Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 22
O começo da final


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! sei que prometi postar amanhã, na verdade, eu tentei postar ontem, mas não consegui terminar o cap. á tempo. Então resolvi portar hoje mesmo. Espero que gostem ;)



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Pov. Autora







– Muito bem, agora, para a próxima aula quero um resumo detalhado sobre a cadeia alimentar. – Disse o professor de Biologia. - Vou deixá-los escolherem a espécie, mas não se esqueçam de me entregarem amanhã sem falta e...





O pobre professor nem pôde terminar de falar, o sinal havia tocado e os alunos sem demora saíram em disparada para fora da mesma.







Alunos com faixas, tambores, cornetas... Tudo isso para quê?







– Vamos logo! Temos que achar bons lugares para ver o jogo! – Disse um aluno do segundo ano apressando o amigo.







Isso mesmo, o grande jogo irá começa em instantes! O time da casa, Tigers, contra o time adversário, os Wolves. Quem irá vencer? Isso é o que todos se perguntam. Principalmente, um jogador do Tigers muito aflito, o...







– CASCÃO! – Gritou Titi já bravo com seu amigo que não parava de rodar o vestiário como uma barata tonta. - Da pra parar com isso?! Mas o que raios você têm?





– Estou procurando meu tênis! Cara. Não sei como, mas eu os perdi! – Cascão falou olhando debaixo das cadeiras. - Droga! Eles são meu amuleto da sorte! Como eu vou jogar desse jeito?!





– Cascão... – Cebola o chamou.





– E se eu acabar jogando com outro par e tropeçar? – Ele falou mais aflito.





– Cascão. – Repetiu Cebola.





– E se eu perder um gol? Ou fizer um gol contra?! Droga! Minha vida vai perder o sentido se eu não...





– CASCÃO! – Gritou Cebola logo depois deu um tapa na cabeça de seu amigo para ver se ele recuperava a razão.





– Ai! Pra que isso? – Perguntou Cascão olhando para Cebola.





– Seus tênis estão bem ali, no seu armário, como sempre. – Ele disse calmamente.





– Opa! Foi mal, He. He... Acho que me esqueci de procurar ali, valeu careca! – Disse Cascão se dirigindo ao seu armário e pegando seu tênis para calçá-los.





– Calma Cascão! Por que essa agitação toda? Também estou nervoso, mas não é pra tanto – Disse Jason.





– Não é nervosismo. – Disse Cascão, calçando seus tênis. - É ansiedade. Tem ideia de quanto tempo eu esperei para finalmente jogar contra esses idiotas mais uma vez?





– Pode até ser, mas garanto que ninguém está tão ansioso quanto o Cebola aqui. – Disse Titi.





– Isso é verdade. – Jason se pronunciou. - E Cebola, não se preocupe, vamos dar uma lição neles, pelo que houve, nós iremos ganhar esse campeonato!





– Sei que posso contar com vocês. – Disse Cebola. - Mas me prometam uma coisa... Deixem o Collins pra mim.





– Há vontade, se prometer me deixar dar uma lição naquele idiota do Mike. – Disse Titi.





– E o resto deixe para mim Jason e o resto do time. – Disse Cascão.







Todo o time concordava, de uma vez por todas iriam se vingar dos Wolves, pelo que fizeram no jogo anterior, pelo que fizeram com seu capitão...







– Dessa vez vai ser pra valer, nós vamos ganhar! – Disse Cebola, a fim de animar o time. - Afinal somos um time, somos os Tigers!





Todos gritaram concordando com seu capitão, iriam dar tudo de si, e iriam vencer!







...







– Droga! Estou atrasada! – Disse Mônica correndo pelos corredores.







Havia se esquecido de terminar um trabalho para o final do trimestre. As aulas estavam acabando, então não poderia relaxar nos exames finais, havia ido até a biblioteca para terminar o trabalho.







– Sou mesmo uma tonta! Acabei me esquecendo de fazer isso em casa! Droga! Agora vou ter que... Ai! – Mônica gemeu de dor assim que esbarrou em alguém e caiu sentada no chão.





– Olhe por onde anda garota! – Disse um garoto usando um uniforme que ela definiu com certeza que não era dos Tigers.





– Desculpe, eu...





– Paul! Vem logo! Ou eu... – Disse outra pessoa que se aproximava de Paul, logo viu a garota caída. - O que houve aqui?





– Essa desastrada esbarrou em mim – Disse Paul simplesmente.





– Ei! – Exclamou Mônica. - Se você não estivesse parado no corredor que nem um idiota, ao invés de cuidar da sua vida eu não teria esbarrado em você!





– Como é? – Disse Paul se aproximando de Mônica, mas foi impedido.





– Se acalme a garota tem razão, você deveria estar em outro lugar agora. – Ele se aproximou de Mônica e estendeu a mão, ajudando-a a se levantar. - Vá logo, o treinador quer falar com você.





– Não demore. – Paul disse saindo do corredor.





– Desculpe por isso, ele é meio esquentado mesmo. – Disse o estranho com um sorriso no rosto.





– Ahn, claro, está tudo bem... Mas quem é você? – Mônica perguntou.





– Collins, Richard Collins. – Ele falou ainda sorrindo para Mônica. - E você? Como se chama?





– Mônica. – Ela falou.





– Bem, é um prazer conhecê-la Mônica, tenho que ir, mas espero que possamos nos ver depois. – Ele se aproximou dela e beijou seu rosto. - Iria pedir que me desejasse sorte para o jogo de hoje, mas após vê-la, já sinto que tenho toda a sorte do mundo. – Ele se afastou dela. - Até logo Mônica. – E logo desapareceu pelo corredor.








Que ótimo, esbarro com um idiota e sou amparada por um galinha, como meu dia está ótimo hoje... Pensou Mônica com ironia em seus próprios pensamentos. Mas sem perder mais tempo se dirigiu á arquibancada do colégio onde encontraria suas amigas.







...







– Olá fãs do esporte! Meu nome é Max Johnson, e hoje serei o locutor dessa grande partida! – Disse Max, o locutor. - E agora para esquentar o clima, vamos conhecer os jogadores que vieram de fora! O time Wolves!







O publico começou a gritar, os Wolves tomam conta do campo e da atenção dos torcedores.







– Opa! Esperem! Não fiquem tão animados! Estamos apenas começando! – Max falou. - E agora, entrando no campo o time da casa! Os Tigers!







O time da casa entra no campo, e a torcida fica mais animada. Passando alguns minutos, os capitães são chamados pelo juiz.







– E agora o capitão do Wolves e o Capitão do Tigers se encontram no meio de campo para decidirem quem irá começar o jogo! – Disse Max.





E ele estava certo, Cebola estava frente a frente com seu rival.







– O que escolhem? – Pergunta o juiz.





– Cara. – Diz Cebola.





– Coroa.







O juiz joga a moeda.







– Coroa! Wolves vocês começam! – Ele anuncia.





– Que vença o melhor.





– É o que pretendo Collins. – Disse Cebola lançando um olhar ameaçador para Richard.







...







– Estamos chegando aos trinta do primeiro tempo! O jogo continua empatado... Ai que agonia! Dá pra alguém fazer pelo menos um gol?! – Exclamou o jovem locutor impaciente.







E parece que seu pedido foi ouvido. Cascão avança e dribla um dos zagueiros sem problemas, ele passa a bola para Cebola, que pula assim que viu que o outro zagueiro pretendia derrubá-lo. Ele passa a bola para Jason que chuta e...





– Goooool! Finalmente! Gol! Os Tigers fizeram um gol! – Gritou o Locutor mais do que feliz.







Os torcedores gritaram de felicidade, e Jason quase morreu esmagado pelos seus colegas enquanto o parabenizavam.







...







– Já estamos quase terminando os três minutos de acréscimo. – Disse Max. - Opa! Jason começa avançar para o campo adversário! Ele parece querer marcar o segundo gol e...







Antes mesmo que Max pudesse dizer algo, Paul consegue dar uma rasteira em Jason, o derrubando violentamente.







Isso foi pelo gol que você fez otário! Pensou Paul.







– Argh! Minha perna! – Exclamou Jason, sentindo muita dor em sua perna esquerda.





– Ei! Cara está tudo bem? – Disse Titi se aproximando dele.







Alguns jogadores se aproximaram para ver se o amigo estava bem.







– E como esperado, o camisa seis do Wolves ganha cartão amarelo! – Disse o locutor. - A falta foi mesmo feia, mas acho que ele está bem.







Jason conseguiu se levantar, com um pouco de dificuldade, mas conseguiu. Ele se posiciona no lugar marcado da falta, ele chuta pra o camisa sete do seu time, mas infelizmente um jogador adversário é mais rápido e rouba a bola.







– Que isso! O camisa dois passa que nem um foguete e está indo direto para o gol! – Disse Max, mais do que agitado.







O camisa dois passa sem problemas pelos zagueiros, e quando estava perto do gol, chutou para Mike que estava a sua direita, ele dominou a bola e...







– Gol! Não é possível! Faltando apenas alguns segundos para terminar o primeiro tempo, os Wolves conseguem empatar! – Falou Max, revoltado. - E o juiz anuncia o término do primeiro tempo!







...







Pov. Mônica







– Será que ele está bem? – Perguntou Ana preocupada com Jason.





– Claro! Não se preocupe essas coisas sempre acontecem durante o jogo. – Disse Laura despreocupada.







O primeiro tempo acabou. Graças a Deus! Pois não sei se agüentaria outra crise de Laura. Vou te contar, ela é muito fanática por esportes! Não estou brincando, quando os Tigers fizeram o primeiro gol achei que ela estivesse sendo possuída por algum espírito de tão maluca que ficou.







Imagine agora que os Wolves empataram? Meus ouvidos estão doendo, ela gritou tão alto que achei que iria explodir.







Nota mental: Nunca mais sentar ao lado de Laura em jogos de futebol, ou qualquer coisa que envolva esportes.







– Mônica? – Magali me chamou. - Vamos ali comigo pegar um refrigerante?





– Claro. – Disse, logo depois me levantando para acompanhá-la. - Mas o que foi que deu na Laura? Nunca a vi daquele jeito. – Perguntei assim que consegui uma distancia segura de Laura para falar sobre o assunto.





– Que jeito? – Ela disse calmamente.





– Como assim que jeito? E aqueles gritos histéricos todos? Eu quase fiquei surda! – Falei.





– Ah! Isso... Bom eu não consegui ouvir. – Ela falou.





– Como assim não ouviu? Acho que até o pessoal da NASA ouviu! – Eu disse, mas no momento seguinte vi Magali tirar algo do bolso.





– Não ouvi por que estava com meus tampões de ouvido. – Ela disse. - Sempre trago quando sei que tem jogo e Laura no meio.





– O que?! E por que você não me avisou? – Falei indignada. Poxa! Custava me emprestar um?





– D-desculpe, Mô. Mas achei que você já sabia disso. – Ela falou.





– Como eu poderia saber? Quando tinha jogo com a nossa escola, era sempre nas outras escolas, não aqui. – Eu falei. – Droga! Acho que vou ficar surda depois do segundo tempo. – Disse desesperada, e Magali riu.





– Deixe disso, pode se sentar do meu lado e eu vou te emprestar um dos tampões de ouvido. – Ela falou gentilmente.





– Obrigada. – Agradeci.







Nós andamos mais um pouco, mas antes de chegarmos às máquinas de refrigerante, Magali parou de repente.







– Hã? O que foi? – Perguntei.





– Mô, pode ir lá e pegar uma coca pra mim? Eu já volto. – Ela disse e foi em direção á um carrinho de cachorro quente.







Essa Magali... Nunca vai mudar mesmo. Fui até á máquina, apertei uns botões e peguei a lata, mas antes que eu pudesse me afastar, vi alguém escorando o braço na máquina, me impedindo de passar.







– Olá Mônica. – Me virei para conseguir ver seu rosto.





– Olá... Richard, certo? – Meio que perguntei e ele assentiu.





– Gostando do jogo? – Ele perguntou.





– Sim, está bem, ahn... Interessante. – Falei, me afastando um pouco. - Se não se importa, eu tenho que ir, minha amiga deve estar me procurando e...





– Por que a pressa? Sua amiga ainda deve estar comprando o cachorro-quente. – Ele disse logo depois que puxou meu braço e me trouxe para mais perto de si. - Sim, eu a vi antes, acho que ela não se importará se você se atrasar um pouquinho não é?





– ME SOLTA! – Gritei, mas ele nem pareceu me ouvir, apenas foi chegando cada vez mais perto de mim.





– Ora, vejo que é uma mulher difícil... – Ele falou. -... Adoro garotas difíceis. – Sussurrou no meu ouvido. Juro que senti um arrepio bem desagradável com isso.








De repente, ele coloca sua mão na minha cabeça, me forçando a me aproximar. Ele estava me beijando, ou pelo menos tentava, pois eu não correspondia. Ele era muito forte, não conseguia me soltar, por isso, mordi seus lábios com força para ver se ele pelo menos me soltava, e ele me soltou.








Quando se afastou, vi que um pouco de sangue se formou em seu lábio inferior. Ele me olhou com raiva.








– Desgraçada! Como se atreve? – Ele se aproximou de mim. - Vou te ensinar a nunca mais pensar em fazer isso de novo...







Ele se aproximou novamente, mas antes que pudesse fazer algo, alguém o acerta com um soco de direita no rosto. Foi tudo muito rápido, que eu quase não entendi o que aconteceu, só precisei de alguns segundos para entender que Cebola havia me defendido de Richard, que estava caído no chão, meio desnorteado.








– Mas o que? – Disse Richard, parecendo estar confuso.





– Nunca mais se atreva a encostar nela! – Disse Cebola mais do que furioso.





– Saia daqui Baker! Você não tem nada haver com isso! – Disse Richard, se levantando.





– Ah, mas é claro que tenho! Afinal ela é minha esposa! – Ele disse.







Richard franziu o cenho confuso, parecendo não entender as palavras de Cebola.








– Desculpe, mas eu acho que não entendi. – Ele falou.





– Ela é minha esposa, seu idiota! E se você chagar perto da minha mulher novamente eu juro que acabo com você! – Ele falou ainda mais furioso.








Olhei um pouco espantada para ele, nunca imaginei que ele pudesse me defender assim um dia.







Richard olhou para mim e Cebola, e criou um sorriso debochado.







– Sempre me surpreendendo não é mesmo Cebola? – Ele falou. - Estragou sua vida se casando tão cedo, mas pelo menos, arrumou uma esposa bem gostosa, desse jeito vai acabar perdendo ela para alguém bem melhor...







Ele me olhou de cima a baixo com os olhos mais do que maliciosos, e Cebola percebeu, cerrou os punhos, pronto para dar outro soco nele, mas segurei seu braço.







– Bem, acho melhor eu ir e me preparar para o segundo tempo, até logo Mônica. – Disse e piscou pra mim descaradamente, ignorando Cebola. Logo se afastou.







Rapidamente fiquei no caminho de Cebola, que já pretendia ir atrás de Richard para provavelmente matá-lo, coisa que eu também queria fazer.







– Saia. Tenho que acabar com a raça desse imbecil. – Disse Cebola sem olhar pra mim.





– Não, não vale à pena arrumar problemas agora, acalma-se. – Disse, mas ele ainda parecia meio tenso. - Cebola... Olhe pra mim. – Disse, ele meio que hesitou, mas olhou pra mim. - Está tudo bem agora. Acalme-se. – Falei gentilmente.







Ele fechou os olhos e suspirou derrotado, logo depois olhou pra mim.







– Tudo bem, mas eu a vir novamente com ele, não me responsabilizarei pelos meus atos. – Ele disse seriamente.





– Cebola... Ele me forçou, eu não... – Eu tentei explicar, mas ele me interrompeu.





– Eu sei, eu vi. – Ele disse. - Não se preocupe, ele terá o que merece.





– Como assim? O que vai fazer? – Perguntei.





– Você vai ver... Tenho contas a acertar com ele. – Ele falou, e eu franzi o cenho confusa. - Depois eu explico, tenho que ir.








Ele disse e logo depois se afastou. Depois de alguns minutos, voltei a me sentar na arquibancada, o mais longe possível de Laura, claro.







...







Pov. Autora







– E já estamos passando dos dez minutos do segundo tempo desse jogo emocionante! Quem será que vai ganhar? Tigers ou Wolves? Façam suas apostas! – Disse Max, o locutor.







No campo, Cascão recupera a bola, dribla o lateral direito, passa a bola para Jason, que é barrado pelo zagueiro, mas ele chuta e bola para Cebola, o mesmo domina a bola e chuta para o camisa quatro, Titi aparece, recebe a bola, chuta para o gol e...







– Fora! Não é possível! Ele chutou forte demais e a bola passou por cima do gol! – Disse o locutor puxando os cabelos.







...







– Vai pro hospital ver esse pé torto! – Gritou Laura.





– Laura, menos, por favor. – Suplicou Ana.







Mônica e Magali quase nem ouviam nada, o tampão de ouvido era bem eficiente.







...







– Chegamos aos vinte e cinco minutos do segundo tempo minha gente. – Disse Max. - O jogo continua empatado...







Enquanto o locutor falava, o camisa cinco do Wolves consegue pegar a bola, Jason vai pra cima dele para conseguir recuperar, mas ele acaba escorregando, passando por baixo do adversário que se jogou no gramado parecendo que havia sido acertado com violência. O juiz chegou perto dos dois. E verificou o jogador se contorcendo de dor no chão.







– Você está bem? – Perguntou.





– Não! Argh! Ele acertou com tudo meu tornozelo! – Ele falou.







O juiz se virou para Jason e lhe deu o segundo cartão amarelo da partida, e logo depois mostrou o vermelho.





– Camisa nove expulso! – Disse o Juiz.





– O que?! – Exclamou Jason indignado. - Mas eu nem encostei nele!





– Nem quero saber! Pro banco! JÁ! – Disse o Juiz.







Jason foi para o banco, mesmo contrariado.







...







– Vai botar uns óculos seu cego! – Disse Laura furiosa. - Não foi falta! O cara se jogou!








– Laura... – Ana repreendeu mais uma vez a amiga, sem muito sucesso.







...







– Passamos dos trinta minutos, com os Tigers com um jogador a menos. – Disse Max.







Mike consegue a posse da bola, ele avança tentando uma nova chance para fazer um gol, mas Titi surge e da uma rasteira acertando apenas a bola e a mandando pra fora, mas Mike pula e cai na grama sentindo uma dor no joelho.








– Ah! Mas o que foi dessa vez?! – Disse Max já impaciente.







O juiz se aproxima do jogador caído.







– Ele acertou o joelho, merda! Ta doendo! – Ele disse.





– O que? – Exclamou Titi. - Mas eu nem encostei nele!





– Cartão amarelo, camisa oito! – Ele disse mostrando o cartão para Titi.





– NEM FODENDO! Eu não fiz porra nenhuma! Esse desgraçado está fingindo! – Disse Titi revoltado, empurrando o juiz, e já querendo ir pra cima de Mike.







Alguns jogadores afastam Titi do lugar.







– Camisa oito! Expulso! – Disse o Juiz mostrando o cartão vermelho, assim anunciando a segunda falta dele.





– O quê?! – Gritou Titi.







...







– Vai roubar em outro jogo juiz corrupto! – Gritou Laura.







Ana já havia desistido de parar a amiga, se juntou á Mônica e Magali que emprestaram um tampão de reserva.







...







Cebola tenta pegar a bola, mas ela acaba saindo, ele volta para o meio de campo.







– Como a conseguiu? – Perguntou alguém que apareceu ao seu lado.





– O que? – Disse Cebola sem paciência.





– Como conseguiu se casar com uma mulher como aquela? – Perguntou Richard novamente.





– Acho que não devo satisfações da minha vida á você. – Falou Cebola sem o olhar.





– Bem, de qualquer forma acho que vão acabar se separando. – Ele falou. - Afinal, como um idiota como você pode satisfazer uma garota como ela?





– Como é? – Disse Cebola, olhando para Richard e já sentindo a raiva voltar.





– Ora, admita, da última vez que o vi estava no chão logo depois de aprender uma pequena lição... – Ele falou. - E acho que você ainda não se esqueceu não é mesmo? Eu acabei com você naquele dia, e tudo isso só por causa de um desentendimento no jogo.





– Você roubou! – Exclamou Cebola.





– Detalhes... Mas de uma coisa tenho certeza, quando ela se afastar de você, eu vou estar aqui para consolá-la. – Richard o provocou.







Cebola não agüentava mais, queria acabar com ele, pela luta injusta e pelo que diz se referindo á Mônica, mas antes de qualquer coisa, Cascão aparece.







– Algum problema aqui? – Ele pergunta.





– Não, nenhum, apenas estávamos conversando. – Disse Richard sorrindo.





– Não é hora para conversa, estamos no meio de um jogo. – Disse Cascão.





– Certo... – Richard falou e logo depois se afastou.








Cebola cerrou os punhos de tanta raiva.







– Escute. – Cascão disse chamando sua atenção. - Não importa o que ele disse, sabe o que ele quer e vai acabar cedendo, resolvemos tudo depois. Agora temos que ganhar um jogo.





– Está bem. – disse Cebola concordando com o amigo.







...








– Finalmente chegamos aos acréscimos do segundo tempo! Agora é decisivo! Será que vamos acabar indo para os pênaltis? – Disse o locutor. - Olha! Cebola está avançando para o campo adversário!







Cebola corre pelo lado direito, passando pelo zagueiro, ele chuta para Cascão, mas Paul o derruba violentamente antes mesmo de pensar em chutar para o gol, mas com essa falta ele comete um erro. A falta foi na área do goleiro. Além disso...







– Camisa seis, Expulso! – Disse o Juiz para Paul.





– O que? - Diz Paul revoltado, mesmo sabendo que aquela era a sua segunda falta no jogo.







Ele vai para o banco. Cebola se aproxima de Cascão.







– Você está bem? – Pergunta preocupado.





– Sim. – Disse Cascão se levantando, mesmo sentindo um pouco de dor na perna.





...








– Cascão posiciona a bola para bater o pênalti! Meu Deus! Será agora o desempate?! – Disse Max, completamente nervoso quase entortando o microfone.







Cascão se afasta da bola e espera o juiz apitar. Quando o mesmo apita, ele olha para o gol por um segundo, se aproxima da bola e depois chuta.







O goleiro se joga para o lado esquerdo enquanto a bola foi para o direito, mas...







– Na trave! Não é possível! – Disse Max, o locutor.







Realmente, a bola bate na trave, mas a mesma continuava no ar, Cebola aproveita e antes que a mesma encostasse no chão ele consegue dar uma bicicleta e...







– Goooool! É gol! Gol dos Tigers! – Grita Max, e ele ouve o apito do juiz. - E o juiz apita! Acabou! Os Tigers venceram!







A festa foi geral, alguns da arquibancada desceram para comemorar com o time vencedor. Os jogadores do Tigers erguem Cebola e o entregam o troféu, ele ergue o mesmo e todos gritam, felizes.







– Finalmente! Depois do último jogo em três anos! Ganhamos novamente! – Grita Max, tão feliz quanto à torcida.







...







Pov. Cebola







Estava saindo do vestiário. Caramba! Nem acredito que vencemos! Se não aquele pênalti...







– Olha só! Se não é o nosso capitão que nos levou á vitória. – Olhei pra frente e vi Titi, junto com Jason e Cascão que me esperavam.





– É, belo chute Cebola! – Disse Jason.





– He, He... Valeu gente, mas não teria conseguido sem vocês. Principalmente o Cascão aqui, se ele não tivesse tomado aquela falta. – Disse agora andando pelo corredor com eles.





– Mas aquela doeu, Paul veio com tudo, se ele me acertasse um pouco mais em cima, com certeza teria quebrado minha perna.





– Eles roubaram que nem a última vez. – Disse Jason.





– E para o azar deles, acabaram se ferrando e ainda perdendo. – Disse Titi.





– Mas de uma coisa eu tenho certeza... – Disse Cebola ganhando a atenção dos amigos. – Eles pagaram muito bem o juiz para completar aquele teatro.





– Disso eu não tenho duvidas! – Cascão falou.





– Bem, deixando isso pra lá, vamos logo avisar á todos sobre a festa de comemoração na minha casa! – Disse Titi.







Os quatro saíram do prédio da escola. Alguns amigos e jogadores do time o esperavam para dar os parabéns.







– É isso aí cara! – Disse um estudante.





– Mandou bem!





– Foi demais!







O básico foi isso, os jogadores foram cercados de elogios.







– Ei pessoal! Festa de comemoração hoje na minha casa! Estão todos convidados! – Disse Titi que recebeu gritos de aprovação como resposta.





Mas de repente, um grupo na multidão parecia dar passagem á alguém.








– Olha só se não são os vencedores! Meus parabéns! – Disse Richard surgindo da multidão junto com seu time. - Foi realmente um grande jogo.





– O que vocês querem aqui? Já acabou, por que continuam aqui e não voltam do lugar onde nunca deveriam ter saído? – Disse Titi enfurecido.





– Vejam só, o dentuço tentando ser machão. – Debochou Mike.





– Seu... – Titi tentou ir pra cima dele, mas foi segurado.





– Diga logo o que quer aqui Collins – Falei tentando acabar logo com isso.





– Na verdade eu... – Reparei que ele desviou seu olhar para outro lugar e começou a sorrir. - Vim aqui convidar uma pessoa pra sair...








Olhei para onde ele olhava, e na boa, estou cheio dele me provocar por causa dela.








– E o que leva você a achar que ela aceitaria? – Perguntei. - Afinal, da última vez não deu muito certo, soube que a garota humilhou você naquele restaurante. – Falei e o vi franzir o cenho.





– Ah, é mesmo! Aquela loira, ela foi forçada a sair com você por causa de uma aposta. – Disse Titi.





– Hahaha! Foi tão engraçado! E você ainda se escondeu de baixo da mesa chamando a mamãe! – Disse Jason.







Todos em volta riram. Isso era verdade, fizeram uma aposta com a Carmem, é o que dizem, na verdade, Titi apenas a pediu que fizesse ela algo humilhante com o Collins, e como ela estava a fim dele na época não se importou em fazer.







– E como eu era uma pessoa muito boa Collins, fui eu quem chamou seus pais, como você queria. – Falei e o vi olhar pra mim.







Foi tão engraçado, os pais dele chegaram e a mãe arrastou ele pela orelha do restaurante, e olha que isso foi á só uns dois anos atrás.








– Foi você? – Ele perguntou, com raiva - Tem ideia da humilhação que passei?!





– Claro que sim, por isso foi tão divertido. – Ri me lembrando mais uma vez da cena.





– Seu miserável! Dessa vez você não vai viver! – Ele gritou e partiu pra cima de mim.







Ele tentou me dar um soco, mas fui mais rápido e desviei, consegui desviar também de seus outros socos. Quando chegou mais perto o acertei no estomago. Ele aproveitou, segurou minha camisa e me jogou no chão. Antes que ele tentasse me chutar, Titi foi pra cima dele, lhe dando um soco.







Mike e Paul se meteram na briga, mas Jason e Cascão também. Richard voltou à atenção pra mim, e tentou me bater novamente. Nós dávamos socos e chutes um pouco violentos um no outro, já sentia o gosto de sangue, mas nem me importei, só queria acabar com ele.








– CHEGA! – Ouvi alguém gritar, logo depois sinto minha camisa ser puxada para trás e alguém segurar Richard, para que se afastasse de mim.







Átila olhava para aquilo furioso. Tanto pra mim, quanto para o homem que afastou o Collins.







– Por que deixou isso acontecer, Jones? – Disse o treinador com raiva.




– Não olhe pra mim Átila! Acabei de chegar. – Jones provavelmente é o treinador dos Wolves, não sei muito dele, mas sei que ele e Átila não se dão muito bem.





– Acho melhor vocês irem embora, não tem nada mais para fazerem aqui. – Ele falou.





– Concordo. – Ele olhou para Richard e os outros. - Vamos.







Eles se afastaram, vi que Richard estava mancando e sendo ajudado a andar por dois caras do time. Mandei bem.







– Depois quero saber o porquê disso. – Ele falou para mim. - Tudo bem, a festa acabou! Todos fora daqui! – Gritou.







...







Entrei em casa, estava cansado e só queria deitar em algum lugar. Assim que vi o sofá não resisti e me joguei nele, enterrando meu rosto no travesseiro.







Ouvi o som da porta batendo, provavelmente deve ter sido Carla que a fechou, não liguei muito pra isso. Depois de alguns minutos descansando sinto alguém tocar meu ombro.







– Cebola? – Levantei um pouco a cabeça e vi Mônica sentada no braço do sofá.





– O que foi? – Perguntei.





– Precisamos conversar. – Ela falou.







Mesmo não estando muito a fim de fazer isso, me sentei no sofá, dando espaço para ela se sentar também. Só agora havia reparado na pequena maleta que ela havia trago consigo.







– Ai! – Reclamei de dor assim que senti passar o algodão na minha testa, onde havia um pequeno arranhão.





– Quieto. Ninguém mandou você se meter em uma briga. – Ela disse, e continuou a limpar meu rosto. - Afinal, o que houve entre você e o Richard para terem tanta rivalidade assim?





– Como assim? Você não se lembra do jogo há uns quatro anos atrás? – Eu perguntei, realmente achei estranho.





– Jogo? – Ela perguntou. - Ah! Acho que sim, mas acho que eu não fui... – Ela pareceu pensar mais um pouco. - Na verdade, acho que foi durante as duas semanas que passei na Europa com o vovô.





– Então você não sabe de nada mesmo. Me surpreendo que suas amigas não tenham comentado nada com você. – Perguntei achando estranho.





– Se mencionaram alguma coisa eu não lembro, mas me diga. O que houve nessas duas semanas? – Ela perguntou.





– Bem... – Hesitei um pouco pensando em uma forma de explicar. - Pra começar, eu conheci o Collins na nossa escola, ele estudava lá.





– O que? – Ela perguntou. - Sério? Então eu nunca reparei nele.





– Claro que sim, não lembra? Ele se metia em brigas, tinha até um nome... – Droga, qual era o maldito nome mesmo? -... Ah! Lembrei, era mutante, ou algo assim.





– Mutante?! – Ela falou espantada. - Aquele garoto gordo pra caramba é ele?





– Ahn, é sim. – Disse.





– Nossa, o tempo fez muito bem pra ele, ele parecia uma bola de tão gordo. – Ela disse e eu ri.





– Realmente, mas enfim, lembro que desde essa época não nos dávamos bem. No futebol, sempre fui melhor que ele. Na verdade até o Xaveco era, mas vai saber por que ele só implicava comigo. – Disse. - Mas um tempo depois ele teve que mudar de escola...





– Disso eu lembro, foi um dia feliz pra todo mundo na escola. – Ela falou.





– Verdade, pelo menos depois disso todo mundo pôde comer em paz no intervalo. – Falei. – Bem, eu não o vi depois disso, exceto alguns anos depois. Nós íamos jogar contra os Wolves e ele estava no time. Quando estávamos quase ganhando e eu tentei fazer mais um gol, ele entrou na frente e se jogou no chão. O juiz me expulsou por isso.





– O que? Mas... – Ela tentou protestar, mas eu continuei.





– Depois disso, eles conseguiram uma falta e fizeram um gol, e logo depois outro. Perdemos feio naquele dia. E como hoje, eles roubaram diversas vezes.





– Espera um pouco... Então vocês queriam se vingar apenas por isso? Por uma injustiça no jogo? – Ela perguntou.





– Em parte sim, mas mais tarde naquele dia eu fui enfrentar o Collins...







...







Quatro anos atrás...







– Collins! – O chamei.







Eu estava acompanhado de Titi e Cascão. Nós fomos ter uma conversinha com o Collins que também estava acompanhado, mas apenas por Mike.







– O que você quer? – Ele perguntou entediado.





– Você roubou! Vocês roubaram! Aquela partida foi injusta! – Titi disse.





– E vai ficar chorando por isso? – Mike se pronunciou. – O meio metro não sabe perder, coitado...





– Quem você está chamando de meio metro, seu... – Titi tentou se aproximar, mas foi barrado por Cascão.





– Isso não vai ficar assim! – Cascão falou.





– Ah, mas não vai mesmo... – Richard disse, e então ouvimos passos atrás de nós. – Já conhecem o resto do time certo?







Para nosso azar, o time deles era feito de caras que pareciam que treinavam basquete, ou seja, muito maiores do que nós.







– O que você...





– Você te ensinar baixinho, a nunca mais entrar no meu caminho... Peguem eles! – Ele falou.










Tentei correr, mas eles foram mais rápidos e nos ergueram como se não fossemos nada.







– Se livrem desses dois, meu assunto é só com ele. – Collins falou se irando pra mim. – E Mike, pode cuidar desse aqui pra mim? – Ele perguntou á Mike se referindo á Titi.





– Claro... – Disse e se afastou.







Enquanto o cara segurava meus braços pra trás, Richard me dava socos no rosto e no estomago. Eu só conseguia gemer de dor enquanto recebia os golpes.







– Ei Collins! – Gritou acho que outro jogador. – Pare de brincar e venha logo! O ônibus está pra sair! Acabe logo com isso.







Ele parou, mas o outro cara não me soltou.







– Você tem sorte, queria ter acabado com você aqui mesmo. – Ele falou e logo depois me deu outro soco forte no estomago e o outro cara me soltou. – Até outro dia Cebola, quem sabe não nos divertimos assim outro dia?





Eles se afastaram e me deixaram na calçada, como se eu fosse algum tipo de lixo.







– Cebola! – Ouvi Cascão me chamar. – Cara... Que droga! Olha o que fizeram contigo.







Ele segurou meu braço e me ajudou a levantar.







– Vem, vamos pra enfermaria, Titi deve estar lá também. – Ele falou e me ajudou a caminhar até a escola.







...







– Foi isso o que houve. – Eu disse terminando a história. Mônica não disse nada, olhei pra ela e estava com os olhos um pouco arregalados. - Nós conversamos com a diretora sobre isso, mas não sei se o treinador deles fez algo sobre o assunto.







Senti ela se mexer e colocar um pequeno curativo na minha testa.







– Você tentou fazer algo, mas bater de frente com um valentão? O que queria? Suicídio? – Ela falou. – Se não fosse pelo Cascão você poderia ter...





– Eu sei. – Falei. – Mas não aconteceu nada, e eu estou bem. Pra que me preocupar com isso?







Senti sua mão, que estava na minha testa, deslizar suavemente para meu rosto e permanecer ali. Olhei pra ela ainda apreciando seu gesto.







– Mas eu me preocupo. – Ela disse. – Por favor, não se arrisque assim novamente.





– Eu... – Suspirei cansado, não estava a fim de protestar sobre isso, mas se aquele maluco aparecer de novo juro que acabo com ele. – Tudo bem...







Ela sorriu, tirou sua mão de meu rosto e se virou para a maleta que havia trago, e a fechou.








– Bem, eu vou subir. Temos que nos arrumar para a festa de hoje, não é mesmo campeão? – Ela piscou pra mim e logo depois começou a subir as escadas, desaparecendo do meu campo de visão.






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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?

Deu até raiva do Collins não é mesmo?

Bom feriado pra vocês pessoal! E quem sabe eu não poste no final de semana? Só depende de vocês e de quantos reviews esse cap. receber.

Só uma pequena observação aqui... Eu ainda não terminei o próximo capitulo, mas os planos que tenho para o que escrever nele são bem... Calientes. Se é que me entendem...

Té+!