Amigos

Ajudar as crianças a treinar não era fácil, realmente. Fazia duas semanas que elas estavam com a gente e nada de elas nem abrirem a boca, só faziam o que eram mandadas fazer.

Sentia pena delas e queria levá-las de lá, pra suas mães, pais ou sei lá. Pelo menos não via mais o Kimimaro, cada um ficava em um pátio, ajudando no treinamento de cada criança. Estávamos hoje na aula do Maruki Sensei, eu realmente o odiava. Estava rezando pra receber uma missão pra sair dali, e não é que tive sorte?

Um dos capangas mais inúteis do Orochimaru chegou lendo um pergaminho que estava enrolado:

“Caro Yukiyo

Sua missão de hoje é destruir todo um bar que fica localizado no fim do vilarejo ao sudeste, incluindo todas as pessoas que lá estiverem. Motivo: Vingança. Leve os novos ninjas”

–Tayuya, Sakon, vamos comigo - os levei até nosso quarto e pedi pra eles se trocarem- peguem a arma que souberem usar e vamos – disse, saindo do quarto.

Fomos até o portão onde nossa saída foi autorizada. Lá fora, o sol brilhava alto no céu, realmente adorava sair no sol. Respirei fundo pra sentir o ar puro e úmido e então corri em frente com ambos atrás de mim.

–Qual o tipo de chantagem que Orochimaru esta usando contra vocês? – perguntei logo que começamos a correr. Depois de um tempo sem resposta, disse:

–Bem, essa é a primeira vez que fico sozinho com vocês dois e acho que como me mandaram ser o sensei de vocês, vou ser um verdadeiro sensei e ensinar tudo. Primeiramente, vocês estão com razão de sentir medo de tudo e de todos, esse lugar é casca grossa – dei uma pausa - mas vocês têm que sempre ter cabeça erguida e confiança. Ali, quem não nada é levado pela correnteza.

Parei por um tempo para analisar a direção de onde deveríamos ir:

–Segundo – continuei – eu sei que a saudade de casa e das pessoas é grande e que as vezes ela é tão grande que você não sabe o que fazer, mas sempre evitem demonstrar qualquer tipo de sentimento. Quanto mais frio, melhor. - Estávamos quase chegando no tal bar, quando terminei dizendo – E tenham cuidado ao confiar em alguém

Chegamos ao bar localizado no início de um vilarejo, entramos e deparamos com bêbados e estavam jogados por todos os cantos, o local era todo sujo e fedia a sangue misturado com álcool. Ao ver três crianças muitos riram e se olharam.

–Não sabem que aqui é um lugar para adultos?

–Eu não vou ficar muito, pode ter certeza.. Viemos a mando do Orochimaru – assim que disse aquilo ninjas se levantaram, porém todos foram interceptados pelo meu kagemane no jutsu – não sei o que foi, mas vocês fizeram coisas que o Orochimaru não gostou. Se fartaram tanto que mal conseguem se defender...pois bem, o bar já vai fechar e está na hora de pagar a conta.

Liberei o Kagemane e logo depois uma grande rajada de lava no alto, saindo de lá imediatamente e fechando a entrada usando Doton. Lá de fora ouvíamos os gritos enquanto toda a cabana era incendiada.

–Espero que se acostumem com isso – disse, saindo de lá correndo.

–Minha mãe – disse Tayuya, me deixando confuso – é com minha mãe que ele me chantageia – sorri, contente por ter recebido uma resposta, mas sem virar pra trás para que ela não pudesse ler minha expressão.

–--1 ano e meio depois---

Estávamos os seis ninjas no meio de uma grande missão, destruir uma vila inimiga que andava investigando as coisas de Orochimaru. O caos era enorme, a vila inteira estava em chamas, ninjas por todas as partes e seis de nós pra acabar com tudo aquilo. Eu estava sentado atrás de uma mureta, tentando me recuperar.

–Yuki, eles são muitos! Nós somos fortes, mas tem mais de cem ninjas aqui e tem outros vindo, acho que Orochimaru nos superestimou – disse Tayuya, chegando e sentando ao meu lado.

– A gente consegue – disse me levantando – vai, pra lá com seus humanoides.

Corri para o centro da luta onde Sakon e Ukon usavam seu alto nível de taijutsu contra uns 7 ninjas ao mesmo tempo e Kimimaro estava em pé, em volta de vários corpos com seu selo amaldiçoado liberado.

– Voces tão bem? – disse para os gêmeos.

–Finalmente terminou de descansar, fagulha.

–Realmente ainda não sei por que Orochimaru-sama deixa um ninja que precisa descansar como líder junto de mim...

Kimimaro me olhou com desprezo por baixo de seus olhos tomados pela insanidade daquele estado.

–Estamos no mesmo nível, meu caro, mesmo eu não tendo esse maldito selo - disse e soltei um Katon: Ryūka no Jutsu, derrubando uns 20 ninjas.

–Você não é digno de servir Orochimaru-sama.

Ficamos ali, lutando, durante mais umas duas horas e então voltamos para o esconderijo. Fomos tratados do ferimentos e então nos retiramos para os nossos quartos ao amanhecer.

–Estou exausta – disse Tayuya, deitando em sua cama.

–Somos dois. Ukon se machucou feio, agora já está dormindo.

–Eu realmente não gosto daquele Kimimaro...

–E nem de toda a trupe dele – comentou Sakon, seguido de silêncio por alguns segundos.

–Pessoal, o que vocês acham de fazermos uma espécie de pacto? – perguntou Tayuya, sentando na cama.

–Como assim, menina? – eu ri.

–A gente fazer um pacto de que, um dia, quando estivermos mais fortes, iremos sair daqui. Nós quatro,juntos, e que um ajudará o outro – ela estendeu a mão no meio do quarto.

–Eu não sou muito chegado em ficar aqui, então beleza – Sakon fez o mesmo.

–Eu ainda preciso encontrar meu irmão lá fora, então também topo – coloquei minha mão no centro e então todos invocaram seus chackras até que eles se misturassem entre nossas mãos.

–Tayuya, Sakon, Orochimaru-sama quer falar com vocês dois – disse um ninja qualquer atrás da porta, acabando com nosso breve momento de esperança.