Confiança

Ambos seguiram o ninja naquele dia e não voltaram, assim como ocorrera com Kimimaro. Continuei treinando e fazendo missões e voltando para o quarto, sozinho. Será que Orochimaru seria tão patético a ponto de tirar as duas pessoas que eu estava começando a me dar bem naquele lugar?

Passei mais seis meses sozinho sem notícia de ninguém, fazendo missões sozinho, treinando sozinho, passando o dia sozinho. Eu sentia falta deles, principalmente da Tayuya. Além de tudo estava com medo, com medo de eles voltarem totalmente diferentes e acontecer o mesmo que aconteceu com o Kimimaro, que aliás não via há meses também, graças.

Eu estava no meu quarto deitado, pensando em tudo aquilo quando Kabuto bateu na minha porta dizendo quem Orochimaru-Sama me chamava em sua sala. Fui até o lugar onde só estávamos eu, ele e um capanga ao lado da porta.

– Olá querido Yukiyo – começou Orochimaru com o mesmo tom cínico de sempre – tenho boas novas pra você, seus amiguinhos voltaram – disse ele acenando para o ninja que, ao abrir a porta, deu entrada para os quatro ninjas. Todos estavam com 10 anos, mas pareciam bem mais velhos, mais fortes, bem mais maduros.

–Vocês cinco irão numa missão de destruição. Uns ninjas da névoa que têm um esconderijo próximo roubaram uns pergaminhos meus, eu quero que vocês matem todos e destruam todo o esconderijo. Podem ir.

–Encontro vocês no salão principal– falei e saí da sala.

Fui sozinho até nosso quarto, me troquei, peguei minha katana, algumas armas e fui até o local combinado, onde os quatro estavam. Saímos e fomos em direção ao esconderijo da névoa, comigo à frente e todos caladíssimos. Sentia uma força diferente neles.

Ao chegar lá, escondidos entre os arbustos usei a transferência de mente e possui um dos guardas para matar seu companheiro e poder entrar de surpresa. Entramos e mandei Jirouobo e Kidomaru para um lado do corredor enquanto eu, Tayuya e Sakon fomos para o outro.

–Li uma pequena parte da mente do ninja enquanto o possuía, a biblioteca é por aqui.

Eles acenaram positivamente e fomos até, lá matando uns ninjas pelo caminho. Quando chegamos e começamos a espalhar e rasgar os livros para poder destruir todo o lugar, me surpreendi com Sakon dizendo:

– Estou tão feliz de estar de volta – ele tinha um sorriso no rosto – não aguentava mais aqueles idiotas o dia todo, só queria voltar para nosso verdadeiro grupo.

–Eu também – disse Tayuya. Aquilo me deixara feliz.

–E o que fizeram com vocês? Aposto que colocaram selo da maldição. – perguntei

–Exatamente – respondeu Tayuya – foi a pior sensação do mundo, você tem sorte de não poderem colocar em você Yuki.

Enquanto conversávamos, peguei um livro sobre criminosos da névoa e, sem querer, abri em uma página com um titulo “Momochi Zabuza – Rank S” .Ao lado da sua foto havia a foto de uma espada enorme, deveria ter uns dois metros de comprimento. Sem que soubessem, arranquei a pagina e coloquei no bolso.

–Acho que já bagunçamos isso o suficiente –os dois concordaram e saímos da sala – deixem comigo agora.

Soltei uma grande bola de lava, começando um incêndio. Ao virar o corredor demos de cara com os outros dois ninjas

– E aí, mataram todos?

– Quase, falta só os dessa área – disse Kidomaru.

Fomos os cinco até o fim daquele corredor, onde mais uma horda de ninjas nos esperava fortemente armados.

–Acho que devíamos apostar quem mata mais – disse Kidomaru.

–Boa idéia – concordou Jirouodo.

–Isso não é brincadeira, seu filho da puta. É uma missão – Disse Tayuya, me surpreendendo.

Em cinco minutos estavam todos mortos e em mais 30 estávamos de volta no esconderijo.

Dias se passaram e a rotina estava voltando ao normal e tudo estava se ajustando na medida do possível. A convivência com Tayuya, Sakon e Ukon estava bem melhor e notava uma grande mudança e controle da emoções deles. Quando estávamos só nós três eles eram pessoas completamente diferentes de quando havia mais alguém por perto . Tinha confiança neles, notava que eles realmente estavam sendo verdadeiros.

Parecia que finalmente poderia chamar alguém de amigo ali dentro.