disse que estava com dor de cabeça e que queria descansar. – Meu pai respondeu á minha pergunta olhando pra mim.

– Ah, eu vou lá, pra entregar essa sacola que ela esqueceu na cozinha. – Disse e logo depois me aproximei da escada.

– Esta bem, pode ir. – Sr.Sousa disse antes de eu começar a ir em direção ao quarto da Mônica.

Quando cheguei perto da porta bati e chamei por ela, mas não tive resposta. Chamei novamente, nada. Abri a porta e dei uma olhada, não havia ninguém, até que escutei o barulho do chuveiro ligado.

Decidi esperar ela acabar seu banho. Sentei-me na cama de frente a porta do banheiro e coloquei a sacola ao meu lado. Comecei a observar umas fotos que estavam no criado mudo.

Era ela, e na foto ela tinha mais ou menos sete anos. Ela estava em uma viagem na Espanha, e eu fui junto... Foi muito divertido aprontar com ela lá, me lembro que a brincadeira envolveu vários espanhóis e um vendedor de frutas.

Comecei a rir um pouco me lembrando desse momento, mas parei no mesmo instante, pois a porta do banheiro abriu. Fiquei meio perdido quando a vi apenas de toalha rosa, ela estava tão... Sexy.

– Ahhh! – Ela gritou quando me viu e voltou pro banheiro. Alguns minutos depois ela voltou e dessa vez estava com um roupão. – O que você esta fazendo aqui?! – Gritou comigo. – Não sabe bater antes de entrar?

– Eu chamei, mas você não me escutou. – Eu disse calmo, ao contrario dela que estava a ponto de me bater de tanta raiva.

– O que veio fazer aqui? – Disse ela, ainda com um tom raivoso na voz.

– Nada, só vim trazer uma coisa que você havia esquecido na cozinha... – Falei pegando a sacola da loja e lhe mostrando.

– Deixe ai e saia! – Ela ordenou.

– Ta bem... – Falei.

Fiz o que ela mandou, deixei a sacola em cima da cama e comecei a ir em direção á porta.

– Mas antes, queria dizer uma coisa... – Olhei pra ela e comecei a sorrir –... Você fica linda só de toalha... – Falei e imediatamente fechei a porta que provavelmente foi acertada por um travesseiro.

...

Pov. Mônica

Sabe aquele momento em que você esta com vontade de gritar e extravasar todo o seu ódio em apenas uma pessoa? Pois é assim que eu me sinto! Não tenho palavras pra descrever o quanto odeio Cebola Baker! Não sei o pecado que cometi pra ter ele na minha vida! Ele é chato, ignorante, irritante e pervertido!

Quando me dei conta vi que ainda estava no meio do meu quarto de roupão e pensando naquele imbecil. Fui para o closet, decidi vestir algo simples. Coloquei uma blusa vermelha e um short escuro. Terminei de me vestir e fui direto pra cama.

Adorava ficar na minha confortável caminha... Era muito bom pra relaxar. Fechei os olhos e tentei dormir um pouco.

– Mônica? – Ouvi uma voz do outro lado da porta.

– Pode entrar. – Respondi. Logo a porta se abriu e pude ver que era Carla me trazendo um comprimido junto com um copo d água.

– Seu avô me disse que está com dor de cabeça querida. – Ela se aproximou de mim. - Tome esse comprimido, vai ficar melhor rapidinho.

Peguei o comprimido, hesitei um pouco antes de colocá-lo na minha boca, eu não sou muito fã de remédios. Mesmo assim coloquei o remédio na boca e sem demora bebi a água.

– Odeio remédios... – Disse fazendo uma careta.

– É eu sei disso... Mas mesmo assim precisa tomá-los. – Ela falou.

– Carla... Onde esta a Susan? – Perguntei antes que ela saísse do meu quarto.

– Ela foi á cidade, tinha que resolver umas coisas. – Ela respondeu – Agora tente dormir um pouco tudo bem? – Disse gentilmente.

– Ta bem. – Logo depois ela fechou a porta.

Fiquei olhando um bom tempo pro teto, não conseguia dormir de jeito nenhum. Fiquei com tédio, então decidi ir à varanda do meu quarto e dar uma olhada no jardim. Depois que comecei a observar o local, vi meu avô e o Sr. Netto sentados em um dos bancos no jardim. Até que a ideia deles de dar uma volta por ai não era tão ruim. Decidi descer e ir andar um pouco, mesmo que aquela espécie de Cebola ainda esteja por ai. Logo saí do meu quarto, desci as escadas e cheguei à sala, pra minha sorte Cebola não havia aparecido até agora.

Saí da casa e comecei a andar pelo jardim. As flores que tinham ali eram lindas, e davam um toque especial a mais no jardim. Depois de andar alguns minutos, pude ver a piscina, não estava com vontade de tomar banho, mas sentar perto dela não era má idéia. Deitei em uma das espreguiçadeiras que tinha ali, fechei os olhos pra ver se conseguia dormir um pouco.

...

Pov. Autora

Mônica havia dormido em uma das espreguiçadeiras perto da piscina. Mas ela não sabia que não estava sozinha ali. De repente um grito interrompe seu sono.

– Olha a bomba!

– Ahn...?

SPLASH!

– Mas o quê...?

Uma pessoa havia pulado na piscina o que acabou molhando Mônica. A mesma estava possessa de raiva, não sabia quem tinha feito isso, mas suas suspeitas foram confirmadas quando pode ver o rosto de uma pessoa na piscina.

– CEBOLA! – Mônica gritou enfurecida.

– Que foi? – Disse Cebola se segurando pra não rir da cara de Mônica.

– VOCÊ TA FICANDO MALUCO? OLHA O QUE VOCÊ FEZ! – Ela falou se referindo ás suas roupas.

– O que foi que eu fiz de tão grave? – Disse ele.

– Me molhou toda! – Falou como se fosse um desastre mundial.

– Ah isso? – Falou mostrando nenhum interesse.

– Como assim ‘ah isso’?! Você não dizer nada? – Falou ela já com a paciência pelos ares.

– Credo, eu nem fiz nada de mais, não se pode mais nadar em paz não? – Falou ele segurando mais ainda o riso.

– Nem quero saber! Você vai pagar por isso, saia já daí!

– Agora? Mas eu acabei de entrar, se quer que eu saia venha aqui e tenta me tirar. – Falou a desafiando.

– O que? Acha que vou me molhar por sua causa. Nem pensar! – Ela falou voltando a se sentar na espreguiçadeira.

– Ta bom... Se você não quer vir até a água, a água vai até você.

De repente Cebola joga uma quantidade um pouco grande de água pra fora da piscina, fazendo Mônica se molhar por completo.

– Ah! Seu idiota. Olha o que você fez! – Gritou aborrecida com ele.

– Credo, quanto escândalo. É só água e...

– Agora você vai ver! – Disse, e logo depois pulou na água tentando afogar Cebola.

Os dois atiravam água um no outro como duas crianças, uma verdadeira guerra. Um pouco longe daquela bagunça, Sr. Sousa e Sr. Netto estavam observando os dois brincarem na água.

– Hahaha, eles nunca mudam. – Disse Marcio olhando pra os dois na piscina.

– São mesmo duas crianças. – Falou Sr. Cebola rindo da situação.

– Tem razão, desde pequenos eles são assim, brigam por quase qualquer coisa.

– Mas vamos combinar, um não vive sem o outro, mesmo que se odeiem. – Falou olhando para Marcio.

– É verdade... Bom, que tal voltar para dentro? Quero lhe mostrar alguns projetos que pretendo realizar para a empresa. – Disse caminhando até a entrada.

– Claro. – Concordou e o acompanhou até o escritório.

Na piscina...

– Me larga Cebola!

Depois de tanto jogar água, Mônica havia ficado um pouco cansada, então Cebola aproveitou a chance que teve e segurou os braços dela, para que mesmo que quisesse não pudesse continuar a jogar água nele.

– Só se me prometer que vai parar de jogar água. – Disse a olhando.

– Tudo bem eu paro. – Falou.

Cebola a soltou. De repente olhou em volta e viu que algumas gotas de chuva começavam a cair.

– Esta começando a chover – Monica falou. – Acho melhor entrarmos.

– Por quê? Estamos molhados mesmo. – Disse ele.

– Ta bem, se quer ficar ai sozinho pode ficar. Eu vou entrar e me secar. – Falou ela saindo da piscina.

Quando já havia saído da piscina, Cebola a chama, fazendo Mônica o olhar desconfiada.