(Im)perfect Love escrita por Bruna B


Capítulo 23
"Somos sempre, lembra?"


Notas iniciais do capítulo

Hey!!!!
Então, as minhas provas acabaram HOJE!!!!!!!
:D
Espero que gostem do capítulo, e acho que agora a fic chegou na metade...



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POV’ Jake

- Cara, mas que droga de vida – eu disse bufando.

- Mas entenda o lado dela. Kate só tem medo da solidão que vai sentir quando você for embora. Peça desculpas por não contar pra ela depois – James, meu melhor amigo disse.

- O único problema é que ela não quer falar comigo.

- É a raiva. Vai passar, mas o que você disse também foi longe demais, não acha?

- Foi pelo momento. Não queria falar aquilo de verdade.

- Deixa ela esfriar a cabeça e depois você pede desculpas pra ela, beleza?

- Valeu cara.

Me levantei do banquinho e coloquei o dinheiro na mesa. Deixei o Big Boy e entrei no carro. Liguei o rádio e Far Away começou a tocar. Sorri ao me lembrar do dia da nossa primeira vez. Com certeza, aquilo foi mágico.

Dirigi até a campina. A nossa campina. Fui até a árvore que fizemos o piquenique e peguei o canivete do meu bolso. Risquei no tronco da árvore as nossas iniciais com um coração. Ouvi os estalos de galhos quebrando e me virei.

Kate estava lá, vestida como há tempo não via, vestida do jeito que me fez ficar louco por ela. Ela trazia um sorriso nos lábios. Sentou ao meu lado e deitou a cabeça em meu ombro.

- Isso é muito fofo – ela disse baixinho.

- Eu fui muito babaca.

- Foi mesmo.

- Eu queria dizer, eu fui um idiota.

- Um idiota completo.

- Sabe aquela coisa do bebê? Não era verdade. Eu estava bravo, só isso. Me perdoa?

- Claro que sim. Tipo, eu também fiquei bem nervosa, gritei com você sem motivo.

- Com todos os motivos. Eu disse uma besteira.

- O.k. Chega dessa conversa.

Senti um leve cheiro de cerejas, mas não era natural. Era industrializado. Quando percebi o foco do perfume, meus olhos foram até os lábios de Kate. Um gloss vermelho rubi estava nos lábios dela.

- Gostou da cor? – ela percebeu.

- O cheiro é bom. Queria experimentar um negócio desses um dia.

Ela tirou o tubinho do bolso e me entregou. Eu ri.

- Na sua boca, bobinha. Não uso batom.

Ela se aproximou de mim e me beijou. Acho que foi o melhor beijo que eu já recebi em toda a minha vida. Parti o beijo segurando o lábio inferior dela com os dentes por alguns segundos.

- Não vai embora... – ela sussurrou, com a cabeça encostada no meu peito e os braços à minha volta.

- É meu dever. Eu fiz isso, agora tenho que sofrer as consequências.

Ela me beijou novamente, e foi se deitando na grama, até eu ficar por baixo dela. Ela sorriu e mordeu meu lóbulo.

- Isso vai deixar marca – ela disse com a voz sedutora. Ela mordia de leve o me pescoço e ombros, me deixando sem ar e sem reação.

Ficamos conversando deitados na grama. Bem, eu fiquei deitado na grama. Ela ficou deitada em cima de mim. Quando estava anoitecendo e as estrelas começaram a aparecer no céu, mostrei algumas constelações que eu conhecia, não totalmente cobertas pelas nuvens escuras.

- Como sabia que eu estaria aqui? – eu perguntei.

- Não sabia. Vim pra cá relaxar, esfriar a cabeça. Vi você aqui e percebi que foi uma ótima ideia.

O vento forte começou a soprar e ela se encolheu. A abracei e procurei a chave do carro no bolso. Peguei e nos levantamos.

Quando chegamos no carro, rodei a chave, mas o carro não fez nem um barulho. Tentei de novo, mais rápido. Nada.

- Qual o problema? – ela perguntou.

- Eu não sei. Janette estava normal quando chegamos.

- Janette?

- É o meu carro.

- Você deu um nome pro seu carro? – ela disse tentando segurar o riso.

- Sim.

- Bem, vou dar uma olhada no capô – ela disse.

- Você sabe sobre carros?

- Impressionante?

- Vindo de você, nada é impressionante. Deixa que eu te ajudo.

Nós saímos e abrimos o capô juntos. Janette estava sem água e o óleo tinha vazado. Problema.

- Vou ligar para um guincho – ela disse pegando o celular.

Ela discou o número, subiu em uma parte mais alta, desceu e andou por todo lado, até voltar.

- Ótimo! Sem sinal! – ela exclamou frustrada. - Quanto tempo leva daqui até em a cidade andando?

- Se você não se importar de passar a noite inteira andando quinze quilômetros, vá em frente.

Kate sentou em cima do capô e cruzou os braços. A camiseta preta do AC/DC contrastava com o cabelo loiro dela. Percebi o All Star incrivelmente longo (que ia até um pouco acima do joelho) e a maquiagem pesada. Sentei ao lado dela e a abracei.

Uma garoa fina começou a cair, e ela não fez menção de se mexer. A chuva começou a aumentar e um trovão cortou o céu. Ela sorriu e jogou a cabeça para trás.

- Já mencionei que eu adoro chuva? – ela disse se levantando e rodando como uma criança.

- Nem precisava dizer – eu me levantei. - E eu já mencionei que você fica muito sexy na chuva? – eu a abracei pela cintura.

Ela tocou meus lábios com os pequenos dedos e me abraçou. Ficamos assim até ela soltar um espirro.

Peguei alguns cobertores que eu tinha no porta-malas e a enrolei. Entrei no carro e abaixei o banco do carona o máximo possível e me deitei. A puxei para o meu colo e ela se aconchegou em meu peito. Liguei o rádio e coloquei uma música bem calma e baixa.

- Quando você tem que ir? – ela disse com um sussurro.

- Amanhã à noite.

- Já?

- É. Mas somos sempre, lembra?

Ela assentiu com a cabeça e fungou.

- Te amo, Jacob Tyree.

- Também te amo Katherin Johnson.

Nos beijamos e dormimos assim, juntos.


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Notas finais do capítulo

E aí???
Vou ter atualizações hoje???
Vou ter alguma compensação pela tortura psicológica denominada semana de provas???
Beijos
:D