(Im)perfect Love escrita por Bruna B


Capítulo 21
I'm drunk


Notas iniciais do capítulo

Gente, tudo bem???
Eu sei que eu fui má no cap passado, que eu matei um bebê, que isso não se faz, que eu vou caminhar na estrada para o inferno, mas eu TINHA que fazer isso. Isso tudo está acontecendo pra história toma o rumo que eu desejo, o.k???
Mas aqui está outro capítulo e eu espero que gostem.



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POV’ Jake

Alguns dias depois daquele trauma, Kate começou a entrar em um tipo de depressão. Ela ficava apoiada no parapeito da janela e ficava olhando para o vazio, e isso durava horas. Às vezes, ela ia para o quarto do bebê e ficava olhando as roupinhas e os móveis. Minha noiva estava visivelmente deprimida, e isso me incomodava.

Liguei para Judy, a única amiga dela que eu conhecia, e pedi para ela ir em casa, tentar fazer Kate melhorar um pouco. Dez minutos depois de eu ligar, ela já estava tocando a campainha, claramente afobada.

- Cadê ela? – Judy disse me empurrando e entrando.

- No andar e cima. No quarto da Phoebe, de novo.

- Vamos ver a gravidade da situação – ela disse subindo as escadas.

A segui, indo até o pequeno cômodo onde Kate estava apoiada na janela. Judy me lançou um olhar que eu não consegui decifrar.

- Amiga? – ela disse. Kate se virou e correu para o abraço dela.

- Meu Deus! Como eu senti sua falta, Judy! – Kate disse.

- O.k. Mas antes de começar a me contar os babados, vai se arrumar que a gente vai sair. Nós três.

- Sair? – ela disse com voz de criança decepcionada.

- Sim, sair. Agora anda logo – a garota a empurrou para o nosso quarto e fechou a porta.

“É hoje!”, eu pensei enquanto descia as escadas e me jogava no sofá.

Depois de meia hora contada, Judy desceu as escadas. Ela tinha um sorriso no rosto e os olhos dela estavam brilhando.

- Cadê a Kate? – eu perguntei me levantando.

- Ela já tá descendo.

Ouvi barulhos de passos no assoalho, e depois, uma belíssima garota, com um vestido preto decotado que ia um palmo acima do joelho e com os cabelos escovados desceu as escadas. Ela estava com uma maquiagem leve, mas a boca estava bem marcada com um batom vermelho.

- Uau! – eu exclamei, ainda fitando as belas pernas da minha pequenininha.

- Pareço uma puta – Kate disse abaixando a cabeça.

- Você não parece uma puta. Você parece uma mulher confiante consigo mesma e que quer o noivo feliz. E você é essa mulher – Judy disse.

- Com certeza, eu amo essa mulher – eu disse a puxando para um abraço apertado.

- Vamos logo? – Judy disse animada.

- Vamos – eu e Kate dissemos juntos.

Entramos no carro e liguei o rádio. Tudo parecia acontecer super bem, até a amiga da minha noiva perguntar uma coisa SUPER desagradável.

- Quando foi a última vez que... vocês sabem...

- Quer saber amiga, vai se danar! Não posso ficar te contando essas coisas!

- Estou tentando ajudar no relacionamento de vocês. Agora, Jake, vai logo pro Big Boy. E não ficaremos na parte de cima.

Uns vinte e cinco minutos depois de chegarmos, Judy já estava completamente bêbada se pegando com um carinha no canto do bar. Kate só tinha bebido dois copos de conhaque e eu duas doses de soda com vodca. Já estava sentindo o efeito do álcool apossar o meu corpo, e Kate também estava meio alegrinha.

- Vamos dançar, pequenininha? – eu puxei a mão dela.

- Claro!

POV’ Kate

Sim, eu estava me sentindo completamente bêbada. Quando Jake me chamou para dançar, não tinha nada que pudesse tirar a minha felicidade.

Fomos até o meio da pista, onde outros casais dançavam de um jeito frenético. Ele me abraçou para mais perto e beijou meus lábios. Nunca senti coisa parecida: uma mistura de mágoa reprimida misturada com o desejo. Eu estava triste, mas naquele momento a única coisa que eu queria era que aquele beijo nunca acabasse.

- Você é perfeita Kate. A única coisa que eu quero agora é você – ele sussurrou no meu ouvido.

O abracei para mais perto, deixando nossos corpos colados, sem nenhum centímetro nos separando. Um garçom passava com uma bandeja, eu peguei um copinho e virei tudo de uma vez, sorrindo ao terminar. Jake me olhou de um jeito estranho.

- Vamos embora Kate... você tá meio descontrolada.

- Eu?! Descontrolada?! Hum! – eu me virei e fui até o primeiro cara que eu encontrei.

Não lembro exatamente o que aconteceu depois, mas nos beijamos, acho que ele me abraçou, e eu apaguei.

Acordei no dia seguinte com uma super dor de cabeça. A luz do sol me incomodava, então tentei levantar para fechar as cortinas, mas uma enorme onda de dor percorreu o meu corpo.

Deitei novamente me sentindo uma inútil. Olhei para o relógio e me assustei com o horário. Já passava do meio-dia e eu nem tinha me levantado.

Quando estava criando coragem para levantar e encarar a dor, a porta abriu e Jake entrou. Ele tinha um pacote de yakisoba na mão e estava sorrindo. Me sentei realmente confusa, com dor de cabeça e cansada. Ele sentou ao meu lado e colocou o pacote no meu colo.

- Como se sente depois da sua primeira noite de bebedeira?

- Hã... vamos pensar. Cansada, com ressaca, com o corpo doendo e com dor de cabeça.

- Sabe, você não se dá muito bem com a bebida, sabia?

- É... sou meio nova nesse ramo. Mas e a Judy?

- Não sei o que aconteceu com ela. Depois de você desmaiar eu corri pra casa.

- Sabe, aquele cara no bar? Aquilo não era pra acontecer, mas eu estava bêbada. Me... – ele me cortou no meio da frase, beijando meus lábios.

- Não precisa dizer nada. Eu sei que você não queria fazer aquilo.

Suspirei aliviada e sorri. Comi o macarrão rapidamente, sem parar nem para respirar. Quando acabei, ele disse que era para eu dormir, que logo eu melhorava.

POV’ Jake

- Ano que vêm tem a formatura. E depois a faculdade. Você sabe o que vai fazer? – eu perguntei.

- Vou cursar medicina pediátrica. A Sam me inspira bastante – ela disse fazendo carinho nos cabelos escuro da garotinha.

- E você? – a garotinha disse.

- Na verdade, eu tenho uma idéia. Quando eu fui pro mercado um dia desses, eu passei por um centro de alistamento do exército. E me inscrevi.

- O quê?! – Kate disse gritando. - Você toma uma decisão dessas sem nem falar comigo?

- Por que eu teria que falar com você? Você escolheu ser médica e nem me disse nada!

- Mas eu não posso morrer por isso. Mas você pode! Como você se inscreve para soldado e nem me fala nada! Sabe como isso acaba? – ela disse com uma lágrima no rosto. - Eu tendo que ir reconhecer o seu corpo, e enterrar você! Será que não percebe?!

- Eu não vou morrer por isso. O máximo que pode acontecer é eu voltar pra casa! Não vou sair do país logo no primeiro ano de soldado! – eu disse um pouco fora de mim.

Olhei para Kate e ela estava chorando. Sam estava triste, com a cabecinha abaixada.

- Sabe o que me assusta? – Kate disse baixinho. - A única coisa que eu tenho medo é de perder você.

- Mas você pode viver sem mim – eu disse me sentando ao lado dela de novo.

- Sim, eu posso. Mas eu não gostaria.

Eu a abracei. Ela chorou mais um pouco, mas parou quando se lembrou da Sam. Ela se levantou rápido e perguntou se alguém estava com fome.

Ela correu até a cozinha e nos deixou na varanda. A pequena garotinha pegou o carrinho com o cilindro verde e andou até mim, se sentando ao meu lado do banco. Me olhou com aqueles olhos azuis penetrantes.

- Sabe, vocês parecem com os meus pais. Eles sempre brigavam, mas eu sabia que se amavam. Mas uma briga dessas que causou a morte deles. Não briguem mais, por favor. Vocês foram feitos um para o outro.

- Você é muito esperta pra uma garotinha de dez anos.

- Quando você quase pode ver a morte, você começa a prestar atenção nas coisas.

- Se os seus pais morreram, quem te internou?

- Um tio, mas eu vejo ele uma vez por ano. Ele não gosta de mim.

- Tem certeza disso? É só meio impossível não gostar de você.

- Ele me disse isso. “Não gosto de você Samantha, eu só faço isso por que prometi a seus pais. Por que delta você teve que ter essa droga de câncer? Só sabe atrapalhar a minha vida Samantha?”.

- Mas fica tranquila, tá? Nós gostamos de você, e enquanto estivermos vivos, pode acreditar que iremos cuidar de você – eu beijei o topo da cabeça dela.

Kate voltou e sorriu com a imagem que viu. Trouxe uma bandeja com sanduíches e limonada. Depois de comermos levamos Sam para o hospital, afinal, o fim de semana estava acabando e ela tinha que voltar.

Na volta, Kate segurou minha mão e me lançou um olhar preocupado. Sabia o que ela estava sentindo, mas não tinha mais volta.


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Notas finais do capítulo

E então??
Só tenho que agradecer a vocês, meus lindo leitores. 126 REVIEWS!!! OMG!!!
Sem querer ser chata nem nada, mas podiam dar uma olhadinha na minha nova fic??? É My Sweety Angel.
Bem, é só isso mesmo.
Beijos
:3