– Como assim Orochimaru-sama?

– bem, um dos meus muitos poderes adquiridos durante a vida é o kuchiyose no jutsu. Nele invoco serpentes, de vários tipos. Para isso, eu assinei um contrato. Quero que voce assine também.

–Mas porque?

– Dei um presente ótimo para o seu amigo Kimimaru, que pretendo dar a muitos outros discípulos meus. Porem voce tem uma carga genética enorme e não sobreviveria a esse meu “presentinho”, então me ocoreu essa ideia, esse é algo mais exclusivo, sinta-se lisonjeado

Então ele fez uma pequena pausa e então disse “kuchiyose no jutsu” tocando sobre a mesa, no local, surgiu um pergaminho com a aparência de uma serpente, tinha mais ou menos cinquenta centímetros, o abriu e disse:

– Escreva seu nome, e marque sua digital - eu fiquei olhando pra ele, esperando algo

– com o que? – disse. Em uma fração de segundo ele cortou meu dedo usando uma agulha próxima – Aí – escrevi meu nome e marquei com minha digital. Não estava nem um pouco afim de fazer aquilo, porem eu deveria obedece-lo, resolvi não discutir.

–Mas, escute bem, isso é importante, não tente usar o kuchiyose no jutsu ou qualquer jutsu com serpentes agora, voce ainda é muito fraco, não conseguiria controlar elas. – aquilo me assustara um pouco

Ele me dispensara e eu voltara para meu quarto, Kimimaru já estava por lá deitado na sua cama olhando pro teto, porem nem fiz questão de contar nada a ele, não sentia mais vontade de falar com ele, deitei na minha cama e adormeci, estava mesmo cansado.

O treinamento foram segundo em diante eu me sentia cada vez mais forte, e notava que o mesmo acontecia com Kimimaru, e aquilo não me agradara muito, ele andava muito estranho, cada vez mais, parecia que estava começando a admirar o Orochimaru.

Duas semanas se passaram e nada de diferente. Eu acordara em mais um dia entediante, me arrumara e fui ate o pátio de treinamento sozinho, Kimimaru provavelmente já estava lá. Passando pelos corredores avistei uma garota acompanhada de Kabuto, os dois não apreciam muito felizes um com a companhia do outro, eles vinham na minha direção, ela tinha cabelos logos, de um verde esmeralda e olhos roxos que olhavam fixamente pra mim, com um peso no olhar, com força. O mais curioso era que ela parecia ter apenas seis anos

O treino daquele dia fora razoavelmente simples, nada de diferente, pelo menos nada ate as duas da tarde mais ou menos. Kabuto chegou dizendo que Orochimaru precisava falar comigo, apenas comigo. Com um frio na barriga que eu sempre tinha quando tinha que falar com ele, fui ate sua sala.

Entrei e fiquei parado, em pé de frente pra sua mesa esperando ordens

– bem, te chamei aqui porque quero te testar, acho que é o momento certo de fazer isso – meu coração quase parou, percebendo meu pânico, ele deu um sorriso malicioso e continuou – tenho duas missões pra voce de suma importância. A primeira é ir atrás da minha herdeira, eu a treinara desde que nasceu o nome dela é Maiumy. Mandei muitos ninjas profissionais atrás dela, mas quero que voce vá também – aquela noticia me deixara surpreso, quem diria que aquilo teria uma filha – aqui esta uma foto dela, se encontrá-la, não tente lutar com ela, ela esta num nível bem superior ao seu, apenas avise algum outro ninja usando as habilidades Yamanaka. Essa não é sua principal missão, so quero ver se voce é capaz de vasculhar a região sem tramar besteiras, se não a achar em uma hora, pode passar para a próxima missão

Abaixei minha cabeça para olhar a foto, quando me surpreendi, era a garota que eu vira hoje de manha, a de seis anos. Como uma garota tão pequena poderia ser tão poderosa como ele dizia

–a sua segunda e mais importante missão é matar aqueles camponeses que voce e o Kimimaru visitaram esses dias

–Mas porque?

–voce sabe o porque, eles me devem?

–não posso matar uma família inocente

–entao terei que matar seu irmão – disse ele dando um pulo da cadeira, pondo as mãos em cima da sua mesa e olhando da forma mais ameaçadora possível pra mim

–O-ok desculpa, deixe comigo

Sai da sala e fui ate meu quarto, me vesti com a roupa clássica dos capangas do orochimaru, pequei algumas kunais e shurikens, minha katana e fui para a saída. Ao sair do covil, senti o calor quente do sol q me fez dar um leve sorriso. Tinha que começar logo, comecei a usar o chackra para procurar a tal garotinha, e fiquei dando voltas pelo quartel, fui para o meio da floresta e nada da garota, passado uma hora e meia de que havia saído do covil, fui me preparar psicologicamente para o que iria fazer.

Amarrei meu cabelo (que agora batia nos ombros) em um rabo de cavalo, segurei o colar do meu irmão, pensei nele e comecei a correr

Diga-me se mataria para salvar uma vida?
Diga-me se mataria para provar que está certo?
Bater, bater, queimar, deixe tudo queimar
Este furacão que nos persegue em nosso interior

Não demorou muito e já havia chegado na casa dos camponeses, era um dia lindo, provavelmente a mulher estaria fazendo algo de comer, e o pai brincando com a garotinha. Fui andando, me aproximando da porta e apertando o colar cada vez mais. Dei um chute na porta e vi a mãe varrendo o chão da casa enquanto o pai e a garotinha brincavam com um cachorrinho, eles pararam de fazer o que faziam e olharam pra mim espantados. Respirei fundo, não queria ser o responsável por destruir aquilo

–Saiam daqui agora! Rápido!

–Ma-mas porque?

–me obedeçam, saiam, corram e fujam daqui

Logo que eles saíram usei o “Youton - Yokai no Jutsu” lançando lava pelas paredes, pelo chão e pelo teto, fazendo a casa derreter em chama, logo que a casa se desintegrou sai correndo em direção ao quartel. Eu estava me sentindo bem quanto aquilo, porem em menos de quinze minutos correndo vi algo que não me agradara muito.

Kabuto vinha em minha direção acompanhado de Kimimaru:

–Como foi sua missão Yukiyo? – perguntou Kabuto, num to sínico.

–bem, acabei de efetua-la com sucesso.

Numa fração de segundo Kabuto deu um soco no centro dos meus olhos, me deixando zonzo

–não seja patético, Kimimaru suspeitava que voce não seria capaz então pediu pra que viesse atrás de voce, ele veio, viu aquilo e foi me informar, bom trabalho Kimimaru - disse ele se virando pro garoto – fique feliz por eu não contar pro orochimaru

Dali ele começou uma sessão de chutes, no meu estomago, nas minhas pernas, costas, durante um minuto

–agora levante-se e vá matar aquela família, ou prefere perder o irmão?

–n-não, estou indo

Me levantei e sai correndo, parece que realmente deveria ser feito, mesmo eu não querendo, deveria matar uma família pra salvar a minha. Corri uns 15 minutos e os encontrei sentados no pé de uma arvore

– voce de novo? – disse o pai.

Eu tirei uma kunai do bolso, respirei fundo, pensando no Dei-kun e em menos de dez segundo os três tinha o coração perfurado. Fechei os olhos e me virei, não queria ver aquilo.

Com uma lagrima descendo pelo olho esquerdo, voltei correndo para o quartel

Você realmente quer?
Você realmente me quer?
Você realmente me quer vivo ou morto
Para me torturar pelos meus pecados?"