(Im)perfect Love escrita por Bruna B


Capítulo 9
Alguns episódios estranhos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!
Finalmente a tortura - que outras pessoas chamariam de provas (eu não sei onde eles inventaram essa bobeira de provas) - terminou!!!
Agora eu vou poder postar como antes!!!
Espero que gostem desse cap!!!
P.S: Em episódios, eu não quis dizer séries de televisão, mas sim, acontecimentos. Só esclarecendo... ¬¬'



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POV’ Kate

Eu chorei muito depois de ouvir o ataque de raiva do Jake. Decidi arrumar as minhas coisas e ir embora o mais rápido possível, não queria sofrer mais.

Depois que eu voltei para casa, acho que entrei em uma espécie de depressão pós-traumática, porque eu fiquei no sofá vendo aqueles filmes antigos de mulheres que se ferram no amor enquanto tomava sorvete de chocolate e chorava. Essa sim foi a pior experiência da minha vida.

Tomei um banho e coloquei o meu pijama dos Teletubbies e fui dormir. Tive um pesadelo horrível, em que eu estava no meio de uma multidão, e não conseguia achar a saída daquele lugar. Eu vi Jake, mas ele estava ocupado demais com a Lindsay, e eu fiquei sozinha no meio da multidão. Acho que só quando perdemos todas as nossas esperanças que começamos a pensar na vida de verdade. (Filosófico, não?). Acordei várias vezes durante a noite, e sempre chorava até dormir.

Cada palavra do que eu tinha dito a ele e o som do choro dele voltava à minha memória com tudo.

Acordei no outro dia e fui para a cozinha, e meu pai estava preparando o café da manhã com um sorriso. Um sorriso. Isso é uma coisa muito improvável. Sentei à mesa e meu pai beijou a minha testa. Outra coisa improvável.

- Bom dia, filha! – ele colocou uma torrada com manteiga na minha frente.

- Hã... pai, você foi abduzido? Fizeram uma lavagem cerebral em você? – eu disse dando uma mordida na torrada.

- Não, porque a pergunta?

- Você tá sorrindo e agindo como um pai feliz.

- A conferência foi boa. Acho que eu vou até ser promovido.

- Que legal pai – eu o abracei e ele retribuiu o abraço. Acho que foi a primeira vez que isso aconteceu.

Terminei de comer e tomei um banho rápido. Quando desci o elevador, Rose tinha acabado de chegar com o ônibus amarelo. Entrei e me isolei completamente de tudo, ouvindo rock nos meus fones de ouvido.

Quando chegamos na escola, eu falei para a monitora que iria no banheiro e fui para a minha sala. Não queria ver ninguém, não queria falar com ninguém, só queria ficar sozinha. Ainda com os fones, eu deitei minha cabeça na mesa e fechei os olhos. As lágrimas começaram a cair e os soluços chegaram.

- Você tá bem? – disse alguém encostando no meu braço. Era um toque quente. Só uma pessoa tinha um toque assim. Quando levantei meus olhos, era ele mesmo. Jeremy estava lá.

- Eu não pareço bem, né? – eu ri imaginando a minha cara de monstro. Tirei meus fones.

- Por que você tá sozinha e chorando?

- Problemas...

- Você não se cortou, certo?

- Não. Nunca mais vou encostar uma lâmina em mim.

- Quer me contar o que aconteceu?

- Eu e o Jake, nós brigamos... Você não tá com raiva de mim?

- Tipo, no começo eu fiquei bravo sim, mas Jake veio falar comigo. Ele disse que você nunca cogitaria trair alguém e que era uma pessoa especial. Também disse que eu fui muito idiota de ter terminado com você e que você era perfeita – ele sentou ao meu lado e segurou as minhas mãos. - Sabe, eu tive que vir falar com você. Namora esse cara. Ele te ama.

- Ele... disse isso mesmo?

- Tudo isso e mais um pouco – ele secou minhas lágrimas.

- Mas ele namora a Lindsay...

- Que nada. Acabou tudo ontem. Ele viu ela com outro cara na casa dela. E posso te dizer que eles não estavam só beijando. Foi o maior rolo. Agora ela é tachada de falsa.

- Amigos? – eu estendi a minha mão para ele.

- Amigos – nós apertamos as mãos.

Eu o abracei. Ele deu um beijo na minha testa e saiu para a sala dele. Meu coração estava acelerado. Quando o sinal tocou, eu fui direto até o armário do Jake. Quando o vi, ele estava com a expressão triste. Meu coração apertou.

- Jake... – eu me aproximei.

Ele fechou o armário e se desviou de mim como se não tivesse ninguém ali.

- Você tá me evitando? – eu segurei o braço dele.

- Por favor, Kate. Eu não quero falar com você.

- O que eu fiz?! – eu já estava nervosa.

- Com certeza deve ter rolado muita coisa naquela sala de aula, né?

- Hã?... Eu não acredito que você pensa essas coisas de mim! Você... você é um idiota!

- Chata!

- Grosso!

- Idiota!

- Tchau! – eu me virei e comecei a andar para o lado de fora da escola, quando um braço me impediu.

- É verdade de quando uma pessoa implica com a outra quer dizer que ama e se importa? – ele disse olhando diretamente nos meus olhos.

- Acho que sim. Não sei.

- Então, garota, eu acho que te amo.

Olha, aquela foi a declaração mais sincera que eu já tinha recebido em toda minha vida. É incrível como pessoas que odiamos por toda a nossa vida conseguissem, de um momento para outro, fazer nossas pernas bambearem e nosso coração disparar.

E aquele foi o melhor beijo de todos. Como explicar? Foi como se eu visse uma fada montada em um unicórnio e ele vomitasse arco-íris por onde passasse. O.k. Isso soou melhor nos meus pensamentos. Mas foi simplesmente mágico.

Todos olhavam para nós assustados, já que nossas brigas eram muito frequentes. Mas eu não me importava, afinal, tudo que eu queria estava me abraçando, tudo que eu desejava estava me beijando.

- Sempre? – eu disse quando paramos para respirar.

- Sempre – ele disse quando me abraçou.


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Notas finais do capítulo

P.S.S: Pra quem não sabe, os claustrofóbicos não podem ficar em lugares fechados ou espaços com muita gente amontoada, então esse foi o pior pesadelos da Kate.
Gostaram do capítulo???
Devo continuar ou excluo a minha conta e caio em depressão???
Reviews para a minha auto-estima???
Beijos
:+