Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies
Notas iniciais do capítulo
Atualização veio rapidinha porque viajo ainda hoje e não sei quando eu volto. E também porque seria – um pouco – injusto deixa-las esperando por tanto tempo, curiosas para saber sobre o nascimento de Henrik haha
Recebam esse capítulo como um presente de natal! E que o meu presente seja vocês comentando o que vocês acharam ok? (até vocês leitores fantasmas!).
"We could have been so good together. We could have lived this dance forever, but now who's gonna dance with me? Please, stay." Careless Whisper - Seether
O sol já estava se pondo quando Trina retornou a ligação de Klaus pedindo para que ele levasse-a ao lugar planejado.
– Respira. – Rebekah dizia a ela. – Se concentre nisso Samantha.
– Vamos. – Klaus pegou-a no colo. – Já está tudo pronto.
Klaus colocou Samantha no banco traseiro com Rebekah e dirigiu o mais rápido possível.
A breve viagem não demorou, pararam no que deveria ser o limite da cidade.
Rebekah olhou para fora vendo apenas árvores e mais árvores...
– Mais um ritual aqui? – arqueou a sobrancelha.
– É Rebekah. – Klaus desceu do carro pegando Sammy novamente. – Não faço as regras.
*
– Coloque-a nesse circulo. – Trina pediu ao vê-los.
Havia uma humana. Uma médica.
– Já estava preocupada que não tivéssemos uma. – Rebekah murmurou.
– É apenas uma forma de garantir que tudo sairá bem. – Trina disse á ela.
Samantha mantinha os olhos fechados, respirando fundo. A dor parecia insuportável até mesmo para uma meio-vampira que já havia testado – quase – todas as maneiras de sentir dor.
Perguntou-se mentalmente como meros humanos lidavam com isso tão bem.
Ouvia ao longe as vozes de Niklaus e Rebekah sem poder distinguir o que de fato eles falavam.
– Samantha, olhe para mim. – a voz de Trina soou mais perto.
Lutando contra a vontade de mantê-los fechados, os entreabriu focando o rosto dela.
– Agora você precisa respirar fundo e empurrar. – disse com cautela.
Samantha fez o que foi pedido.
Ela jamais saberia como explicar o que sentiu naquele momento.
– Faça de novo, Samantha. – foi a vez da médica dizer. – Já posso vê-lo.
Samantha fechou os olhos repetindo o movimento anterior.
Sentiu uma mão se fechar sobre a sua, olhou para o lado.
– Você consegue. – Niklaus disse. – Apenas respire e continue.
Samantha se concentrou nos sons. Havia tantas pessoas ali. Tentou ver quem era ao longe.
– Por que todos esses híbridos estão aqui? – perguntou a ele.
– Parece que antes mesmo de nascer nosso filho já exala esse Poder incrível. – Klaus disse sorrindo admirado. – Não é fantástico?!
Samantha concordou com um gesto de cabeça.
– Continue Sammy. – Rebekah pediu parando do outro lado dela.
Samantha não sabe quanto tempo aquilo durou. Talvez alguns minutos, talvez horas.
A única coisa que importava era que Henrik nascesse. Foi apenas no que ela se concentrou.
Ao ouvir o som do choro dele Sammy sorriu suspirando aliviada.
Porém algo parecia não estar muito certo. Ela não era capaz de abrir os olhos. Os sons pareciam distantes demais agora e já não sentia dor. Não sentia nada.
Lembrou-se do que Rebekah havia dito a Niklaus ao que parecia muito tempo atrás:
“Todos aqui sabemos que se você tiver que escolher entre a criança e Sammy a quem você escolhera.” (N/A Frase dita no Capítulo 16).
Isso parecia o certo.
E com esse pensamento Samantha foi se entregando a escuridão crescente...
Trina entregou o pequeno a Klaus.
Klaus observou o bebê em suas mãos, tão pequeno, tão frágil, tão indefeso... Tão lindo.
Viu a agitação de seus híbridos ao longe conforme o choro de Henrik se estendia através do silêncio.
– Klaus. – Rebekah chamou.
Ele não desviou o olhar de Henrik.
– Klaus! – Rebekah chamou novamente. – Samantha!
Ele olhou para a garota imóvel.
Olhou dela para Henrik.
– Você disse que faria isso dar certo. – disse á Trina.
– Estou tentando. – ela murmurou voltando para perto do corpo.
– Tem tanto sangue. – Rebekah estava nervosa demais. – Mas que droga Sammy!
Samantha sentiu-se presa entre duas dimensões por um momento.
Olhou ao redor. Não havia Niklaus. Não havia Trina. Não havia ninguém.
Tudo era branco demais. Claro demais.
– Você sobreviveu, afinal.
Virou para encontrar o dono da voz.
– Philipe? – perguntou confusa.
Ele sorriu para ela.
Parecia tão bem, diferentemente da ultima vez em que o virá, cheio de machucados provocados por Klaus.
Bem até ela mesma arrancar seu coração do peito.
– Depois de uma quase morte esperava encontrar qualquer pessoa nesse outro lado, menos você.
– Eu sou o fantasma no seu ombro. – Philipe disse divertido.
– Antes que seja você mesmo. – Sammy deu de ombros.
Philipe se aproximou dela.
– Você não deveria dizer alguma frase impactante que me faria pensar na vida que eu tive ou na vida que teria a partir de agora? – Samantha questionou.
– Não fui mandado por uma entidade maior. – Philipe rolou os olhos. – Não sou seu anjo conselheiro.
Philipe tocou seu rosto avaliando-a rapidamente.
– Punhos com raiva, olhos irritados... – ele disse. - Pensei que você ia pegá-los de surpresa e libertar todos os seus demônios sobre eles.*¹
Samantha nada disse.
– Não faça o que Trina quer. – Philipe disse. – Posso sentir seu coração agora, sei que não é o que você quer de verdade.
– Esse assunto não te dizer respeito. – Samantha afastou a mão dele. – São minhas decisões.
– Deveria levar mais coisas em consideração.
– Como o quê, por exemplo? – Sammy arqueou a sobrancelha.
– Está fazendo isso porque se importa com ele. Mas do que quer admitir! – Philipe disse com obviedade. – Seria mais fácil se você ficasse e ---
– Não precisamos ter essa conversa. – Samantha interrompeu.
– Tudo bem. – Philipe pegou a mão dela beijando-a. – Você se quer lembrara-se dessa conversar.
E de repente tudo havia voltado ao normal.
– Nós temos um acordo certo Samantha? – Trina sussurrou para ela.
Samantha focou seu rosto.
– Diga que ainda o mantemos e eu posso fazer um feitiço para curar-te logo. – Trina insistiu.
Samantha fechou os olhos sorrindo minimamente.
– Eu não preciso dos seus feitiços. – disse ao abrir os olhos novamente. – Eu sinto que já está acontecendo.
Os olhos dela ficaram completamente negros.
As nuvens carregadas acima deles derramavam as primeiras gotas de chuva.
Samantha sentia o Poder se espalhar por entre cada um de seus músculos. Como se corresse em sua pele.
Levantou ignorando o sangue que se espalhava por seu corpo.
– Parece que meu ritual com Aloysia garantiu mesmo o aumento de meu Poder. - disse a Trina.
– Eu não acredito. – Rebekah a abraçou. – Você está bem.
– Nunca me senti tão bem. – sorriu para ela.
Samantha olhou para Niklaus mais afastado com Henrik nos braços.
Foi até eles.
Henrik tinha os cabelos tão loiros.
E ainda chorava muito.
– Ela estava esperando por você. – Klaus entregou-o a ela.
Samantha tocou seu rosto.
Os olhos dele abriram e para a surpresa de ambos eram completamente negros como o de Samantha.
Henrik parou de chorar.
– Seus poderes cresceram, suas correntes foram quebradas.*² – Klaus disse para ela.
Samantha beijou-lhe a testa brevemente e o entregou a Niklaus novamente.
– Antes preciso estar ciente de tudo que posso fazer.
– Agora? – Klaus pareceu confuso. – Samantha você acabou de dar a luz!
– E foi uma experiência inesquecível. – deu de ombros. – Há coisas mais sérias aqui.
– Você deveria leva-lo para o hospital agora. – a médica veio até eles. – Resolverei tudo por vocês.
– Como isso. – Samantha disse á ele.
Samantha olhou Henrik mais uma vez e então se afastou.
– Você já sofreu por tanto tempo... Você nunca vai mudar. *³– Rebekah lançou um olhar decepcionado a ela indo ao encontro de Niklaus.
Samantha sentiu lágrimas encherem seus olhos rapidamente.
Quando se voltou a Trina estava cheia de fúria.
– Isso é tudo sua culpa!
– Não, não é. – Trina disse calmamente. – Estou apenas propondo algo antes que outras bruxas te impliquem há algo sério mais cedo ou mais tarde.
Foi até ela.
– Não pareceu tão difícil entrega-lo á Niklaus.
– Foi. – Samantha suspirou. – Henrik é tão pequeno e indefeso.
– Por agora. – Trina concordou. – Até começar a ter consciência de seus Poderes.
Samantha pensou nisso.
Vendo Henrik nos braços Niklaus quem algum dia poderia imaginar que a criança era destinada a matar seu progenitor?!
– Você está burlando as regras da natureza apenas por continuar viva. – Trina disse. – Aceite que seu “trabalho” aqui acabou. Tudo é sobre o bebê, nunca foi sobre você.
– Então você acha que Niklaus me descartaria assim? – Sammy arqueou a sobrancelha.
– No começo talvez, mas algo mudou. Dias atrás ele me procurou pedindo para que eu fizesse o possível para te manter viva. – confessou.
Samantha sorriu minimamente.
Trina entregou para ela um copo pequeno com um liquido dentro.
– Para purificar seu interior. – ela disse.
Samantha bebeu. Tinha um gosto terrível.
– Niklaus se importa com você, se importe com ele também. – Trina levou-a pela mão por entre as árvores. – Um dia ele agradecerá o que você está fazendo por ele.
– Espero que sim. – murmurou desanimada.
*
Samantha saiu do banho sentindo-se realmente bem.
Usou o Poder para fechar a torneira.
Para abrir as portas.
Para escolher uma roupa.
Usou para todas as simples coisas que podia.
Não havia mais a limitação pela qual ela veio sofrendo por todos esses anos.
Sentia que poderia explodir uma casa e continuar forte para repetir a dose.
– Ao menos está feliz. – Klaus disse da porta.
Seu tom era amargurado.
Samantha suspirou virando para ele em seguida.
– Ele está bem? – Sammy perguntou.
– Perfeitamente bem. – Klaus disse entrando no quarto.
Parou próximo a janela.
– Intrigante a forma como meus híbridos parecem corresponder a Henrik. – disse de repente.
– Mais um mistério que você terá bastante tempo para desvendar. – Samantha sentou na cama. – E não é como se você não soubesse que ele pode criar híbridos através de uma mordida.
– Não é nisso que estou pensando agora. – Klaus foi até ela. – Achei que você seria mais sensível com o bebê.
– Não há absolutamente nada que eu não faria por ele! – Samantha disse pausadamente. – Estou fazendo isso por ele e por você.
Samantha ficou em silêncio. Quase falara demais.
Niklaus pensou nas palavras dela.
– Eu tenho muitas coisas para pensar agora. – Samantha desviou o olhar. – E não é como se eu não me importasse que ele esteja bem. Eu daria minha vida por ele.
Klaus puxou o rosto dela de forma que olhasse em seus olhos.
– E não é como se eu não me importasse que você esteja bem. – disse.
– Tudo está bem quando termina bem.*
Klaus a abraçou. Samantha ficou surpresa.
Era simplesmente um abraço. Nenhuma segunda intenção nisso.
Então ele se afastou beijou seus cabelos e saiu.
*
Samantha foi até o quarto de Henrik.
Ele estava dormindo.
– Me dê um sentido pra viver. – tocou levemente seu rosto. – Por você eu posso ser uma pessoa melhor, filho.
Parecia um anjo...
– Como você pode parecer um anjo quando tem o destino de um demônio?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
*¹ Frase da música "Love Was Still Around" Billy Talent
*² e *³ Frases da música "A Demon's Fate" Within Temptation
* É uma peça de teatro de William Shakespeare
A última aparição de Philipe, poxa :< eu gostava dele de verdade haha
Um feliz natal e um feliz ano novo pra vocês!
Vemo-nos ano que vem para mais Niklaus e Samantha *-*
Confesso que vou sentir muita falta ;; mas vai passar rápido, vocês vão ver.
E por fim só tenho a agradecer por todos que vieram acompanhando Presságio. Cada um de vocês! Cada palavra é importante e me motiva a continuar. Obrigada, vocês são as melhores! ♥ ♥
See you... Next year! ;*
P.S: Vocês podem ler minha outra história até lá http://fanfiction.com.br/historia/447153/WTTM_Masquerade/ se vocês quiserem, claro. haha ;*