Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies


Capítulo 8
I’m falling, falling faster. Part |I




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Samantha podia estar entregue a fúria que dominava cada parte do seu corpo – lado a lado com a dor – mas, estava ferida e fraca.

- Não faça isso Samantha. – Caroline apenas se afastava cada vez que Samantha tentava atingi-la.

Caroline ainda tinha raiva pelo que Samantha fizera com ela mais cedo e não via a hora de lidar com isso, mas não era correto fazer isso agora, aproveitar que Samantha mal se aguentava em pé.

Mas aquele jogo de palavras já a estava irritando, por que Samantha precisava ser tão cabeça dura? Porque simplesmente não parava com aquilo de uma vez.

Caroline cansou de ser compreensiva, atacou Sammy prendendo à no chão com uma mão em volta de seu pescoço.

- Você pode parar com isso agora. – disse entredentes.

Samantha riu. Sangue fluiu de sua boca tingindo seus dentes.

Caroline fechou os olhos por um momento, respirou fundo antes de continuar.

- Eu não vou brigar com você. – disse pausadamente.

- Eu vou matar você. – Sammy disse como se Caroline não houvesse dito nada.

- Talvez nós possamos resolver isso de outra forma... – Caroline insistiu.

- Nós teremos um acerto das nossas diferenças, não duvide disso---

- Mas não hoje e nem agora. – Caroline interrompeu.

Samantha puxou-a fazendo-a cair a seu lado no chão.

- Eu defino o momento.

Caroline levantou furiosa e a atacou, Sammy tossiu cuspindo sangue.

- Eu não vou perder meu tempo com você. – Caroline limpou as mãos na blusa. – Não vale o meu tempo.

Sammy tentou uma vez mais, mas Caroline prendeu-a pelos braços, como havia sido feito com ela mais cedo.

- Qual o seu problema comigo? Klaus? – Samantha se debateu ao ouvir o nome dele. – Vejo que sim. Olha, não me importa quem você seja e o que vocês dois vem fazendo juntos, eu não me importo. Nem com você e nem com ele.

Samantha imaginou se era esse o motivo do fascínio dele para com ela. “Querer o que não pode ter”.

- Ele te compeliu é isso? Poderia ser uma ligação com ele, mas Stefan me disse que você não é um dos híbridos. – Caroline disse pensativa. – Se ele não tiver o feito, não imagino o porquê dessa devoção a ele. Querida, o Klaus é o cara mal.

- Talvez eu goste do lado mal. – Sammy murmurou.

- É pior do que eu imaginava. – Caroline riu nervosa. – Não deixe que ele te use para sei lá... Qualquer coisa. Não é seguro. Ele só se importa com ele mesmo.

As palavras faziam sentido, ele era sempre descrito assim.

Caroline a soltou.

- Por que você não acabou comigo agora? – Sammy perguntou petulante.

- Não vale a pena. – Caroline respondeu dando de ombros. – Além do mais se você estiver com Klaus, você vai acabar com sua vida por si própria. É o que acontece com quem escolhe ficar ao lado dele.

- Cale a boca. – Sammy falou entredentes.

- Ele usa as pessoas e depois as descartas.

- Cala a boca! – Sammy partiu para ela novamente.

Caroline atingiu o punho no rosto da garota e em seguida empurrou-a ao chão.

- Será que não percebe o quanto esta sendo ridícula?

Sammy semicerrou os olhos sem se levantar.

- Você cometeu um erro.

Caroline deu lhe as costas.

- Você devia ter me matado quando teve a chance. – gritou para a loira.

- Frase clichê, mas eu irei considerar. – Caroline ironizou.

- Você não terá outra chance como essa. - Sammy riu. Riu para si mesma. De si mesma.

Mais uma vez ficara no chão. Pela segunda vez em um curto espaço de tempo. No chão. Humilhada de novo.

Por Klaus. Por Caroline.

Samantha precisava se recuperar e fazer algo em relação a isso. Samantha Robertson não aceitaria esse tipo de humilhação de graça.

Mas o que faria? Não podia voltar para a casa de Niklaus. Não sem admitir derrota.

- E isso eu não farei. – falou em voz alta.

Precisava de ajuda, mas não de pessoas compelidas, chamaria a atenção dele e seu Poder se fora. Se pudesse ao menos andar em velocidade vampira seria um grande feito.

Ela precisa de um abrigo, mas quem ela conhecia naquela cidade?

Nessa cidade não, mas talvez em Mystic Falls...

*

Matt secava os cabelos com uma toalha distraidamente ao ouvir um barulho na varanda da sua casa.

Acendeu a luz e abriu a porta olhando para o lado de fora cauteloso. Não havia nada. Virou-se para entrar, no entanto sua perna foi puxada.

Assustou-se voltando para dentro da casa com o coração batendo freneticamente até entender que era Sammy.

- Você me assustou! – gritou por conta da adrenalina que corria em seu corpo.

Sammy deitou no chão frio de madeira tossindo muito. Seu corpo doía, e o local daquela maldita mordida insistia em sangrar.

- Você ‘ta bem? – Matt perguntou cauteloso.

- Eu pareço bem? – Sammy falou com dificuldade.

Matt pensou no que deveria fazer.

- Não diga a ninguém que estou aqui. – Sammy disse parecendo ler os pensamentos dele.

- E eu devo deixar você morrer na minha varanda? Acho que alguém vai acabar vendo.

- Então apaga essa luz. – Sammy girou o corpo olhando para ele.

Matt fez o que ela pedira e sentou encostado á porta.

- Eu não vou convidar você para entrar. – Matt disse olhando para os próprios pés.

Sammy quase riu. Ele não precisava convida-la...

- Achei que você fosse mais sensível. – Sammy fingiu desapontamento.

Matt abriu a boca para protestar, mas então voltou a fecha-la.

- Por que está aqui? – perguntou minutos depois.

- Dessa vez eu realmente preciso de ajuda. – Sammy respirou fundo e fechou os olhos.  – Eu só conhecia você...

- E o Klaus?

Samantha cerrou os dentes. Matt logo entendeu.

- E o que eu faço? – Matt parecia preocupado. – Você achou que eu te daria meu sangue de livre e espontânea vontade ou o que?

- Ou o que. – Samantha respondeu.

Matt permaneceu em silêncio, então Samantha abriu os olhos e sentou-se ficando ao lado dele. Ainda do lado de fora e ele do dentro achando que estava ‘a salvo’.

- Matt eu não sei por que, mas eu... – Samantha lutou para encontrar a palavra adequada.

- Confio. – Matt sugeriu.

- Eu não confio em ninguém. – Samantha rebateu nervosa. Então viu a expressão assustada de Matt. – Ok, eu não sei como dizer isso. Mas, Matt eu preciso da sua ajuda e acho que você vai me ajudar, por um motivo desconhecido. Talvez você seja bom demais.

- Você não confia em ninguém. – Matt refletiu. – Então como eu posso te ajudar sem confiar em você, que você vai fazer algo---.

- Eu não vou. – Sammy interrompeu. – Acredite na minha palavra.

Matt sabia o quanto aquelas palavras eram verdadeiras. Apesar do incidente com Damon, Stefan e Caroline e estar relacionada a Klaus ele ainda a via como a garota com quem tomou um simples café.

- Não tem nenhum dedo do Klaus nisso, tem? – Matt perguntou ainda inseguro.

Samantha negou.

- Eu contarei tudo o que você quiser saber. – Sammy sabia que era apostar alto, mas momentos de desespero... - E para demonstrar o quanto eu estou disposta a cumprir a minha palavra. – Sammy levantou. – Eu posso simplesmente...

Sammy colocou um pé pra dentro da casa vendo Matt ficar boquiaberto.

- Eu poderia entrar ai a qualquer momento, mas ao invés disso estou aqui esperando que você me convide.

- Entra. – Matt disse mais que rapidamente.

*

Sammy estava sentada no sofá, Matt sentado em uma cadeira de frente a ela.

A garota reparava no quanto ele parecia inquieto.

- Você pode falar. – ela disse depois de alguns minutos.

Matt assentiu, mas permaneceu em silêncio.

- O garoto que adora perguntar, não quer fazer perguntas. – Sammy caçoou.

Matt riu brevemente.

- Estou pensando por onde começar.

- Comece com isso. – Sammy se inclinou de forma a olhar nos olhos dele. – Vá até o antigo apartamento onde eu ficava antes...

“De Klaus me obrigar a ficar na casa dele” – completou em sua cabeça.

- Eu preciso que você pegue para mim uma bolsa que esta guardada em um fundo falso do chão de madeira. – Sammy falou pausadamente para que não houvesse confusões.

Matt mordeu o interior da bochecha.

- Faça isso. – Sammy tentava controlar a impaciência. – Faça isso e depois eu faço tudo o que você quiser, te conto tudo o que você quiser. Mas eu preciso disso agora.

Matt assentiu e se levantou.

- Matt, eu estou tendo o mais perto do que você chama de “confiança” em você, não me desaponte.

- Espero que eu não esteja errando ao de dar essa confiança. – ele murmurou.

- Você sente que é errado? – Samantha perguntou perigosamente próxima a ele.

- Eu---- - Matt gaguejou afetado pela proximidade.

Samantha tocou levemente seu rosto sorrindo levemente.

Matt por impulsou a beijou. Apenas lábios encostados como se ele esperasse uma reação negativa da parte dela. Samantha gostou da atitude. Movimentou levemente os lábios fazendo-o acompanhar os movimentos lentos. Mas quando Matt se aproximou demais ela apenas sorriu parando o beijo e encostando suas testas.

- Faça o que eu pedi.

Matt assentiu e saiu.

*

Samantha aproveitou da saída de Matt para tomar banho, queria se livrar de todo aquele sangue.

Ao sair prendeu os cabelos em um rabo-de-cavalo e lembrou-se de não ter roupas ali. Abriu o quarto roupa dele e pegou uma boxer e uma blusa.

Estava ficando impaciente com a demora, mas Matt era humano dependia de seu carro para ir e voltar.

Samantha esperava que houvesse tempo para o que tinha que fazer, antes que Klaus reunisse todas as informações em sua cabeça; aquelas tiradas junto com seu sangue.

Quando Matt adentrou a casa Sammy correu até ele pegando a bolsa de suas mãos. Abriu rapidamente para se certificar de que tudo estava ali.

Matt olhou para o corpo de Sammy precariamente coberto por sua blusa que chegava apenas a cintura dela.

- Obrigada. – Sammy disse balançando a bolsa trazendo a atenção dele para seu rosto. – E quanto às roupas... Espero que não se importe, mas eu não tinha nenhuma.

- Tudo bem. – Matt deu de ombros. – Ficaram melhores em você mesmo.

- Que horas são? – Sammy perguntou olhando pela janela, o sol já se fora.

- 8h26. – Matt respondeu.

- Temos que esperar até 00h00.  – Sammy disse.

- Esperar para que? – Matt perguntou aproximando-se dela.

Sammy virou e tocou seu rosto.

- Chamaremos alguém para uma visita.

A expressão de Matt mudou para uma de pura confusão.

- Preciso de velas, um giz, uma tigela, um alfinete... – Sammy enumerou nos dedos - e de você.

Matt arqueou a sobrancelha.

- Isso parece ingrediente para um feitiço.

Sammy sorriu de lado.

- Tenho certeza que ela adorará te ver.

*

Há meia-noite o circulo já estava desenhado no chão da sala, o fogo crepitava na tigela a frente de Samantha, as velas acessas eram a única iluminação.

- Achei que só bruxas podiam fazer esse tipo de coisa. – Matt comentou.

- Qualquer um que acredite. – Sammy disse. – E digamos que eu tenha um fator a mais.

Primeiro Samantha tirou da bolsa um frasco com sangue e depois uma mecha de cabelo loiro.

Derramou o sangue na tigela, o fogo pareceu brilhar com mais intensidade. Samantha falava palavras rápidas que Matt não conseguia entender. Em seguida foi a vez do cabelo se juntar ao fogo.

Samantha mantinha os olhos fechados, estendeu as mãos para que Matt as segurasse.

- Imagine. – ela disse.

- Imaginar o que? – Matt sussurrou.

- Apenas foque em mim, nossas mentes ficaram conectadas.

Matt fechou os olhos.

Alguns segundos se passaram em absoluto silêncio, até Sammy soltar uma das mãos de Matt e pegar o alfinete que estava esquecido junto a ela.

Inseriu o alfinete até a metade da vela do meio.

- E agora? – Matt perguntou.

- Esperamos. – Sammy respondeu.

Não foi preciso esperar muito, coletivamente as velas se apagaram assim como o fogo na tigela.

Os olhos de Sammy tornaram-se completamente negros, Matt resistiu ao instinto de puxar a mão e se afastar. Ela começou a falar, mas não era com ele.

“Eu preciso de sua ajuda.”

“Eu não tenho tempo para explicar, apenas venha de uma vez.”

“Sim.”

“É mais que isso.”

E então ela parou. Uma gota de sangue escorreu de seu nariz caindo no chão. Seus olhos voltaram ao normal.

- Eu já posso sentir... – Samantha sorriu. – Ela virá.

- Tem certeza? – Matt parecia incomodado.

- Um vampiro não pode ignorar um feitiço de invocação.

Matt fechou os olhos respirando fundo.

- Eu pude ver um rosto...

- Sim, você esteve na minha mente por um breve momento. – Sammy explicou.

Matt mordeu o lábio inferior imaginando se aquela havia sido uma boa ideia.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu tive que me basear em 'Reunião Sombria' - que é o meu favorito *u* - para escrever esse 'feitiço de invocação'.

Eaí quem vocês acham que se juntará a essa "festa"? hahaha

O Matt é um amor, sim ou claro? =]

See you later ;*



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