“O ontem é recente, o hoje é passageiro e o amanha tão tarde. Não se importe com o tempo, viva esses dias eternos de sua vida como se fossem os últimos, com chances únicas.”

– Para onde vamos agora? – indagou Sting empolgado, enquanto grupo retirava-se calmamente do estádio.

A loira suspirou.

– Eu pretendo ir para casa dormir... – comentou-a vagamente. Ainda mantendo o capuz escondendo sua identidade.

– Esta tudo bem Lu? – indagou Rogue preocupado, apesar de que a marca que ele pôs na loira não lhe indicar nenhuma mudança na mesma.

– Está sim, só estou com um pouco de sono. – respondeu-a.

E antes que o moreno pudesse dizer algo, ou Sting pudesse soltar qualquer piada referente a loira, o time do mago de trovão – Laxus – subitamente apareceu frente ao grupo.

– Onde esta o Laxus? – indagou Fried, sua voz soando um tanto... fria.

Logo Mira ficou frente ao mago de cabelos esverdeados. Seus olhos azulados transmitiam frieza o suficiente para fazer com que as três ‘fadas’ recuassem um passo.

– Estou aqui – limitou-se a informar o mago de trovão.

E logo a algazarra se iniciou. Perguntas eram feitas direcionadas ao mago do trovão – claro que não deixando de fora o restante dos magos – exceto pela loira que educadamente informou que iria para casa descansar e por Rogue, que se prontificou a acompanhar a namorada.

...

Devagar a loira abriu os olhos enquanto sentia um peso sobre si. Esfregou os olhos antes de notar que tal peso provinha do Dragon Slayer das Sombras que dormia tranquilamente tendo o braço envolto da cintura fina da maga enquanto a cabeça repousava um pouco acima dos seios.

A Heartphilia apenas riu baixinho para não acordar o companheiro. Quase sempre era assim quando acordava. Já havia se acostumado a acordar com o moreno agarrado a si e usando-a como travesseiro.

Logo o sorriso da maga se desfez enquanto esta ficava a fitar o teto. O quarto ainda se encontrava claro, o que indicava que ainda era cedo. Provavelmente havia dormido apenas por duas horas... ou até menos.

Suspirou levando uma das mãos aos cabelos do moreno adormecido. Em pouco tempo o Cheney despertaria, mas isso não mudaria o tédio que ela estava sentindo. A não se que ela fizesse algo para mudar isso.

Exatamente como ela pensou. Não havia se passado nem dez minutos desde que acordara e seu namorado já dava sinais de que estava despertando.

– Hm? Lucy? – a voz rouca de Rogue logo fora ouvida enquanto o mesmo erguia a cabeça para fitar a maga entretida observando o teto.

E logo quando seus olhares se encontraram a maga sorriu.

– Pensei que não acordaria para hoje – comentou-a rindo baixinho.

E fora questão de segundos para que o moreno franzisse o cenho, emburrado.

– Devia ter me acordado – comentou-o sentando-se sobre a cama, pouco ligando para o fato de estar sem camisa.

– A mais ai eu não poderia ficar ouvindo você gemer meu nome de forma tão fofa – mentiu-a, afinal Rogue jamais falava enquanto dormia. O que era sorte já que seus sonhos não eram anda... ‘Descentes’.

E o resultado fora imediato. O moreno corou de forma inexplicável enquanto a maga loira ria de forma incessante.

– I-Isso não tem g-graça – disse-o, desviando o olhar a fim de esconder a própria vergonha.

No final, mesmo fazendo meses que estavam juntos, o Cheney ainda era pego de forma desprevenida por algumas palavras – ou ações – da maga.

E era exatamente uma outra ação que o pegaria desprevenido naquele momento.

Subitamente a loira o puxou para trás – fazendo-o deitar-se novamente – e logo pôs-se sentada sobre o colo do Dragon Slayer, impossibilitando-o de sentar-se.

Os dedos deslizavam suavemente sobre a pele do Cheney enquanto as unhas negras, facilmente destacáveis, arranhavam-no fazendo arrepios percorrer pelo corpo do rapaz.

A maga sorriu, pouco ligando para o fato de que trajava nada mais que uma camisa simples de mangas compridas abotoada na frente na cor cinza e uma calcinha vermelha rendada. O porque havia dormido assim? Por que havia trancado a porta do quarto para que ninguém – Sting - invadisse.

– Se me queria tanto bastava ter dito Rogue-kun. – sussurrou-a sensualmente ao ouvido do namorado.

O moreno engoliu em seco. Essa loira sabia muito bem como seduzi-lo.

– L-Lu... – logo fora interrompido quando os lábios da maga encontraram os seus.

Mais e mais o beijo se aprofundava enquanto – por reflexo – as mãos do moreno já encontravam-se apertando forte as coxas da Heartphilia, enquanto a mesmo apenas suspirava e gemia de prazer.

– Rogue-kun... – gemeu Lucy assim que o moreno invertera as posições.

O Cheney curvou-se afundando a face no pescoço da maga a fim de depositar beijos ali, afinal sabia que a loira adorava isso.

Beijava e mordiscava o pescoço descendo devagar pela clavícula enquanto terminava de desabotoar a camisa.

Depositou um beijo final sobre a marca que ele mesmo pusera sobre o seio esquerdo antes de tomar os lábios da maga com bastante luxuria.

...

Já era fim de tarde quando o moreno aparecera na guilda. O mesmo encontrava-se um tanto quanto mais... humorado que o normal, e isso rapidamente fora notado pelo Lohr.

– Boa tarde – cumprimentou o Cheney assim que sentou-se na mesa com os companheiros de time e guilda.

Logo cinco pares de olhares voltaram-se para si.

– Cara, você está bem? – indagou o Nanagear de olhos arregalados, afinal Rogue Cheney nunca, sob hipótese alguma, cumprimentou alguém.

– Só por que eu fui educado, significa que eu estou doente? – perguntou o moreno dando de ombros.

– Não exatamente... – comentou Yuuki, que por sua vez já estava encontrava-se vestindo apenas suas roupas intimas. – Mas, convenhamos, o único realmente educado aqui é o Rufus. – concluiu-a recendo um aceno afirmativo de todos, exceto do Lohr e do Cheney.

– Uma vez não mata – murmurou-o, logo notando um certo ‘cão’ farejando o ar em sua direção.

Este “cão” – que denominava-se Sting Eucliffe – em pouco mais de alguns segundos já encontrava-se curvado sobre a mesa em direção ao Dragon Slayer das Sombras.

Parou subitamente, enquanto um sorriso malicioso abria-se largamente em seus lábios. Seus olhos azulados brilhavam em vingança.

– Descobri o por que de toda essa felicidade – comentou o Eucliffe. – Você aproveitou que o Frosch não estava em casa, né? – riu-o deixando o restante dos presentes confusos.

– Minha memória esta confusa – alegou Rufus.

– Sting... – começou o Cheney, logo sendo interrompido.

– Hm... então quer dizer que o senhor emo andou se dando bem com a princesinha é? – riu a Fullbuster.

Fora questão de segundos para que o moreno corasse enquanto Rufus, Minerva e Orga olhavam-no de sobrancelha arqueada.

E o silencio recaiu sobre o local enquanto o olhar da maga espacial, do memory make e do mago de trovão recaiam pesadamente sobre a figura do Cheney. Já mais atrás podia-se ver duas figura – Yuuki e Sting – rindo bastante da situação atual do Dragon Slayer das Sombras.

– Perdi algo? – indagou Lucy, assim que notou o clima tenso sobre o local.

– Tirando o fato de que o Ru-kun, a Mi-chan e o Orga-san pretendem matar o Rogue por abusar de você... não, não perdeu nada – sorriu a morena juntamente com o Eucliffe.

– Abusado de mim? – indagou-a desentendida.

– Você sabe... – respondeu a Fullbuster apontando em diversas direções e fazendo sinais estranhos com as mãos.

– Ah, sim... – murmurou a maga pensativa, levando uma das mãos ao queixo. – Mas não é como se ele houvesse feito algo que eu não quisesse... – alegou a Heartphilia, ainda pensativa.

Rapidamente todos os magos presentes naquela mesa – incluindo o Cheney – voltaram o olhar para si.

– Não acredito que ela disse isso... – comentou Sting.

– Ela esta andando muito com o Eucliffe – rosnou Minerva, tendo um aceno afirmativo do Nanagear, do Lohr e da Fullbuster.

– Hey! – e prontamente o loiro fora ignorado.

– Oh, sim. Eu tinha algo importante para dizer a vocês – comentou a Heartphilia. – Mas esqueci... – suspirou enquanto sentava-se ao lado do namorado.

Após isso a maga apenas manteve-se calada, buscando relembrar o que viera informar a todos – em especial ao namorado.

Os minutos se arrastaram... o grupo conversava tranquilamente, vez ou outra trocando caricias – lê-se: socos, chutes e magias. Isso sem contar os xingamentos.

– Lembrei! – afirmou a loira batendo a mão na mesa, a fim de chamar a atenção dos amigos.

– Do que? – indagou a albina, que a pouco juntara-se ao grupo.

– Do que eu vim contar para vocês mais cedo – sorriu-a. – Eu acho...

– Você acha...? – incentivou o Lohr.

– Bem, não é certeza... – alegou baixinho.

– O que não é certeza? – fora Mira novamente.

– Bem...

– Bem...? – incentivou Minerva novamente.

A loira suspirou soltando um sorriso tímido logo em seguida.

– Eu acho que estou grávida...