Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies


Capítulo 45
Give me a second


Notas iniciais do capítulo

I'm Back! hahah
Tentei não demorar, faz tanta falta ler o comentário de vocês, sério!
Nos vemos lá então.
Boa leitura.



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"Give me a second, I... I need to get my story straight" We Are Young - (feat. Janelle Monáe) Fun

– Pra quê? - Klaus perguntou tentando não se alterar. - Por que precisa do corpo de Philipe?

– Eu vou explicar tudo depois, primeiro me diga se você o enterrou.

– Isso é sobre Henrik?

Samantha pensou por um momento.

– Talvez seja.

– Talvez? - Klaus arqueou a sobrancelha. - Acho que você está mentindo.

– É difícil explicar agora.

– Temos muito tempo agora.

– Não haja assim, Niklaus! - Samantha reclamou. - Estamos juntos novamente a menos de um dia e já estamos brigando.

– Já estou cansado de ter tantas perguntas sem respostas. - Ele disse.

– Eu conheci alguém que talvez possa me ajudar. - Sammy falou calmamente. - Mas antes preciso saber se ele é realmente capaz de fazer algo tão grandioso.

– Como ressuscitar o Philipe?

Samantha ficou surpresa.

– Não é tão difícil imaginar que seja isso. - Klaus continuou.

Samantha levantou pegando Henrik no colo.

– Eu já não tinha esperança alguma e a possibilidade de trazer Philipe de volta me deu novas esperanças.

– Vai trazê-lo de volta para sua vida? - Klaus aumentou o tom de voz. - É assim que você tem esperança? Então fique sabendo que isso não vai acontecer! Você não vai trazê-lo dos mortos!

Ele saiu batendo a porta.

Samantha sabia que seria difícil fazê-lo falar, mas insistiria naquilo.

Se Carter pudesse realmente trazer Philipe dos mortos como ele disse que poderia então talvez ele pudesse ajudar a encontrar uma forma de dar imortalidade á Henrik.

Ela estava apostando alto em algo que poderia não significar nada, sabia disso.

No entanto, se funcionasse todos seus problemas acabariam ali.

*



– Como você está? - Rebekah perguntou sentando ao lado dela. - Deu bastante trabalho te achar.

– Sinto muito por isso. - Sammy disse. - Suponho que já sabe o motivo pelo qual vim afinal.

– Niklaus contou. - Ela assentiu. - Acho que você deveria ter nos avisado, era um segredo terrível demais para ser escondido assim.

– Eu só queria poder ter resolvido-o antes.

– Podíamos ter ajudado.

– Não, não poderiam. - Sammy respirou fundo. - Passei os últimos meses tentando achar qualquer forma de reverter isso e não consegui.

– Sei que tentou. - Rebekah segurou uma mão dela entre as suas. - Abriu mão de muita coisa para tentar ajudar seu filho, isso é incrível.

– Seria mais incrível se eu tivesse conseguido.

– Estamos aqui agora para ajudá-la no que for necessário.

– Matt! - Samantha lembrou-se de perguntar. - Você o deixou para vir atrás de mim.

– Ele entendeu. - Rebekah disse. - Não se preocupe.

– Ele é um cara legal.

– Talvez não tanto assim quando te encontrar. - Rebekah fez careta.

– O que quer dizer?

– “Vou puxar a orelha dela quando voltar!” - Rebekah imitou a voz dele.

Samantha riu verdadeiramente.

– Prometo tirar você disso tudo. - Sammy disse em seguida. - Então você poderá ter uma nova vida com Matt.

– Não é assim que as coisas funcionam.

– Eu sei que no passado nenhum dos seus casos amorosos deu certo por intervenção de Niklaus, mas as coisas serão diferentes dessa vez, ok?

– Samantha...

– É uma promessa que estou fazendo a você. - Disse seriamente.

– Tudo bem, agradeço por isso.

Samantha sorriu confiante.

– A muita certeza nas suas palavras. - Rebekah constatou.

– Porque tenho muita certeza do que digo.



*



– Niklaus! - Samantha chamou.

Ele estava sentado na praça principal da pequena cidade.

– Sei que ainda está bravo e confuso com tudo isso. - Sammy sentou ao lado dele. - Mas eu também estou.

– Henrik não sendo imortal, você querendo trazer Philipe de volta, essa pessoa que pode fazer isso. - Klaus olhou para ela. - É muita coisa para se pensar.

– Ele tem Poderes. - Samantha disse. - Algo sobre druidas, meus Poderes derivam-se daí também.

– E como você sabe disso?

– Ele me disse.

– E como ele sabe disso?

– Somos família. - Sammy respondeu.

Niklaus permaneceu olhando pro rosto dela sem dizer nada.

– É uma surpresa e tanto, não é? - Ela sorriu fracamente. - Um primo a essa altura do campeonato.

– Não sabia que você tinha parentes.

– Eu também não, até ele aparecer.

– E tem certeza disso?

– 100% não. - Samantha deu de ombros. - Mas há muitas possibilidades.

– Não acha que está se agarrando muito a “possibilidades” e “esperanças”? - Klaus perguntou arqueando a sobrancelha para ela. - Quando passou a ter essa fé?

– Quando a vida do meu filho passou a ser o mais importante para mim.

Klaus suspirou, mas não disse nada.

Ela pegou a foto no bolso da calça e mostrou para ele.

– Meus pais.

– Eu me lembro. - Klaus disse, desviando o olhar da fotografia.

Ouve um momento de silêncio.

Além do mais ele havia matado os pais da garota a sua frente.

– Não quero mais pensar nisso. - Sammy murmurou. - Eles estão mortos para sempre.

– Sinto muito. - Tocou seu rosto.

Eu não quero mais sentir. - Sammy olhou para ele.

Klaus sabia do que ela falava.

– Apenas por isso quer trazer Philipe de volta?

Sammy assentiu.

A culpa, Sammy queria livrar-se dela.

– E se ele conseguir isso, talvez possa ajudar Henrik também.

– Tudo bem. - Klaus disse.

– Sério?

– Sim. Vou ser compreensível. - ele disse. - Dessa vez.

– Obrigada.

– Não agradeça, acho que te devo essa.

Samantha assentiu novamente.

– Mas antes quero conhecê-lo, qual o nome dele?

– Carter Robertson Pábulos. - Samantha disse prontamente.

– Certo, onde posso encontrá-lo?

– Sei exatamente onde.



*



– Vocês vão mesmo fazer isso? - Rebekah perguntou olhando de um á outro sem acreditar. - Trazer alguém dos mortos não é uma boa coisa.

– Dessa vez será. - Sammy disse. - Preciso tentar isso.

– Não acho que tenha algo que eu possa dizer para mudar essa decisão.

Samantha negou com a cabeça, decidida.

– Vou pedir apenas uma coisa. - Sammy disse. - Fique com Henrik longe.

– Tem certeza disso? - O olhar dela vagou até Niklaus.

– Melhor não envolvê-la ou envolvê-lo nisso. - Klaus disse.

– Não concordo com isso. - Rebekah falou. - Mas se é o que vocês querem...

– Com sorte resolverei isso rapidamente e então...

– Vai ficar com seu filho. - Rebekah completou impaciente.

– Não fique brava comigo Becky. - Sammy abraçou-a apertado.

– Apenas faça o que tem que fazer. - Rebekah desviou o olhar.

– Não acredito que farei isso de novo. - Sammy sussurrou para si mesma.

Apenas de olhar para Henrik seu coração apertava.

Klaus saiu com Rebekah.



Pegou Henrik no colo na intenção de fazendo-lo dormir.

– Prometo que dessa vez é por pouco tempo.



*



– Então é isso? - Rebekah perguntou. - Ela descobre um primo, ele diz que pode ressuscitar alguém, ela escolhe Philipe e voilá tudo mais se resolve?!

– Não é bem assim. - Klaus falou. - Só... Temos que tentar.

– Vocês tem ou Samantha quer? - Rebekah inquiriu.

– Ela quer e eu farei isso por ela. - Klaus foi incisivo.

– Samantha está sendo incoerente, está agindo pela emoção do momento. Você deveria fazê-la perceber isso e não compartilhar disso.

– Acha que eu não tentei? Mas ela é bastante teimosa caso tenha esquecido.

– E como eu poderia?! - Sorriu irônica.

Rebekah pegou o celular olhando as horas rapidamente.

– Saindo agora até o amanhecer estaremos em outra cidade. - ela disse.

– Apenas dê um tempo para ela se despedir de Henrik.

– Sabe... - Rebekah começou olhando para ele intrigada. - Não acha estranho que ela não tenha escolhido tentar trazer os pais primeiramente?

– Na verdade não. Ele ofereceu Philipe de volta, era pegar ou largar. E pelo tempo que aconteceu... Não devem existir nem ossos dos pais.

– Que você matou. - Rebekah completou automaticamente.

– Não precisa me lembrar a cada segundo disso! - Aumentou o tom de voz.

– Desculpe.

– Além do mais, a culpa que ela sente é por ter matado ele.

– Então ela quer se livrar da culpa. Faz sentido. - Rebekah assentiu lentamente.

– Se ele puder fazer isso, faremos com que ele ajude Henrik em seguida.

– Garantias de que ele fará isso?

Klaus não disse nada.

– Boa sorte com isso. - Rebekah riu minimamente. - Conte-me se conseguirem.

– Vá para bem longe.

– Eu sei para onde ir, nós vamos para---

– Não diga. - Klaus interrompeu. - Eu não quero saber para onde vão.

– E por que não?

– Segurança. Será melhor assim.

Rebekah assentiu.

– Então esse é nosso breve adeus.

– Suponho que seja, Little Sister.



*



Samantha esperou Carter chegar, ela sabia que ele iria até aquele bar.

E ele foi.

Sentou a frente dela com uma bebida já em mãos.

– Está com uma expressão mais... - ele gesticulou. - Alegre. Niklaus está na cidade?!

Não parecia uma pergunta.

– Se já sabe disso vamos pular para outro assunto. - Samantha disse séria.

– Que seria...? - ele gesticulou novamente.

– Philipe.

– Ah, claro. - Carter sorriu de lado. - O namorado morto.

– Tem certeza de que pode ressuscitá-lo?

– Sabe onde está o corpo? - ele contrapôs.

Samantha desviou o olhar.

– Acho que isso significa um não. - Carter disse com falso pesar.

– Em breve conseguirei isso. - Disse firme.

Carter terminou sua bebida olhando fixamente para ela.

– Onde está Henrik? Achei que não se separaria dele mais.

– Não acho apropriado trazê-lo a um bar mesmo não sendo uma criança como as outras ou tendo pais nada normais.

– Certo, concordo com isso.

Samantha sentia-se incomodada pela forma que ele falava e olhava para ela como se tentando arrancar informações que ela não queria dar.

Carter fechou os olhos enquanto respirava profundamente. Abriu os braços e sorriu abertamente.

– Essa será uma noite incrível. - Disse.

Virou olhando diretamente para a entrada do estabelecimento.

– Niklaus. - sibilou.



Talvez a família Robertson tivesse uma adoração por Niklaus, principalmente em chamá-lo assim.

Samantha estava tensa com aquele encontro.

Klaus mantinha-se inexpressível enquanto caminhava – ao que parecia câmera lenta – até a mesa.

Carter parecia controlar o entusiasmo.

Klaus puxou uma cadeira sentando ao lado de Samantha.

– É um prazer conhecê-lo. - Carter estendeu a mão. - Carter Pábulos.

– Acho que não preciso me apresentar. - Klaus apertou a mão dele.

– De forma alguma. - Carter concordou.

– Sabe o porquê estou aqui?

– Para encontrar sua dama nada indefesa. - Carter disse.

– Não aqui na cidade. Aqui, agora.

Carter pensou por um momento, olhou de Niklaus para ela.

– Philipe? - Sugeriu.

Klaus concordou a contragosto.

– Samantha contou que você disse poder trazê-lo de volta a vida.

– Sim, eu posso.

– Precisa apenas do corpo?

– Para inicio.

– E o que a seguir?

– Depende do quanto o corpo está danificado.

– Não muito. - Klaus disse. - Sei onde está e direi assim que souber o que você pretende com isso.

– Não pretendo nada. - Carter semicerrou os olhos, desconfiado. - O que vocês pretendem?

– Philipe não mereceu o que aconteceu com ele. - Samantha interferiu. - É esse o motivo pelo qual estou acreditando que você pode fazer algo para reverter isso.

– Ninguém faz algo assim sem querer algo em troca. - Niklaus continuou. - Diga seu preço Carter.

– Veja minha obra de arte pronta e diga quanto vale.

Eles se olharam demoradamente.

Samantha sentia tensão no ar.

– O corpo está na cidade de onde viemos. - Ela disse quebrando o silêncio.

– Então? - Carter voltou o olhar para ela. - O que está esperando para trazê-lo?

– O próximo voo sai amanhã cedo. - Klaus disse. - O que acha de viajar para longe daqui?

– Deixar a cidade? - Carter ficou sério. - Não era esse o acordo.

– Qual o problema em deixar a cidade por alguns dias? Acha que sairá do controle sem sua supervisão?

Carter tinha aquela aura misteriosa sobre si novamente.

– Sem problemas. - Disse.

– Partimos amanhã. - Klaus levantou estendendo a mão para ele. - Robertson.

Carter retribuiu.

Quando Niklaus saiu do local, Carter voltou a atenção á Samantha.

– Amanhã? - Questionou.

– Exatamente.

– Não achou que seria de bom grado adiantar o assunto antes dele chegar?

– Achei que gostaria da surpresa. - Sammy sorriu cínica.

– Uma grande surpresa. - ele disse.

– Gostou de conhecê-lo? Foi como você imaginou? - Sammy provocou.

– Ainda há muitas coisas que gostaria de conhecer sobre ele. - Carter disse simplesmente.

Arrumou o casaco e levantou.

– Já vai? - Sammy franziu o cenho.

– Temos uma viagem amanhã. - ele disse com obviedade. - E eu gosto de planejar com antecedência, se não posso, terei que improvisar algumas coisas.

E dando uma piscadela em sua direção ele se retirou.



*



– E então? - Sammy perguntou ao sair do bar.

– Ele não apresenta perigo. - Klaus disse. - Não que eu pudesse identificar de imediato.

– Certo, então continuaremos com isso.

Klaus assentiu.

– Não confio nele, mas farei isso por você.

– Obrigada mais uma vez por isso. - Sammy disse.

– Não quero que você passe a vida inteira sentindo-se culpada por algo que eu te obriguei a fazer.

Samantha desviou o olhar, incomodada de repente.

– Acha que Rebekah já está longe daqui? - Mudou de assunto.

– Certamente.

– E sabemos onde ela vai?

– Não. É melhor que seja assim.

Samantha observou o céu negro onde poucas estrelas apareciam.

Quem poderia dizer onde Rebekah estaria aquela hora?

Sairiam cedo de volta a cidade. Sammy pensou se deveria contar a Niklaus sobre seu problema com o sol, fogo. Decidiu que não, seria mais uma preocupação para ele. Era melhor focar no mais evidente.

– Até que vocês se parecem. - Klaus comentou. - Fisicamente.

– Pois é. - Sammy fez careta. - Um pouco.

– Muito.

– Que seja.



*



Klaus havia ficado atento a cada movimento na rua, como se esperasse que algo fosse acontecer.

Samantha havia contado tudo que tinha acontecido para ele. Ou quase tudo.

O sol já estava forte no céu e Sammy e Klaus esperavam por Carter.

Os óculos escuros devidamente postos e agradecia mentalmente a árvores que fazia sombra sobre ela.

Ele apareceu com dois vampiros a tira colo.

– Para um não vampiro ele exerce muito poder sobre eles. - Klaus disse.

– Mais um mistério a ser desvendado. - Sammy concordou.

Carter se aproximou parando próximo á eles. Retirou os próprios óculos.

– Espero que vocês não se incomodem com meus amigos. - Ele falou.

– De forma alguma. - Sammy sorriu forçadamente para eles.

– Podemos ir? - ele apontou para um carro ao longe.

Klaus assentiu.

– Então para o aeroporto. - Carter disse seguindo para o automóvel.

Eles esperaram ele se distanciar um pouco para começar a segui-los.

Klaus puxou Sammy roubando um beijo rápido dela.

– Esteja preparada caso algo dê errado.

– Estarei.


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Notas finais do capítulo

Foi rápido, necessário e no próximo vamos lidar com Philipe.
Será que Carter vai realmente ressuscita-lo ou não?
Acham mesmo que ele tem boas intenções?!
Não esqueçam de comentar e me deixar saber o que vocês acharam.

See you Later ;*

P.S: Lembrando apenas que http://fanfiction.com.br/historia/484548/Masquerade/ foi atualizada também. Espero vocês lá