Influxos E Afetos escrita por thifany q


Capítulo 8
Chuva, companhia e pão de queijo


Notas iniciais do capítulo

oi povão :3
Agradeço pelas reviews e perdão por não ter respondido todas elas, mas li todas e agradeço de coração. ♥
Demorou, mas consegui! o/ Mais um capítulo prontinho pra vcs ^^
Não sei pq, mas quis citar o Brasil dessa vez, então aproveitem ai o país de vcs rs
Beijos, boa leitura :*



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O céu negrejava na medida dos meus passos curtos e velozes. Logo, gotas de água pingavam das nuvens umedecendo meus cabelos azuis e roupas. Era possível escutar os bravos trovões, uma tempestade chegaria a minutos. Assim que percebi as gotas geladas no rosto, cobri o mesmo com o capuz e corri mais rápido a fim de chegar em casa antes que a chuva pudesse me atacar fortemente.

Porém não foi possível completar o objetivo, a chuva chegou ao seu ápice deixando-me encharcada.  Assim, desisti de correr frustrada e cansada.

-Ah, o que podia ser pior? – pensei.

Aos poucos me acostumei com o frio e continuei andando. A chuva estava tão forte que não era possível enxergar um palmo a minha frente. De repente, percebi uma mão encostando-se a meu ombro atrás de mim, me virei.

-Rogue?

-Pegará um resfriado dessa maneira. – ele riu

-Você também. – percebi que ele estava assim como eu. Sem nenhuma proteção contra a água.

-Pois é, fui pego desprevenido. – ele riu novamente. – Tem algum compromisso?

-Na verdade, sim. Preciso terminar alguns capítulos.

-Precisa de ajuda?

-Não costumo receber ajuda pra isso. – ri descontraída

-Por favor! Sonho em te ver escrevendo! – ele implorou

Não agüentei, cedi.

Assim, chegamos ao destino: Meu doce lar. Convidei-o para entrar, ambos estavam molhados. Por sorte, a casa estava arrumada. Dei a ele uma toalha e o mesmo secou o corpo.

Por fim, entramos em meu escritório.

-Então é aqui que você trabalha?! – ele parecia uma criança, o que me assustou um pouco.

-S-sim, é aqui! – ri

-É perfeito!

-Fico feliz que tenha gostado. – sorri simpática. – Eu terminei outros capítulos, quer ver?

-Claro! – seus olhos brilhavam, e eu permanecia não entendendo o motivo. Folheei algumas páginas já impressas e o entreguei. Ele lia com muito interesse. Enquanto isso, me sentei na escrivaninha para tentar planejar algo. Algumas palavras foram surgindo, porém, nunca havia escrito qualquer coisa com alguém ao meu lado, principalmente Rogue. Tentei fingir a sua ausência e continuei escrevendo. Foi um bom plano. Várias idéias foram surgindo repentinamente e isso me deixou excitada, digitava sem parar, até mesmo esqueci-me da presença de Rogue.

Logo, os minutos foram passando, percebi que ele olhava para minha rapidez nas teclas, mas não queria parar de digitar, ou então as idéias poderiam sair rapidamente da cabeça e por fim, perdê-las de vez.

-Levy, eu já vou indo. – ele disse baixo.

-Tudo bem, tudo bem. – nem mesmo o olhei, talvez estivesse sido meio rude, mas não podia parar naquele momento.

Escrevi coisas emocionantes, que tiraram um pouco do romance dos capítulos anteriores. As horas passaram tão rápido que nem ao certo notei. O importante é que havia concluído mais um capítulo! Estava de fato contente.

-Ué, cadê o Rogue? – olhei assustada em volta. – Ah, ele já foi... – lembrei. O meu esquecimento precoce comprovara o quão estava concentrada. Levantei da cadeira com os dedos doloridos. Olhei para a janela e a chuva já havia parado. Um grande arco-íris revestia o céu, estava perfeito.

Decidi passar na cafeteria, além da fome queria conciliar o que houve com Mira anteriormente. O clima entre nós estava pesado. Vesti um casaco e sai. Poças de água eram visíveis na calçada. Agora só podia se sentir o vento gelado no rosto e aquele cheirinho gostoso de dia chuvoso. Logo, cheguei à cafeteria, entrei pela porta principal, retirei o casaco e o pendurei no cabideiro.

-Bem-vinda de volta, Levy-san. – Mira estava no balcão atendendo a um casal.

Sorri e sentei-me no balcão esperando que os dois clientes desocupassem o serviço de Mira.

-Aqui está. – disse Mira entregando uma bandeja ao casal. Os mesmos agradeceram e sentaram-se a uma mesa distante. Logo, ela se dirigiu a mim.

-O que vai querer hoje? – ela sorria

-Pra começar, eu queria pedir desculpas por hoje de manhã, eu estava...

-Não se incomode Levy-san. – ela me interrompeu. – eu compreendo seu lado.

-Gajeel está ai? – perguntei.

-Não, ele não voltou desde que vocês saíram.

-Posso perguntar algo?

-Claro.

-Estava chorando hoje de manhã?

-Como?

-Quando cheguei  você estava segurando o jornal. Parecia que estava chorando, e sua voz entregava esse fato.

-Não é nada demais.

-Me conte. Eu sei que tem algo a ver comigo. Eu estou na foto da manchete que você lia.

-É besteira, Levy-san. Por favor, não se incomode com isso.

Antes que eu pudesse responder, outro cliente entrara na cafeteria, o que deu a Mira, uma oportunidade de escapar do meu questionário. Assim que ela terminou de atender ao homem, eu fiz o meu pedido. Queria conversar com ela sobre o assunto e tentar entender o que estava se passando, porém, não podia obrigá-la a nada.

Assim ela voltou da cozinha com o meu pedido nas mãos. Pão de queijo. Meu alimento favorito originado do Brasil, perfeito país que conheceria mais tarde, era um dos meus sonhos. Comi com vontade, pois a fome me atacara como sempre. Terminei rapidamente, paguei a conta e fui caminhando de volta para casa. Enquanto andava, vi Gajeel, sentado sobre o banco da praça, pensativo e lendo ao jornal. Minha vontade era de falar com ele. Conversar sobre tudo. Sabia que ele estaria sofrendo caso gostasse de mim de verdade, mas eu não podia me deixar levar por alguém do tipo dele.

Vou ou não vou? Fiquei parada tentando decidir se conversaria com ele naquele momento. Não queria perder a oportunidade, mas a timidez me impedia, além do rancor. Decidi não ir, suspirei e continuei andando, de vez em quando dava umas olhadas para trás para ver se ele permanecia no mesmo lugar, e a resposta era sempre positiva.

Logo cheguei em casa, entrei no meu escritório folheando o capítulo recém-nascido.

-Que orgulho de mim mesma! – pensei. Tão bom se sentir assim!

Peguei todas as folhas prontas para organizá-las direito. Capitulo um, capítulo dois, capítulo sete.

-O que?!

Os outros capítulos não estavam ali! Folheei novamente todas as páginas com esperança de encontrar os capítulos perdidos, mas não. Revirei a casa toda em busca daqueles papéis.

-Não é possível! – eu estava desesperada, quase chorando.

Não consegui encontrar nem mesmo a folha de título. Sentei-me na cama com os olhos arregalados! Logo comecei a chorar. Meu Deus, como eu era chorona! Me desesperava facilmente.

-CADÊ MEUS CAPÍTULOS?!

Continua...


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Notas finais do capítulo

Cadê as reviews? rs TuT Obrigada pela paciência , aguardem o próximo ♥