Influxos E Afetos escrita por thifany q


Capítulo 3
O biscoito que nos uniu


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer novamente pelos reviews ! Vocês são demais auhsauhsuahs TuT
Esse capítulo ta curtinho, mas eu o fiz com muito carinho! Espero que gostem, boa leitura!



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Eu estava com tanta fome que meu estômago chegava a doer. E aquela caixa de biscoitos estava me chamando, pedindo para que eu a abrisse e abocanhassem alguns. Mas o que era maior, o meu orgulho ou a fome? Ele não parecia tão horripilante quando sorria... Era impressão minha ou o vilão se tornara o príncipe?

-Então agora você decidiu ser bonzinho? – perguntei

-Eu não sou ruim... – ele disse balançando a cabeça

-Não enxergo sua bondade – disse zombando, mas ele levou a brincadeira um pouco a sério, curvando a cabeça e largando a embalagem no balcão.

-Eu só queria te impressionar.

Aquelas falas me causaram um impacto. Ele estava tentando ser dócil, e eu apenas joguei o mínimo de sua bondade fora. Argh! Como sou idiota!

-Gajeel, não foi o que eu quis dizer... – eu tentei suavizar a situação.

Antes que ele pudesse responder, Mirajane sai da porta da cozinha com o lanche nas mãos.

-Prontinho Levy-san! No capricho! – ela disse toda contente

Vi que nesse instante, Gajeel virou-se e entrou na cozinha, e logo em seguida fechou a porta. Ele nem mesmo desviou seu olhar à mim. Eu devo tê-lo deixado de fato aborrecido, o que me deixou desconfortável lá dentro.

-Mira-san, muito obrigada! Mas eu me lembrei que preciso voltar pra casa imediatamente. Poderia embrulhar o lanche pra mim? – eu queria voltar pra casa logo, estava arrependida das minhas palavras rudes.

-Como quiser. – Mira pegou o lanche e o enfardou. Assim que ela me entregou o pacote com o alimento, dei uma última olhada para a embalagem de biscoitos. Percebi que Mira não estava vendo, peguei a tão cobiçada caixa e levei comigo. Despedi-me de Mira e saí apressadamente.

Já em casa, sentei-me no sofá um pouco farda. O relógio preso na parede marcava quatro horas e dezesseis minutos. Estava faminta, peguei o embrulho e comi o lanche, que já estava insípido, mas como estava de estômago totalmente vazio não me importei.

O silêncio reinava em minha sala, só era possível escutar o barulho da minha boca mastigando o lanche rígido. Tentei focar meus pensamentos no livro, novamente sentei-me na escrivaninha e comecei a digitar sem pensar. Resultou algo parecido como:

“O temível bandido expressou afeto pela dama, causando-o potentes batidas do coração descontrolado de amor. Por sua vez, a dama elegante de vestimentas que culpavam o esplendor de quem contemplasse, desdenhou a sensibilidade daquele que causava temor à proximidade.”

Essa era uma das partes do primeiro capítulo, minha vontade era de desfazer aquela frase, mas optei por deixar daquele mesmo jeito.

Voltei para sala e encontro abandonado no sofá a embalagem de biscoitos recheados. Agarrei a caixa e não me segurei, abri a caixa e logo enfiei um na boca.

-Incrível! – era maravilhoso! Um gosto extremamente exótico e supremo.

Saí correndo com a caixa nas mãos e em poucos minutos cheguei ao meu destino: A cafeteria.

Entrei afobada e logo comecei a chamar o nome de certo alguém:

-Gajeel, Gajeel, Gajeel!

-Meu Deus, o que foi Levy? – perguntou Mira preocupada.

-Eu preciso falar com o Gajeel, é urgente!

-E-entre, ele está na cozinha. – ela disse um pouco apavorada.

Sem pensar duas vezes, dominei a cozinha e indaguei por ele, que estava encostado na pia banhando as mãos.

-Te encontrei! – gritei tão alto que o fiz levar um susto.

-O que você está faz... – antes que ele pudesse concluir a sua pergunta direcionada a mim, meti um biscoito em sua boca fazendo-o mastigar com cautela.

-O que acha? – perguntei. Meus olhos já estavam resplandecendo.

Com a boca cheia, ele escancarou os olhos e respondeu:

-É maravilhoso!

No mesmo instante, ele me puxou pelo braço e disse me arrastando:

-Vamos comer no parque!

Não hesitei, afinal de contas, aquilo iria servir de perdão por minhas inúteis palavras.

-Mira! Já voltamos! – ele berrou para a branquela, que não havia entendido absolutamente nada, mas do mesmo jeito não impediu que Gajeel abandonasse a cafeteria em horário de trabalho.

Chegamos ao parque central, estava vazio por conta do frio. Sentamos em um banco e ficamos saboreando aquelas delícias.

-Esse é de chocolate. – ele disse experimentando um.

-Esse daqui é de cereja! – eu disse degustando outro.

-Eu amo cereja! – logo ele afirmou.

E assim passamos o nosso final de tarde, comendo biscoitos na praça, aparentando duas crianças bobas e imaturas. Ele tinha uma aparência monstruosa, era como o vilão de um conto. Mas por dentro, seu aspecto era a de um príncipe que vive pela sua princesa. Tudo o que ele precisava era de alguém que o compreendesse e acreditasse na sua bondade. Ele ficava muito bonito rindo, um sorriso luminoso e contagiante. O vilão se tornara o príncipe.

“O bandido sentiu-se ignorado, as lágrimas costeavam na sua face. A constrição da dama refletiu nos olhos encharcados do bárbaro que chorava intensamente pelo seu amor não correspondido. Os braços da dama se desataram e ela pôde abranger o corpo do rapaz em inúmeros pedidos de perdão.”

Continua...


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Notas finais do capítulo

Cadê as reviews ?? heuheuehueh espero que tenham gostado, aguardem o próximos ! beijos :*