Influxos E Afetos escrita por thifany q


Capítulo 2
Nossa diferenças de alturas


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a todos pelos reviews, to muito contente ^^
Ta aí mais um capítulo pra vocês! Boa leitura (:



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Cheguei em casa exausta de tanta atormentação. Era espetacular a forma de como me estressava facilmente. Era coisa de família, minha falecida vovó se irritava com o discreto cair de uma folha. Mamãe sempre foi assim também, tudo deveria ser do jeito dela, e caso contrário, altercava meio mundo. Não era minha culpa, herdei essa característica e agora terei que agüentar isso.

Tirei o casaco e pendurei na cadeira. Finalmente, dei um grande salto e cai sobre a cama. Fechei um pouco os olhos a fim de cochilar. Mas não fui capaz, uma reflexão invadira a minha mente.

–O vilão príncipe...? – repeti

Em um conto habitual, há sempre a princesa, o príncipe e o vilão. Mas quem seria o vilão por dentro? Essa foi uma das idéias que apareceram do nada. Logo me lembrei de Gajeel.

–Não há “príncipe” dentro dele. É apenas um nada. Nem mesmo um vilão! – ri

Corri para a escrivaninha, a fim de colocar minhas primeiras idéias no papel.

–No interior de um bárbaro, há um soberano benévolo atrás de sua prometida, sua pedra preciosa. Não há razão para um amor maior do que esse.

Afrouxei um pouco na cadeira, pensei um pouco, e comecei a criar o primeiro rascunho da sinopse.

Fiquei horas digitando, apenas pausava um pouco para descansar os dedos, mas em poucos minutos lá estava eu de novo, com os “tic tic” das teclas. Eram mil coisas que poderia escrever ali, mas o meu foco estava concentrado no vilão, no malvado, no bárbaro da história.

Concluí a primeira sinopse às uma e quarenta e nove da tarde. Estava satisfeita com o resultado. Mas a fome ocupava meu estômago fazendo-o roncar. Levantei-me da cadeira e fui para a cozinha, abri geladeira, despensa, armários e não encontrei nada que pudesse me abastecer.

–Droga! Esqueci de fazer compras! – bufei irritada, e com fome.

Peguei o casaco e saí para comprar algumas coisas que faltavam. Caminhando até o mercado mais próximo, pensei no que poderia comer para me satisfazer totalmente. Comer era um dos maiores prazeres da vida para mim. Queria algo especial para celebrar o começo do novo livro.

Cheguei ao mercado logo, entrei e percebi o vazio. Só havia algumas pessoas lá dentro. Fui atrás de algo prazeroso para degustar. Olhei em volta, dentro dos corredores. Algo me chamou muita atenção. Eram uns biscoitos recheados de sabores diversos. Na embalagem, parecia ser realmente apetitoso. Minhas mãos queriam agarrar a caixa, mas o que impedia era a diferença de alturas entre mim e a estante gigantesca, onde apoiava a caixa de biscoitos no topo. Nem mesmo nas pontas dos pés era possível alcançá-la. Até que um grande braço se esticou e pegou a tão desejada caixa. Virei-me para ver quem era a pessoa tão alta, e era ele! Gajeel estava com a caixa nas mãos e logo me perguntou:

–Era isso que queria?

Balancei a cabeça em sinal positivo, na esperança de que ele fosse me entregar a embalagem. Porém, querendo me provocar, ele pegou a caixa para si.

–Vou ficar com isso, parece ser muito bom. – ele disse sarcástico, e ainda riu.

Irritada, retruquei:

–Ei, isso é meu!

–Sinto muito, não vejo o seu nome escrito!

–M-mas eu vi primeiro!

–Ora baixinha, não seja tão egoísta! Há centenas dessa mesma caixa ali em cima!

–Então pegue pra mim!

–Não posso! Seria muito gentil da minha parte. – ele se virou e seguiu em frente, com aquela estúpida caixa nas mãos.

Estava tão furiosa que acabei cedendo e optei por tomar um lanche em qualquer lanchonete. Sai do mercado gorada. Andei em busca de um local que pudesse me servir com qualquer coisa. Estava me sentindo uma verdadeira mendiga. Tinha dinheiro, porém não possuía capacidade o suficiente para cozinhar. Preferia comprar algo pronto, isso facilitava demais minha vida. Por conta do frio, estava quase congelando. Minha única opção foi ir aquela cafeteria, a melhor do bairro, a mesma onde Gajeel trabalha. Aquilo me dava arrepios só de pensar.

–Ele é um verdadeiro vilão! Inútil! – disse pra mim mesma me referindo ao brutamonte moreno.

Entrei na cafeteria, e fui bem recebida por Mirajane.

–Levy-san, é bom vê-la novamente!

–Pois é, devo estar te atormentando. – dei risada

–Claro que não, é ótimo receber a minha escritora favorita no lugar onde trabalho.

Sorri agradecida e sentei no balcão.

–Por favor, me dê um lanche de queijo. – eu pedi quase choramingando por conta da fome.

–Sim senhora! – Mirajane respondeu.

Assim, ela entrou em uma porta, onde deveria ser a cozinha e fiquei isolada por lá. Logo ouço o barulho da porta abrir, viro-me e me deparo com Gajeel com algumas sacolas do mercado.

–Baixinha! Você por aqui! – ele disse bem cínico

Eu não respondi por causa do ódio que estava sentindo dele.

–Mira! Cheguei do horário de almoço! – ele gritou a fim de avisar a outra funcionária

–Sim! – foi possível escutar o seu grito vindo de dentro da cozinha.

Um silêncio se iniciou, e eu simplesmente não me importei. A quietude logo foi quebrada pela voz grossa de Gajeel.

–Está com fome?

–Claro que não! – disse irônica

Ele riu.

–Ah, você é muito engraçada baixinha, como se chama? – ele se sentou do meu lado e olhava pra mim com muita cautela.

Ainda não havia esquecido o ocorrido no mercado, isso me fez responder a sua pergunta sem mesmo olhar para seu rosto amedrontador:

–Levy.

–Eu comprei algo pra você Levy! – ele disse um tanto animado.

Virei para ele curiosa, mas mantendo a minha postura de menina brava. Ele retirou de uma das sacolas, uma caixa familiar.

–Era esse que queria? – ele disse segurando a minha tão almejada caixa de biscoitos recheados.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Cadê as reviews ?? hueheueheu Obrigada pela paciência minha gente ^^ aguardem o próximo!