(Im)perfect Love escrita por Bruna B


Capítulo 22
Shit! One more fight!


Notas iniciais do capítulo

Iuhuuuuuuul!!!!!
Tudo bem gente???
Então, nessa semana, a minha semana de provas (lê-se: tortura) começou, então talvez eu só comece a postar na terça-feira, beleza???
Aproveitem o capítulo...



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POV’ Kate


Cinco dias se passaram desde aquela notícia. A cada dia ficava mais preocupada, pois na TV mostrava que o Iraque queria guerra com os Estado Unidos. Os comandantes diziam que estavam precisando de soldados. Isso me deixava sem sono.

Era um final de semana como qualquer outro: Sam estava em casa, ficaríamos nos divertindo e vivendo como uma família feliz. Mas aquela maldita carta tinha que aparecer.

Eu estava na cozinha preparando o almoço e Jake estava no sótão, guardando algumas caixas com as coisas do bebê – que eu decidi guardar e transformei o pequeno cômodo no quarto da Sam – e Sam estava brincando de bonecas na sala.

Ela viu as cartas entrando pelo vão da porta e as pegou. Correu até a cozinha e as entregou para mim. Contas, carta da mãe dele com um cartão postal da Rússia – onde a mãe de Jake estava –, e um envelope timbrado com o selo do exército americano. Meu coração disparou e tive que brigar mentalmente com meus pulmões para eles voltarem a fazer o trabalho deles.

– O que foi, mamãe? – disse Sam. Ela me chamava assim desde que levamos ela para casa pela primeira vez.

– N-nada queria – eu passei a mão pelo rosto de traços finos dela. - Poderia chamar o papai pra mim, sim?

Ela foi toda saltitante para fora da cozinha e começou a subir as escadas. Quando ela sumiu da minha visão, abri o envelope e descobri uma carta digitada, com a assinatura do comandante em baixo. Comecei a ler:

“Jacob Tyree,

Como já deve ter visto na televisão e nos jornais, nosso país está em pé de guerra com o Iraque. E também, como deve saber, o Iraque é um dos nossos inimigos.

Venho por meio desta carta para convocar a todos do batalhão para um teste. Iremos escolher os melhores e mais fortes dos nossos soldados para lutarmos pelo nosso amado país.

Compareça no quartel general segunda-feira, às duas horas, para realizarmos o teste.

Phill Garden

General do quartel nº332”

Uma lágrima caiu na última linha, e foi quando Jake entrou. O abracei sem dizer nenhuma palavra, e ele ficou preocupado.

– O que aconteceu, pequenininha? – ele fazia carinhos no meu cabelo.

Entreguei a carta na mão dele, apenas olhando a expressão dele piorar a cada palavra lida. Quando ele voltou o olhar para mim, ele que me abraçou.

– O papai vai embora? – ouvi a voz doce de Sam atrás de nós, e eu me virei e fui até ela.

– Claro que não, amor. Papai nunca nos abandonaria.

– Então porque vocês estão tristes?

– É normal os adultos ficarem tristes às vezes. Mas não é nada, pode ficar tranquila. Vai lá brincar com a Barbie.

Ela deu de ombros e saiu, arrastando o pequeno carrinho com o cilindro. Fechei a porta da cozinha e desabei no chão. Fiquei lá sentada, chorando.

– Parece que só querem nos separar. Sempre quando as coisas se acertam acontece alguma coisa – eu disse.

– Fique calma. Eles irão fazer os testes, não é? Vão escolher os melhores, e eu estou longe dessa escala. Com certeza, eu nem vou passar nesse teste. Tem muitos caras mais altos, fortes ou espertos na minha base. Não precisa chorar.

Ele me beijou docemente. Tentei passar aquele final de semana normalmente, mas à noite o sono não chegava, meus olhos não fechavam, pois se eu dormisse, teria horríveis pesadelos.

Segunda-feira. Nunca fiquei tão preocupada em uma segunda-feira. Depois do almoço, quando Jake saiu com Sam, fiquei sentada no sofá, roendo as unhas de ansiedade.

Às cinco horas da tarde Jake chegou. Estava com um envelope igual ao antigo na mão, com uma expressão indecifrável. Sentou no sofá ao meu lado e ficou me olhando, jogando a carta de uma mão para a outra.

– E aí? – eu perguntei com a voz trêmula.

– Não abri ainda. Queria chegar em casa e abrir junto com você.

– Então vamos logo, o.k? Chega de ansiedade.

Ele rasgou o topo do envelope e tirou o papel dobrado de dentro. Fechei os olhos enquanto ele desdobrava e lia. Alguns instantes depois, ouvi o papel cair no chão. Abri os olhos e vi Jake com a expressão congelada.

Peguei o papel do chão e li:

“Jacob Tyree,

Temos a alegria de informar que você foi um dos escolhidos a partir para proteger o nosso país das forças inimigas.

Você teve muita sorte. Não é o mais forte, nem o mais inteligente, mas tem uma grande capacidade de mandar e uma boa estratégia.

O esperamos na próxima semana para partirmos.

Phill Garden

General do quartel nº 322”

Congelei.

Jake me abraçou com aqueles braços protetores e de repente, perdi todas as minhas forças. Desabei em seus braços, mas não consegui chorar. Não consegui esboçar nenhuma reação, só fiquei parada.

– E-eu... achei que não iria ser escolhido – ele sussurrou.

– Mas foi... – eu disse, mas me dei conta da situação. A raiva subiu para minha cabeça e me levantei em um ímpeto. Senti minha pele queimar e meus olhos se encherem de raiva. - Você tem noção do que acabou de acontecer?! – eu gritei. - Acabou!

– Mas eu posso voltar...

– Você não vai voltar. Não vê os noticiários?! Você vai morrer logo que sair da base!

– Pare de gritar comigo, tá legal?! Eu não tinha opção! Ou eu virava um soldado, ou eu ficaria desempregado vendo você trabalhar! Isso é humilhante pra qualquer homem do mundo! – ele se levantou do sofá.

– Pode até ser humilhante, mas pelo menos você não morreria! Que droga, Jake! Tudo estava se resolvendo, a gente ia adotar a Sam, aí você tem essa ideia idiota de virar soldado!

– Idiota?! Você acha as minhas decisões idiotas?!

– Eu achei essa decisão idiota!

– Eu tive decisões idiotas?! E aquele bebê, hein?! Você achou essa ideia boa?!

Fiquei mais nervosa ainda, e dei um tapa no rosto dele. Comecei a subir as escadas.

– Vai embora, o.k?! Não quero te ver mais! Some da minha frente! – eu apontei para a porta.

Ele pegou o casaco no cabideiro e saiu, batendo a porta com força.

“Como ele é chato, idiota, egocêntrico, metido. Eu não acredito que me apaixonei por esse babaca”, eu pensei, enquanto subia as escadas e ia para o quarto. Pude ouvir o carro dar a partida e os pneus cantarem no asfalto.

“Tomara que ele vá embora para sempre. Ele não queria ter o bebê, só queria mostrar a pose de bom homem. Babaca!”, eu pensei ligando o chuveiro.


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Notas finais do capítulo

E aí????
Gostaram???
Vão me deixar reviews???
Beijos e até terça!!!!
o.O