Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies


Capítulo 46
Bleed Well


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente quero mandar um beijinho especial para: Marcela Amaral, Lola Chan, nataliasilveira e Selena Mikaelson que estão sempre presentes nos comentários. Vocês são maravilhosas!

E boa leitura a todos vocês :)



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“Sangre bem a alma que você está prestes a vender por uma paixão demente.”– Bleed Well – HIM



– Ah, finalmente. - Carter disse, assim que chegaram a mansão de Niklaus.

– Foi uma longa viagem. - Sammy concordou.

– Você fugiu disso? - Carter apontou a casa. - Tem algo errado com você.

Samantha rolou os olhos, preferiu ignorá-lo.

Klaus falou com um de seus híbridos para que mostrasse a casa a Carter e dirigisse-o para um dos quartos. E fizesse o mesmo com os vampiros que o acompanhavam a cada passo.

– Uma casa cheia de híbridos e um Original, até entendo essa cautela dele de andar com vampiros. - Samantha disse, virando-se para Niklaus. - O que faremos agora?

– Você deveria descansar um pouco. - Ele disse.

– Eu não quero.

– Não seja teimosa. Durma algumas horas.

– E o que você fará enquanto isso? - ela perguntou petulante.

– Fiquei bastante tempo longe da cidade, vou resolver algumas coisa e... - ele suspirou. - Buscar o corpo de Philipe.

Samantha assentiu lentamente.

– Eu deveria fazer isso.

– Não. - Klaus negou. - Você não sabe onde está e é melhor que eu o faça.

Samantha apesar de contrariada, concordou.

– Nos vemos em algumas horas então. - ela disse.

Klaus se afastou sem dizer nada.



Sammy virou para encarar a realidade.

Não sabia se deveria ir para o quarto de hospedes ou o de Niklaus.

Decidiu-se por ir ao dele.

Tudo parecia o mesmo.

Pegou uma toalha e foi para seu merecido banho.



– Por favor, tenha roupas minhas aqui. - murmurou.

Foi ao closet e achou. Optou por jeans e camiseta. Rápido e fácil.

Ia sair quando alguns papéis chamaram sua atenção. Apenas uma ponta sobressaia a caixa em que estavam, mas foi o suficiente para aguçar sua curiosidade.

Abriu vendo o que pareciam bilhetes e desenhos.



Ela fez o que disse que faria.
Não poderia eu dizer que Samantha não era decidida.
Ainda penso se deveria ir buscá-la como disse que faria.
Vez ou outra tenho o pensamento de que mantê-la afastada de tudo isso é o melhor. Eu sei que há algo mais. Há algo maior no motivo pelo qual ela partiu.
Ela mesma disse que estava fazendo aquilo por mim e por Henrik. E se ela estava fazendo algo por nós, eu deveria saber o quê.
Deveria ser capaz de ajudá-la nisso.
E minha primeira ação, será procurar Trina. Ela com certeza sabe o que se passa com Samantha.
Na verdade não sei porque escrevo isso.
Algumas vezes sinto a necessidade de expressar meus pensamentos.
Ouvi dizer que ”



Samantha franziu o cenho. Terminava daquela forma.

Klaus havia pintado. Coisa que ele não fazia com frequência.

Eram desenhos de Henrik. No berço, com Rebekah, com ela...

– Que mundo injusto é esse que vivemos onde um filho seria capaz de matar o pai? - Ela murmurou.

– Planeta Terra, na parte sobrenatural.

Samantha levantou assustada quando sua pergunta foi respondida.

– O que está fazendo aqui Carter?

– Procurando você. - Disse como se fosse óbvio.

Samantha chutou a caixa para o lado e saiu com Carter.

– Então quer dizer que o que ouviu era verdade. - ele analisou. - Henrik é um serzinho bem Poderoso.

– Estamos aqui por Philipe, não por Henrik. - Sammy respondeu incomodada.

– Tudo faz parte.

Sammy desceu as escadas com ele.

– Me sinto como um tio. - Carter falou.

– Até dias atrás você era um completo estranho e agora já sente-se parte de uma família? - Samantha riu minimamente.

– Uma Robertson deveria saber que os membros Robertson não são fáceis de entender. - Ele deu ombros.

– Se eu tivesse convivido com qualquer um deles, quem sabe.

O clima ficou pesado.

– Tudo bem. - Carter disse para contornar a situação. - Vamos até Philipe.

– Agora?

– Sim, você quer isso, não quer?

– Quero, mas não sabia que seria agora no meio da tarde.

– Achou que seria preciso a lua cheia no céu? - Ironizou.

Samantha pensou que se ele não fosse necessário poderia torcer seu pescoço.

– Temos que esperar Niklaus, de qualquer maneira. - Samantha sentou-se no sofá. - Vou ligar para ele. E já que é humano deveria procurar algo na cozinha.

– Realmente estou faminto. - Carter ponderou. - Ouviu meus pensamentos?

– Ouvi os roncos da sua barriga. - Sammy sorriu de lado.

Carter fez careta saindo dali em seguida.

Sammy pegou o celular, ligando para Niklaus.

Atendeu ao quinto toque.

– Já teve tempo para encontrar o corpo? - ela perguntou cautelosa.

– Estou fazendo isso nesse exato momento. - Klaus respondeu.

– Certo, mas Carter já está preparado para fazer isso.

– Já?

– Sim.

Klaus ficou em absoluto silêncio, deveria estar pensando em algo.

Depois passou um endereço, mandou que o encontrasse em uma hora e desligou.

Samantha respirou fundo.

Sabia que Klaus não tinha concordado inteiramente com aquilo, estava apenas fazendo a vontade dela.

Sentia-se culpado por vê-la sentir-se culpada por matar Philipe. Além do mais, Klaus não a dera escolha, Philipe morreria de qualquer forma.

Ele não gostava da ideia e cada vez parecia mais difícil não demonstrar isso.

Ela lidaria com essa questão depois.



*



– Aqui estamos nós. - Sammy disse ao chegar a clareia.

– Onde está o corpo? - Carter foi até Niklaus.

Ele apontou para trás.

O corpo de Philipe com o coração fora do peito.

– Um corpo e um coração, adorável cena. - Carter sorriu, abaixando-se. - Venha Samantha. - Chamou.

Ela passou por Klaus que desviou o olhar dela.

Se antes ela achava agora tinha certeza de que ele estava bravo com aquilo.

– Coloque o coração de volta ao lugar. - Ele disse.

Samantha olhou para Carter sem reação.

– O que está esperando? - ele franziu o cenho.

– Eu tenho que fazer isso?

– A não ser que queira um homem de lata e depois mande-o até Oz em busca de um coração. - Carter riu divertido. - Coloque-o de volta!

Sammy pegou o coração com cuidado em mãos.

– Ele já está morto, não precisa ser delicada.

– Será que você pode calar a boca? - Sammy se irritou.

Carter fez sinal como se colocasse um zíper nos lábios.

Colocou-o no lugar ao qual pertencia.

– E agora?

Sua pergunta pairou no ar.

Olhou para Carter ao seu lado, ele apontou a própria cabeça.

Sammy demorou um segundo até entender.

Passou a ouvir os pensamentos dele.

Niklaus não parece satisfeito com isso então vamos poupá-lo de todo esse blábláblá”

Que seja, apenas diga o que fazer.”

Feche.”

Ainda tinha terra dentro dele, era estranho.

A Terra vai sair eventualmente” Carter respondeu.

Samantha colocou as mãos sobre o peito de Philipe e se concentrou. Quando abriu os olhos o buraco parecia nunca ter existido.

Poupamos o tempo de te ensinar a restaurar um dano, isso é bom” Carter sorriu para ela. “Isso foi ótimo” elogiou.

Sammy tinha testado a primeira vez com Chris há meses atrás.

O que eu faço agora?”– Perguntou.

Deixe comigo”

Carter segurou a mão de Philipe entre as suas.

Samantha se afastou, dando-o espaço.

Carter falou algumas coisas, fechou os olhos, respirou fundo e então bufou.

– Qual o problema? - Foi Klaus quem perguntou.

– Ele parece disperso. - Carter fez careta. - Preciso de algo que o ligue ao mundo real.

– E o que seria isso?

Carter olhou para Samantha.

– Sem chance. - Klaus olhou de um para o outro. - O acordo era você fazer isso sozinho, você disse que sabia como fazer.

– Não seja ciumento. - Carter rolou os olhos. - É apenas uma ligação.

– Não!

– Achei que pudesse fazer sem ajuda, mas o garoto está muito confuso do outro lado, se quer ouve minha voz. - Carter disse sério. - Samantha eu preciso de você.

– Se não consegue, esqueça!

– Não é a sua escolha. - Sammy se pronunciou.

Klaus ficou surpreso.

– Desculpa, mas eu não vou abandonar a causa sabendo que posso ajudar. - Disse a ele.

– Você não precisa fazer isso. - Klaus advertiu. - Está agindo por impulso!

– É como eu sempre ajo, afinal. - Sorriu triste. - Apenas entenda que eu preciso tentar.

– E o que Carter fará? Te ligará com o sobrenatural? - Disse sério. - É perigoso!

– Ainda estou aqui. - Carter suspirou. - Acha que vou fazer algum mal á ela?

– Eu não faço ideia do que você pode fazer!

Carter sorriu, como se satisfeito com as palavras.

– Venha Samantha. - Carter estendeu a mão para ela. - Você é perfeitamente capaz de fazer isso. Você é tão Poderosa, vai ser tão fácil.

Samantha olhou para Niklaus uma última vez, ele permanecia dizendo para ela não fazer aquilo.

Deu as costas e foi.



O corpo de Philipe estava entre os dois.

Carter havia pedido que ela se concentrasse e ficasse em silêncio.

Mas isso havia sido há 10 minutos.

– E então? - Sammy questionou.

– Você está muito eufórica. - Carter disse calmamente. - Seus pensamentos estão gritantes, é difícil me concentrar assim.

Samantha respirou fundo tentando clarear a mente.

– É como fazer uma prova com milhões de abelhas dentro da cabeça. - Carter olhou para ela. - Apenas esvazie a mente.

Alguns minutos depois Carter tornou a fechar os olhos.

Começou a dizer palavras em outras línguas. Como se dissesse todas ao mesmo tempo em vozes diferentes.

Apertou os dedos dela entre os seus. Cada um estralando consecutivamente.

Era como um fogo que se espalhava por seu corpo, começando da ponta dos dedos e subindo por seu braço. Ela quase podia ver as chamas dançando em sua pele.

Sammy piscou algumas vezes.

Não é real, não é real”

Um gemido se desprendeu de sua garganta quando aquele calor se intensificou.

Uma panela com água fervente tirada de um forno a milhões de graus célsius sendo derramado em suas costas.

Era a melhor comparação que ela poderia pensar em quanto sentia aquilo.

Por instinto puxou as mãos tentando soltar-se de Carter.

Ele parecia feito de pedra, não se moveu nenhum centímetros.

– Estou queimando! - Gritou. - Para!

Niklaus acho que era momento de intervir, porém ao se aproximar foi puxado com violência para trás.

O vento se intensificou.

Carter abriu os olhos, mas estavam completamente brancos.

– Você precisa voltar. - Disse naquela voz distorcida. - Você precisa.

Então seus olhos voltaram ao normal e a dor em Sammy diminuiu.

– Apenas siga. - Ele disse.

Apesar de olhar nos olhos de Samantha, não era com ela que ele falava.

– Continue seguindo.

Samantha foi puxada a inconsciência.

– Carter pare! O que você está fazendo com ela? - Klaus gritou.

Samantha estava em transe. Completamente imóvel. Sangue escorria de seus olhos, seu nariz e seus ouvidos.

Começou a falar, mas aquela não era sua voz também.

Ela – ou seja lá, o que estivesse falando através dela – passou a acompanhar Carter no que ele dizia.

Klaus tentava lutar com aquela força invisível que o puxava para cada vez mais longe.

– É o caminho! - Sammy gritou de repente.

O vento parou. Klaus foi liberado. Carter e Sammy voltaram ao normal.

E no chão...

No chão Philipe tossia sem parar.

A terra que havia dentro dele estava sendo toda expelida agora.

– Funcionou! - Samantha falou desacreditada.

– Eu disse que funcionaria. - Carter levantou limpando a terra da roupa, lançou um olhar prepotente á Klaus.

Klaus foi até Samantha passando um lenço por seu rosto.

Mostrou para ela o sangue de forma acusatória.

Sammy sentiu-se incomodada, mas não disse nada.

– Por que só ela sangrou e você não? - Perguntou a Carter.

– A corda arrebenta do lado mais fraco.

As veias no rosto de Klaus apareceram conforme seus olhos mudavam de cor.

– Mas não foi o que aconteceu. - Carter falou rapidamente. - Estava procurando Philipe através das memórias dela. Não sabia no entanto que isso aconteceria!

– É bom que não seja mentira. - Klaus voltou ao normal.

Philipe respirava fundo, já sem expelir mais nada.

Sammy colocou o rosto dele entre as mãos.

– Você está bem Philipe. - Ela disse devagar. - Está tudo bem.

Ele parecia assustado.

– Tudo bem agora. - Sammy continuou.

Philipe se soltou dela, afastando-se rapidamente.

– Quem é você? - Gritou. - Quem são todos vocês?



A risada de Niklaus reverberou pela clareira.

– Trouxe uma pessoa pela metade? - Klaus ironizou.

– Isso não deveria ter acontecido. - Carter franziu o cenho.

Sammy ainda olhava sem reação para o rapaz a sua frente.

Philipe parecia prestes a fugir dali a qualquer momento.

Klaus foi até ele em passos decididos, olhou em seus olhos.

– Acalme-se.

Virou-se para os acompanhantes de Carter.

– Levem-no para casa.

Eles olharam para Carter em busca de consentimento.

– Façam o que ele pediu.

– E agora? - Sammy murmurou.

– Agora vamos voltar para lá. - Klaus foi incisivo. - Tem uma tempestade a caminho. Memórias vagas sobre chuva de sangue, Philipe e você numa clareira vem a minha mente.

Ele falava de quando ela fez o ritual por seus Poderes na vila.

– É uma história interessante. - Carter disse. - Por que não me contam?



*



– Como ele está? - Samantha perguntou a Klaus.

– De banho tomado e agora comendo alguma coisa. - Respondeu.

– Obrigada. - Ela sorriu de lado. - Sei que você não concorda com nada disso.

– Não mesmo, os gemidos sofridos que escapavam da sua boca e depois todo aquele sangue. - ele negou com a cabeça. - Jamais concordarei com isso.

– Mas o trouxemos de volta, é o que importa.

– Sem memória. - Klaus acrescentou.

– Mas vivo.

Ele suspirou.

– Se você é capaz de fazer esses sacrifícios por ele, então sim ele vivo é tudo o que importa. - Ironizou.

Samantha olhou para ele sem dizer nada.

– Já sei. - Carter apareceu na sala. - Sei exatamente em que momento deixei passar.

– Passar o que? - Samantha perguntou.

– As memórias.

– Pode trazê-las de volta?

– Precisarei da sua ajuda novamente.

Klaus bateu a mão na porta, completamente insatisfeito.

Sua escolha.” Carter disse em sua mente.

– Sei exatamente o que quero fazer. - Disse á ele. - Espere-me na cozinha.

Carter saiu.

– Vai fazer essa loucura de novo?! Qual o seu problema? - Klaus acusou.

– Não farei. - Sammy respondeu em voz baixa.

– Não?

– Você tem razão, fui impulsiva na clareira. Nunca havia ressuscitado ninguém e depois de tudo que eu senti, sei que foi arriscado.

– Obrigado. - Klaus a abraçou. - Por me ouvir dessa vez.

– Não é por você. - Samantha se soltou do abraço dele. - Mais uma vez é por ele.



*



Samantha havia conversado muito com Philipe. Ele ainda estava sobre efeito da compulsão de Niklaus, então foi tranquilo.

Sammy observou os cabelos loiros dele, talvez se Henrik tivesse ali ela o apresentaria á ele.

– Então você tem um bebê. - Philipe sorriu. - Crianças são sempre especiais.

– Sim, elas são. - Samantha sorriu de volta. - Você sempre gostou delas e vai ter as suas próprias logo.

– Você acha? - Ele franziu o cenho. - Não lembro de nada da minha vida antes de vocês me acharem na mata.

– Tudo antes disso não tem importância. - ela desviou o olhar.

Ele assentiu e tocou o rosto dela.

– Samantha.

– Decorou meu nome. - ela sorriu triste.

– Obrigado. Como posso te recompensar por isso?

– Eu só quero uma coisa.

– Pode dizer.

– Seja feliz.

– Acho que isso eu posso fazer. - Philipe riu.

– Mais uma coisa. - Sammy disse. - Eu quero um abraço.

Ele levantou e a puxou para seus braços.

Era reconfortante, era uma despedida.

Samantha estava dando adeus ao seu velho amigo.



*



Philipe estava na calçada sozinho. Roupas de Niklaus e muito dinheiro no bolso.

Samantha respirou fundo e foi em sua direção.

– Hey, Philipe.

– Samantha. - Ele cumprimentou. - Sinto muito pelo meu comportamento mais cedo, estava confuso.

– Não tem problema. - Sorriu para ele.

Philipe acompanhou o sorriso.

O sorriso que ela adorava, que o fazia quase fechar completamente os olhos azuis.



#Samantha PDV



Olhando para Philipe, ele parecia indefeso.

Seria ruim deixá-lo pelo mundo sem saber se quer o próprio sobrenome.

Eu sabia que ele procuraria saber, principalmente quem éramos nós. Essa pessoas que o “ajudaram”.

Eu precisava fazê-lo esquecer.

Esquecer de mim mais uma vez.

Coloquei o rosto dele entre as mãos, olhando fundo em seus olhos.

– Philipe... Você é um bom homem lembre-se primeiramente disso. - Disse. - Infelizmente você perdeu seus pais muito cedo então você quer deixar o passado para trás e começar uma nova vida. Saindo daqui você vai direto para o aeroporto e vai para Los Angeles. É um novo começo. Você vai trabalhar, vai encontrar alguém legal e ter uma vida incrível e normal porque é o que você merece.

Ele piscou uma vez e então assentiu.

– Esqueça de mim e de qualquer pessoa que você tenha interagido desde que voltou. - Completei.

Mais uma vez ele concordou.

Virou e começar a andar para longe de mim.

Dessa vez eu sabia que era a última que o veria.

Tinha a certeza de que ele não olharia para trás.

– Você merece muito mais que isso. - murmurei.

Philipe já quase não podia ser visto.

Abracei meu próprio corpo. Havia uma sensação diferente.

Pela primeira vez também tive a certeza de que estava fazendo algo certo.



*



Samantha estava sentada na cama observando a janela.

– Como se sente agora que o amor da sua vida foi embora sem lembrar de você?

– Não venha com ironia Niklaus.

– Está arrependida? - ele perguntou.

Samantha virou para encará-lo.

– Não, foi o melhor.

– A culpa sumiu?

Ela assentiu.

– Então isso sim fez tudo valer a pena. - Sorriu brevemente.

Samantha assentiu novamente.



No banheiro começou a tirar as roupas que estava, ainda sujas de terra.

Sammy tirou a blusa.

Klaus parou na porta a observando.

– O que foi aquilo que você estava me contando mais cedo? - ele perguntou. - Sobre sentir-se queimando?

Uma panela com água fervente tirada de um forno a milhões de graus célsius sendo derramado em suas costas.” Era exatamente o que ela tinha pensado.

– Uma panela com água fervente tirada de um forno a milhões de graus célsius. - Disse. - Loucura não é?

– E por que pensou isso? - Klaus perguntou cauteloso.

Samantha estranhou o tom.

– Eu não sei. Foi uma sensação ruim, queimava como se fosse real.

Klaus saiu de lá quando voltou tinha um espelho em mãos.

– Pra que isso? - Sammy franziu o cenho.

Klaus colocou-a entre o espelho do banheiro e o que tinha em mãos.

No reflexo de um, Sammy viu o outro.

Viu sua costas mais especificamente.

Arfou sentindo a cabeça rodar.

A pele de suas costas parecia em carne viva.



*



Carter olhava as mãos queimadas.

– Nenhuma cicatriz importará quando eu tiver o que quero.


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Notas finais do capítulo

Tirem suas própria conclusões sobre Carter :x

Sobre Philipe: Eu já tinha dito não ter gostado do cap onde ele morre.
Vi comentários de pessoas que gostavam dele então influenciou muito nessa escolha de trazê-lo de volta.
Para aqueles que não gostavam (ou não gostavam do fato dele interferir na relação Sammy/Klaus) deixá-lo partir foi a forma que encontrei para vocês não se preocuparem com uma possivel volta dos sentimentos de Samantha por ele.
Então sim, dessa vez Philipe é caso encerrado haha

Comentários muito bem vindos! Preciso de vocês amadas!

See you later ;*