Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 39
Surpresa!


Notas iniciais do capítulo

E aí gente! Saudades?

Eu sei, eu sei... "Sua cretina! Como pode sumir por mais de três meses sem atualizar a própria história?! Por acaso Morfeu a encontrou?! Vá para o Tártaro! Sofra as mais terríveis maldições de Hades! E que o Oráculo não tenha pena de ti!"

Alguns de vocês queriam me dizer isso? Eu espero que não, mas creio que realmente mereça. Deixe-me explicar minha ausência. Não, eu não sofri nenhum acidente ou trauma, infarto, ou seja lá o que for, estou perfeitamente "normal" (Do jeito que sou não posso ser considera normal :D).

Esses três meses passaram literalmente voando! Eu estive tão ocupada com tantos livros (A coleção inteira de "Percy Jackson e os Olimpianos", e "O Mulato", não leiam esse livro, ele é pior que estar na presença de Harpias), trabalhos e provas na minha cola que acabei me distraindo e me esquecendo temporariamente da fic. (Agradeço a minha escola por ficar mais de um mês de greve e agora só estou me dando bem nesse trimestre corrido), tirando que a TMJ está meio... Enrolada nesses novos relacionamentos o que não me ajudou em nada.

Quando dei por mim, a fic. estava atrasa quase três meses, eu realmente sinto muito. E antes de lerem, devo avisar que o que está escrito ai foi feito entre ás 6:20 da manhã até ás 7:00, que é o horário que eu chego na escola e espero a aula começar, então não esperem grande coisa, mas espero muito que gostem. Please...



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Pov. Autora

Pelo relógio mostrava que já haviam passado das dez horas da manhã.

O sol já dava sinais de que aquele dia seria bem quente, o barulho da cidade grande podia ser ouvido alto e claro. Pessoas correndo, andando, dirigindo de um lado para o outro.

Nada de anormal, apenas um dia comum e agradável, perfeito para passear à tarde, se divertir...

Ou para fazer visitas...

– Bom dia Carla. - Magali disse gentil a mulher que abriu a porta.

– Magali! Que bom que veio! Entre, fique á vontade. - Carla falou e logo deixou que Magali adentrasse a casa.

– E então? Como estão as coisas por aqui? - Ela perguntou.

– Ahn... Gostaria de dizer boas, mas acho que já tiveram dias melhores. - Carla disse suspirando um pouco.

– Ela está no quarto?

Carla assentiu, olhou para cima, para o segundo andar da casa, onde a porta do quarto de Mônica ainda não tinha sido aberta aquela manhã.

– Já faz dois dias que tiveram aquela discussão. - Falou melancólica. - Ela mal sai do quarto, estou começando a ficar preocupada...

– Não se preocupe tudo vai ficar bem. - Magali disse e logo se dirigiu a escada. - Eu vou falar com ela.

– Boa sorte. - Carla desejou, vendo Magali subir as escadas.

Magali quando chegou à porta bateu e chamou por Mônica algumas vezes, mas não teve resposta.

Quando entrou o quarto estava escuro, obviamente com as cortinas fechadas e alguém se encontrava dormindo na cama de casal.

– Mônica? - Ela chamou, mas vendo que sua amiga permanecia "morta" na cama, ela foi até as cortinas e as abriu.

– Argh... - Mônica resmungou cobrindo a cabeça com o cobertor.

– Mônica, deixa disso! Vamos acorde! Não pode ficar ai pra sempre. - Ela disse com as mãos na cintura.

Mônica resmungou novamente sem nenhum sinal de ânimo.

Magali revirou os olhos, sua querida amiga sabia ser irritante quando queria, mas também sabia que ela não conseguia controlar direito seus sentimentos quando algo muito ruim acontece, e nesse caso, ela meio que entrou em depressão.

Chegou perto da cama e puxou o lençol com força fazendo Mônica rolar e cair da cama.

– Magali! - Mônica exclamou com um pouco de raiva da amiga que lhe lançava um sorriso.

– Olha só quem decidiu voltar à vida... - Ela disse e jogou um travesseiro caído de volta a cama. - Bom dia Bela Adormecida, já deveria ter saído da cama.

– Obrigada por sua preocupação, mas vou ficar por aqui mesmo. - Mônica disse voltando a se deitar na cama.

– Ah, mas nem pensar! Você vai sair comigo hoje!

– Não, valeu. - Ela disse com a cabeça enterrada no travesseiro. - Estou bem.

– Certo... Essa foi uma mentira muito ruim da sua parte, "bem" não define nem um pouco seu humor. - Ela falou.

– Nunca fui de mentir muito bem mesmo...

– Mônica! Venha comigo. Vamos dar uma volta no shopping. - Magali disse indo para o closet escolher uma roupa para Mônica.

– Claro... Se eu me sentisse horrível qual seria o primeiro lugar para ir primeiro? Ao shopping claro! - Mônica falou com sarcasmo.

– Vamos ao shopping apenas para escolher um vestido novo pra você.

– Vestido? Pra que?

– Para sairmos à noite claro! - Magali apareceu no quarto com uma muda de roupas para Mônica vestir. - Vamos, troque de roupa.

– Magali... - Ela olhou a amiga e depois suspirou. - Eu sei o que está tentando fazer, e agradeço por isso, mas... Desculpe, eu realmente não estou a fim.

– Vai fugir disso até quando? - Magali perguntou. - Eu sei como se sente, eu...

– Não! Você não sabe! - Mônica disse, agora, levantando-se da cama. - Não sabe como é se sentir traída, não sabe como é ter alguém quem você ama te enganando! Você... Argh! Droga!

Mônica se virou e apertou os olhos contendo as lágrimas, sabia que estava com raiva de tudo que havia acontecido, mas mesmo assim não conseguia brigar com alguém importante para ela sem chorar. E Magali era uma delas.

Magali chegou perto da amiga, a virou e lhe deu um abraço. Mônica tentou recuar, mas a verdade é que não queria, precisava de algo ou alguém que a amparasse.

– Está tudo bem... Eu sei como se sente. O que ele fez foi horrível, mas eu não quero vê-la desse jeito. - Ela disse suavemente enquanto sua amiga a abraçava. - você não é assim, não se esconde pelos cantos, ou foge, sei que o que ele fez te abalou muito, mas você precisa sair dessa, não sabe como dói ver você assim.

Magali fez um pequeno cafuné nos cabelos de Mônica.

– Venha comigo, quero tentar fazer você esquecer-se disso tudo um pouco. - Ela disse. - Vamos ao shopping e compramos um vestido bem bonito para você e vamos ao Larry's, o que acha?

Mônica desfez o abraço e enxugou as lágrimas.

– É assim que tenta me animar? Gastando dinheiro e me levando á bares? - Ela disse sarcástica. - Você é a melhor amiga do mundo.

– Magali ao seu dispor! Agora vamos, troque de roupa. - Ela falou, Mônica pegou a muda de roupa e entrou no banheiro para se arrumar.

...

Pov. Mônica

Eu amo minha melhor amiga, sério. Mas, existem alguns momentos muito recentes em que eu queria apenas esganá-la.

Depois que me vesti, fomos para o shopping de carro. Conversamos um pouco, ouvimos... Quer dizer, eu tentei ouvir a musica enquanto minha cantora meio desafinada cantava junto.

Quando se tem uma amiga palhaça você sempre pode contar com ela pra que ela te anime, e o pior é que ela realmente consegue isso.

Não demoramos muito a chegar, logo estacionamos o carro e entramos.

Não entramos em nenhuma loja de primeira, olhamos um pouco algumas antes. Minha animação nesse instante estava zero, não estava nem um pouco a fim de ficar rodando esse lugar quando tenho uma cama quentinha e acolhedora em casa.

Que saudade dela...

– Mônica? - Magali me chamou. - Ora, tire esse desânimo da cara pelo menos!

– Fácil falar... - Eu meio que resmunguei. - Não podemos ir lanchar?

– Mas e o vestido?

– Eles vão continuar aqui depois de sairmos, por favor... - Falei juntando as mãos implorando.

– Tudo bem... Se esta implorando por comida na minha frente à coisa deve ser mesmo grave, vamos!

Ri dela enquanto íamos em direção à praça de alimentação. Até que para uma sexta estava bem calma. Escolhi uma mesa enquanto Magali foi fazer os pedidos.

– Que tal um hambúrguer? - Disse um cara alto que não estava muito perto de mim, mas o suficiente para eu ouvir a conversa, ele estava perto de uma garota, decidindo entre si o que pedir.

– De novo? Ah não... - Ela falou. - Por que não tentamos algo novo? Que tal... Sushi?

– Sério? Trocar carne boa e assada por carne crua? - Ele disse em desaprovação.

– Por favor... Eu sempre tive vontade de experimentar! - Ela disse um pouco manhosa e lhe dando um beijo no rosto.

– Nem vem! Isso não vai funcionar, eu te conheço Sam! - Ele disse tentando dar uma de durão.

– Ah é? E que tal se... - Ela chegou perto dele e sussurrou algo em seu ouvido. À medida que ela falava ele engolia em seco. -... E então?

– Vem... - Ele disse a puxando. - Vou te levar ao Japão pra comer esse negócio.

Ela o seguia rindo, havia ganhado mais uma, aparentemente.

Droga... Por que só aparecem casais perfeitos quando estamos numa fossa?

E ainda por cima... Isso me fez lembrar o dia em que eu e... Você-sabe-quem - não, não é o Voldemort - fomos á um novo restaurante. Quando saímos de lá ele ficou enjoado de tanto ter comido um filé de enguia.

Na verdade, ele pensou que era salmão e quando disseram o que era ele vomitou.

– Argh... - Resmunguei e enterrei minha cabeça sobre os braços.

Por mais que aquele idiota fosse um traidor estúpido eu simplesmente não consigo tirá-lo da cabeça! E eu não o vejo desde a nossa briga... Ele literalmente sumiu de vez, acho até mesmo que nem dormiu em casa na noite passada. Droga... O que você pensa que está fazendo Ce...

– Mônica? - Magali falou sentando-se na minha frente, colocando a bandeja com os hambúrgueres. - Tudo bem?

– Claro. - Disse, e logo peguei meu hambúrguer da bandeja.

O lanche foi rápido, mas ficamos ali por uma meia hora jogando conversa fora, nem mesmo eu sabia o quanto Magali me fez falta esses últimos dias.

E ela realmente tinha razão, eu tinha mesmo que dar uma volta, arejar a cabeça, esquecer um pouco os problemas... E até que o shopping é um bom lugar, com tantas pessoas e coisas acontecendo ao mesmo tempo, consigo me distrair facilmente em qualquer outra coisa.

Depois que saímos da praça de alimentação fomos dar uma olhada nas lojas.

Acabei encontrando vestidos ótimos, mas Magali sempre desviava minha atenção deles, dizendo para irmos à outra loja.

– Maga, por que temos que ir? Aquele vestido era... - Tentei, mas ela me interrompeu.

– Nada disso! Temos que dar uma olhada na minha loja primeiro. - Explicou ela, animada.

E lá fui eu, sendo arrastada de novo.

Deixe-me explicar, aqui no shopping tem uma loja de roupas meio cara com um nome francês que eu não consigo pronunciar direito de primeira.

E minha querida melhor amiga simplesmente ama, e idolatra essa loja. Todos os vestidos, acessórios que ela gosta que comprados para momentos especiais, ela comprou aqui.

Mas o que raios ela estava planejando pra me fazer entrar ali? Por acaso vou participar de alguma premiação de revelação do ano e não fiquei sabendo?

Finalmente chegamos á loja.

– Bom dia. - Falou uma mulher loira. - Magali!

– Lucy! - Ela disse e a abraçou. - Tudo bem? Faz um tempo que não a vejo.

– Estou ótima, e você está linda! - Lucy disse. - E então? O que posso fazer por você?

– Na verdade, é a minha amiga aqui. - Elas se voltaram pra mim. - Essa é a Mônica.

– É um prazer conhecê-la. - Lucy disse gentil e apertou minha mão.

– Igualmente. - Sorri um pouco.

– E então meninas? Qual a emergência?

– Vamos sair esta noite e queria que você mostrasse alguns vestidos para ela. - Magali falou.

– Claro, tenho um modelos ótimos que acabaram de chegar. Um minuto. - Ela falou e a vimos sumir nos fundos da loja.

– Maga? - A chamei enquanto ela olhava umas roupas. - Qual é a ocasião especial?

– Ocasião especial? - Ela disse confusa.

– Se estamos na sua loja algo de importante vai acontecer hoje. O que está aprontando? - Falei cruzando os braços.

– Você vai sair comigo, isso não já é uma ocasião importante? - Ela disse. - Além disso, eu ia vir aqui de qualquer jeito, queria ver a nova linha de roupas que apareceu aqui ontem e...

E lá vai ela me falar sobre roupa. Deve ser por esse motivo que ela e Ana se dão tão bem, as duas adoraram isso, mas levam apenas como hobby o que deveria ser um cargo profissional.

Quando Lucy voltou, ela me mostrou vestidos vermelhos, pretos e brancos. Eram bonitos, mas eu não sabia exatamente o que iria fazer a noite, então fiquei em duvida.

Pensei em sair e procurar em outro lugar, até que Lucy me mostrou algo. Imediatamente minha busca pelo desconhecido tinha acabado.

Era um vestido curto nem tão rosa ou vermelho, neutro. Com detalhes de preto da cintura pra cima e solto em baixo.

Foi amor a primeira vista.

Entreguei meu cartão para Lucy na hora e Maga apenas riu, parecendo feliz com a minha escolha.

Assim que concluímos tudo, saímos do shopping. Deveria ser quase três da tarde.

– Onde pretende me levar hoje, de verdade? - Perguntei a Magali, assim que entrei no carro junto dela.

–Eu já disse, ao Larry´s. - Ela disse dando de ombros.

– Sei... Vou fingir que acredito, contanto que não seja nenhum lugar novo que sirva comida mexicana...

– Ei! - Ela exclamou. - Você prometeu que não tocaria nesse assunto de novo!

– Hahaha! Desculpa, mas ainda consigo rir só de me lembrar, você tentando apartar a briga daquele gato com o ganso. - Eu falei tentando conter o riso.

Magali continuou a discutir comigo, mas eu não me importei. Aquele dia foi bem engraçado, e é claro, aprendi uma coisa importante: se sua amiga te convidar para um restaurante novo que fica fora da cidade, diga a coisa mais sensata e amorosa que possa dizer a ela... Um lindo não!

...

A noite começava a chegar, lentamente como esta manhã.

Eu já estava pronta, vestindo o vestido que havia comprado hoje à tarde, uma maquiagem não muito forte e saltos não muito altos.

Nós iríamos ao Larry's, tudo bem que é um dos meus lugares favoritos, mas pra que tive que comprar algo novo? Parece até que alguma celebridade convidada ia cantar no palco.

De qualquer forma, assim que me arrumei desci as escadas para esperar a Magali vir me buscar.

– Nossa! - Ouvi Clara exclamar, acho que um pouco surpresa. - Você esta linda!

– Obrigada. - Falei meio envergonhada. - Por que está usando roupão há essa hora?

– Ah, só estou meio cansada e irei dormir mais cedo. - Ela deu de ombros. - Mas e você? Por que esta tão arrumada?

– Vou sair com a Maga. - Disse.

– Então você se produziu toda para a Magali? - Ela falou com aquele olhar desconfiado. - Ou talvez para outra pessoa...?

– Não sei do que esta falando, vou apenas sair com ela, só isso. - Falei.

– Monica, você sabe que eu te amo e só quero o seu bem, mas precisa conversar com..

Obviamente, Carla sabia de tudo sobre o que aconteceu, e essa não é a primeira vez que ela tenta me convencer a falar com ele. O que eu não entendo é como ela, de alguma forma, ficava do lado dele. Isso eu não entendo.

– Não. - Disse a interrompendo. - Agradeço a sua preocupação, mas se alguém aqui deveria tentar concertar as coisas não sou eu, sendo que não fiz nada e nem traí a confiança de ninguém.

– Mônica... - Ela tentou, mas o som de uma buzina de carro foi ouvida por nós duas.

– Te vejo mais tarde. - Disse me aproximei dela e a beijei no rosto. - Boa noite Carla.

– Boa noite... - Ela falou antes de eu sair.

...

As ruas estavam movimentadas como sempre. A noite era tão movimentada como o dia. Afinal estávamos em um local de férias, quem ficaria em casa num lugar como Miami?

Magali estacionou o carro um pouco perto do Larry's. Hoje era sexta, geralmente era bem movimentado, mas até que não tinha tantas pessoas.

– Vamos? - Magali falou assim que saímos do carro.

Ela segurou no meu braço e atravessamos a rua, o estranho é que havia três seguranças na porta, geralmente tinha apenas um.

Havia dois casais e um grupo na fila, enquanto esperávamos, Magali mexeu no celular e eu fiz o mesmo.

Não havia nada, nem mensagem, telefonema... Nada.

Estava começando a ficar preocupada. Onde aquele projeto de Cebola havia ido o dia todo? A noite passada toda? E o dia anterior a esse?

O mais lógico seria pensar que ele esteja com alguém, mas eu... Sei lá, ainda não consigo acreditar que ele...

– Mônica? - Magali falou me tirando dos meus pensamentos. - Vamos?

– Claro. - Falei meio desanimada.

Entramos no lugar, estava escuro, apenas com aquelas luzes coloridas iluminando o lugar, mas passados cinco segundos que entramos todas as luzes apagaram.

Antes mesmo de pensar em dar meia volta e voltar para a rua, as luzes acenderam de novo. E eu literalmente pulei de susto.

– SURPRESA!!!

Todos... E quando eu digo todos, são todos mesmo! Todos os meus amigos e pessoas que eu conhecia estavam ali sorrindo e batendo palmas.

Mas o que raios estava acontecendo aqui?!

– Parabéns Mô! - Disse Maga ao meu lado.

– Como...?

– É seu aniversário! Não me diga que esqueceu?

Não, eu não... Espera... Semana passada... Então hoje... Ai meu Deus! Hoje é dezoito de outubro?! Como eu pude esquecer? Onde eu estava com a cabeça nessas ultimas semanas? Como eu pude esquecer meu aniversário de dezoito anos?

Magali me abraçou primeiro, e depois sofri uma avalanche de gente me parabenizando, me abraçando, confesso que senti claustrofobia. Mas mesmo assim sorri e agradeci a presença de todos.

Depois que a emoção de todos passou para um começo de festa, eles se espalharam pelo salão, dançando, conversando, se divertindo.

A decoração estava realmente incrível, não havia um tema definido, mas estava tudo lindo e colorido, um pouco exagerado, o que me fez ter uma ideia de quem havia feito essa parte.

– Eu falei que ela não desconfiaria de nada! - Falou Ana se gabando.

– Ta ta... Você também disse que seria legal fazer uma entrada com rosas. - Laura falou.

– Ainda quero! Aliás, ficaria lindo... - Ela continuou discutindo sobre a entrada com Laura.

– Obrigada por ter impedido ela de ter feito isso. - Sussurrei pra Magali que apenas riu.

Abracei Laura e Ana, conversamos e elas me contaram um pouco como haviam feito tudo para que eu não descobrisse.

– E ai Mô! - Ouvi a voz de Titi atrás de mim, me virei e o abracei. - Parabéns!

– Obrigada! - Respondi.

– Realmente valeu a pena o trampo que a gente fez pra arrumar o lugar. - Cascão falou mais atrás.

– É, ficou realmente muito legal. - Jason disse aparecendo ao lado de Cascão. Abracei aos dois.

– Muito obrigada pessoal, eu nem sei o que dizer...

– Opa, opa! Não é pra gente que você tem que agradecer, a gente apenas ajudou. - Cascão falou.

– Então... Ana?

– Nem olhe pra mim. - Ela falou com um sorriso.

– Maga? - Olhei pra ela, mas ela negou com a cabeça e seu sorriso se alargou quando olhou por cima do meu ombro.

– Acho que estão falando de mim. - Ouvi sua voz bem atrás de mim, "droga", pensei.

Me virei e pela primeira vez em quase dois dias eu vi os dois olhos castanhos e os cabelos espetados do homem por quem eu me apaixonei.

Ele sorria pra mim, meio desconcertado, parecia um pouco cansado, mas estava ali. Vestindo uma camisa branca com detalhes verdes, um blazer escuro, calça social, sapatos... Perfeito.

– Bom... - Ouvi Laura pigarrear e chamar nossa atenção. - A gente vai ali pegar alguma coisa pra beber.

– Por quê? - Jason falou, mas logo recebeu um tapa como resposta e foi arrastado pra outro canto, junto com os outros, deixando eu e Cebola "sozinhos".

Não estava nem um pouco afim disso, mas... Eu sentia a falta dele, e precisávamos conversar.

– Oi. - Ele falou sem tirar os olhos de mim.

– Oi... - Falei e pigarreei. - Ahn... Foi você que fez tudo isso?

– Tive ajuda, e quase fiquei maluco com Ana literalmente implorando para que eu a deixasse comandar toda a decoração, mas sim. - Ele disse. - Você gostou?

Apenas balancei a cabeça e continuei a evitar olhar diretamente para seus olhos.

– Você está maravilhosa. - Ele falou ainda sorrindo bobamente pra mim.

– Ahn... Obrigada, você também não está mau... - Foi o que consegui dizer.

– Mônica... - Antes que ele pudesse continuar foi interrompido por um cara que aparentava ter seus trinta anos. E usava um aparelho no ouvido.

– Está tudo pronto, podemos começar? - Ele perguntou.

– Claro. - Ele falou e o homem apenas assentiu e sumiu na multidão.

– Tudo pronto pra que? - Perguntei curiosa.

– Era uma surpresa, que eu tentei manter em segredo, mas certa curiosa me encontrou dois dias atrás com a empresária deles e achou que eu estava traindo minha linda esposa por ela. - Ele disse.

– Como?

Antes que ele pudesse se explicar melhor um cara no palco nos interrompeu.

– Senhoras e senhores! Com vocês a surpresa da noite! Uma banda que vocês e milhões de pessoas conhecem! Por favor, recebam agora com uma salva de palmas Marron 5!

– Oi?! Exclamei incrédula.

Eu simplesmente não acreditei, mas era realmente verdade, toda a banda que eu mais adorava no mundo estava ali no palco do Larry's!

– Boa noite pessoal! - Disse o Adam e todos gritaram em resposta. - Alguém viu nossa querida aniversariante?

De repente um holofote rodou o lugar e logo me achou.

– Ai está ela! - Mais gritos. - Mônica, meus sinceros parabéns e felicidades, que você possa aproveitar muito bem seus dezoito anos! E devo dizer que esse cara insistente ai do seu lado é um cara legal, apesar de que ele quase implorou para que víssemos fazer essa surpresa pra você. - Ele disse e falou rapidamente com seu parceiro, Matt. - Que tal começarmos com This Love?

Mais gritos e então eles começaram a tocar e cantar This Love, uma das minhas musicas favoritas da banda.

Eu ainda estava em choque, o holofote saiu de cima de mim e eu senti uma respiração perto da minha orelha.

– Surpresa... - Cebola sussurrou no meu ouvido.

Virei pra ele sem acreditar na loucura que havia acontecido. Era tudo um mal entendido, todo aquele tempo que ele se manteve afastado e ocupado era por causa dessa festa, dessa... Maravilhosa surpresa que tinha feito pra mim?

– E então? O que você ach...

Nem o deixei terminar, o abracei pelo pescoço e o beijei, com amor, saudade e alívio. Ele me abraçou pela cintura e correspondeu ao beijo.

Terminamos o beijo com um selinho e ele permaneceu com nossas testas encostadas, apenas apreciando o momento.

– Me desculpe... - Eu tentei, mas ele me interrompeu.

– Você não tem que... - Coloquei um dedo em seus lábios, olhando em seus olhos.

– Sim, eu preciso. Fui injusta com você, depois de tudo que fez, eu... Eu simplesmente...

Foi a vez dele me calar. Ele me olhava como se não quisesse perder nenhum movimento meu, e além disso, ele sorria.

– Eu errei... Deveria ter passado mais tempo com você, mas eu passei o mês inteiro tentando convencer ao pessoal da banda a vir tocar aqui, demorou, mas consegui, além disso, também ajudei a arrumar o lugar, por isso desapareci esses dois dias. - Ele falou.

– Por que fez tudo isso?

– Por que você merece, por que queria vê-la feliz, queria ver o seu sorriso, por que eu te amo. - Ele falou, se aproximou querendo me beijar mais uma vez, eu me afastei e lhe dei um soco forte mo braço.

– Ai! - Ele gemeu. - Por que fez isso?

– Isso foi por você ter desaparecido por um mês e ter me feito pensar que era um cretino traíra!

– Como é...

Agarrei seu blazer e o puxei pra mim, pra mais um beijo. Esse durou mais, foi mais intenso e urgente, queria investigar toda a boca dele novamente.

– E isso... Foi por tudo que fez... - Disse, assim que me separei tentando recuperar o fôlego. - Eu te amo...

– Eu também te amo minha flor. - Ele falou e me abraçou.

A noite foi perfeita. Meus amigos se divertiram me acertei com Cebola, conheci os integrantes do grupo Marron 5 - sim, confirmei, Adam é mesmo lindo! Que Cebola não me ouça - e também tive outra surpresa.

Carla também estava na festa, ela sabia de tudo! Estava só me vigiando! Traíra, mas eu a perdoei.

Minhas pernas estavam doendo, acabei dançando muito, claro! Afinal quem fica parado com a banda favorita tocando ao vivo?

Resumindo, foi tudo fantástico, as luzes, a musica, a decoração - que foi infelizmente explicada nos mínimos detalhes por Ana - mas tirando isso, foi perfeito.

Havia passado da meia noite, algumas pessoas tinham ido embora, mas talvez devesse continuar por mais uma hora.

Eu estava sentada junto com os meninos, Magali e Ana foram pegar umas bebidas.

– Ce... - O chamei. - Eu vou ali ao banheiro rapidinho, ok?

– Claro. - Ele falou.

Levantei e fui em direção ao banheiro feminino, pensei que estaria cheio, mas havia apenas um senhor com um carrinho de limpeza limpando o ultimo sanitário.

Assim que terminei, fui lavar minhas mãos, mas quando fui secá-las o senhor que eu vi antes cobriu meu nariz com um pano branco.

– Shiii... Calma, isso vai ser rápido lindinha, não lute. - Foi o que ouvi antes de desmaiar.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Bom? Ruim? Sério, depois de mais de três meses preciso da opinião de vocês.

Gente, eu já havia pensado em fazer isso antes, vou terminar a história pra mim primeiro, estamos literalmente na reta final, coisa de quatro ou cinco capítulos pra terminar. Então, se eu demorar um pouco mais de um mês é por que eu realmente estou tentando preparar um final perfeito pra essa história que já tomou mais de um ano da minha vida.

Espero que entendam, e que aceitem o fato de que talvez não haverá mais "cenas calientes" nessa história. Agradeço pelos que ainda são fiéis a história e não desistiram. Aliás, o que me surpreende é que o numero de leitores aumentou um pouco, e o numero de visualizações são até surpreendentes. Realmente, muito obrigada!

Falo com vocês na próxima atualização, mas se quiserem dar alguma opinião ou só reclamar sobre o atraso mesmo, podem mandar uma mensagem pelo Nyah, estamos aí pro quer der e vier!

Té+!