Symphony In The Heart escrita por Black Cat Men, Maiumy hime


Capítulo 7
Transtorno


Notas iniciais do capítulo

até que postei rapidinho
Tentei fazer um drama ali, me contem se consegui



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Transtorno

Acordei ainda meio zonzo com as memórias retornando aos poucos. Eu estava com os braços e pernas amarrados e com um pedaço de trapo na boca, olhei pra cima e vi o cara enorme que batera no Deidara me carregando. Me assustei e me debati um pouco mas ele me chacoalhou olhando fixamente pros meus olhos, o quem me fez pensar que seria melhor ficar quieto.

— Cubra os olhos dele, animal – o grandalhão passou sua mão livre nos meus olhos e não pude ver nada.

Depois de alguns minutos de barulhos e ruídos, senti a mão do grandalhão passando novamente em meus olhos e pude ver um corredor obscuro de pedra e com pouca luz. Eu nunca senti tanto medo na minha vida, segurei o choro e me controlei para parecer calmo. 

—Leve o garoto para a sela infantil A3 e depois me encontre no salão.

Aquele lugar me assustava demais, sempre tive medo de escuro e de lugares fechados, essa espécie de prisão tinha as duas coisas. Por sorte consegui disfarçar minha expressão, porém minha respiração era ofegante. Passamos por uma sessão de corredores e portas, o local estava quase totalmente escuro, o que não estava me agradando. Ao chegarmos pude identificar mais o menos um salão com diversas celas pequenas.

— Você fica por aqui, garoto.

Ele abriu uma das celas e me jogou (literalmente) dentro dela. Bati com as costas na parede e cai deitado no chão, totalmente sem ar.

— Seu primeiro teste é se soltar, pirralho.

Deitado tentando recuperar um pouco do ar, notei que estava sozinho (pelo menos era o que parecia) e comecei a chorar antes que explodisse. Sentia como se o mundo houvesse caído e eu estivesse flutuando no espaço escuro, sem ar, totalmente só. Sera que a Aldeia da pedra seria tao ruim em me tratar dessa maneira? batendo no meu irmão, me aprisionando? Isso estava longe do acordo que Deidara havia comentado comigo

Ainda chorando e com um pouco de dificuldade, sentei-me escorado na parede. Com as mãos ainda amarradas, tirei o pano que amarrava minha boca para que respirasse com mais facilidade. Respirei fundo e parei de chorar um pouco, teria mais momentos para chorar, precisava me soltar primeiro.

— Já parou de chorar? – disse uma voz próxima de mim que não pude identificar. Então do outro canto da parede surge um menino com quase a minha idade, de cabelos brancos e olhos calmos, com uma expressão tranquilizante - muitos passam a noite chorando. Voce parou rapido

Olhei pra baixo tentando soltar as amarras, ignorando o pequeno garoto charmoso.

—Sou Kimimaro e você? - fiquei calado, olhando sério para o seu rosto.

—Não costumo falar meu nome para estranhos.

—Ok – ele voltou à escuridão me deixando daquele jeito, todo amarrado.

Resolvi que iria sair daquelas cordas sozinho, sem a ajuda dele. Fiquei forçando-as tentando tirar por baixo, tentando arrebentá-las, mas nada.

—Ei Kimimaro, pode me ajudar? – disse em voz baixa.

—Te desamarrar eu não posso, iria queimar seu filme com esses caras - disse ele se aproximando – vou te ajudar – eu acenei com a cabeça concordando – Concentre seu chakra no seu braço, perto das amarras.

—Meu o quê?

—Chakra, é a sua energia corporal, o seu poder interior - ele era bem sério, aquilo me inquietava um pouco – tente ficar concentrado e enfurecido, isso pode libertar seus poderes, sei lá.

Concentrei minha energia nos braços e pensei no fato de estar ali, preso, naquele “nada”. Então puxei com tudo e depois de um pouco de força elas arrebentaram. Liberei as cordas dos meus pés com as minhas mãos livres e estava totalmente solto.

—Obrigado – disse olhando nos olhos dele – somos só nos dois nessa cela?

—Sim.

Ambos encostados na parede, sentados com um metro de distância um do outro.

— Faz tempo que está aqui? – perguntei.

— Um mês aproximadamente.

— A aldeia da pedra também tirou você dos seus pais?

— Aldeia da pedra? - Disse ele curioso - Você não foi pego por aldeia da pedra. Esta na aldeia do som.

Indignado, comecei a pensar. Agora estava claro, eu havia sido sequestrado, não estava mais na minha aldeia. Aquilo dificultava muito mais as coisas, muito mais. Uma lagrima solitária rolou pelo meu rosto

—Te sequestraram também? - perguntei depois de um tempo calado

—Não, meu clã inteiro morreu e ele meio que me convenceu a vir com ele. Imaginei que seria difícil, mas não tinha nada a perder então...

—Quem te convenceu?

—O homem cobra, não me lembro do nome dele.

Com as palavras “homem cobra” na minha cabeça, me deitei no chão para tentar dormir. Segurei meu colar de borboleta e, assim como a borboleta não estava completa, eu não me sentia completo. Queria estar em casa, provavelmente dormindo com o Deidara, ele com um dos braços em cima de mim me esquentando me fazendo sentir protegido. Eu nunca havia me sentido tão vulnerável, sozinho, com frio e com várias pessoas em volta de mim que eu não podia ver. Se continuasse ali por tempo demais enlouqueceria.

—Yukiyo – disse espontaneamente.

—Como? – disse Kimimaru, confuso.

—Esse é meu nome, Netsu Yukiyo.

—Um nome forte.

Eu o ignorei, segurei meu colar, pensei no Deidara e me permiti chorar baixinho, até pegar no sono depois de um bom tempo.


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Notas finais do capítulo

e ai o que acharam?