Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies


Capítulo 38
Just tonight I won't leave


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo de 2014, todos comemoram *-*

E feliz dia do leitor meus amores ♥



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"Just tonight I won't leave and I'll lie and you'll believe. Just tonight I will see that it's all because of me…" - Just Tonight - The Pretty Reckless

1 Semana depois ~

Samantha olhava para Henrik dormindo no berço logo após ser amamentado.

– Você tem uma visita. – Rebekah disse sorrindo.

Sammy olhou para ela em dúvida.

Então Matt entrou no quarto.

Samantha sorriu verdadeiramente para ele.

– Vou deixar vocês conversarem. – Rebekah saiu fechando a porta atrás de si.

– Você está bem. – Matt disse.

– Pois é. – Sammy concordou.

Abraçaram-se rapidamente.

– Então esse é o famoso Henrik. – Matt disse olhando o garoto no berço. – Ele realmente é uma completa mistura de você e Niklaus.

– Vamos torcer que não tenha a mesma personalidade. – Sammy disse divertida.

– Isso seria catastrófico. – Matt riu. – Seria uma versão ampliada da crueldade de vocês.

Samantha pensou nisso perdendo o sorriso rapidamente.

– Desculpe, não quis magoar você. – Matt se desculpou rapidamente.

– Não se preocupe. – Samantha voltou o olhar para ele. – Então quer dizer que esse é o “famoso Henrik”? – questionou.

– Ah, você sabe... – Matt deu de ombros. – Essa cidade tem tantos híbridos e todos eles falam muito sobre o garoto, percebi em horas que estou aqui. E claro, tem Rebekah. – Matt sorriu ao lembrar-se de algo. – Ela é uma tia coruja.

Samantha assentiu.

– Fico feliz que você tenha sobrevivido ao nascimento. – Matt disse mais sério. – Não tive a oportunidade de dizer antes.

– Você é um cara legal. – Samantha constatou.

– Você é uma boa garota apesar de tudo. – falou divertido. – Ainda lembro quando você e eu tomamos um café.

Samantha sorriu lembrando-se desse dia.

– Tanto tempo se passou desde disso, fiz tantas coisas, me tranquiliza saber que a imagem que você tem de mim não é ruim.

– Não poderia ser. – Matt garantiu. – Mas o que acontece agora?

– Eu não sei. – Sammy disse sinceramente. – Rebekah disse que eu tenho a ideia de ir embora?

Matt assentiu.

Samantha suspirou longamente.

– Não fiquei brava. – Matt pediu. – Ela se preocupa com você.

– Você deixaria de fazer algo que você sonhou sua vida inteira apenas para continuar “preso no tempo”? – perguntou olhando em seus olhos.

– Há vários anos atrás eu queria continuar em Mystics Falls e fazer o que vim fazendo por uma vida. – Matt começou incerto. – Parecia mais fácil apenas... Continuar. Até um dia que eu percebi que minha vida poderia ser mais que isso. Eu viajei o mundo. Mas depois de um tempo fiquei com saudades e voltei para lá. Talvez um dia eu volte a fazer uma loucura assim novamente, mas no fim acho que sempre voltarei pra lá. É onde eu me encaixo.

– O que isso significa?

– Eu não sei ao certo. Aparentemente sempre vai haver um lugar onde você pertence e é isso.

Samantha assentiu lentamente.

– Tenho que ir agora. – Matt disse após olhar no relógio em seu pulso. – Foi bom ver você.

Sammy o levou até a porta.

– Eu realmente espero que você fique apesar de entender que não é algo que você esta muito disposta a fazer. – disse olhando em seus olhos. – Faça o que o seu coração mandar, mas se no final é pra cá que ele aponta... Não adianta fugir ou negar.

Samantha controlou a vontade inexplicável de chorar naquele momento.

– Obrigada Matt. – disse simplesmente.

Então ele se foi.

*

Samantha estava no quarto com Henrik nos braços.

– Eu tive que tomar uma decisão. – disse á ele. – Eu já não sei se é uma boa ideia.

Henrik olhava para o rosto da mãe agitando levemente os braços.

– Você entende? – Sammy segurou sua mão. - Ás vezes nós fazemos coisas que só fazem sentido depois... Bem depois. Você me perdoaria caso eu partisse?

Samantha respirou fundo.

– Preciso de uma nova direção, porque perdi o meu caminho.

Poderia partir e fazer o que sempre teve vontade, sem deixar Klaus influencia-la, sem se sujeitar a uma vida de submissa, sem abrir mão do desejo de viver intensamente.

Ou poderia ficar e deixar para trás todos seus planos de uma vida agitada e ficar com Niklaus e Henrik, fantasiar uma vida perfeita em uma família perfeita – mesmo que no mais intimo de si ela soubesse que isso seria impossível. – Apenas ficar na cidade e deixar que o tempo trouxesse algo mais interessante para se lidar do que trocar fraldas e amamentar.

Fez careta a esse pensamento.

Essa não era Samantha Robertson.

Mas tendo Henrik em seus braços ela poderia repensar e ser diferente.

Poderia ficar e acompanhar seus primeiros passos, suas primeiras palavras, o primeiro índice de seus Poderes.

Seus Poderes...

Lembrou-se de como se sentia pensando como seria tudo mais fácil se tivesse seus pais consigo, ajudando e aconselhando.

E havia o fato de Klaus ter os matado.

Sempre Niklaus interferindo em sua vida.

E havia Trina...

Talvez a decisão já estivesse mais do que tomada, ela só não queria aceita-la de vez.

A ideia de poder mudar sua decisão era melhor do que a ideia de que tudo já estava decidido. Ou ela colaborava com Trina ou...

Balançou a cabeça dispersando esse pensamento.

Onde uma vez havia confiança agora só restavam incertezas e dúvidas.

*

– Sua consulta com Trina é hoje, pronta? – Klaus perguntou entrando no quarto.

Samantha assentiu.

Já estava com Henrik trocado no braço.

Klaus sorriu para ela e então eles foram.

Henrik tinha pele clara, os olhos tão escuros quanto os de Sammy e os cabelos tão loiros quanto os de Niklaus. Era pequeno como um recém-nascido deveria ser. Aparentemente o crescimento dele seria normal diferentemente de quando ele crescia rapidamente em seu ventre.

– Tudo esta absolutamente perfeito com ele. – Trina decretou. – Sua vez agora Samantha.

– Deixárei-las sozinhas. – Klaus pegou Henrik no colo indo para o carro.

– Klaus não o deixa sozinho. – Samantha riu minimamente vendo o se afastar.

– Isso é bom. – Trina disse quando Niklaus já sumira de vista. – É bom que Henrik esteja familiarizado com o pai quando a mãe precisar partir.

Samantha voltou o olhar sério para ela.

– Foi o nosso acordo não esqueça. – Trina deu de ombros.

– Eu sei o que eu combinei com você por livre e espontânea pressão. – ironizou.

– Achei que já havíamos deixado claro de que era necessário.

– Já sei disso. – Samantha disse. – Não precisa falar de novo.

Trina assentiu lentamente.

– Combinamos inclusive que eu ficaria com ele no primeiro mês. – Samantha lembrou a ela.

– Quer adiar isso o máximo possível? Que assim seja. Apenas lembre que quanto mais se apegar a ele mais difícil será.

– Não me importo se for difícil para mim, só quero mantê-lo bem e a salvo de toda essa loucura.

– Não se preocupe. – Trina falou pensativa. – Farei da melhor maneira possível.

– Espero que seja o suficiente.

– Eu também. – Trina concordou. – Tudo que você precisa fazer é manter o sigilo.

*

– Você está tão pensativa. – Rebekah sentou ao lado de Sammy na varanda. – Qual o problema?

– Nenhum.

Rebekah permaneceu olhando para ela com o típico olhar de quem não acredita no que foi dito.

– Por que será que eu sinto que tem algo relacionado ao que você e Trina conversaram essa tarde? – Rebekah perguntou. – Niklaus disse que vocês tiveram um momento á sós.

– Por que alguma conversa com Trina me deixaria pensativa? – Samantha retrucou. – Pare de ser tão desconfiada.

– Você está estranha. – Rebekah declarou.

Samantha deu de ombros sem dizer nada.

– Você pode confiar em mim. – Rebekah insistiu. - Qual o verdadeiro problema Samantha?

Olhando em seus olhos Samantha sentia que poderia dizer qualquer coisa para ela, mas a voz de Trina soava forte em seus pensamentos “Tudo que você precisa fazer é manter o sigilo”.

Suspirou desviando o olhar em seguida.

O celular de Rebekah tocou Samantha agradeceu mentalmente que ela tivesse uma distração momentânea.

– Volto logo. – Rebekah murmurou para ela entrando na casa logo após.

Sammy pensou nessa última semana. Na forma como Niklaus estava interessado em tudo relacionado à Henrik, como ele aprendera a trocar fraldas e ninar o garoto. Riu com esses pensamentos. Ele estava tentando afinal de contas.

#Flashback on

– Ele dormiu. – Klaus disse admirado para Samantha.

Ele olhou Henrik dormindo calmamente nos braços dele.

– Parece que sua canção improvisada deu resultado. – Samantha riu.

Klaus rolou os olhos.

– Estou brincando. – Samantha foi até ele. – Deixe-me coloca-lo no berço.

– Não. – Klaus andou um passou para trás.

Sammy arqueou a sobrancelha.

– E só quero... Ficar um pouco mais com ele. – Klaus suspirou.

Samantha sorriu verdadeiramente.

Era adorável.

Como ela imaginaria que veria Klaus ser tão paternal?!

Ele parecia até outra pessoa, mesmo que continuasse mandão e prepotente na maior parte do tempo havia esses momentos onde ele deixava todos esses traços de sua personalidade de lado e se concentrava em ser bom para Henrik.

E se Klaus era bom para Henrik era tudo o que importava para Samantha.

#Flashback Off

Voltou à realidade ao perceber um dos híbridos se aproximando.

– Olá. – ele disse sentando próximo a ela na varanda. – Sou o Chris.

– Oi. – Samantha cumprimentou, lembrava-se de já tê-lo visto algumas vezes.

– Como está Henrik? – ele perguntou.

– Muito bem. – Samantha respondeu. – Veio até mim para perguntar isso?

Ele assentiu. Samantha sabia que ele estava mentindo.

– Não poderia perguntar a Klaus já que está junto a ele a maior parte do tempo?

Chris riu com escárnio.

– Acha mesmo que Niklaus deixa-nos envolver-nos em sua vida particular? Somos apenas seus subordinados e é só.

– Então para que se deu o trabalho de vir aqui perguntar sobre Henrik? – Sammy arqueou a sobrancelha.

– Alguém ouviu algo sobre ele e todos têm preocupações. – Chris falou pensativo.

– Seja mais claro. – Sammy pediu.

– Ouviram algo sobre Henrik poder criar híbridos.

Samantha engoliu em seco. Se aquela era uma informação que Klaus fazia questão de esconder de seus híbridos, não seria de bom grado se ela confirmasse qualquer coisa para Chris.

– Todos sabem que Klaus não faz mais híbridos há muito tempo. – Chris continuou. – Ele tem apenas a nós. É inquietante imaginar que uma criança possa fazer grandes mudanças aqui.

– Grandes mudanças? – Sammy repetiu.

– Na nossa hierarquia. – Chris explicou. – Klaus pode comandar a todos nós, mas entre nós mesmo temos essa hierarquia.

– Baseada em quê?

– Tempo de formação, força. – Chris de ombros.

Sammy pensou nisso.

– Um sempre controlando o outro. – disse por fim.

– Por assim dizer. – Chris concordou.

– E você foi o escolhido para vir perguntar coisas para mim?

– Basicamente. – Chris riu. – Parece que eu sou o mais corajoso.

– E o que te faz pensar que eu liberaria alguma informação sobre meu próprio filho? – Sammy realmente estava curiosa pela resposta.

– Precisei arriscar. – Chris pareceu sincero. – Com informações ou não já é noite ganha estar falando com você.

Samantha sorriu de lado.

– Sempre achamos que Klaus só estaria com você pelo tempo da gestação. – Chris disse. – Desculpa a indiscrição, mas acompanhamos grande parte das brigas que vocês tiveram.

– Nunca fomos discretos de qualquer forma. – Sammy murmurou.

– Ele sempre disse que não devíamos falar com você. – Chris levantou. – Uma pena – para ele - que esse tenha sido um pedido e não uma ordem.

– Assim você pode burla-la. – Samantha fingiu espanto. – Você é um rebelde!

– Fico feliz em ter burlado essa regra.

– Mas você não conseguiu as informações pela quais veio a princípio. – Sammy franziu o cenho.

– Já imagina que você não fosse contra Klaus. – Chris deu de ombros.

– Veio já sabendo que voltaria de mãos abanando. – Não era de todo uma pergunta.

– Não inteiramente. – pegou em sua mão beijando-a brevemente. – Foi um prazer.

Samantha riu entrando na casa já que Rebekah possivelmente havia se esquecido dela ali.

Ser cortejada logo depois de uma gravidez conturbado era no mínimo... Interessante.

*

Já era muito tarde. A lua estava presente no céu.

Samantha ouvia ao longe o som de vozes.

Levantou seguindo o barulho que vinha do fundo da casa.

Klaus estava com cinco híbridos. Estava furioso e um deles estava caído a sua frente enquanto sangrava.

Samantha demorou um pouco até perceber que era Chris.

– Niklaus. – ela chamou.

Ele olhou por sobre os ombros.

– Eu poderia dizer que ela é “sua salvadora”. – Klaus olhou novamente para Chris. – Mas ela nunca seria “sua” de forma alguma.

Ele fez um gesto para que os outros cuidassem dele e foi até Samantha.

– O que estava acontecendo aqui? – Sammy perguntou firmemente.

– Estava apenas impondo limites nele. – Klaus respondeu despreocupado.

– Limites para o quê?

– Você. – Klaus disse simplesmente.

– Isso é pela conversa que tivemos mais cedo? – apesar de já saber a resposta Samantha questionou.

– Chama de conversas um bando de insinuações? – Klaus perguntou olhando em seus olhos.

– Você está destruindo um dos seus por motivo nenhum. – Samantha deu as costas a ele.

Como ela poderia lidar bem com o fato de Niklaus estar controlando até com quem falava com ela?

Mesmo que fosse quente como o inferno o pensamento de haver ciúmes da parte dele, não era nisso que ela tinha que se concentrar agora.

Seu braço fui puxado e Klaus a encostou contra a parede.

Deixou o rosto dela entre suas mãos.

– Ah, querida Sammy... – sussurrou.

Samantha arfou pela proximidade.

– Eu não o estava destruindo, eu deixei que ele se defendesse, não percebe?

Samantha percebeu o sangue no canto de sua boca.

– Por que você faz isso? – Samantha empurrou-o.

Klaus voltou a prendê-la entre si e a parede.

Samantha sentiu um arrepio descer por todo seu corpo.

– Por quanto tempo mais você vai me evitar? – Klaus perguntou.

– Não estou te evitando. – Sammy fez expressão confusa.

– Dessa maneira. – Klaus colou o corpo ainda mais ao dela.

Samantha entendeu.

E naquele momento ela não se preocupava que alguns dos híbridos pudessem estar ali, nem que deveria resistir às investidas de Niklaus.

Ele sempre a deixaria fora dos eixos, sempre a confundiria, era sua própria maldição.

Foi a sua vez de atacar seus lábios. Sem pudor algum.

– Não vai fugir de mim dessa vez? – Klaus perguntou surpreso e aliviado ao mesmo tempo.

– Não por essa noite. – Sammy murmurou.

Klaus segurou em suas coxas forçando-a para cima. Era tão bom que ela estivesse de vestido.

Samantha arfou pelo contato direto com sua ereção.

– Eles estão nos vendo? – Sammy sussurrou.

– Espero que sim. – Klaus abaixou o zíper da calça. – Já que palavras não bastam para que percebam que você é minha e de mais ninguém, talvez imagens sejam melhores.

Samantha jogou a cabeça para trás conforme ela e Klaus tornavam-se um.

Ali na lateral da casa. No meio do nada. Com possíveis telespectadores.

– Você perguntou por que eu fiz isso á ele. – Klaus disse.

– Vai responder á isso? – Sammy olhou para ele.

– Eu os castigo por prazer. – beijou seu pescoço. - E pelo prazer de um pouco de dor*²

Samantha sorriu de lado. Como esperaria outra coisa vinda dele?!

Uma forma tão sexy de falar que fez Samantha aumentar seus movimentos inconscientemente.

– O que você acha disso? – Klaus questionou olhando em seus olhos.

Olhares conectados. Movimentos rápidos.

Era demais para seu alto-controle.

Sammy fechou os olhos apertados sentindo a deliciosa sensação se espalhar por seu corpo.

– A beleza sempre aparece em pensamentos obscuros*³ - Sammy cantarolou divertida como resposta á ele.

Trina dissera que tudo nunca havia sido por ela e sim, por Henrik.

Dissera que naquela historia ela não era personagem principal e sim, mais uma atriz coadjuvante.

Dissera que a preocupação de Niklaus era por Henrik, não por ela.

Samantha agora entendia que Trina estava errada.

Estando ali com Niklaus e percebendo a forma que ele a olhava, ela entendia.

Tudo era por sua causa.

Era tudo por ela...


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Notas finais do capítulo

*¹ e *² Frases da música "End Of All Days" 30 Seconds To Mars
*³ Frase da música "Wish I Had An Angel" Nightwish

Espero que vocês tenham gostado, de verdade :)

Confesso que estava com saudades do Matt ;_;
Já fazem ideia do que está acontecendo entre Trina e Samantha? Venham opinar! haha

Adorei esse novo "Total de Acessos" já passamos de 1.000 visualizações há algum tempo, porém tenho que dizer que a quantidade de acessos não condiz com esses poucos comentários.
Leitores Fantasmas não são legais u_u Não mesmo, sério. Apareçam!
Eu não mordo... Há não ser que alguém peça :3

Dar a sua opinião no capítulo também é forma de incentivo para que eu continue, não se esqueça.
Incentivo dá vontade de continuar que traz inspiração que faz escrever o capítulo logo e traz ele para cá rapidinho hahah Pensem nisso u_u

See you Later ;*