“A princesa avistou da sacada de seu quarto a bela paisagem do horizonte. Captou então, a silhueta de um grande e forte homem. Aquele era o seu príncipe encantado, que viera de tão distante a fim de proteger sua dama a qualquer custo.”

Eram oito e meia da manhã. Meu despertador berrava o horário fazendo-me acordar assustada. O sol forte refletia no vidro da janela causado uma leve cegueira em meus olhos lacrimejantes. Logo me sentei na cama retirando a coberta de cima do meu corpo e coloquei meus dois pés no chão frio.

Concluí minhas tarefas diárias dando uma reorganização em minha casa e me ajeitando. Após isso, saí para dar um passeio na rua aproveitando o sol. Passei em frente à uma loja de revistas, onde encontrei o jornal da minha cidade, que exibia uma manchete que chamou a minha atenção.

“Rogue Cheney está chegando!”

Rogue Cheney, meu grande ídolo desde a faculdade. Um jovem e talentoso escritor. Ganhou diversos prêmios importantes com suas obras, é conhecido no mundo todo. Escreveu romances, sagas que mais tarde viraram filmes e livros de auto-ajuda. Seu talento incrível me inspirou fazendo-me produzir Amor Eterno, que gerou sucesso em todo o país.

Impressionada, peguei o jornal nas mãos e paguei por ele. Sentei no banco da praça e atentamente li cada palavra daquela manchete.

“Rogue Cheney, famoso escritor desembarcará na cidade à esta tarde. Segundo Rogue, o motivo é conhecer a escritora que tanto admira desde seu primeiro sucesso, Levy McGarden que habita o bairro nobre da cidade desde seus doze anos.”

Larguei o jornal no chão não crendo naquelas palavras. O meu grande ídolo, minha inspiração quer vir a minha cidade apenas para me conhecer!

-Isso... É... S-sério? – gaguejei ainda não acreditando.

Logo, morrendo de alegria, comecei a pular em cima do banco gritando repetidamente o nome do escritor, fazendo com que as pessoas ao meu redor olhassem torto pra mim. Mas quem disse que eu me importei? Estava feliz demais para reparar nas pessoas. Rogue viria me conhecer, e eu estava pronta pra conhecê-lo também!

Parti para a cafeteria, a fim de tomar um café bem quentinho. Queria estar bem acordada para quando Rogue aparecesse.

-Olá Mira-san! – cumprimentei a albina abrindo a porta principal e entrando.

-Olá Levy-san! – ela respondeu sorridente. – Acho que você já deve ter lido o jornal de hoje para estar com tamanho sorriso! – ela riu

De fato, estava sorrindo sem perceber.

-Sim, acabei de ler o jornal de hoje! – disse sorrindo mais ainda.

A funcionária saiu de trás do balcão e me deu um grande abraço me parabenizando.

-Fico muito feliz por você Levy-san! – ela disse

-Obrigada Mira! – respondi – Ei, onde está Gajeel?

-Gajeel tirou uma semana de folga para viajar por motivos pessoais. Ele volta daqui a uns três dias.

-Entendi... Pode me fazer um café? – pedi

-É pra já. – ela disse indo pra cozinha.

Sentei-me no balcão, lendo novamente a notícia que me deu razão de tanta alegria. Logo, o meu café chegou ao balcão, estava com um aroma delicioso. Bebi rápido e comi umas bolachas oferecidas por Mira.

Logo voltei pra casa, deitando-me na cama, apenas sorrindo. Não sabia exatamente à que horas Rogue iria chegar, mas eu queria muito esperar por ele no aeroporto. Aproveitando que ainda era cedo sentei na escrivaninha para escrever um pouco mais do novo capítulo. Mas infelizmente não fui capaz, meus pensamentos estavam todos conectados em Rogue, isso me impedia de trabalhar. Estava ansiosa, perguntava-me sobre o que iríamos conversar,  o que iríamos fazer juntos, se ele iria gostar da minha nova obra não-completada... Eram tantos pensamentos que me deixavam aérea! Deitei  na cama novamente com intenção de me distrair de alguma forma para que o tempo passasse mais rápido, mas acabei fechando os olhos e cochilando tranquilamente.

Quando finalmente abri os olhos, percebi que já estava escurecendo. Rapidamente, me levantei e olhei no relógio. Já eram seis horas!!

-Droga! Dormi Demais! – reclamei assustada.

Arrumei o cabelo, vesti uma roupa menos desamassada e saí pela porta. Peguei um táxi e pedi para que o motorista me deixasse no aeroporto. Enquanto isso meus pensamentos estavam preocupados. Será que Rogue já havia chegado? Ou será que eu dormi demais e ele já foi para o hotel?

Quando cheguei, paguei o motorista e desci do carro correndo para chegar à área de desembarque. Esperei por um tempo, não estava muito lotado, ainda bem! Logo, pude ver um homem alto, de cabelos morenos e com um olhar encantador saindo da porta de desembarque e vindo em minha direção. Rogue Cheney era o seu nome. Provavelmente, ele já teria se dado conta de que eu era Levy McGarden, a pessoa que ele procurava.

Continua...