Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies


Capítulo 36
I've seen you cry. I think I've seen you cry...


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez eu não demorei u_u

Obs: Final do capítulo 35 foi alterado.



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"I've seen you cry. I think I've seen you cry, but maybe… Maybe it was just the morning dew." - Mr Scarecrow - Kiara Rocks

Samantha pegou o calendário marcando 23 semanas.

– Já estamos no sexto mês, quanto tempo mais até você resolver nascer? – Samantha acariciou a barriga. – Trina disse aproximadamente seis meses de gestação, estava confiante nisso.

Foi até o quarto ao lado.

Rebekah e Niklaus haviam feito um quarto para o bebê.

Era tudo tão lindo e tão caro. Ele já tinha seu próprio palácio antes mesmo de nascer. Sammy sorriu com isso.

Parou próxima ao berço.

– Ainda não acredito que você ganhou um berço de ouro.

Pensou no que aconteceria quando ele nascesse. Por mais que as últimas consultas com Trina tivessem tido um resultado positivo, não poderia prever o futuro e saber de fato o que aconteceria quando ela desse a luz.

As previsões de a escolhida morrer após o nascimento ainda estariam certas?

E se tudo desse certo ela ainda precisava lembrar que seus Poderes aumentariam. Sem mais limitações, sem nada que pudesse a impedir de usa-los.

Lembrou-se do ritual que fizera ao que parecia agora tanto tempo, com a Aloysia que Philipe conseguira pra ela.

Philipe...

Afastou os pensamentos dele rapidamente.

Assustou-se ao perceber Klaus ali.

– Não apareça assim! – reclamou. – Quer que seu filho nasça no meio do quarto?

Klaus riu do comentário dela.

– Você ainda é vampira, deveria ouvir quando me aproximo.

– Talvez eu estivesse distraída. – suspirou.

– É, você fica bastante assim ultimamente. – Klaus murmurou.

Samantha arqueou a sobrancelha pra ele.

– Não é uma critica. – ele se aproximou. - Eu sei que você está preocupada com o nascimento, tem todo o direito de estar distraída ou pensativa demais.

– 6 meses. – Sammy disse. – Ele pode nascer a qualquer momento!

– Acalme-se. – Klaus segurou-a pelos ombros. – Vai dar tudo certo.

– Você não tem como saber disso.

– E nem você tem como saber que não dará. – rebateu.

Klaus colocou seu rosto entre as mãos.

– Não seja pessimista.

– Acho que dessa vez estou apenas sendo realista. – Sammy disse.

– Então... Que tal tentar ser um pouco mais otimista? – Klaus sugeriu.

Samantha sorriu minimamente.

Klaus aproximou os lábios dos dela, Samantha recuou.

Ele a soltou escondendo ao máximo sua frustração. Por um momento, Samantha pensou em correr para os braços dele novamente.

Mas então ela se lembrou de Trina...

– Klaus eu---

– Não diga nada. – ele interrompeu.

E Samantha nada disse quando ele saiu do quarto.

– Estou fazendo isso por você, Niklaus. – sussurrou.

*

– Por que você tem que ir embora? – Matt murmurou sonolento.

– Você tem que voltar ao trabalho e eu tenho que ir para outra cidade. – Rebekah recolocava a roupa. – Nos vemos amanhã... Ou depois.

Matt sentou na cama a observando.

– O que foi? – Rebekah perguntou ao perceber o olhar.

– Você disse que Sammy poderia ter o bebê a qualquer momento nesse mês. – ele disse pensativo. – O que acontece quando esse dia chegar?

– Torceremos para que tudo fique bem com ela e a criança. – Rebekah respondeu.

– E se não ficar? – Matt insistiu.

– Eu não sei. – Rebekah suspirou.

– Klaus pode não mais querer ficar na outra cidade, talvez ele possa surtar um pouco mais... – Matt fez careta. – Você o acompanharia, não é? Para onde quer que ele fosse.

Rebekah nada disse.

– Ele precisaria de sua ajuda pra cuidar da criança, eu entendo. – Matt continuou. – Na verdade, até acho bom que você fique por perto. Esse bebê não merece o fardo de aguentar o Klaus.

– Não vamos falar sobre isso. – Rebekah pediu. – Ainda há muito pra acontecer.

– Apenas me diga uma coisa. – Matt puxou-a de volta para a cama. – Se você precisar partir novamente, apenas certifique-se de vir se despedir de mim.

Rebekah sorriu sentindo os olhos encherem de lágrimas.

– Matt, é claro que eu viria falar com você!

Ele sorriu verdadeiramente para ela. Rebekah o beijou.

– Sabe... – Matt disse após o beijo. – Acho que deveríamos aproveitar mais um pouco, nunca se sabe quando as coisas podem mudar.

– Você tem razão. – Rebekah tirou a própria blusa. – Aproveitar o agora!

*

Já era tarde quando Rebekah chegou em casa.

– Olha só quem resolveu sair de seu ninho de amor. – Sammy disse divertida ao vê-la.

– Por que não esta dormindo? Esta tarde. – Rebekah foi até ela.

– Não consigo dormir. – Samantha deu de ombros.

– E onde está Niklaus? – Rebekah olhou ao redor não o vendo.

– Se alimentar. – Sammy disse simplesmente.

Rebekah assentiu.

– Sabe... Há uma coisa que eu gostaria que você fizesse por mim.

– E o que seria? – Rebekah arqueou a sobrancelha.

– Quero que você me conte mais sobre a sua família.

– Tudo bem... Mas só isso? – Rebekah pareceu desconfiada.

– Sim, Rebekah. Apenas isso.

– Então se sente, temos uma longa jornada até o passado...

*

– Agora se me permite e não há mais nada que queira saber... – Rebekah levantou. – Vou dormir, tive uma tarde cheia, se é que me entende.

– Sinta-se a vontade. – Sammy disse. – E da próxima vez diga a Matt que ele é um cara de sorte.

Rebekah sorriu para ela subindo em seguida.

Sammy ficou pensativa. Depois de ouvir a história dos Originais sendo contada por Rebekah, ela havia tomado uma decisão.

Era uma boa decisão.

Ouviu a porta da frente ser aberta. Era Niklaus.

– Ainda está acordada, amor. – ele disse.

Klaus foi até ela sentando-se ao seu lado.

– Muitos inocentes descuidados pela rua há essa hora? – Samantha questionou.

– Você sabe que essa é a minha cidade e nada que compulsão não resolva. – ele disse.

– Sim, eu sei. – Sammy rolou os olhos. – Foi apenas uma piada.

Klaus olhou para ela.

– E como está o bebê?

Samantha olhou para a própria barriga.

– Um pouco agitado.

Klaus tocou levemente a barriga dela e como da outra vez, a criança se acalmou.

– Quando ele nascer e estiver chorando de madrugada espero que apenas seu toque seja capaz de acalma-lo. – Sammy murmurou.

– Duvido muito disso. – Klaus riu.

– E você não precisa mais chama-lo de “bebê”. – Samantha proferiu. – Ele já tem um nome.

– Você já escolheu? – Klaus olhou admirado para ela.

– Acho que você vai gostar.

Ela puxou a mão dele encostando-a sua barriga novamente.

– Diga olá ao Henrik.

Samantha viu a expressão de Niklaus mudar rapidamente e ela não era capaz de descrevê-la ou arriscar dizer o que se passava em sua cabeça naquele momento.

Ele afastou a mão levantando em seguida.

– Qual o problema Niklaus? – Samantha levantou também.

Klaus fez sinal para que ela permanecesse ali e então saiu.

Samantha observou ele se afastar incapaz de dizer nada.

*

Era muito cedo quando Samantha acordou destinada a conversar com Niklaus pela mudança repentina dele na noite anterior.

Klaus estava sentando no degrau da casa.

Samantha observou-o pela janela. O que seria aquilo em seu rosto? Klaus estaria chorando?

Abriu a porta e foi até ele, sentou ao seu lado.

Klaus olhou para ela, Samantha passou o dedo pela parte úmida em sua bochecha.

– Niklaus Mikaelson estava chorando? – ela perguntou em tom divertido.

– Mas é claro que não. – Klaus rolou os olhos. – Está amanhecendo. É o sereno. – ele apontou a grama. – Não vê?

Com a visão vampírica de fato ela via. Via as pequenas gotas de água.

– Então você ficou aqui a noite toda ou acordou muito cedo? – ela perguntou.

– Já não sei ao certo. – Klaus respondeu pensativo.

– No que esteve pensando?

– No por que de você escolher esse nome. – olhou para ela.

– Não te agrada? – Samantha questionou confusa. – Eu gosto. E muito.

– Então está dizendo que a escolha não tem nada a ver com meu... – ele fez uma pausa, parecendo engolir em seco. – Irmão. – disse mais baixo.

– É claro que tem. – Samantha disse. – Rebekah e eu conversávamos sobre família na noite passada. Eu gostei do nome, mas se isso te incomoda fique a vontade para muda-lo.

– Não me incomoda. – Klaus respondeu. – É só que...

– Há muito tempo você não pensa sobre ele. – Samantha disse.

Klaus concordou.

– Henrik era minha responsabilidade, foi minha culpa que algo tão terrível acontecesse com ele. – murmurou.

– Foi uma fatalidade. – Samantha corrigiu. – Não se culpe por isso.

Klaus mantinha o olhar distante, a expressão fechada, como se estivesse revivendo a cena.

– Fatalidade que nos fardou a vampiros. – ele disse em seguida. – Ainda sinto que Rebekah me odeia por ter feito isso com ela.

– Você não fez nada, sua mãe fez. Seus pais decidiram.

– De qualquer forma, eu---

Samantha colocou a mão sobre seus lábios impossibilitando-o de falar.

– Não pense em como as coisas poderiam ter sido.

Klaus segurou em sua mão.

– Claro que você poderia ter sido um jovem rebelde sem causa naquela época e Rebekah poderia ter construído uma família como ela sempre quis... – Samantha sorriu com o pensamento. – Mas ás coisas apenas não deveriam ser assim.

– Destino? – Klaus perguntou em tom irônico.

– Eu não sei. – Samantha deu de ombros. – Mas se nada do que aconteceu em todos os seus anos tivesse acontecido, você não estaria aqui. Comigo. Agora.

Klaus concordou.

– Pensando por esse lado...

– Estou sendo mais otimista como você me pediu.

– Estou certo que todas as coisas ruins valeram a pena então. – Klaus entrelaçou os dedos aos delas.

Samantha sentiu o coração se agitar, mas a voz de Trina parecia ecoar em sua cabeça... Por que as coisas tinham que ser tão difíceis?

Soltou-se dele, desceu um degrau e abaixou ficando a sua altura.

– Esqueça o que aconteceu a seu irmão e foque em seu filho. – sussurrou. – Proteja-o. Cuide dele, faça por ele o que você gostaria de fazer a seu irmão. Temos um novo Henrik e ele será a sua chance de fazer as coisas certas dessa vez.

– Temos uma reunião familiar aqui? – Rebekah perguntou parando a porta.

Samantha piscou uma vez para Niklaus antes de se levantar.

– É um belo dia, não é? – Samantha sorriu para ela.

*

Samantha olhou pela janela vendo que alguns híbridos estavam espalhados pelo jardim. Por que pareciam todos dispersos, mas focando a janela de seu quarto?

Sentiu um arrepio.

Isso seria coisa de Niklaus?

Saiu do quarto disposta a perguntar para ele.

No entanto, no corredor sentiu uma pontada mais forte na barriga. Curvou o corpo pela dor dilacerante.

Klaus estava no andar de baixo, ela precisava chama-lo. Mas sua voz parecia ter sumido. Nada mais de sua boca saia além de seus gemidos sofridos.

Pareceram minutos intermináveis até que ela voltasse ao normal.

Sentiu seus olhos mudarem. Olhou para a janela que refletiu sua imagem, seus olhos estavam completamente negros.

– Niklaus. – sussurrou.

Esperava que aquilo fosse o suficiente não estava certa de que poderia fazer mais.

Sentiu algo molhar suas pernas.

– Ah, meu deus! – falou mais alto. – Niklaus!

Dessa vez Klaus pode ouvir e subiu o mais rápido possível.

– Qual o problema, Samantha? – segurou-a em seus braços.

Ela estava assustada, parecia estar prestes a desmaiar também.

– Ele está nascendo. – olhou para ele. – Henrik vai nascer! Agora!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Particularmente eu adorei!
Deixem-me saber a opinião de vocês, ok?

Perceberam que está rolando um mistério entre Sammy e Trina, certo?! :v

See you Later ;*