Symphony In The Heart escrita por Black Cat Men, Maiumy hime


Capítulo 3
Raiva passageira


Notas iniciais do capítulo

Deidara muito kawaii



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Raiva passageira

Estava deitado,, muito cansado e com muito sono e nada de minha mãe chegar. Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto, abracei o travesseiro dela e logo depois peguei no sono.

Acordei logo que a luz do dia entrou pela minha janela, devia ser umas oito da manha, dei um pulo da cama e chamei pela minha mãe:

—Mãe? – gritei mas não tive resposta

Levantei-me, desanimado e fui arrumar o café da manha, comi e lavei a louça suja. Fui varrer a casa e tirar pó como faço toda manha. 

Ao terminar, fui ate minha janela e cruzei os braços depositando minha cabeça sobre eles esperando a chegada da minha mãe, comecei a pensar se a vila, alem de tirar meu pai, tiraria minha mãe também. Não aguentaria viver sem ela, já era difícil o bastante viver sem meu pai sozinho seria pior ainda, não ver aqueles olhos azuis que me davam motivação, aquele sorriso que me acalmava, os cafunés dela que me acalmavam e me reconfortavam.

Senti lagrimas nos meus olhos novamente, resolvi andar um pouco ia me acalmar e afastar esses pensamentos. Levantei sai de casa e tranquei a porta indo ate a pequena serra rochosa ao norte da aldeia, de lá tinha-se toda a vista da aldeia, sem falar no vento fria que refrescava um pouco aquele tempo tao quente, era perfeita pra relaxar.

— Oi Deidara – uma voz me chamou a atenção procurei e não achei sua fonte então de trás de uma rocha saiu Kurotsuchi, minha única amiga na vila. Fomos criados juntos eramos vizinhos, nossas mães eram amigas – o que faz aqui?

— Esses ninas malditos levaram minha mãe – ela se sentou ao meu lado e me abraçou – não basta terem matado meu pai, agora eles levam minha mãe

— Eles a a mataram? Como isso aconteceu?

— não a mataram, ainda não, eu acho não sei. Eles entraram dizendo que o Tsuchikage precisava falar com ela e a levaram a força

— ela pode ta bem, Deidara – disse ela tentando me consolar. Eu deitei minha cabeça no seu ombro, nessas horas ela e minha mãe eram as únicas pessoas que me davam conforto, que conseguiam me acalmar

— Como eu odeio os ninas dessa aldeia - disse com raiva na voz

— Ei – Kurotsuchi olhou pra mim – Eu to na academia ninja

— Você é como uma irmã pra mim, você é diferente – disse sorrindo – você vai ser a melhor ninja dessa vila. Quem sabe virar Tsuchikage como o velho do seu avô

Conversamos mais um pouco, rimos e consegui me distrair um pouco. 

Ela precisava ir pra academia e eu precisava ver se minha mãe já havia chegado, então seguimos nossos caminhos. Estava na minha rua quando notei que a porta da minha casa estava ligeiramente aberta, corri em direção a minha casa e abri a porta com tudo procurado pela minha mãe, nada dela na sala/cozinha, fui ate o quarto e a vi sentada no chão notavelmente triste:

— O que ouve Mamãe? – disse abraçando-a

— Ai eu estava preocupada com você. - ela fez uma pequena pausa e continuou - Filho, tenho uma noticia – disse deixando algumas lagrimas correrem

— O que?

— Me levaram para fazer uma cirurgia, implantaram um projeto de ninja muito poderoso aqui dentro, de mim, - uma coisa que eu e minha mãe tínhamos um com o outro era sinceridade - parece que você terá um irmãozinho ou irmãzinha

Eu não sabia o que fazer, só sabia que a cada dia eu odiava mais aquela aldeia estúpida, primeiro matam meu pai, depois fazem isso com a minha mãe, colocar um ninja poderoso dentro dela? O que isso pode causar a ela? Eles não pensam nisso? Ela nao era propriedade deles.

De uma coisa eu tinha certeza, eu odiaria essa criança assim como odeio toda a aldeia.

Fui ate minha mãe e a abracei mais forte, assim como ela fazia comigo.

O  tempo passo e com isso a criança foi mostrando resultados. O crescimento da criança foi muito difícil, a cada mês ela foi ficando pior. No começo ela vomitava tudo que comia, e as vezes tinha um pouco de tontura, eu me sentia muito enfurecido tendo que ver aquilo, e claro eu a ajudava

Logo no segundo mês vi que o negocio de vendedora da minha mãe não ia nos sustentar, agora que tinha uma criança chegando, apesar de eu preferir a morte dessa praga, eu conheço minha mãe, ela logo se apegaria a criança. Comecei a fazer algo que jamais achei que faria, virar lacaio da aldeia, ou seja, virar um ninja. Entrei para a academia e estudava junto com a Kurotsuchi.

A partir do terceiro mês começou a aparecer em todo fim do mês um ninja medico para examiná-la e eu tinha vontade de arrancar sua cabeça, principalmente a forma como ele fazia, simplesmente entrava mandava minha mãe deitar, a examinava e saia sem falar mais nada.

A cada mês tudo aquilo ia piorando, inclusive minha raiva pela aldeia e por aquela criança. No ultimo mês minha mãe passava todo dia na cama, a curandeira da aldeia e minha avó que quase não se importava com a gente e idolatrava a aldeia, passou o ultimo mês com a gente.

Aquele mês foi o mais duro de aguentar, ver minha mãe daquele jeito e ouvir as coisas que minha avó falava. Coisas como "Você tem sorte de poder ajudar a vila dessa maneira","essa criança vai ser uma benção para nós" e ate "Espero que esse ninja seja melhor que seu pai". Só conseguia respeitá-la pela minha mãe.

O dia do nascimento dele parecia ser um dia como qualquer outro. Eu estava fazendo a lição da academia enquanto pesquisava sobre argila e como fazer esculturas de argila branca quando minha mãe deu um leve gemido de dor em nosso quarto:

— O que foi mãe? – perguntei

— Desde hoje de manha que estou sentindo dores mais achei que seria passageiro, sentia isso quando estava grávida de você, mas parece que a bolsa estourou

—Garoto sai daqui – disse minha vó igual uma louca

Sai de casa e fui ate minha colina, lá em cima. Não queria escutar os gritos de dor da minha mãe e nem queria ver aquela criança nascendo, não queria ter afeto nenhum com ela.

Depois de mais o menos duas horas voltei pra casa. Fui entrando sorrateiramente e vi minha vó, juntamente com o ninja medico que sempre ia examinar minha mãe e ela, que parecia estar bem, abraçando uma pequena criaturazinha, cheguei perto dela e da criança e minha mãe olhou pra mim e disse:

— Olha Dei-kun, esse é seu irmãozinho - a criaturinha olhou pra mim abrindo seus olhos incrivelmente verdes, ele tinha alguns fios de cabelos vermelhos muito escuros, quase preto – o nome dele é Netsu Yukiyo

Ele deu um leve sorriso pra mim e pegou com sua minúscula mão em meu dedo mindinho, dando um sorrisinho, não contive e retribui o sorriso


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Notas finais do capítulo

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