Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies


Capítulo 30
Uncovered lies, surfaced throughout.


Notas iniciais do capítulo

E que bela sexta-feira 13 pra mais um capítulo, não é mesmo?! :))



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"Uncovered lies, surfaced throughout, will make you change your mind…" And All Things Will End - Avenged Sevenfold

~ 1 Mês depois ~

– Talvez você devesse vir até aqui. – Sammy disse ao telefone. – Já faz um mês desde que te liguei, por que não dá um sinal de vida?!

Desligou irritada jogando o celular em cima da cama.

– Posso saber pra quem você deixa tantas mensagens? – Klaus perguntou parando á porta.

– Não é da sua conta. – respondeu virando-se para olha-lo.

– Queria saber quando as coisas tomaram esse rumo. – Murmurou dando as costas a ela.

– No momento em que descobri seus segredos sujos.

– Ou quando você passou uma estaca por aqui. – apontou o próprio peito.

Samantha deu de ombros.

– Que seja.

– Descontrolada.

– Está me ofendendo Niklaus? – fez uma expressão de falsa tristeza. – Como você é mal!

– Há um mês não conseguimos manter uma conversa, percebe? - Klaus riu sem humor. – Não que eu sinta falta.

Samantha parou em frente ao espelho olhando o volume da barriga. 10 semanas...

– Espero que não seja um descontrolado como você. – Klaus disse parando atrás dela.

Samantha observou-o pelo reflexo.

– O que foi? – Klaus perguntou cinicamente.

– Estou me controlando para não acabar com esse seu sorrisinho.

O sorriso de Klaus se alargou.

– Ah, lembrei. – Sammy virou de frente para ele. – Sou uma descontrolada não é mesmo? – ironizou.

Em seguida seu punho foi de encontro ao rosto de Niklaus.

– Mas que droga! – ele disse colocando a mão sobre a boca.

Samantha viu o sangue se espalhando pela mão dele. Ele a olhou furioso, levantou a mão fechando-a em punho também. Samantha colocou os braços para trás do corpo inclinando o rosto para frente, como uma afronta. Como se dissesse “Faça isso.”

– Sempre farei duas vezes pior. – lembrou para ele. – Mas faça se é o que quer.

Klaus abaixou a mão balançando a cabeça levemente se afastando dela.

– Eu preciso ter controle por nós dois agora. – disse.

Sammy sorriu vendo o sair do quarto. Mas assim que ele saiu toda sua preocupação voltou. Por mais que parecesse forte agindo assim por todo o mês que se passara, no fundo ela odiava aquilo. Mas de forma alguma deixaria Niklaus voltar a sempre ter o primeiro passo. Agora ela não revidaria, ela provocaria. Era bater e levar. Um jogo perigoso de se jogar.

#Flashback On

1 mês atrás

– Você esta louca se acha que isso ficara assim! – Klaus entrou na casa gritando.

Samantha estava na sala sentada tranquilamente na poltrona próxima à janela com uma xicara de chá na mão.

– O que quer Niklaus? – perguntou ao vê-lo.

– Depois de tudo que ouve lá! De tudo que ouve aqui! – ele parecia tentar por os pensamentos em ordem. – Apenas não!

– Você esta sendo incoerente. – Sammy disse calmamente. – Por que não se senta e toma uma xicara de chá? – estendeu a mão para ele.

– Vá para o inferno com esse chá! – disse batendo em sua mão.

O objeto delicado se chocou contra a parede se reduzindo a cacos.

– Está tão violento. – Samantha disse secando a mão na própria blusa.

– Você não viu nada ainda. – Klaus parou a sua frente segurando fortemente os dois lados da poltrona. – Estou me controlando para minhas mãos não estarem no seu pescoço agora.

Sammy viu o tecido se partir pela força aplicada á ele.

Sammy inclinou o rosto quase o colando ao dele, mantendo os olhares conectados. Klaus estava furioso, Sammy sorriu.

– O que você sabe que eu não sei? – ele perguntou entredentes. – Não gosto de seu sorriso de quem esconde algo.

– Quem esconde coisas é você! – Samantha o empurrou levantando. – Quando pretendia me falar sobre isso? – jogou o papel em seu rosto. – Nunca?

– Mas que inferno! – Klaus apontou o dedo para ela. – Mexeu nas minhas coisas?

– Achei. – ela disse simplesmente. – E isso não importa! O que importa é: Eu merecia saber disso desde sempre!

– Não faça exigências. – ele disse.

Samantha riu debochada.

– Não há o que dizer. – Klaus guardou o papel. – Parece que você já se encarregou de ler isso aqui.

– Você não escreveria se a intenção fosse que ninguém jamais o visse.

Klaus respirou fundo.

– Seja honesto uma vez na sua vida e trate desse assunto abertamente.

– Você quer que eu diga? – ele parou a sua frente embrenhado os dedos pelos fios de cabelo dela. – Isso é tudo verdade e eu não queria que você soubesse, eu realmente não me importava no que teria que fazer para proteger essa criança dessas bruxas ou qualquer outra futura ameaça.

– E o que mudou?

– Tudo mudou, eu conheci você! – disse com obviedade. – Ou achei conhecer, é impossível estar completamente certo sobre você. Mas agora... Nada mais importa novamente.

– A futura ameaça no caso é a criança. – Sammy disse. – Ameaça á você.

– Eu sei. – Klaus semicerrou os olhos. – O que você pretende fazer agora? Correr para suas bruxas?

Samantha rolou os olhos afastando a mão dele de si.

– Ninguém vai me dizer o que fazer. – ela disse. – Vamos continuar com o que planejamos, terei essa criança. A única coisa que muda é: se algum dia minha intenção foi deixa-la com você após o nascimento... Não é mais agora. Não enquanto há a menor possibilidade de você fazer mal á ela.

– Por que agora você tem o instinto materno? – Klaus ironizou.

– Não me provoque! - Samantha atingiu seu rosto com um soco.

Klaus repetiu o gesto, porém socando a parede a milímetros do rosto dela.

– Por que não se preocupa com a questão mais importante? – Klaus perguntou.

– Que seria?

– “Sobreviverei ao nascimento?”. – Klaus arqueou a sobrancelha.

Samantha respirou fundo.

– Não tem o que dizer? – Klaus apertou sua mandíbula. – Como imaginei.

#Flashback off

Ela e Klaus viviam como cão e gato. Rebekah colocara-se no meio disso, ocasionando no afastamento de Matt. Elijah vez ou outra aparecia por ali. Ele e Niklaus deveriam ter uma discussão, que nunca houve, já que o motivo seria Samantha. E a ultima coisa que Niklaus queria era comprar uma briga com o próprio irmão – que a seu ver estava parcialmente certo em tudo que dissera – por ela.

Hoje o silêncio reinava na casa, já que Rebekah e Elijah não estavam ali. Samantha foi para a varanda, avistou Niklaus não muito longe – no jardim – parecia pensativo.

Samantha se pegou analisando-o demais. Era inevitável. Ele parecia ainda mais bonito, se é que era possível. Era difícil autocontrole quando o corpo pedia por algo que a mente insistia em proibir. Aquela louca atração que ela sentia por ele poderia colocar tudo a perder.

Klaus levantou o olhar como se soubesse que estava sendo observado.

Samantha e Niklaus se olharam longamente antes dela entrar no quarto batendo a porta da varanda. Era demais. Era demais...

– Acho que vou enlouquecer. – disse sentando-se ao chão. – Se isso já não tiver acontecido.

*

– Onde está? – Sammy perguntava a si mesma procurando pelo celular. – Não acredito nisso!

Foi até o quarto de Niklaus abrindo a porta sem bater antes.

– Será que você achou meu celular por aí? – ironizou. – Porque eu sei que você--- suas palavras morreram ao olhar para ele.

Ele estava deitado na cama sem camisa. E como Samantha adorava aquela tatuagem...

Ouviu a risada baixa dele. Subiu o olhar rapidamente.

– Então... – ela disse. – Meu celular.

– Está aqui. – disse apontando para seu lado na cama. – Venha e o pegue você mesma.

– Por que raios está aqui?! – Sammy disse irritada indo até ele.

Samantha inclinou levemente o corpo procurando pelo telefone até perceber que não estava ali. Antes que pudesse sair, no entanto Klaus a puxou fazendo assim com que caísse sobre a cama.

Rapidamente se inclinou sobre ela deixando seus rostos quase colados.

– Apenas pretexto para que você viesse até aqui. – sussurrou.

– E o que você quer? – Sammy perguntou apesar de sua atenção estar voltada para outro lugar.

Para as mãos dele que apertavam levemente sua cintura. Para o corpo perfeito dele tão próximo ao seu. Para sua voz tão sexy. Para...

– O que você acha que eu quero? – sussurrou em seu ouvido causando lhe um arrepiou. – Acho que o mesmo que você.

– Eu não quero nada de você!

– É mesmo? – aproximou os lábios dos dela. – Então diga que não quer me beijar.

Sammy suspirou involuntariamente.

– Diga que mesmo depois de um mês seu corpo não implora por contato. – sua mão desceu por entre as coxas dela. – Que você não implora pelo meu contato.

– Não estou implorando por nada! – Samantha empurrou-o se afastando dele.

– Você não sabe o quanto essa sua rebeldia inflama meu desejo. – disse puxando-a pelas pernas fazendo-a ficar sob ele. – Podemos ter uma trégua só por hoje.

Klaus começou a beijar seu pescoço. Samantha sentiu cada parte do seu corpo corresponder aquilo, mas ela não poderia.

Fechou os olhos sentindo os lábios dele em si, suas mãos passeando por seu corpo. Arranhou levemente suas costas ao sentir uma das mãos dele entrando por baixo de sua saia.

Se entregar a ele, seria como fazer do ultimo mês tempo perdido.

– Diga como é sentir minha falta dessa maneira Niklaus. – sussurrou como ele fizera anteriormente.

– Você sabe que eu prefiro ação á discussão. – disse disperso.

– Diga como é pensar em mim enquanto acalma os nervos com água gelada.

No segundo seguinte ela estava de pé sorrindo genuinamente.

Sammy mordeu o lábio inferior. Era tão difícil resistir.

Klaus bufou enterrando a cabeça nos travesseiros.

Samantha saiu de lá antes que se arrependesse.

*

– Você não vai descer? – Klaus gritou da escada.

– O que você quer? – Samantha apareceu no primeiro degrau.

– Seu jantar. – disse apontando para dois humanos á seu lado.

Samantha sorriu de lado descendo em seguida.

*

Klaus a observava demais e isso á incomodava. Ele acompanhou com os olhos uma gota de sangue escorrer de seus lábios caindo diretamente em seu decote e se perdendo ali.

– Você não usa mais roupa, não? – Samantha perguntou sem olha-lo.

Klaus permanecia sem camisa.

– Te incomoda?

– Não.

Ouve um breve silêncio.

– No que está pensando? – Sammy perguntou.

– Você disse que sempre faria duas vezes pior. – ele disse. – Estou esperando que você revide o que te fiz no quarto.

Samantha acabou por rir verdadeiramente.

– Não seja insano.

– Tem razão. – ele disse. – É insano pensar em você dessa forma quando você tentou me matar.

– Ficar repetindo isso não vai fazer o passado mudar. - Sammy olhou seriamente para ele.

– Então está dizendo que não devo me preocupar com o que houve?

– Basicamente.

Klaus riu sem humor levantando-se.

– Então por que raios ainda está brava pelas coisas naquele papel? – bateu a mão na mesa completamente alterado. – Por que não esquece o passado também?

– Porque aquele é um passado que ainda está presente. Que faz parte do futuro. – respondeu sem se abalar.

– Acha que só você tem direito aqui não é mesmo? – Klaus deu a volta na mesa puxando-a pelo braço para que levantasse. – Acha mesmo que continuarei deixando você agindo da forma que quiser?

– Você não tem que deixar nada! – Samantha tentou se soltar dele, sem resultado.

– Por um mês deixei que você acalmasse os nervos. – sua mão apertou mais o braço dela. – Por um longo mês deixei que você tentasse colocar as ideias no lugar. Foi um tempo para você e para mim.

– E agora? – Samantha arqueou a sobrancelha. – Acha que suas palavras adiantam em alguma coisa?

– Se não forem as palavras, serão de outra forma.

– Não seja ridículo! – Samantha tirou o braço dele com violência do seu.

Ouviu o pequeno estralo após esse gesto, que deixou Klaus enfurecido.

– Isso acaba agora! – Klaus falou mais alto empurrando-a.

Samantha bateu contra a mesa.

Klaus partiu para cima dela circundando seu pescoço com as mãos.

– Só sei que eu vou fazer você sofrer... – apertou ainda mais forte seu pescoço. - Quando você me diz que vai fazer pior.

Samantha cuspiu em seu rosto.

Ouve uma troca de agressões e palavras de baixo nível. Ao fim disso Samantha estava parcialmente deitada sobre a mesa com Klaus sobre si.

As mãos dele estavam a sua volta enquanto Samantha tentava atingir seu rosto com o punho.

– Eu te odeio! – Sammy gritava. – Eu não precisaria de uma estaca atravessada no seu peito se você não fosse tão detestável. Você causou tudo isso á você mesmo! Isso é tudo sua culpa!

De repente uma das mãos de Klaus desceu segurando os pulsos de Sammy, deixando as mãos dela sobre sua cabeça. A outra mão foi a seu pescoço. Samantha esperou pelo enforcamento que não veio. Essa mesma mão continuou descendo e descendo...

Klaus olhou para o busto de Samantha. Ela estava ofegante, seu peito subia e descia rapidamente. Olhou para seu rosto coberto de suor e seu cabelo completamente bagunçado.

– Sinto falta das coisas ruins. – disse olhando em seus olhos. - O jeito que você me odeia. Eu sinto falta dos gritos, do jeito como você me culpa!

Samantha parou de tentar se soltar. Os lábios de Klaus desceram parando próximos aos dela. Timidamente e como um imã os lábios se encontraram.

E tão rápido como começou, acabou.

Samantha pareceu se dar conta do que estava prestes a fazer e se afastou.

– Não é justo você cobrar confiança, logo você. – Klaus disse baixo sem abrir os olhos. – Não quando veio agindo como uma vadia desde que chegou aqui.

– É mais difícil de viver com a verdade sobre você, do que conviver com as mentiras sobre mim.– sussurrou em seu ouvido.

Ouve um breve silêncio.

Ouve um pigarro.

– Acho que não cheguei em uma hora muito propícia.

Ambos viraram rapidamente para ver quem era a dona da voz parada próxima a porta.

– Quando me chamou achei que realmente estivesse em guerra com Niklaus, Samantha. – ela disse divertida. – Mas se essa for a “guerra” – apontou para os dois que se mantinham juntos sobre a mesa. – Eu não quero atrapalhar!

Samantha empurrou Niklaus para o lado se colocando de pé.

– Eu não acredito que você esta aqui! – Sammy disse admirada.

– Você me chamou. – disse com obviedade. – Vim assim que possível.

– Isso é ótimo! – pararam frente a frente trocando um longo abraço.

Klaus olhava para as duas sem entender absolutamente nada.

Quem era aquela mulher tão bela? De grandes olhos verdes e cabelos tão castanhos?

– Eu ainda estou aqui! – Klaus disse.

As duas viraram ao mesmo tempo olhando para Niklaus.

Klaus percebeu o arquear de sobrancelha e sorriso irônico que ambas compartilhavam e não gostou daquilo.

– Alguém pode me dizer o que está acontecendo aqui?

– Teremos muito tempo para conversar. – a mulher sentou sobre a mesa.

De uma forma provocadora. Ela toda era. Em sua forma de andar e de agir. Ainda mais com toda aquela roupa de couro.

– Niklaus... – Sammy começou sorrindo. – Essa é a Leila.

– Leila?! – ele repetiu.

Enquanto Niklaus pensava na possibilidade de confusão em dobro naquela casa. Mais uma vez Sammy e Leila compartilharam um sorriso cumplice.

– E eu vim para ficar! – falou animada.


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Notas finais do capítulo

*¹ e *² Frases da música "I Miss The Misery" Halestorm
*³ Frase da música "Sorry" Guns N' Roses

Então... Quem vocês acham que é essa amiga de Sammy? haha
Será que ela veio para enlouquecer Klaus juntamente com a Samantha?!

Realmente não sei quando venho com o próximo capitulo, sinto muitíssimo! "/

See you Later ;*



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