(Im)perfect Love escrita por Bruna B


Capítulo 7
O apagão


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!
Bem, como as minha provas começarão sexta-feira e vão acabar na terça ou na quarta, eu não vou postar nesse período.
Eu escrevi essa cap com muita inspiração. Está maior...



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POV’ Jake

Sabe, às vezes parece que a minha boca tem vontade própria, e isso me irrita. Falo besteiras sem querer, e por isso, Kate estava com raiva de mim. Bom, pelo menos teríamos um dia legal.

Depois de ela se trocar e eu tomar um banho, nós fomos até o meu carro. Ela parecia estar desconfiada e indiferente. Não falava nada e ficava olhando pela janela.

- Kate... – eu disse tentando puxar assunto.

Ela me ignorou.

- Olha, Kate... – eu segurei a mão dela e finalmente ela levantou o olhar para mim. - Eu não queria te magoar, não mesmo. Eu gosto muito de você, e nunca faria alguma coisa para te magoar. Me... me desculpa?

- Você parece sincero. Tudo bem.

- Quer que eu fale com o Jeremy? Tipo, eu não sei se vai resolver alguma coisa, mas eu posso tentar...

- Bem, se ele não acreditou em mim, acho que não iria dar certo. Não precisa – ela deu um sorriso leve.

- Chegamos – eu disse enquanto estacionava o carro em frente ao Big Boy.

- Eu não acredito, Jake. Você bebe?

- Não. O andar de baixo é pra quem bebe. Vamos ficar no andar de cima.

- O que tem no andar de cima?

- Você vai ver – eu saí do carro e a puxei para fora.

Acenei para Morris e a levei escada a cima. Era bem diferente do bar. Tinha jogos de fliperama antigos e uma mesa de sinuca, com algumas mesas para tomar café. Ela ficou um pouco maravilhada com tudo, mas logo voltou ao estilo emo de novo.

- Vamos jogar sinuca? – eu perguntei me dirigindo à mesa.

- Eu não sei jogar – ela tentava se esquivar.

- Eu te ensino. É fácil! – a puxei até a mesa e mostrei como deve arrumar as mãos.

Dei uma tacada para mostrar a ela, mas ela não conseguiu. Me posicionei atrás dela e movimentei o braço dela, fazendo uma tacada simples e perfeita. Sentir o corpo dela contra o meu foi uma sensação estranha, uma sensação que eu nunca tinha sentido. Ela deu pulinhos e me deu um abraço.

- Eu consegui! Valeu.

- Não foi nada. Quer tomar alguma coisa, pirralha?

- Quero um milk-shake de chocolate. E não começa, Jake – ela me lançou um olhar mortal.

- O.k. Já volto – eu sorri.

POV’ Kate

Tudo bem, eu acho que estava sendo chata de mais com o Jake. Mas ele me magoou, tipo, sei lá se aquele lance com o Jeremy duraria, mas ele era o único que me entendia de verdade. E era gentil e doce.

Depois que ele saiu, uns quatro caras da mesa do fundo – todos com roupas de motoqueiros e tatuagens imensas nos braços, e uns sete anos mais velhos, no mínimo –, começaram a vir na direção da mesa. Quando me virei para ir atrás do Jake, um do grupo barrou o meu caminho.

- Tudo bem, princesinha? – ele perguntou passando o dedo indicador no meu queixo.

- Não me chama assim – eu tirei a mão dele do meu rosto.

- Aquele garoto é o seu namorado? – um outro perguntou vindo de não sei onde.

- Ham... não. Ele é só meu amigo.

- Que bom saber. Posso te ensinar a jogar sinuca lá em casa? – ele me abraçou de lado.

- Não.

- Vamos... aí você pode até passear na minha moto.

- Eu já disse que não quero! É surdo, por acaso?

- Tudo bem, mas eu quero um beijo, esquentadinha – o jeito que ele falou me deixou nervosa. Ele praticamente sibilou aquela palavra.

- Sai! Me solta! – ele, definitivamente, era mais forte que eu. Seus lábios estavam chegando perto dos meus.

Não consegui ver direito, mas o cara voou para o outro lado da sala. Quando olhei, Jake acariciava o punho, que parecia estar doendo.

- Cara, arranja uma garota pra você! Essa aí já é minha! – ele disse em tom de deboche.

O cara se levantou do chão e sua boca estava sangrando. Ele cuspiu um pircing e foi correndo até o banheiro.

- Jake, você é louco?! São quatro contra dois!

- Dois?

- Eu e você. Acha que vou te deixar sozinho? – eu sorri.

- Você vem comigo – um cara disse me segurando por trás e me tirando da briga.

Jake até conseguiu aguentar a barra um pouco, mas depois de um tempo ele começou a levar as surras. Eu tinha que ajudar. Ele caiu no chão e chutes e socos começaram a cair sobre ele, mas ninguém que estava lá se ofereceu para ajudar – a maioria tinha ido embora. Eu tentei sair, mas o grandão segurou meus braços mais forte.

- Acha que vai conseguir sair, coisinha? – o barbado disse com um sorriso de canto.

- Sim, eu acho – eu dei uma joelhada nas... partes baixas dele. Ele me soltou na hora e caiu no chão.

Eu corri até a briga, mas não adiantou muita coisa. Depois de conseguir socar um dos caras, o que tentou me beijar conseguiu me derrubar, e eu acabei desmaiando.

Acordei no banco do passageiro do carro. Estava parado no estacionamento do nosso prédio e o barulho da chuva ficava cada vez mais forte. Ele estava com a mão enlaçada na minha e ficava me encarando. Algumas partes do rosto dele estavam roxas e inchadas.

- O que... o que eles fizeram com você? – eu perguntei me sentando.

- Nada de mais. Mas eu fiquei preocupado com você. Eles te derrubaram e você bateu a cabeça forte. Já ia te levar pro hospital. Tá tudo bem?

- Uhum... Vamos voltar pra casa que eu vou cuidar do seu olho, o.k?

- O.k.

Entramos no elevador e ficamos nos encarando, até o elevador parar em um solavanco. As luzes apagaram e a luz de emergência acendeu.

- Ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus! – eu disse andando de um lado para o outro e respirando rápido. O teto e as paredes pareciam se contrair a minha volta.

- Ei! O que foi?

- Eu... eu sou claustrofóbica, Jake!

- Isso é sério? – ele me abraçou.

- É! Muito sério! – eu já começava chorar e tremia.

- Calma! Não precisa ter medo, o.k?

- E se a gente não conseguir sair? Se ficarmos presos aqui?

- Foi a chuva que deu um apagão. Daqui a pouco a luz volta – a calma dele me impressionava.

Jake me sentou no seu colo e acariciou os meus cabelos. Eu não conseguia parar de pensar que poderíamos ficar presos a noite inteira.

Ele começou a conversar comigo, falamos sobre todo o tipo de coisa, até ele tirar da mochila um cordão com uma guitarrinha de metal. Colocou em meu pescoço.

- O dia não foi como a gente esperava, mas eu comprei isso pra você.

- É lindo! Obrigada! – eu o abracei forte.

Ficamos minutos abraçados, e quando nos separamos, nossos olhares se encontraram. Nunca tinha percebido como ele tinha olhos encantadores, mesmo com aquela luz de emergência.

- O seu... o seu sorriso é lindo – ele me disse.

- Seus olhos também.

E ele me beijou. Foi uma coisa diferente, chocante, extraordinária. Parecia que o tempo tinha parado e tudo estava perfeito.

As luzes acenderam e o elevador continuou a subir. Só paramos quando as portas abriram e a música do elevador parou. Foi aí que a minha ficha caiu. Ele tinha namorada. Eu não podia fazer isso com ela, por mais chatinha que ela era.

Ele abriu a porta para mim e eu corri até o quarto de hóspedes. Iria dormir ali aquela noite, até o dia seguinte, quando o aquecedor estivesse pronto e eu voltaria para casa.


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Notas finais do capítulo

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;)



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